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Síndrome braquicefálica - resumo slide

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Fala sobre aula postada em slide (meus materiais- clínica cirúrgica de pequenos)
1: Hoje eu vou falar sobre a Síndrome braquicefálica (estenose das narinas ou Síndrome respiratória dos cães braquicefálicos)
2 (introdução): Os cães de raça vêm sendo selecionados para atingir características estéticas desejáveis para aquele padrão racial. Além disso, os cruzamentos com alto grau de consanguinidade ou endogamia, afetam a saúde, o temperamento, o bem-estar e a funcionalidade do animal. Provocando características anatômicas exageradas, que causam prejuízo diretamente na redução da qualidade de vida e o aumento da prevalência de determinadas doenças hereditárias. Essa criação seletiva de cães de raça de maneira irresponsável, resultou num grande número de braquicefálicos, que teve um encurtamento severo da região nasal e oral, que levou a muitas anormalidades anatômicas no trato respiratório superior, dificultando bastante o fluxo de ar. Estas alterações desencadeiam um conjunto de sinais clínicos denominado de síndrome braquicefálica. E é chamada de síndrome porque distúrbios locomotores, oculares, cardíacos, digestivos e reprodutivos também são observados nesta síndrome.
Essa foto é pra mostrar que nas raças braquicefálicas as alterações anatômicas estão presentes principalmente, no crânio. Essas raças possuem um crânio curto, sendo maior na largura quando comparado ao comprimento.
3 (raças) aqui estão algumas raças braquicefálicas: Shih Tzu, Lhasa Apso, Boston Terrier, Buldogue americano, francês e inglês, Boxer, Pugs, Chihuahua, Pequinês
Essa é a Lucy, é minha, é uma persa e como todo persa, braquicefálica.
4 (anatomia): Aqui, só pra gente relembrar o que é fisiológico- O ar entra no trato respiratório através das narinas, pelas cavidades nasais, em sequência passa pela faringe, órgão que tem a dupla função de mandar o alimento para o tubo digestivo e o ar para o respiratório. Passa pela laringe que se une à traqueia, que finalmente leva o ar pelos brônquios e pulmões.
Nessa imagem mostra a radiografia de um cão normal (um pastor alemão) com as suas estruturas preservadas, e a esquerda, vemos a radiografia de um Pug (braquicefálico) para mostrar o quanto é gritante essa alteração, praticamente não conseguimis delimitar onde começa e onde termina uma estrutura.
Na cavidade nasal o ar é aquecido, filtrado e umidificado.
5 (Síndrome braquicefálica): Essa síndrome ela é congênita, ou seja, o animal adquire quando ainda é feto, e, como vocês já puderam notar, ela vai modificar uma ou mais características anatômicas das vias aéreas superiores. A seguir a gente vai ver cada uma delas.
6 (síndrome braquicefálica): Estenose dos orifícios nasais- limita a mobilidade, dificultando a entrada e a saída do ar. Já em cães saudáveis, a asa nasal é bastante móvel e permite, durante a inspiração, que esta estrutura seja retraída favorecendo o fluxo de ar pelo nariz.
Normalmente a ponta do palato mole estende-se até a ponta da epiglote, no entanto, em braquicéfalos o palato mole pode estender-se para além deste ponto
Os tecidos moles não são afetados em cães com essa síndrome, por isso que geralmente os cães com SB apresentam um longo palato mole e uma língua desproporcional a cavidade oral. O prolongamento do palato mole é encontrado em 62% dos cães braquicéfalos e, esta observação, contribui quer para o aumento da resistência à passagem do ar, quer para o aumento do ruído inspiratório.
Na hipoplasia traqueal ocorre um intenso estreitamento do diâmetro da traqueia, com isso, há um aumento do esforço respiratório, durante a passagem de ar na respiração.
