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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ
GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
FABIO DE BARROS TELESFORO
 DENISETE FERREIRA SOARES
INGRID VIEIRA SINGULANI ROSA
JEINES SOUZA GOMES DE CARVALHO
RUBIA CRISTINA DOS SANTOS SILVA
TATYANA MEIRA DA SILVA 
A proteção social brasileira e os desafios profissionais para a sua consolidação
Ubá
2020
FABIO DE BARROS TELESFORO
 DENISETE FERREIRA SOARES
INGRID VIEIRA SINGULANI ROSA
JEINES SOUZA GOMES DE CARVALHO
 RUBIA CRISTINA DOS SANTOS SILVA
TATYANA MEIRA DA SILVA 
A proteção social brasileira e os desafios profissionais para a sua consolidação
Produção Textual em Grupo apresentada à UNOPAR – Universidade do Norte do Paraná no curso de Serviço Social. Disciplinas: Administração e Planejamento em Serviço Social∙ Comunicação na Prática do Assistente Social∙ Ética Profissional em Serviço Social∙ Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais∙ Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do∙ Serviço Social III.Amanda Boza Gonçalves∙Professores Maria Angela Santini∙ Nelma dos Santos Assunção Galli∙ Patricia Soares Alves∙ Paulo Sérgio Aragão∙ 
Ubá
2020
SUMÁRIO:
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................04
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................06
2.1 Social Administração e Planejamento em Serviço...............................................06
2.2 Comunicação na Prática do Assistente Social.....................................................07
2.3 Éticas Profissionais em Serviço Social.................................................................08
2.4 Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais........................................09
2.5 Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III.............11
3 CONCLUSÃO............................................................................................14
REFERENCIAS.........................................................................................15
INTRODUÇÃO:
 A criação e consolidação de um sistema de proteção social sob a perspectiva do direito têm como marco principal, no Brasil, a Constituição Federal de 1988, que regulamentou a Seguridade Social, organizada através das três políticas de proteção: saúde, previdência e assistência social. 
 Desta forma, o atendimento a uma série de demandas sociais, até então compreendidas como responsabilidades individuais ou de determinados grupos, passaram a serem parte da agenda estatal e, assim, o reconhecimento da assistência social como políticas públicas, evidenciando um avanço considerável para a população brasileira. A assistência social no Brasil, articulada às demais políticas sociais, tem passado por importantes transformações com o objetivo de deslocá-la do campo da benemerência para se afirmar no campo da Seguridade Social. Apesar dessa representativa mudança, não podemos deixar de considerar os embates e repercussões trazidos pela agenda neoliberal e pelos cortes no âmbito da política social feitos pelo Estado. 
 No universo dessa política, a atuação do/a assistente social é significativa e tem sido um espaço importante na luta pela ampliação dos direitos e consolidação da assistência nesse campo. Ao lado dessa luta, coloca-se igualmente a necessidade de romper barreiras para a afirmação do projeto ético-político do Serviço Social. Com o objetivo de propiciar essa discussão, o presente estudo parte de uma fundamentação normativa da política de Assistência Social no Brasil pelo marco da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) até a configuração atual do SUAS. 
 Em seguida, fomenta-se o debate sobre os espaços de atuação e os desafios apresentados no cotidiano profissional do/a assistente social, vislumbrando as possibilidades de superação no direcionamento do trabalho social pelo rigor teórico metodológico subsidiado pelos valores ético-político da categoria.
