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Direito Constitucional III - 2° bimestre

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Direito Constitucional III 
2º Bimestre 
Letícia Vidal Jaime 
Aula 01 – 01/10/19 
Avisos: Dia 12/11 não terá aula – Aula será reposta em 26/10 
• Política Constitucional Urbana e rural 
Rural = terra: uso-ocupação-domínio-posse 
• A CF prevê um direito fundamental que é o direito de propriedade → 
Regulamentar o uso-ocupação-domínio (título)-posse (exercício) da 
propriedade 
1. Usucapião constitucional de área urbana (Art. 183, CRFB/88) 
• Art. 183 – Área Urbana 
• Garantia de justiça social. 
• Não pode usucapião de terras públicas, ainda que em área urbana. 
a. Requisitos: 
o Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente + posse 
mansa (ninguém pode se opor/abrir processo judicial contra o 
exercício de posse) + posse pacífica (sem violência – ninguém 
tentar tirar o indivíduo de lá); 
o Tamanho da propriedade → terreno de no máximo 245 a 250 
m2; 
o Pessoal → A pessoa que requer a usucapião mão pode ter 
nenhum título de propriedade urbana ou rural; 
o Destinação → Tem que ser necessariamente destinado a 
moradia. 
b. STF → Marco para cumprimento do requisito tempo → CRFB/88 
2. Política Agrícola e fundiária e da reforma agrária (Art. 184, 191, 
CRFB/88) 
• Art. 184 – Área Rural 
• Compatibilizadas com o plano nacional de política agrícola e da reforma 
agrária. 
a. Terras públicas → a terra dos entes federativos (união, estados, Distrito 
Federal, municípios), bem como a terra da administração pública indireta 
(INSS, Petrobrás, Correios etc.) 
o Estas terras não podem sofrer usucapião, mas o poder público 
pode redistribuí-las, fazendo delas objeto de reforma agrária; 
b. Terras devolutas → São terras (propriedades) grandes de particular, 
sem destinação econômica social e/ou ambiental (é o “terreno baldio”) 
→ Terras que não cumprem função socioambiental; também fazem 
parte do plano nacional de reforma agrária; 
o Não pode ter reforma agrária em terra devoluta que seja pequena 
e média propriedade (Lei 8.629/93). 
2.1. Reforma agrária (Arts. 184 e 185, CRFB/88 + Lei 8.629/93 + Lei 
13.001/14) 
• É previsão constitucional 
• Quem efetiva a reforma agrária no Brasil? A União. 
a. Conceito: O que é reforma agrária? É o conjunto de notas e 
planejamentos estatais (política pública) → Intervenção do estado na 
economia brasileira → Repartição das terras rurais/renda fundiária 
b. Competência: Exclusiva da união. 
c. Procedimento: 
• União pega terra devoluta e coloca dentro de um Decreto (feito pelo 
presidente) falando que esta terra devoluta de particular tem interesse 
social para fins de reforma agrária. 
• O decreto segue para o proprietário da terra devoluta, que pode fazer 
sua defesa/a defesa de sua propriedade, alegando ao poder publico que 
ele está dando uma destinação econômica a propriedade 
• Se o poder público não se convencer da defesa, a União, por intermédio 
do presidente, abre uma ação judicial chamada ação de desapropriação 
para fins de reforma agrária e desapropria a terra devoluta para fazer a 
reforma agrária. 
d. Requisitos para fazer a reforma agrária: 
I. Imóvel que não esteja cumprindo a sua função (destinação) 
socioambiental; → Expropriação = tirar a propriedade; 
II. Prévia (antes da transferência) e justa indenização para o 
proprietário; → O poder público vai pagar a justa e prévia 
indenização por meio de precatório rural = títulos da dívida rural, que 
são emitidos ao final da ação de desapropriação → O poder público 
teria até 20 anos após a emissão, contados a partir do seu 2º ano. 
Ou seja, o proprietário teria recebimento do valor em até 20 anos (Se 
o proprietário não concordar com o valor da indenização, não há 
recurso, não há como reclamar) → É TEORIA, NA PRÁTICA NÃO 
FUNCIONA → Precatório rural também tem ordem; 
III. Tudo que o proprietário tiver feito em relação a benfeitorias úteis e 
necessárias dentro do imóvel, serão pagas em dinheiro e não em 
precatório; 
IV. Necessidade do decreto da união declarando a propriedade de 
interesse social; 
V. Isenção de pagamento de imposto/tributo para a transferência da 
propriedade. 
2.2. Usucapião constitucional de área rural (art. 191, CRFB/88) 
• Reforma agrária quem faz é o poder público; 
• Usucapião de área urbana ou rural quem faz é o particular; 
a. Requisitos: 
o Tempo → 5 anos de permanência ininterruptamente; 
o Tamanho → Não pode ser superior a 50 hectares; 
o Destinação → Deve ser para moradia ou para fins econômicos; 
o Aspecto subjetivo → não pode ser proprietário de nenhum outro 
imóvel (rural ou urbano); 
o Especial → Tem que tornar produtiva a referida propriedade, ainda 
que seja produção para a subsistência; 
Aula 02 – 04/10/19 
Controle de Constitucionalidade 
1. Noções introdutórias 
a. Controle de constitucionalidade → Invalidade da norma 
b. Compatibilização vertical das normas do ordenamento jurídico → 
Fundamento de validade → Logo acima = toda normativa terá que 
respeitar seu fundamento acima 
c. Observar se a lei ou ato normativo estão respeitando a CRFB/88 
d. Controle de constitucionalidade → Controle de convencionalidade → 
Controle de legalidade 
2. Pressupostos 
a. Constituição formal → Escrita (Há a necessidade de se ter um 
norteador do fundamento de validade) + formato de constituição (dentro 
→ Poder constituinte originário + poder constituinte derivado 
reformador) 
Poder constituinte originário 
• Inicia o estado democrático de direito 
• É inicial; 
• Autônomo 
• Para sempre; 
• Incondicionado/ilimitado 
• Faz controle de constitucionalidade 
Poder constituinte derivado reformador (emenda a constituição) 
• Derivado/secundário 
• Dependente 
• Condicionado e limitado pelo poder constituinte originário e pelas 
emendas anteriores 
• Sofre e faz controle de constitucionalidade 
b. Constituição rígida: 
• Quórum para alteração diferenciado das leis → Art. 5º, § 
3º, CRFB/88; 
o A alteração é por quórum ultra qualificado; 
o Eficácia social 
• Supremacia constitucional 
c. Existência de um poder competente para exercer o controle 
• Tipicamente exercido pelo poder judiciário; 
o É o tipo de controle pego dos EUA e da Europa 
• Atipicamente/excepcionalmente faz controle: 
o Poder legislativo 
o Poder executivo 
3. Tipos de inconstitucionalidade 
• Classificações não Excludentes: 
o Uma lei tida por inconstitucional pode ser classificada de diversas 
formas: 