7- A insuficiência respiratória causada pela estenose das narinas gera pressão negativa por causa do aumento da força na inspiração, contrário à resistência. Com essa pressão negativa os tecidos moles são evertidos para dentro do lúmen e tornam-se hiperplásicos. Quando evertidos, os sáculos ficam continuamente irritados por fluxo aéreo turbulento e cada vez mais edematoso. Eles obstruem a face ventral da glote e inibem adicionalmente o fluxo aéreo.
Com a alteração de pressão no interior da laringe, ocorre o colapso de laringe, que resulta da perda da função de suporte das cartilagens laringianas. As cartilagens se aproximam ou se sobrepõem, provocando um colapso das vias aéreas. 
8 (todo cão braquicefálico apresenta?): Nem todo cão braquicefálico apresenta a síndrome. Para que esta ocorra é necessário que o cão expresse o gene mutante da condrodistrofia das cartilagens das articulações entre o pré e o basoesfenoide e entre o basoesfenoide e o basoccipital. A condrodistrofia causa uma ossificação precoce dessas articulações o que leva ao não crescimento adequado do eixo basicranial do crânio, sem alteração no desenvolvimento de tecidos moles.
9 (sinais clínicos): hipertermia- Devido à dificuldade respiratória, os braquicefálicos não fazem a troca de calor com eficiência. Por esse motivo se tornam ofegantes rapidamente e demoram a recuperar. Outras raças caninas, com focinhos mais alongados, conseguem passar ar rapidamente pela língua ao ofegarem. A saliva evapora da língua enquanto o ar passa, e o sangue que circula através da língua é esfriado eficientemente e circulado para o resto do corpo. Bulldogs hiperaquecem com grande facilidade mesmo com pequeno esforço.
10 (sinais clínicos): Cães com SB podem apresentar alterações oftálmicas devido ao arrasamento da órbita que leva à uma baixa proteção do globo ocular, sua exposição pela grande abertura palpebral, isso predispõe ao aparecimento de doenças da córnea de graus variados, sendo elas: deslocamento do globo ocular, entrópio, triquíase, distiquiase e cílios ectópicos, ceratoconjutivite seca, prolapso da glândula da 3ª pálpebra e ceratite (BARNETT et al., 2002). Sinais gastrointestinais também podem ocorrer devido ao esforço que o animal é submetido quanto há comprometimento das vias aéreas superiores, o estímulo vagal excessivo pode estimular o centro do vômito e o alongamento do palato mole pode causar engasgos, hérnias do hiato, esôfago redundante ou desviado, atonia do esfíncter gastroesofágico, estenose do piloro por hipertrofia das fibras musculares e hipertrofia da mucosa do piloro podem acontecer . Problemas cardiovasculares como a hipertensão pulmonar pode ser ocasionada devido a não passagem do ar pelas vias aéreas superiores, quando isso ocorre há um mecanismo compensatório do sistema cardiovascular no ventrículo direito, que acaba ficando hipertrofiado para que consiga bombear mais sangue para o organismo do animal.
11 (diagnóstico): o diagnóstico da doença é baseado em sinais clínicos apresentados pelo paciente, pela predisposição da raça e histórico clínico de obstrução das vias aéreas.
12 (diagnóstico): A faringoscopia/ laringoscopia aqui mostram o colapso laríngeo, e a eversão dos ventrículos laríngeos. Também é possíver observar nesse examemo prolongamento do palato mole, a hipoplasia e prolapso traqueal.
13 (diagnóstico): Na hipoplasia de traqueia, o diagnóstico é realizado por meio de um raio-X latero-lateral, no tórax, a distância entre a superfície ventral da primeira vertebra torácica (T1) e a superfície dorsal do manúbrio no seu ponto mais estreito. Estando a relação normal igual ou superior a 0,16. Não há tratamento cirúrgico para essa afecção. É importante que haja uma melhoria nos sinais clínicos. Evitar excesso de peso, aumento de exercícios, manter o ambiente fresco contribuem para abrandamento dos sinais clínicos.
14 (tratamento cirúrgico): o tratamento é feito cirurgicamente, tendo como finalidade desobstruir as vias aéreas superiores, por meio da correção cirúrgica das anormalidades anatômicas existentes. 
