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TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA Indicações de diálise: • Hiperpotassemia • Acidose metabólica • Uremia • Hipervolemia No paciente renal crônico, pensa-se em indicar dialise em casos de clearence de creatinina menor que 10 (ou menor que 15 em diabéticos). A terapia renal substitutiva pode ser feita de 3 formas: hemodiálise, dialise peritoneal ou transplante renal; sendo o transplante o que dá maior e melhor sobrevida. Um estudo no Japão demonstrou que a expectativa de vida de doadores renais é maior do que não doadores, devido ao acompanhamento clinico que é feito com estes indivíduos e pelo fato de ser necessário ser saudável para fazer a doação. 1965: primeiro transplante renal do Brasil: Dr Emil Sabbaga. Diálise: consiste em retirar o sangue da pessoa, colocar em contato com um dialisador, que colocara o sangue em contato íntimo com um fluido, o dialisato, que, por diferença de concentração, filtrará o sangue. Via arterial: “puxo” o sangue (apesar de ser uma veia). Via venosa: “devolvo” o sangue. O sangue, no dialisador, irá passar por inúmeros capilares que possuem poros grandes que permitem a passagem de macromoléculas (não chegando a passar proteínas). Esse processo é conhecido como “banho de diálise”. Constituição do dialisato: . O método da diálise é de difusão, com a retirada de solutos. Para retirar líquidos, é necessário fazer ultrafiltração. Frequência: geralmente 3x/semana, com sessões de 4h, mas existem variações, podendo inclusive ser diária. DIÁLISE PERITONEAL O peritônio é um espaço virtual, mas eu posso torna-lo um espaço real ao injetar o mesmo líquido utilizado na hemodiálise, o que permite a realização de trocas, uma vez que o capilar do peritônio é unicelular e estratificado (membrana de fácil realização de trocas). Com a infusão do líquido, também há a retirada de líquido do paciente, devido ao dialisato ser hipoosmolar. Recomendado para locais remotos e com poucos recursos. Pode ser feito no ambiente doméstico. Na diálise peritoneal, é necessário um processo de educação do paciente, uma vez que ele deverá fazer inúmeros processos manuais. Também existe uma máquina que opera durante a noite, que pode ser responsável por alguns dos processos, chamada de cicladora, Na diálise peritoneal utilizamos a osmose através da adição de glucose, que é uma grande molécula, ao líquido da DP. A grande molécula de glucose arrasta a água do lado do sangue para o lado do líquido da DP, tentando diluir a elevada concentração de glucose e chegar ao equilíbrio. Mudando o líquido da DP após 4-6 horas haverá uma maior ou menor remoção de líquido do sangue durante todo o dia. A concentração de glucose no líquido da DP determina a quantidade de líquido que será removida. Os produtos residuais, como a ureia e a creatinina, são removidos por difusão. Os produtos residuais movem-se da área de elevada concentração da corrente sanguínea para uma área de baixa concentração do líquido de DP, na cavidade abdominal. Uma vez obtido o equilíbrio, o dialisado residual é drenado, sendo instilado novo dialisante. Este processo é contínuo e imita a acção do rim. Deve-se ter atenção em pacientes diabéticos, devido a utilização de glucose no dialisato – sendo uma contra- indicação relativa. A dialise peritoneal preserva a função renal, ou seja, o paciente continua urinando – sendo recomendada para aqueles pacientes que estão no início da recomendação de dialise. Complicações da dialise peritoneal: • Infecciosas o Peritonite o Infecção do orifício de saída do cateter • Metabólicas o Absorção de Glicose o Perda Protéica • Decorrente da pressão do líquido na barriga o Hérnias o Vazamentos HEMODIÁLISE • Método de retirada de solutos: o Difusão: hemodiálise clássica o Convecção: Hemofiltração o Difusão + Convecção: Hemodiafiltração o Adsorção • Retirada de liquido: Ultrafiltração • Frequência: o Intermitente o Diária Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce o Continua É a mais utilizada. Necessária fístula arterio-venosa, ou seja, a ligação da veia numa artéria, para que haja grande fluxo de sangue na veia, ficando calibrosa e permitindo a sua punção. São utilizadas: veias jugulares internas, braquiais ou femorais. Evita-se utilizar as veias subclávias devido ao alto risco de estenose. Local ideal: veia jugular interna direita (por ser retilínea). Técnica: • Jugular interna: Deve-se identificar o ápice do triângulo formado pelas cabeças do músculo esternocleidomastoideo, situado aproximadamente a 5 cm acima da clavícula, que marca o local de inserção da agulha. Introduzir a agulha lateral à pulsação da carótida a um ângulo de 30o a 45o com a pele. Dirigir a agulha lateralmente ao plano sagital para o mamilo ipsilateral. Há o risco de punção da carótida. • Subclávia: O ponto de punção localiza-se na junção dos terços médio e medial da clavícula, aproximadamente 1cm abaixo do seu bordo inferior. Mantenha a agulha na direção da fúrcula no plano coronal para facilitar o deslizamento abaixo do osso e para minimizar o risco de punção pleural. • Femoral: O sitio de punção é inferior ao ligamento inguinal, onde a veia femoral comum fica superficial e medial à artéria. Orientar a agulha com o bisel voltado para cima e introduzi-la em ângulo de 20o a 30o com a pele. Insira a agulha de 1 a 2 cm abaixo do ligamento inguinal e medial à artéria femoral. ACESSO VASCULAR Shunt de Scribner: • Dissecção vascular • Trombose • Infecção • Curta duração CATETERES Curta permanência (temporário > utilizar técnica de Seldinger) e longa permanência. Recomendado cateter central quando não possui acesso periférico. Vias de acesso: • VEIA JUGULAR INTERNA – D e E: (preferencial) • VEIA SUBCLÁVIA – D e E: ( estenose ~ 45%) • VEIA FEMURAL – D e E (>20 cm; período; (deambulação; “acesso provisório” mesmo longa permanência;) • TRANSLOMBAR e TRANSPARIETO HEPÁTICA (medidas extremas) COMPLICAÇÕES: Precoces: - Sangramento - Hematomas - Traumatismos vasculares - Pneumotórax, Hemotórax - Arritmia cardíaca - Lesão do plexo braquial - Tamponamento Cardíaco - Embolia gasosa Tardias: - Infecção – Sépse - Infecção de Local de Saída - Disfunção/trombose do cateter - Trombose /estenose de veia central - Embolia pulmonar RECOMENDAÇÕES DE CADA TIPO DE DIÁLISE: Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce Fernando Carli Realce
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