 
RESUMO
 Em opinião a assistência social teve sua origem relacionada ao trabalho social realizado pela Igreja. Após o processo de profissionalização, o Serviço Social passou a ser uma área de atuação, inserindo-se nos setores público e privado, com o objetivo de assistencializar, orientar e garantir os direitos básicos às sociedades vulneráveis. Hoje, o assistente social possui suas próprias metodologias e abordagens, e seu código de ética profissional, fundamentados em importantes teorias. No Brasil, a Questão Social teve como pano de fundo a realidade brasileira das décadas de 1930 até 1960. Nesse contexto, o Serviço Social foi influenciado pela conjuntura social, política, cultural e econômica da época, condicionando a formação do profissional para atuar nesse contexto. No entanto, o Brasil continuou mudando, e, com ele, o Serviço Social, passando por um intenso processo de construção teórico--metodológica, influenciado por múltiplos fatores da década de 1960, como a expansão do capitalismo, da ideologia desenvolvimentista e da relação do Serviço Social com os movimentos sociais e sindicatos. Nesta obra, você vai estudar a história do Serviço Social, a institucionalização da profissão e o processo de amadurecimento. Vai identificar, a partir de fontes teóricas que fundamentaram a profissão, o processo de institucionalização da profissão no Brasil e no mundo. Além disso, esta leitura trará um importante marco histórico do Serviço Social: o Movimento de Reconceituação. Será possível, portanto, analisar os principais fatores que levaram à eclosão desse movimento e os espaços de discussão dos profissionais que foram essenciais para as reflexões e decisões sobre os rumos da profissão.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Administração e Planejamento em Serviço Social
O Serviço Social é uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, realiza sua ação profissional no âmbito das políticas socioassistenciais, na esfera pública e privada. Neste sentido, desenvolve atividades na abordagem direta da população que procura as instituições e o trabalho por meio da pesquisa, da administração, do planejamento, da supervisão, da consultoria, da gestão de políticas, de programas e de serviços sociais. Segundo José Filho (2002, p.56): O Serviço Social atua na área das relações sociais, mas sua especificidade deve ser buscada nos objetivos profissionais tendo estes que serem adequadamente formulados guardando estreita relação com objeto. Essa formulação dos objetivos garante-nos, em parte, a uma profissão. Em conseqüência, um corpo de conhecimentos teóricos, método de investigação e intervenção e um sistema de valores e concepções ideológicas conformariam a integridade de uma profissão. O Serviço Social é uma prática, um processo de atuação que se alimenta por uma teoria, volta à prática para transformá-la, um contínuo ir e vir iniciado na prática dos homens face aos desafios de sua realidade. O assistente social é um profissional que tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Para Netto (1992, p.71), “a questão social, como matéria de trabalho, não esgota as reflexões”. Sem sombra de dúvidas, ela serve para pensar os processos de trabalho nos quais os assistentes sociais, em uma perspectiva conservadora, eram “executores terminais de políticas sociais”, emanadas do Estado ou das instituições privadas que os emprega. No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço Social passou a tratar o campo das políticas sociais, não mais no campo relacional demanda da população carente e oferta do sistema capitalista, mas acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia. Dessa forma, não se trata apenas de operacionalizar as políticas sociais, embora importante, mas faz-se necessário conheceras contradições da sociedade capitalista, da questão social e suas expressões que desafiam cotidianamente os assistentes sociais, pensarem as políticas sociais como resposta a situações indignas de vida da população pobre e com isso compreender a mediação que as políticas sociais representam no processo de trabalho do profissional, ao deparar-se com as demandas da população. A atuação do assistente social realiza-se em organizações públicas e privadas e em diferentes áreas e temáticas, como: proteção social, educação, programas socioeducativos e de comunidade, habitação, gestão de pessoas, segurança pública, justiça e direitos humanos, gerenciamento participativo, direitos sociais, movimentos sociais, comunicação, responsabilidade social, marketing social, meio ambiente, assessoria e consultoria, que variam de acordo com o lugar que o profissional ocupa no mercado de trabalho, exigindo deste um conhecimento teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. Essa profissional busca a inclusão social e a participação das classes subalternas, por meio de formas alternativas e estratégicas.
2.2 Comunicações na Prática do Assistente Social
 Comunicar significa partilhar conhecimento, importante em qualquer profissão, mas para algumas sua importância é ainda maior, no caso o Assistente Social que lida com seres humanos geralmente em momentos muito difíceis de sua vida, uma boa comunicação pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um projeto, através da palavra podemos criar situações boas ou desagradáveis. 