3.1. Inconstitucionalidade quanto ao tipo de conduta 
• A conduta vai ser do poder público 
a. Inconstitucionalidade por Ação 
• Atos do poder público (poder legislativo – lei) incompatíveis com a 
constituição; 
• Incompatíveis = desrespeitando seu fundamento de validade; 
b. inconstitucionalidade por omissão 
• Constituição manda o poder público fazer algo e ele não faz, ou faz de 
maneira incompleta; 
• Norma constitucional de eficácia limitada (absoluta) 
o Previsão do direito – CRFB/88 
o Intermediador → Lei → Exercício na prática 
absoluta/total 
relativa 
parcial 
Surgimento: 
• Constituição da Iugoslávia (1974) + Constituição de Portugal (1976) 
Brasil: 
• 2 Remédios jurídicos quando ocorre inconstitucionalidade por omissão: 
o Mandado de injunção – quando a omissão do poder público afeta 
diretamente o indivíduo – Processo constitucional 
subjetivo(eu/sujeito) 
o ADO (Art. 103, CRFB/88) – Processo constitucional objetivo 
Aula 03 – 08/10/2019 
Tipos de inconstitucionalidade 
1. Inconstitucionalidade quanto ao tipo de conduta 
• Poder público → Ação: ADI 
• Comissiva → Ação do Estado 
• Omissão → Vazio normativo 
• Erosão da consciência constitucional → atitude do legislador → perda da 
força normativa da constituição 
1.1. Inconstitucionalidade por omissão 
A) Omissão total: 
• Omissão: ADO 
• Total = com relação às normas constitucionais de eficácia limitada 
o Vazio normativo, não tem lei/ato normativo 
B) Omissão parcial: 
• Existe norma, mas a norma é incompleta 
• Existe a lei, porém, é incompleta porque não atendeaos fins para o qual 
foi criada 
• Exemplo: Lei do salário mínimo 
• Não pode ser atrelada à pessoa, e sim à norma. Não vai recair na falta 
de alguém dentro dessa norma → Isso é omissão relativa 
C) Omissão Relativa: 
• Existe norma, mas ela é incompleta porque falta alguma pessoa dentro 
de sua previsão. 
• Afeta a igualdade prática; 
• Exemplo: lei de majoração de salário e essa lei esquece de uma classe. 
2. Inconstitucionalidade quanto à norma constitucional ofendida 
• Norma constitucional → Manda → poder legislativo → Quem pode fazer 
a lei? Presidente, CN ou TJ → Como? Processo Legislativo → O que 
pode estar dentro da lei? Qual a matéria que pode estar dentro da lei. 
2.1. Inconstitucionalidade formal ou nomodinâmica 
• Quem faz a lei pode andar, assim como o processo legislativo “anda. 
• Quem pode fazer a lei? 
• Como? Processo Legislativo 
A) Inconstitucionalidade formal subjetiva: 
• A “pessoa”, o sujeito que está errado 
• A pessoa que fez a lei ou o ato normativo não poderia ter feito 
• O legislativo, o parlamentar, congressista pode fazer: lei, decreto 
legislativo, emenda constitucional. 
B) Inconstitucionalidade forma objetiva: 
• Não respeita o processo legislativo 
• Há um desrespeito para com o processo legislativo. 
• Desrespeita o quórum específico, por exemplo. 
• Não respeitou o que a lei mandou com relação ao seu processo 
legislativo. 
• Se há a veiculação de outro tipo normativo e o processo constitucional 
legislativo dele era outro 
• Art. 159, § 3º; 
2.2. Inconstitucionalidade material ou nomostática 
• É aquela lei ou ato normativo que viola a matéria da constituição; 
• Hipótese: ela respeitou o processo legislativo, bem como a pessoa que 
fez era apta para tanto → inconstitucionalidade dentro da lei, por 
exemplo, tem um artigo nela que prevê o nepotismo. 
3. Inconstitucionalidade quanto à extensão 
• Vai pressupor a inconstitucionalidade por ação, pois tem-se a premissa 
da existência de lei ou ato normativo, assim, inconstitucionalidade por 
ação. 
3.1. Inconstitucionalidade total 
• Todo ato normativo ou lei devem ser considerados inconstitucionais, 
nada “sobrevive” 
3.2. Inconstitucionalidade parcial 
• Parcela da lei ou ato normativo são constitucionais e a outra parcela é 
inconstitucional; 
• Parcela = um capítulo, uma sessão, um artigo, um inciso, uma alínea, 
um parágrafo e até mesmo uma palavra da lei pode ser considerada 
inconstitucional, porém, nesse último caso, desde que não altere o seu 
sentido. 
• Veto (presidente não concorda) jurídico parcial não pode recair sobre 
uma palavra, somente sobre um capítulo, uma sessão, um artigo, um 
inciso, uma alínea ou um parágrafo. 
Inconstitucionalidade Parcial: 
• Lei X está vigente 
• Pode haver a inconstitucionalidade de uma palavra 
Veto jurídico parcial: 
• Projeto de lei X não tem vigência 
• Não pode recair sobre uma palavra 
4. Inconstitucionalidade quanto ao momento: 
5. Objeto = controle de constitucionalidade 
5.1. Inconstitucionalidade originária 
• A lei ou ato normativo já nasceu inconstitucional porque vão 
desrespeitar a CRFB/88 desde o começo, desde a sua promulgação 
(“nascimento”) 
• Significa que para ter essa inconstitucionalidade a lei me questao 
precisa ser posterior à 1988, ou seja, à promulgação da constituição; 
• Todas as leis que forem anteriores à CRFB/88 estarão sujeitas a 
recepção ou a não recepção, assim, se for constitucional e estiver de 
acordo com o parâmetro da CF de sua época = recepção, se não for, 
não recepção. 
Aula 04 – 11/10/19 
Tipos de inconstitucionalidade 
4.2. Inconstitucionalidade superveniente 
• A norma é recepcionada, mas pode ser objeto posterior de controle de 
constitucionalidade 
• Teoria portuguesa → não aplicação no Brasil 
• Exceção: 2 casos. 
o Excepcionalmente → Inconstitucionalidade superveniente: A 
norma é recepcionada e posteriormente sofre controle de 
constitucionalidade; 
o 1. Alteração das circunstâncias fáticas → Alteração nos valores 
da sociedade 
o 2. Alteração da jurisprudência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Inconstitucionalidade quanto ao prisma de apuração 
5.1. Inconstitucionalidade direta/imediata/antecedente 
• Inconstitucionalidade de uma lei/ato normativo diretamente à CRFB/88 
5.2. Inconstitucionalidade indireta/mediata 
• Inconstitucionalidade não está diretamente ligada à CRFB/88 → Ato 
normativo 
• No Brasil, não se aplica a inconstitucionalidade indireta/mediata por o 
ato intermediador faz controle de constitucionalidade; 
• Inconstitucionalidade precisa estar ligada diretamente a CRFB/88 
a) Consequente 
• Ato é constitucional em um primeiro momento, porém a lei que o 
interliga com a CRFB/88 é inconstitucional e, por consequência, o ato 
também será inconstitucional 
b) Oblíqua/reflexa 
• Lei/ato normativo que intermedia é constitucional, porém, o negócio 
jurídico/sentença/ato normativo é inconstitucional 
 