O tratamento cirúrgico de eleição deve ser iniciado cranialmente. Logo, a estenose das narinas é o primeiro procedimento a ser realizado. A correção cirúrgica dos sinais clínicos primários deverá prevenir mudanças secundárias, como protrusão do tecido mole da nasofaringe ou colapso da laringe e traqueia.
 Rinoplastia – A ressecção em cunha é a técnica mais abordada na literaturaveterinária. Cria-se uma incisão com a lâmina de bisturi sobre a asa da narina, a qual deve ser em forma de cunha, podendo ser vertical, horizontal ou lateral. 
Essa técnica pode ser realizada também com o uso de laser CO2 apresentando a vantagem de causar hemorragia mínima, otimização do tempo de cirurgia e anestesia quando comparada ao método convencional, além de ser mais confortável ao paciente no pós-operatório, uma vez que não se utiliza fios cirúrgicos e diminui o tempo de recuperação
 As narinas estenóticas são corrigidas utilizando uma pinça e uma lâmina nº 11, fazendo uma incisão em forma de V, uma medial e outra mais lateral, após, é feita a sutura com fio absorvível. A região das narinas é bastante vascularizada, tornando a cirurgia cruenta (MONNET, 1993; NELSON; COUTO, 2001). Pode ser feita a laser também, o que a trona menos crurenta. A correção das narinas estenosadas pode evitar o surgimento de novas alterações respiratórias e promover um declívio da sintomatologia clínica.
15 (fotos)
16 (tratamento cirúrgico): Estafilectomia - O objetivo da estafilectomia é encurtar o palato mole.
A estafilectomia pode ser executada utilizando-se bisturi ou tesoura, além de pinças hemostáticas e aposição das mucosas da orofaringe e nasofaringe, em padrão simples contínuo com fio absorvível após a ressecção do tecido em excesso.
 A ressecção do palato mole pode ser feita com laser e eletrocirurgia. Independentemente da técnica escolhida, é importante minimizar o trauma dos tecidos, que pode resultar em hemorragia, tumefação da faringe e obstrução da passagem do ar. 
17 (foto)
19 (tratamento cirúrgico): Hipoplasia traqueal – não há tratamento cirúrgic. Evitar excesso de peso, aumento de exercícios, manter o ambiente fresco contribuem para abrandamento dos sinais clínicos.
20 (pós operatório): As complicações associadas à ressecção convencional do palato mole são comuns e vão desde tosse e engasgos durante alguns dias após a cirurgia, regurgitação de saliva ensanguentada, a edema tão grave que pode causar obstrução das vias aéreas superiores, necessitando de traqueostomia emergencial. Por este motivo, no período pré-operatório é comum a administração de corticosteroides.
Imediatamente após a cirurgia os cães devem ser monitorados de perto. Inflamação significativa ou sangramento podem obstruir as vias aéreas, tornando a respiração difícil ou impossível. Ocasionalmente, um tubo deve ser colocado através do pescoço até a traquéia ("Traqueostomia temporária") até o inchaço na garganta diminua o suficiente para que o cão possa respirar normalmente.
Os animais são geralmente obeservados no hospital por no mínimo, 24 horas. Nos pós-operatóio podem ocorrer tosse e engasgos que são comuns.
Em casos crônicos, em que as cartilagens já estavam inflexíveis, a remoção do palato mole alongamento pode não proporcionar alívio suficiente, nesse caso, a criação de uma nova abertura permanente na traquéia (área do pescoço) pode ser a única solução (traqueostomia permanente), embora também existam muitas complicações associadas a este procedimento.
A remoção de excesso de palato aumenta o risco de refluxo nasofaríngeo de comida durante as refeições e a remoção de menos palato que o aconselhado, pode ter um resultado pouco vantajoso.
20 (prognóstico): Não há tratamento cirúrgico para essa afecção. É importante que haja uma melhoria nos sinais clínicos. Evitar excesso de peso, aumento de exercícios, manter o ambiente fresco contribuem para abrandamento dos sinais clínicos.

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