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FPM - Oftalmo 7 - Córnea e Catarata

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Córnea e Catarata 
Córnea: basicamente tem-se 5 camadas: epitélio, camada de Bowman, estroma (maior camada da córnea), 
membrana de Descemet e endotélio da córnea. 
Existe um exame (Endoscopia especular) que consegue relatar o número de células de endotélio da córnea. Em 
indivíduos jovens é cerca de 3a 4 mil células, com o tempo vamos perdendo essas células e em indivíduos mais idosos 
não chega a 2 mil células. 
O endotélio é importante pois é ele que bombeia fluidos da córnea. Lembre-se que a córnea é transparente porque 
ela não tem água, quando há o acumulo de água a córnea começa a ficar edemaciada. 
Ceratocone: 
Afinamento da córnea central ou paracentral (geralmente inferior) 
progressivo, que promove um abaulamento anterior e formato de 
cone. História familiar presente em 6 a 8 % dos casos (importante 
investigar). 
Início: infância e adolescência, com lenta progressão. (É muito raro 
paciente a cima de 20 e 30 anos começar a ter ceratocone, a doença 
é no começo da adolescência 10 a 14 anos e sua progressão é lenta). 
Tem uma apresentação bilateral e assimétrica. Muitas vezes relacionada a conjuntivite alérgica! (Principalmente 
em crianças e adolescente, quando com conjuntivite alérgica tem que se evitar coçar os olhos, quando esses 
indivíduos tem predisposição e começam a coçar, podem vir a apresentar ceratocone). Leva a baixa acuidade 
visual devido ao astigmatismo progressivo (não corrigido completamente com óculos). 
No caso de crianças com astigmatismo, começamos a suspeitar de ceratocone quando de um mês para o outro o 
astigmatismo aumenta 1 grau por exemplo, isto não é o normal de ocorrer. 
Mudanças frequentes nas prescrições de óculos, diminuição de tolerância ao uso de lentes de contato, assimetria 
na acuidade entre os olhos 
Diagnóstico: Essas imagens representam a doença em sua forma mais 
avançada. É possível notar o abaulamento corneano. 
Exame de pentacam (tomografia de córnea) este exame estuda a 
curvatura da córnea, dá a curvatura anterior a curvatura posterior e a 
espessura da córnea. Por esse exame eu consigo ver o abaulamento e 
acompanhar a progressão ou não desse abaulamento corneano. Importante para a definição do tratamento do 
ceratocone. 
Tratamento: 
- Tratamento da conjuntivite alérgica; 
- Crosslinking (através do laser na córnea cria-se pontes de colágeno 
fazendo com que essa córnea fique mais rígida evitando com que ela 
continue abaulando e assim parando a progressão da doença); 
- Óculos; 
- Lente de contato (LCR) (não é a lente de contato gelatinosa é uma 
lente de contato rígida, no momento em que o paciente coloca no 
olho muitas vezes a lente consegue mudar até a angulação dessa 
córnea, moldando a córnea); 
- Anel intraestromal (este anel é colocado no estroma da córnea a posição do anel vai depender da curvatura da 
córnea.); 
Fernando Carli
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- Transplante de córnea (última linha de tratamento que temos é o transplante de córnea, isto só é feito em último 
caso, lembre-se que transplante de córnea envolve risco cirúrgico). 
 
Ceratites: 
Ceratites Bacterianas: (Principais agentes etiológicos Staphylococcus sp. e Pneumococo) 
Quadro clínico: Dor, lacrimejamento, fotofobia, diminuição de visão, edema 
palpebral, secreção purulenta e hiperemia conjuntival. 
Alterações nos mecanismo de defesa da córnea. (O paciente diabético pode ter 
uma diminuição sensitiva diminuindo essa proteção, podendo vir a ter 
ulcerações corneanas) 
Ceratites Fúngicas: 
Aspecto bem semelhante à bacteriana, diferencia-se facilmente por cultura. 
Quadro clínico: Sensação de corpo estranho, fotofobia, diminuição de acuidade 
visual e secreção 
 
Filamentosos (Aspergillus e Fusarium): precedida por trauma ocular com 
matéria orgânica. (Comum em trabalhadores de lavoura de café, quem trabalha 
em jardim.) 
 
Candida: associada à doenças corneanas pré-existentes (olho seco) ou imunocomprometidos. (Tratamento 
de ceratites causadas por fungos filamentosos é diferente das causadas por Candida) 
 