Classificações do controle de constitucionalidade 
1. Modelos de controle 
CRFB/88 
Leis/atos normativos infraconstitucionais 
Atos administrativos; negócios jurídicos; sentenças 
1.1. Modelo inglês 
• Modelo de inexistência de controle de constitucionalidade 
Poder Político Poder Judicial/judiciário 
Poder legislativo, poder executivo ou 
4º poder 
Norte-americano 
Modelo francês Europeu 
 
1.2. Modelo Francês 
• Conselho constitucional francês; 
• 9 membros escolhidos pelo legislativo; 
• O poder executivo permite que haja composição dos ex-presidentes 
da França 
Aula 05 – 18/10/19 
1.3. Modelo norte-americano 
• Todo e qualquer juiz ou tribunal pode fazer o controle de 
constitucionalidade (controle difuso) 
• Controle difundido/diluído → Não é uma única pessoa que pode 
exercer o controle 
• Feito pelo Poder Judiciário 
• Controle subjetivo: não aplica no meu direito, por exemplo, em um 
contrato 
• Controle concreto: forma de levar a argumentação da 
inconstitucionalidade ao poder judiciário para defender o seu bem 
jurídico 
• 3º grau: Suprema corte (não é a única corte) 
• 2º grau: controle 
• 1º grau: controle 
• Princípio do Stare decisis 
o Quando um caso concreto chega à suprema corte, afeta 
todos, não apenas as partes. 
o Efeito Erga Omnes 
1.4. Modelo europeu *exceção: francês 
• Criação de um órgão do poder judiciário 
• Cortes/tribunais constitucionais (concentrado) 
• É feito pelo Poder Judiciário → modo de suscitar a questao de 
inconstitucionalidade 
• Única Corte que faz o controle → Controle concentrado 
• Alemanha, Itália, Espanha, Portugal; 
• Controle Difuso (EUA) → Controle concreto → Processo 
constitucional Subjetivo (tem interesse dos sujeitos) 
• Controle concentrado (europeu) → Controle Abstrato (“está no 
mundo das ideias) → Processo constitucional Objetivo (Sem parte 
alguma) 
• Controle abstrato → Sem caso concreto → ver se tem harmonia 
entre a legislação infraconstitucional e a CF. Ex.: Caso de prisão em 
2ª instância. 
1.5. Modelo brasileiro 
• Pelo Poder judiciário 
• Modelo Misto/eclético 
• Modelo americano, sem princípio do stare decisis → Apelação 
(recurso extraordinário) na suprema corte tem efeito inter partes (Art. 
52) 
• Agrega o modelo norte-americano + agrega o modelo europeu 
também 
• Tem efeito interpartes 
• Recurso extraordinário: vai para o STF 
• Se manter no 1º grau, não há efeito Erga Omnes 
Última Instância Corte constitucional 
• Sem princípio do Stare 
decisis; 
• Recurso Extraordinário; 
• Modelo Americano 
• Modelo Europeu; 
• Única instância para fazer 
controle abstrato 
 