 A teoria define a intenção da prática profissional, sendo assim não existe prática profissional sem teoria, pois a teoria fundamenta a intervenção do profissional. O objeto de intervenção define onde o profissional irá atuar, desta forma a questão social é o objeto genérico do serviço social. A atuação do serviço social está intrinsecamente ligada com as demandas do sistema capitalista. O serviço social surgiu no Brasil na década de 1930, no auge do reformismo conservador, interligada ao catolicismo, tendo uma concepção de caridade e como profissão inscrita na divisão social do trabalho, propendendo subsidiar o controle social a partir do agravamento dos conflitos entre capitalistas e trabalhadores.
A teoria marxiana possibilitou considerar a questão social como objeto de intervenção do serviço social, uma vez que Marx considera que o processo de trabalho visa atender as necessidades humanas. Entretanto, o trabalhador fornece sua força de trabalho e o capital gerado vai para o capitalista, o que Marx chama de mais-valia.um processo de produzir valor”. (MARX, Karl)
 Sendo assim, o projeto ético político da profissão resulta das constantes lutas de classes, que busca uma sociedade igualitária a prática profissional deve ser propositiva e estar embasada teoricamente. Atualmente, a profissão é regida pela lei 8.662 /93, que define os direitos e deveres do assistente social, ou seja, suas competências e atribuições. Os meios utilizados para intervenção do profissional são os instrumentos tais como: conhecimento, recursos técnicos, recursos materiais, recursos organizacionais e recursos financeiros. Podemos, então, definir como instrumentos as entrevistas grupais, individuais, visitas domiciliares, relatórios, levantamento sócio econômico, escuta ativa, dossiês, observação, pesquisa, análise institucional, visita domiciliar, etc. É valido ressaltar que a pratica profissional deve estar sempre respaldada em uma base teórica, calcadas na dimensão teórico metodológica, técnica operativa e ética política.
2.3 Éticas Profissionais em Serviço Social
 Devido a apropriação do processo de constituição histórica do ser social é que ética ontológica pode ser compreendida em, isto significa que o ser social se humanos em face de natureza orgânica e inorgânica, se transformando para atender as necessidades de reprodução da sua existência.Trata-se de um salto ontológico, que marca a diferença do homem frente a outros seres naturais.Tendo em vista que o ser social surgiu de um ser orgânico e este é um ser orgânico. Isto significa que o homem é capaz de trabalhar e falar, sem deixar de ser um organismo biologicamente determinado, que desenvolve novas atividades, cuja essência não pode ser compreendida em nenhum categoria da natureza.
 Instaura- se um novo ser, rompe com o padrão natural e se estrutura uma atividade de caráter prático social.Uma ação que transforma a natureza produzindo um resultado que não existia.
 O trabalho é base primária da vida social, ligando o homem e a natureza, pondo em movimento um intenso processo de criação de novas necessidades, ampliando os sentidos humanos, instaurando atributos e potencialidades humanas.
 Á ética profissional se manifestou no serviço social por meio de códigos desde a década de 1940 em nosso país. Destacando-se que somente teríamos direção crítica na década de 1980.
 O primeiro código de ética profissional do serviço social, foi elaborado pela ABAS(Associação brasileira de Assistentes sociais) em 1948. A partir da criação do CFAS em 1962, um novo código é aprovado em 1965, passando a ter caráter legal, assim como as reformulações posteriores em 1975, 1986 e 1993.
 Para o serviço social o código de ética compõe o projeto ético político. Atrelado portanto á leitura crítica de conjuntura, traduz o que o coletivo profissional, declara e defende como valores e princípios.Por essa dimensão ética, apresenta aos assistentes o desafio de colocar em prática essas garantias.
 O código de ética do assistente social tem alguns princípios fundamentais, são eles:
.Liberdade.
. Defesa dos direitos humanos e recusa do autoritarismo.
.Consolidação da cidadania.
.Defesa da democracia.
.Posicionamento em da equidade e da justiça social.
.Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito.
.Garantia do pluralismo.
. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária.
.Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais.
.Compromisso com a qualidade dos serviços prestados.
.Exercício do serviço social sem discriminação e sem ser discriminado.