Ceratites Virais (VHS e HVZ): 
Tratar rápido para evitar complicações. Em casos de muitas recidivas, dose profilática de 
aciclovir. 
Herpes simples: 
Ocorre em qualquer faixa etária 
Clínica: vesículas ao redor do olho, desconforto ocular leve, lacrimejamento e turvação 
visual. 
Tratamento: 2g/dia aciclovir. 
Muitas recidivas possíveis pelo alojamento do vírus no nervo trigêmio. Quando 
ocorrem, não há mais vesículas na pálpebra, apenas ceratite. 
Varicela Zóster: 
VHZ pode acometer o ramo oftálmico do nervo trigêmeo 
Clínica: ceratite, conjuntivite, episclerite, uveíte anterior, complicações neurológicas com sintomas oculares, 
como neurite óptica e paralise de nervos cranianos. 
Tratamento: 4g/dia aciclovir 
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Ceratite por acanthamoeba: 
1. Dor desproporcional à lesão 
2. Infiltrado em forma de anel e 
3. História de uso de lentes de contato 
Progressão lenta (regressão e recidiva) 
Clínica: visão turva, lacrimejamento, fotofobia e dor intensa e desproporcional aos 
sinais clínicos. 
Ceratopatia: 
Ceratopatia de exposição 
Sintomas: Irritação ocular, queimação, sensação de corpo estranho e 
vermelhidão. Em geral, piora pela manhã. 
Sinais: Fechamento inadequado das pálpebras, resultando em 
ressecamento da córnea. 
Córnea inferior começa a ulcerar - é a inferior pois é onde fica exposto. 
Etiologia: Paralisia do sétimo nervo, sedação, deformidade palpebral, 
síndrome da frouxidão pálpebral. (comum em pacientes obesos, com apneia do sono) 
Tratamento: fechamento do olho com micropore enquanto dorme; ponto no canto da pálpebra do olho 
(diminui a fenda do olho, olho fica bem menor); plug no ponto lacrimal para diminuir a drenagem e deixar a 
lágrima no olho por mais tempo; uso de lubrificantes. 
Atenção pois em pacientes idosos e ou diabéticos, a exposição do olho não provoca sintomas que provocam 
incômodo. 
Ceratopatia neurotrófica 
Perda de sensibilidade corneana (provoca úlcera.) 
Etiologia: após infecção herpes, após cirurgia refrativa, neuropatia diabética, uso excessivo de anestésico 
tópico 
Ceratopatia térmica ultravioleta 
Trabalho com solda 
 
Ceratopatia por deficiência de vitamina A. 
 
Problemas relacionados a lentes de contato 
Úlceras: Bactérias, fungos, Acanthamoeba 
Conjuntivite papilar gigante 
Reações de hipersensibilidade/ toxicidade a conservantes em soluções 
Depósitos em lentes de contato 
Neovascularização corneana (por hipóxia produzida pelo uso excessivo de lentes de contato.) 
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Olho seco 
 
Cristalino (lente natural do olho) 
Anomalias congênitas do cristalino: 
Afacia congênita (não tem cristalino); 
Coloboma (defeito de formação do cristalino, como se faltasse um pedaço); 
Cristalino subluxado: Quando o cristalino está subluxado, quer dizer que ele não está dentro da cavidade 
vítrea. Ou seja, está preso pela zônula, mas está deslocado. Isso é muito comum de acontecer em pacientes 
com síndrome de Marfan; 
Catarata: 
• Unilateral ou bilateral 
• Pode ser herdada, secundária à fatores infeccioso (rubéola) ou distúrbios cromossômicos (Down) 
• Sinais: leucocoria, estrabismo, nistagmo e microftalmia 
• Fatores de risco: tabagismo, álcool,radiação UV, uso de corticoide, oxidação e trauma 
Catarata em criança é complicado, há grande risco de desenvolver ambliopia. Deve-se operar precocemente, 
usar tampão no olho bom para estimular o olho ruim e até mesmo prescrever óculos. 
 
A ideia é colocar uma lente por meio da cirurgia que fique por muitos anos, assim calcula-se o tamanho dela 
para que quando esse paciente cresça, chegue no grau zero. Assim, coloca-se um grau diferente na criança. 
Então, como que corrige isso? Com o uso do óculos para tentar estimular esse olho. O prognóstico é pior na 
catarata unilateral. A criança sempre vai preferir o olho bom. Por mais que você estimule, não consegue um 
resultado tão bom. 
Uso de corticoide de todas as vias de administração: o corticoide também está relacionado ao 
desenvolvimento da catarata específica chamada de SUBCAPSULAR POSTERIOR na qual há calcificações no 
fundo do cristalino. 
Existem vários tipos de catarata. Classificadas de acordo com a causa e também para a programação cirúrgica. 
Alguns tipos de catarata são mais difíceis do que outras. 
Vamos supor que a catarata do paciente está em estágio inicial. Vale mais a pena aproveitar e operar logo essa 
catarata inicial e fácil de resolver ou esperar uns 5 anos? O melhor é operar logo porque à medida que ela vai 
evoluindo, vai ficando mais difícil. Isso faz com que a cirurgia seja mais difícil porque para atingir o efeito 
necessário o oftalmo precisará usar um ultrassom mais forte o que aumenta as chances de complicação. 
 
Tratamento: cirurgia para colocada de lente intraocular 
A lente que o SUS oferece é uma lente monofocal. Geralmente corrige para longe e depois passa um óculos 
para perto. Ou coloca uma lente de um lado que serve para longe e outra que serve para perto, com isso o 
paciente consegue ficar sem óculos. 
LENTE MULTIFOCAL: consegue corrigir tanto para longe quanto para perto. Não é todo paciente que você 
pode indicar essa lente! Aqueles que possuem qualquer problema de retina ou de córnea NÃO podem usar 
essa lente. Por isso que é necessário fazer vários exames antes da cirurgia para poder indicar o melhor tipo de 
lente para o paciente. 
 
 
 
Fernando Carli
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