Poder Judiciário Poder político 
• Todo e qualquer juiz ou 
tribunal 
X 
• Uma única corte destinada 
para este fim 
 
• Poder legislativo 
• Poder executivo 
• 4º Poder (conselho 
constitucional francês) 
 
Em relação ao poder 
judiciário 
Local do modelo Modo de sustentar a 
questão da 
inconstitucionalidade 
Controle difuso Modelo norte-
americano 
Controle concreto 
Controleconcentrado Modelo Europeu Controle abstrato 
 
1.6. Modelo Austríaco 
• Poder judiciário – 1ª corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 – 22/10/19 
1.7. Modelo suíço 
• Tese de nulidade 
o Poder judiciário 
▪ Leis locais 
▪ Leis dos camões suíços 
o Poder político (assembleia nacional) 
▪ Leis nacionais/federais 
1.8. Modelo Brasileiro 
• Controle de constitucionalidade tipicamente feito pelo poder judiciário 
o Perspectiva do modelo norte-americano e europeu 
• Nulidade da norma inconstitucional (ex tunc) 
• Norma já em vigência → controle repressivo 
Classificação dos controles de constitucionalidade 
1. Quanto ao momento do exercício de controle 
1.1. Controle preventivo 
• Modo atípico/excepcional; 
• Controle feito da norma infraconstitucional antes de sua vigência → 
Controle do projeto 
• Não tem declaração de inconstitucionalidade (norma sem existência) 
→ Afastamento do possível vício de inconstitucionalidade 
• Declaração de inconstitucionalidade = declaração de invalidade 
• Declaração de invalidade: 
o prevista ou não prescrita em lei 
o Competente 
o Lícito, possível, determinado ou determinável → respeitar a 
matéria da CRFB/88 
a. Pelo poder legislativo 
• pode fazer controle preventivo 
Norma inconstitucional 
Vício na validade 
Nula: 
Lei não pode 
produzir efeitos 
válidos 
Declara nula 
Ex.: Nascimento 
Anulável (Áustria) 
Lei produz efeito 
Válido até a decisão 
Decreta nula 
Ex.: casório 
• Art. 58, CF/88; 
• CCJ e CCJR 
o Se não é aprovada, vai pro arquivamento 
• CCJ e CCJC 
• Afastamento da inconstitucionalidade = arquivamento 
b. Pelo poder executivo 
• Faz por intermédio de Veto jurídico do chefe do executivo – Art. 66, § 1º, 
CF/88 
c. Pelo poder Judiciário 
• Previsto no art. 60, § 4º, CF/88 (cláusulas pétreas) 
• Recai nas cláusulas pétreas 
o Cláusulas pétreas não podem ser violadas → o único meio de 
“violar” seria por PEC que diminua o número de cláusulas pétreas 
ou que desapareça com elas. → Um parlamentar da casa (onde o 
projeto está) pode impetrar mandado de segurança contra o 
simples processamento de uma PEC que viole cláusulas pétreas 
→ O poder judiciário faz controle quando julga o Mandado de 
segurança 
▪ Aprovação de PEC (Art. 5º, § 3º) → 3/5 dos membros da 
casa, em 2 turnos de votação 
❖ 1) Câmara de deputados → 3/5 
❖ 2) Senado → 3/5 
❖ 3) Câmara de deputados → 3/5 
❖ 4) Senado → 3/5 
• Nas cláusulas pétreas decorrentes das expressas implícitas 
1.2. Controle repressivo 
• Declaração de inconstitucionalidade 
• Norma existe, mas tem um vício insanável em sua validade 
• Inconstitucionalidade = invalidade (a norma existe, mas é inválida) 
→ Não perde a existência! 
• Regra geral: 
a. Pelo poder legislativo 
• Forma atípica/anormal de controle de constitucionalidade no Brasil 
• Controle político de constitucionalidade no Brasil 
• Lei delegada 
• Medida provisória 
b. Pelo poder executivo 
• Forma atípica/anormal de controle de constitucionalidade no Brasil 
• Controle político de constitucionalidade no Brasil 
c. Pelo poder judiciário 
• Forma típica, normal de controle repressivo no Brasil 
Aula 07 – 25/10/19 
Controle repressivo 
• Lei em vigência → Declaração da inconstitucionalidade → Validade 
• Atipicamente: 
o Poder executivo 
o Poder legislativo 
▪ Lei delegada → decreto legislativo 
▪ Não aprovando medida provisória 
• Faltar urgência e relevância 
• Decurso de prazo 
• Tipicamente: 
o Poder judiciário 
 