 O atual código de ética sinaliza para uma maior proteção social, junto às sociais, pois, posiciona historicamente a ampliação das conquistas sociais e dos direitos humanos e reafirma o redirecionamento ético politico. Aponta ainda uma crítica consistente em relação ao sistema de valores da burguesia e afirma o compromisso com a luta pela garantia dos direitos sociais e hum anos. Buscando assim políticas eficientes para o cumprimento de tais direitos.
2.4 Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais
A comunicação é uma reflexão da prática do assistente social baseada na investigação e suas contribuições para a área do conhecimento. O desafio do assistente social é analisar a realidade atual e questionar o seu conhecimento de forma sustentável para intervenção adequada a aos princípios do serviço social no contexto atual.
 As mudanças ocorridas na sociedade impõe ao serviço social recorrer a investigação como caminho seguro e rigoroso ,para interpretar a realidade social e encontrar respostas adequadas ao objeto de intervenção, o que contribui para a ruptura com os modelos clássicos baseados no positivismo, estruturalismo, e marxismo, integrando-as dimensões cognitivas, éticas e política da prática profissional.
 Na prática profissional, identificamos diferentes tipos de conhecimento como:
* Conhecimento comum: é o tipo explicativo baseada na vida cotidiana do sujeito de intervenção.
* Conhecimento teórico: fundamentado em teorias específicas,que suportam a intervenção na dimensão subjetiva da vida cotidiana.
* Conhecimento científico: baseado na investigação,esta consiste em um processo sistemático e rigoroso que se realiza com o propósito de recolher informação sobre a realidade social ou problemas sociais.
 O assistente social enquanto interventor e-gestor dede gastos sociais públicos ,recebe na sua formação acadêmica uma preparação teórica e prática que associa conhecimentos científicos das Ciências sociais, políticas e econômicas tornando a sua ação eficiente tanto na dimensão de proteção social, como dimensão do bem estar.Consideramos que na compreensão da realidade social e da sua prática profissional,domina as teorias sistemáticas ecológicas e estrutural de forma a organizar respostas sociais sustentados nas correntes econômicas neoliberais, como indicadores Claros de dimensões liberais colocando em "perigo" os direitos sociais e o estado social.
o assistente social desenvolve a sua intervenção com o objetivo final de criar oportunidades para o desenvolvimento das capacidades individuais e coletivas, para que o cidadão possa exercer os seus poderes e responsabilidades individuais e sociais, já que nas nas práticas, o processo de intervenção são elementos sistemáticos estruturados como: estudo, diagnóstico, planejamento, implementação avaliação, e sistematização.
 Com isso a construção social do conhecimento é essencialmente importante é um processo intuitivo e muitas vezes baseado no conhecimento ontológico do profissional.
2.6 Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III. 
Dessa maneira, a década de 1980 é marcada como um período de maioridade intelectual do Serviço Social, pois, a partir de sua consolidação acadêmica, percebe-se uma aproximação e comprometimento com a perspectiva ontológica original de Marx. Questão primordial para compreensão acerca do significado social da profissão na sociedade capitalista, bem como das suas ambigüidades, inerentes à prática profissional, ou seja, no dilema de se apresentar enquanto trabalhador liberal e na prática atuar na condição de assalariado, além de mediar às relações entre quem demanda (trabalhadores) e quem remunera (patronato/Estado) seus serviços. Em suma, ao buscar novas bases de legitimidade para ação profissional (através da aproximação com a tradição marxista e conseqüente ampliação da bagagem teórica) o Serviço Social passa a considerar as contradições do seu exercício profissional e se posiciona a serviço dos usuários, o que rompe com a perspectiva anterior de reprodução do controle social. Nesse sentido, compreende as implicações políticas de sua prática profissional, a polarização da luta de classes, e, a partir disso, desenvolve seu posicionamento crítico. Esse referencial crítico em relação à sociedade do capital depurou-se e atualmente busca assegurar valores que se dirijam à legitimação de práticas que