Classificações do controle de constitucionalidade 
1. Quanto a competência do órgão de controle jurisdicional 
• Controle jurisdicional = Poder judiciário → Típica de controle 
repressivo 
• Regra: Controle repressivo pelo poder judiciário 
1.1. Controle concentrado ou reservado 
• Uma única corte constitucional 
• Erga omnes 
a. Pressupostos 
• Inexistência do princípio do stare decisis 
• Cortes constitucionais → Homens do povo 
b. Conceito 
• Uma única corte 
• Modelo europeu (EC 16/65) 
1.2. Controle difuso ou aberto 
• Todos os órgãos do poder judiciário 
o Todo e qualquer juiz ou tribunal 
o Inter partes 
• Norte-americana (1891) 
o Sem o princípio do stare decisis 
2. Quanto a forma (modo/finalidade) de controle jurisdicional 
2.1. Controle concreto por via incidental/por via de exceção/por via 
de defesa 
• Contestação 
a. Conceito 
• Processo constitucional subjetivo → Direito da parte 
b. Inconstitucionalidade/Constitucionalidade 
• É um pressuposto lógico para o juiz decidir o caso concreto → Para 
garantir o seu direito, a parte alegará constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade da norma → que não se aplica. 
2.2. Controle Abstrato/por via principal/via de ação/via direta 
a. Conceito 
• Processo constitucional objetivo → Não existe interesse das partes 
→ Garantia da supremacia da constituição 
o Faz análise da constitucionalidade das normas 
infraconstitucionais 
b. Inconstitucionalidade/Constitucionalidade 
• É o ponto central do processo 
• Fundamentação jurídica + Pedidos 
 
REGRA → Controle repressivo pelo poder judiciário 
Em relação à competência do 
órgão 
Tipo de processo que 
se leva ao poder 
judiciário 
 
Controle difuso 
• Todo e qualquer juiz ou 
tribunal 
• Inter partes 
Controle concreto 
• Processo 
constitucional 
subjetivo → Em 
todo tipo de 
processo 
• 1891 
EUA 
 
Controle concentrado 
• Uma única corte 
constitucional 
• Erga Omnes 
Controle abstrato 
• Processo 
constitucional 
objetivo 
• ADI, ADC, ADO 
EUROPEIA 
***** No Brasil, o controle difuso é exercido de forma concreta. 
**** No Brasil, o controle concentrado é exercido de forma abstrata. 
*** EXCEÇÃO: No Brasil, tem uma hipótese de controle concreto 
concentrado. (Art. 36, III, CRFB/88) – ADI Interventiva 
 
Apresentar Petição Inicial ao Poder Judiciário 
1 - Endereçamento 
2- Legitimidade Ativa 
3- Nome da peça 
4- Legitimidade passiva (falar sobre o réu) 
5- Fatos (Falar sobre os fatos) 
6- Fundamentação jurídica → Alegação de inconstitucionalidade 
7- Pedidos → Bem jurídico do autor → Direito da parte 
8- Provas 
 
Aula 08 – 26/10/19 
Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade 
• Abstrato = forma, finalidade que se leva o processo ao Poder Judiciário, 
processo constitucional objetivo → Não tem interesse da parte 
1. Natureza jurídica: 
• Processo constitucional objetivo → não há partes em sentido formal, ou 
seja, não há partes em forma antagônica, não tem relação processual, 
pois as partes não estão em “guerra”; não há lide. 
Com lide: Sem lide: 
 
 
 
 
 
 
• Os princípios processuais serem mais para o processo constitucional 
subjetivo; também não tem como a ver interposição de recurso, pois o 
processo já está no STF, instância máxima, assim, os princípios 
processuais serão aplicados com cautela; 
2. Finalidade: 
• Garantia da supremacia da constituição, então, toca norma 
infraconstitucional que ofenda a CF deverá ter sua validade questionada; 
3. Partes: 
• Elas estão presentes dentro do processo constitucional objetivo, ou seja, 
ADI, ADC, ADO, mas isso é na teoria, pois cada processo constitucional 
objetivo tem a sua particularidade. Exemplo: AGU não participa da ADC 
e ADO 
3.1. Competência 
• Controle concentrado → única instância, única corte que pode fazer o 
controle de constitucionalidade. Assim, a competência, no Brasil, será do 
STF → Art. 102, I, CRFB/88 
3.2. Legitimidade ativa: Requerente → autor 
• Quem pode escrever a peça de ADI, ADO E ADC → Autor, ou seja, o 
requerente 
A. Previsão normativa: Art. 103, CF 
B. Legitimados ativos universais: 
• Possuem capacidade para questionar qualquer norma infraconstitucional 
dada a sua função institucional, podem fazer qualquer ADI, ADC e ADO. 
• Ex.: Presidente da república 
Autor 
Juiz 
Réu 
STF Requerente Requerido AGU PGR 
C. Legitimados ativos especiais: 
• Precisam terpertinência temática, ou seja, precisam ter uma ligação 
com a matéria da lei que será questionada. Desta forma, necessitam 
fundamentar a possibilidade e serem o requerente, demonstrando 
que a sua função institucional demanda o questionamento da 
validade da lei em questão 
D. Capacidade postulatória: 
• Capacidade de postular em juízo → quem possui capacidade 
postulatória no Brasil é o advogado 
• Contudo, existe algo que se chama “capacidade postulatória especial” 
→ Ocorre quando a pessoa não é advogado, mas pode postular em 
juízo sem o auxílio de um. 
• Todos os legitimados do art. 103 possuem a capacidade postulatória 
especial, EXCETO: 
o Confederações sindicais; 
o Entidade de classe 
o Partidos políticos com representação no congresso nacional; 
Legitimados ativos especiais 
1. Governador do estado 
Não é extensível ao vice. 
2. Mesa da assembleia legislativa 
3. Entidade de classe: 
• Entidade de classe é um grupo que possua caráter nacional; 
• “Grupo” é aquele que se presta apenas para uma única atividade 
econômica, profissional ou social; 
• “Atividade econômica” = atividade “empresária” → Associações para a 
defesa dos interesses 
• “profissional” como sendo efetivamente os conselhos profissionais → 
uma única profissão 
• “social” como sento os grupos de vulneráveis dentro da sociedade → 
aquelas pessoas que requerem uma proteção maior. 
• “Caráter nacional” significa que essa entidade de classe precisa estar 
presente em pelo menos 1/3 do território nacional, PORÉM, se não for 
possível cumprir com esse requisito por conta das características dessa 
atividade e se a mesma for relevante para a economia nacional, como 
por exemplo a ABERSAL, dispensa-se esse requisito 
4. Confederações sindicais (CLT) 
• Caráter nacional; 
• Não pode ter nada acima delas; 
• Deve ser criada aos moldes da CLT. 
 
Aula 09 – 29/10/19 
Teoria Geral do controle abstrato de constitucionalidade 
• Teoria europeia – EC 16/46 
• Controle abstrato = Processo constitucional objetivo 
1. O papel do advogado geral da união 
• AGU Curador do princípio da presunção → defesa da norma impugnada 
• Só atua em ADI 
• Princípio de presunção (relativa) da constitucionalidade das normas 
2. O papel do procurador geral da república 
• Dever institucional → Parecer para dar sua opinião em relação a ação 
de controle abstrato de constitucionalidade → ADI, ADO, ADC. 
o Parecer não é vinculativo para o órgão julgador 
 
 
3. Amicus Curiae 
• “Amigo da corte” 
• Não é parte no controle abstrato 
• É o 3º interessado – a declaração de constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade irá lhe afetar; 
o Não participa como parte no processo, mas poderá ter voz para 
explicar a norma 
• Participação ou decisão do relator 
Ação direta de inconstitucionalidade 
1. Previsão normativa 
• CRFB/88 – Art. 102, I, “a” 
• Lei 9.868/99 → ADI, ADC, ADO 
o Exercício → peça → Técnica processual 
2. Competência → controle abstrato 
• STF → Art. 102, I, “a” 
3. Peculiaridades 
a. Súmula 360, STF 
• Não há prazo prescricional/decadencial para a proposição de uma ADI; 
• Lapso temporal para questionar a inconstitucionalidade → todas as 
normas posteriores a 1988; 
b. Instância probatória e fática 
• Análise das provas e dos fatos; 
• 30 dias; 
• Limitada pelo art. 6º e 9º, lei 9.868/99 
c. Da decisão final da ADI: 
• Não cabe recurso; 
• Não se altera o mérito da decisão 
• Embargos de declaração 
o Obscuridade 
o Omissão 
o Dúbio (levantou dúvidas) 
o STF “explicar melhor” 
ADI 
1) Endereçamento → STF 
2) Requerente (autor) → Legitimado do art. 103, CRFB/88 
3) Nome da Peça → ADI 
4) Requerido → Poder público 
5) Hipótese de cabimento 
5.1) Da competência originária (Art. 102, I, “a”) 
5.2 ) Da legitimidade ativa → Art. 103 → Pertinência temática 
5.3 ) Cabimento da ação 
6) Fundamentação jurídica → parâmetro + objeto 
 