contribuam para a construção de uma nova ordem societária. A questão social é um conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado, que este, por ora, é provocado por uma tensão de conflitos pelas classes subalternas a implantar direitos civis, sociais e políticos e aos direitos humanos. É neste terreno de disputas que os assistentes sociais são chamados para realizar a sua intervenção profissional, a qual o objeto concreto é os programas, foco de combate a pobreza, que muitas vezes passam a ser caso de polícia pelas repressões como os sujeitos são tratados (IAMAMOTO, 2012). A ação profissional tem por objetivo, orientada pela matriz positivista, eliminar os “desajustes sociais” por meio de uma intervenção moralizadora de caráter individualizado e psicologica, revelando uma ideia e imagem falsa de reforma social. O conservadorismo continua presente no universo ideológico da profissão e passa a conceber uma política técnico-burocrática a partir desse período. E como expressa Barroco (2003, p.96), o Serviço Social traduz sua ação profissional por meio, de uma ética vinculada à moral conservadora e dogmática segundo a base ideológica: os “problemas sociais” são concebidos como um conjunto de “disfunções sociais”, julgados moralmente segundo uma concepção de “normalidade” dada pelos valores cristãos. A tendência ao “ajustamento social”, a psicologização da questão social, transforma as demandas por direitos sociais em “patologias”; com isso, o Serviço Social deixa de viabilizar o que eticamente é de sua responsabilidade: atender às necessidades dos usuários, realizarem objetivamente seus direitos. Nessa época, a política social vai sendo apreendida em sua relação com a questão social, e a criação dos programas de pós-graduação favorece uma leitura mais crítica sobre a realidade brasileira, com a perspectiva marxiana paulatinamente inscrita na produção teórica de segmentos da categoria profissional. O retorno ao Estado de Direito, em 1985, traz um novo alento à profissão, principalmente com a Constituição, em 1988. Esta incorpora o ideário dos direitos sociais, definindo uma perspectiva, no plano constitucional, de valores éticos, caros aos assistentes sociais. Assim como a garantia da proteção social universal sob a responsabilidade do Estado, especialmente no campo da saúde e da assistência social. A intervenção profissional volta-se para a implementação das políticas nacionais. No primeiro momento, logo após o fim da ditadura, é observada a identificação entre os valores profissionais e os dispositivos constitucionais relativos aos direitos sociais. Verifica-se, entretanto, uma assimetria entre a prática do assistente social, continuando o fazer de épocas anteriores, em contraste com os valores atualizados, como a igualdade na fruição dos direitos, a participação democrática e a proteção universal, sob a égide do Estado em algumas políticas sociais. Dura pouco tempo a convergência de princípios e valores entre o Serviço Social e as políticas governamentais. O círculo virtuoso rompe-se, pelo menos em duas direções no campo profissional e no plano das políticas nacionais de proteção social. Porém, a inserção dos assistentes sociais nas diferentes políticas setoriais vem demonstrando dificuldades na definição de seu papel nas equipes multiprofissionais. A postulação da interdisciplinaridade como diretriz dos processos de trabalho nas políticas sociais, particularmente nos serviços sociais, tem exigido – em tempos de acirramento de corporativismos e de busca pela expansão dos campos disciplinares –, cada vez mais, uma definição objetiva acerca do que compete aos diferentes profissionais. Iamamoto (2002) é clara ao defender que a identidade das equipes profissionais em torno de coordenadas comuns não dilui as particularidades profissionais. Para ela o assistente social, mesmo partilhando o trabalho com os outros profissionais, dispõe de ângulos particulares na interpretação dos mesmos processos sociais e de uma competência distinta para a realização das ações profissionais. Esta decorre de vários fatores, dentre eles a formação profissional, a sua capacitação teórico-metodológica, bem como a sua competência na habilidade para desenvolver determinadas ações. Nesse sentido, um projeto profissional crítico vai além da postulação de um quadro de valores, implica na existência de um corpo de conhecimentos que sustente a definição e a execução das ações profissionais (AQUIN, 2009; CAZZANIGA, 2005). Em relação ao Projeto Ético-político do Serviço Social brasileiro é importante recordar que este contempla, tanto no âmbito da formação como no do exercício profissional, a indissociabilidade das dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Netto (2005, p. 291), ao referir-se ao projeto ético-político, lembra que “não se desenvolveram suficientemente suas possibilidades, por exemplo, no domínio dos indicativos para a orientação de modalidades de práticas profissionais (nesse terreno se tem muito que fazer)”. Assim reafirma o que dizia em 1996:
3.0 Conclusão
 Desde  então,  são  os  assistentes  sociais  que  estão  implementando  o  SUAS,  
enfrentando  inúmeros  desafios  entre  os  quais  destacamos  a  reafirmação  da 
 Assistência  Social  como  política  de  Seguridade  Social,  a  consolidação  e  a  
Democratização dos Conselhose dos mecanismos de participação e controle social; a  organização e apoio à representação dos usuários; a participação nos debates 
sobre o  SUAS,  a NOB,  os  CRAS  e  os  CREAS;  a  elaboração  de  diagnósticos  de  vulnerabilidade  dos  municípios;  o  monitoramento  e  a  avaliação  da política;  o  estabelecimento  de  indicadores  e  padrões  de  qualidade  e  de  custeio  dos 
 Serviços;  contribuindo  para  a  construção de uma cultura  democrática, do 
direito e da cidadania.   
É bom lembrar que se escapa às políticas sociais, às suas capacidades, desenhos  e  objetivos  reverter  níveis  tão  elevados de  desigualdade,  como  os  encontrados  no  Brasil, essas políticas também respondem a necessidades e direitos concretos de seus  usuários.  E os assistentes sociais vêm, em muito, contribuindo, nas últimas décadas, para  a construção de uma cultura do direito e da cidadania, resistindo ao conservadorismo  e  considerando  as  políticas  sociais  como  possibilidades  
concretas  de  construção  de  direitos e iniciativas de “contra‐desmanche.” 
Nessa ordem social injusta e desigual.  No  âmbito  da  pesquisa  e  da  produção  
de  conhecimentos  o  Serviço  Social  .
 É preciso criar uma frente de defesa, o que demanda estratégias de luta em sua efetivação. Não é uma causa perdida o horizonte da seguridade social, e ela será mais visível, e factível, quanto mais elos forem estabelecidos. A assistência social, assim como a saúde, opera para além do indivíduo, isto é, introduz a família como núcleo de proteção social. Não ocorre, todavia, um caminho de articulação entre as duas políticas quanto às implicações da inclusão da família no âmbito da proteção social brasileira, o que deveria ser tematizado de forma mais alargada possibilitando sair de uma discussão um tanto sem horizonte, no âmbito da assistência social, que se ocupa da crítica do trabalho com famílias como uma reedição do familismo, de responsabilidades de proteção social ao âmbito familiar. Enfim aprendemos muito com a pesquisa, mas temos a ser estudado, obtivemos muita discutição na elaboração dos melhores conteúdos pra nosso portfólio.
. 
REFERÊNCIAS:
MOTA, Ana E. Crise Contemporânea do Capital. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências e profissionais. Brasília (DF), 2009. 
NETTO, José Paulo.Capitalismo monopolista e serviço social. São Paulo: Cortez, 1992.
Histórico CFESS/CRESS-institucional-CESS/RN
IAMAMOTO, Marilda & CARVALHO, Raul. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1983.
 IAMAMOTO, Marilda V. A Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998. 
NETTO, José Paulo. Cinco notas a propósito da "questão social". In: Temporalis. ano 2, n.
BATTINI, Odária. Atitude investigativa e prática profissional. In: A prática profissional do assistente social: teoria, ação, construção do conhecimento. São Paulo: Veras Editora, 2009, p. 53 - 77. Conselho Federal de Serviço Social 
– CFESS - Código de Ética Profissional do Assistente Social e Lei 8662/93, que regulamenta a profissão de assistente social, 1993. 
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995. ________________. O conhecimento crítico na reconstrução das demandas profissionais contemporâneas. In: A prática profissional do assistente social: teoria, ação, construção do conhecimento. São Paulo: Veras Editora, 2009, p. 79 - 106.

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