Aula 10 – 01/11/19 
Ação direta de inconstitucionalidade 
 
1. Parâmetro (menos o preâmbulo) 
• Norma de referência da CRFB/88 → Toda a CRFB/88 
• Norma constitucional tida por violada 
• Aberto → Há a possibilidade de o STF analisar toda a CRFB/88 frente a 
norma impugnada → STF não está adstrito ao parâmetro levantado na 
ADI 
2. Objeto 
• Norma infraconstitucional que está condicionada a CRFB/88 → 
Fechado. STF adstrito ao objeto levantado em Adi → não pode analisar 
além 
o Fechado → Inconstitucionalidade por arrastamento → Exceção 
ao objeto fechado 
a. Podem ser objeto: 
• EC (Parâmetro + objeto) 
• Lei vigente 
• Medida provisória + decreto presidencial 
• Decreto-legislativo 
• Regimento interno dos tribunais + resoluções CNJ/CNMP 
• Atos administrativos diretamente ligado a CRFB/88 
B. Não podem ser objeto: 
• Ligar parâmetro ao objeto 
• Normas constitucionais originárias 
o Poder constituinte originário → Parâmetro 
o Atos secundários (AA; NJ; S) → Legalidade 
o Normas anteriores à CRFB/88 → Recepção ou não-recepção 
o Leis já revogadas (já perdeu a existência) ou lei temporária cuja 
qual já passou seu lapso temporal → FRAUDE PROCESSUAL 
o Fraude processual → Revogações sucessivas com claro intuito 
de burlar a jurisdição constitucional. 
C. Limitação espacial (súmula 642, STF) 
• Leis distritais podem advir da competência estadual do DF; não podem 
advir da competência municipal do DF. 
3. Questões gerais 
a) Súmula 360, STF → Declaração de inconstitucionalidade = atos nulos de 
pleno direito 
• Para ADI, não se aplicam prazos prescricionais e/ou decadenciais 
b) Recursos: não existem recursos da decisão de ADI → Não se altera o 
mérito 
• Obscura, dúbia, incompleta → Melhor explicar 
• Instrumento processual: Embargos de declaração 
c) Princípios do processo subjetivo → Só são aplicados com cautela! 
• Regulamentação do processo de ADI → Lei 9.868/99 – princípios 
próprios → Subsidiariamente CPC 
• I – Inconstitucionalidade por arrastamento → Exceção; ampliar o 
objeto da ADI 
• II – Efeito repristinatório tácito 
• III – Teoria da modulação/temperamentos dos efeitos da decisão final 
• IV – Teoria dos efeitos transcendentes dos motivos determinantes 
 
 
4. Processo da ADI 
a) Requisitos da petição inicial 
• Art. 3º e 4º, Lei 9.868/99 
• Parâmetro + objeto 
b) inconstitucionalidade por arrastamento (exceção ao objeto fechado) 
• STF arrasta; 
• Existe um ato normativo diretamente ligado e dependente do objeto da 
ADI, neste caso, há a possibilidade de o STF arrastar tal norma para 
dentro do objeto da ADI. 
S. Tutela de urgência 
a) conceito: Antecipação dos efeitos da decisão 
• Decisão prelária (pode ser alterada a qualquer tempo); 
• Antecipar a declaração de inconstitucionalidade → Suspender a validade 
da norma → Liminar → Efeito ex nunc – erga omnes → Efeito 
vinculante, gera suspensão de todos os processos que estão no STF 
tendo a norma suspensa como objeto 
o Declaração → “retiro” a validade da norma → final; 
b) Quórum de votação 
• Regra geral: 6 ministros 
• Exceção: decisão monocrática – um ministro concedendo a liminar → 
Urgência extrema; relesso 
Aula 11 – 05/11/2019 
Liminar 
• Suspensão da validade da lei ≠ Declaração da invalidade 
• Declaração da invalidade: 
o Definitiva → erga omnes + vinculante 
o Decisão final 
o Ex tunc (nascimento da lei) 
• Suspensão da validade da lei: 
o Precária = temporária → Tutela de urgência → Erga omnes + 
vinculante → Não aplicação da lei 
o Quórum: 6 ministros. Exceção: monocrático 
• Suspende todos os processos que se encontram a lei questionada 
somente no STF. 
Ação direta de inconstitucionalidade 
1. Tutela de urgência 
a. Efeitos 
• Erga omnes; 
• Vinculante (decisão atingir o poder público)** 
o Efeito vinculante também vale para decisão definitiva 
• Ex nunc (Suspensão da validade da lei irá valer a partir do momento que 
o STF conceder a liminar) 
b. Efeito repristinatório tácito 
• Lei revogada por uma outra lei que está suspensa, em caráterliminar, 
por ser objeto de uma ADI, volta a ter existência, validade e eficácia. 
• Repristinação = instituto que dá vida novamente a uma lei revogada 
o Volta a ter vida → Existência, validade e eficácia. 
o É proibida no Brasil 
 
2. Decisão final 
• Declaração de inconstitucionalidade (= invalidade) 
a. Quórum 
• Concessão da ADI → Declaração de inconstitucionalidade → 6 ministros 
• 1º Quórum de votação: 6 ministros 
• 2º quórum de instalação da sessão (efeitos): 8 ministros em plenário 
b. Efeitos 
• Erga Omnes 
• Vinculante (2 órgãos não-vinculados): 
o 1º poder legiferante (poder de fazer normas) 
o 2º poder legiferante: ADI ser julgada improcedente (norma-objeto 
constitucional) 
• Ex tunc → Exceção: teoria da modulação ou do temperamento dos 
efeitos da decisão 
o Não pode ter produzido nenhum efeito válido. 
o Garantir segurança jurídica + estabilidade das relações sociais: 
▪ Ex tunc → ex nunc 
▪ Ex tinc → pro futuro 
c. Partes da decisão 
Decisão da ADI 
Relatório = resumo da ação, do 
processo da ADI 
Fundamentação = motivos que 
ensejarão a declaração de 
inconstitucionalidade ou de 
constitucionalidade; a razão jurídica 
Dispositivo = é a decisão 
propriamente dita; é a declaração de 
constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade; a única parte 
que vincula e recai efeitos ex tunc e 
ex nunc, consta no dispositivo. 
 
d. Teoria dos efeitos transcendentes dos motivos determinantes: As 
partes da decisão que vinculam aos efeitos: fundamentação + dispositivo 
• NÃO É ADOTADA NO BRASIL. SOMENTE É ADOTADA PELO 
MINISTRO GILMAR MENDES 
e. Decisão ADI e ADC 
• Julgamento conjunto de ADI e ADC que tenham a mesma norma-objeto. 
o ADI improcedente – ADC procedente (norma-objeto 
constitucional) 
o ADI procedente – ADC improcedente (norma-objeto 
inconstitucional) 
Aula 12 – 08/11/19 
Ação declaratória de constitucionalidade 
1. Introdução 
a. Criação: Ec 03/93 
b. Previsão: Art. 102, I, “a” + Lei 9.868/99 
c. Natureza: Processo constitucional Objeto (abstrato) 
2. Pressuposto: controvérsia judicial relevante → Controle concreto + 
Tribunais de Justiça 
 
 
a. Princípio da presunção de constitucionalidade das normas 
• Relativa → ADI, ADC 
3. Finalidade 
• Ratificar a presunção de constitucionalidade das normas 
• Afastar a insegurança jurídica 
• Interpretação homogênea 
4. Legitimidades 
a. Ativa → Art. 103 → = ADI→ Universais, especiais; 
b. Passiva → Inexistente → “em face das controvérsias judiciais relevantes” 
 
 
c. AGU → Não atua 
d. PGR → Parecer em 15 dias 
5. Competência → controle concentrado → STF 
6. Parâmetro (= ADI) → Toda a CRFB/88 com força normativa 
 
7. Objeto → é mais restrito que o da ADI. Assim, o objeto da ADC são somente 
as normas nacionais e federais. 
8. Medida cautelar → declaração de constitucionalidade. 
• Efeito vinculante: vai gerar a suspensão de TODOS os processos que 
envolvam a norma objeto em todas as instâncias do Poder Judiciário. 
STF tem 180 dias para julgar a ADC se houver liminar. 
• Intercorrência temporal não importa aqui, ou seja, não se fala em ex 
nunc e ex tunc. 
• Efeito erga omnes 
9. Decisão final → Se tiver liminar, 180 dias. 
• Efeitos: 
o Sem efeitos temporais (ex tunc ou ex nunc), pois não faz sentido; 
o Erga Omnes (para todas as pessoas será aplicada a norma) 
o Vinculante (todos os poderes públicos estão vinculados pela 
concessão da ADC, com exceção do plenário do STF e o poder 
legiferante) 
• Retificação da constitucionalidade → Declaração de constitucionalidade 
Aula 13 – 19/11/19 
Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) 
1. Introdução 
• Semelhante a ADI, mas com caráter especial. 
• Não tem vinculação constitucional, pois não há legislação. 
• ADO é instrumento que vem para acabar com a erosão da consciência 
constitucional, ou seja, o poder legislativo não se sente vinculado e não 
legisla sobre um determinado assunto. 
• Premissa: Existência de norma que precisa de complementação = 
Norma constitucional de eficácia limitada. 
o Norma constitucional de eficácia plena = previsão + exercício 
direto, não necessita de complementação 
o Norma constitucional de eficácia contida = previsão + exercício 
direto; pretende ser norma de eficácia plena, mas o poder 
legislativo pode limitar, legislar, complementar; 
• Prevista no art. 103, § 2º, CRFB/88; 
• ADO é mais sério que a ADI. 
• PGR (parecer) → ADI, ADC, ADO. 
• AGU → ADI → Curador da presunção de constitucionalidade das 
normas infraconstitucional 
a) Criação → Remédio previsto na CRFB/88 + Lei 9.868/99 
• ADI → EC 16/96 → Em face + requerido 
o Efeitos: Erga omnes + vinculante + ex tunc 
• ADO → CRFB/88 → Em face da omissão + requerido 
o Efeitos: 
• ADC → EC 03/93 → Em face das controvérsias judiciais relevantes 
o Efeitos: Erga omnes + vinculante 
• Todas têm previsão constitucional, mas são regulamentadas pela lei 
9.868/99 (liminar) 
b) Objetivos 
• Acabar com a inércia do poder público (fazer com que haja a feitura de 
norma); 
• Garantir a força normativa + supremacia da CRFB/88 + sanar a lacuna 
inconstitucional 
2. Competência → STF – Art. 102, I, “a” 
3. Parâmetro → São normas da constituição que dependam de intermediação 
legislativa para ter o seu exercício (normas constitucionais de eficácia limitada) 
4. Objeto 
• Omissão inconstitucional do poder público (poder público tinha que fazer 
alguma coisa, mas não fez); 
• É um “non facere” do poder público; 
• Pode ser omissão total ou parcial; 
• Declaração de mora do poder público → prazo razoável para edição da 
norma infraconstitucional 
o CRFB/88 – 18 meses = indicação (não é obrigatório) do STF para 
criar a norma regulamentadora. 
▪ Normas de 1988; 
▪ EC x/2019. 
5. Legitimidade ativa → Art. 103, CRFB/88, porém, com uma ressalva: caso o 
legitimado ativo tenha competência para sanar a omissão inconstitucional, não 
poderá propor ADO. 
6. Legitimidade passiva (requerido) 
• O responsável pela omissão inconstitucional → é quem do poder público 
está em mora, ou seja, quem deveria fazer a norma e não fez; 
• Em face da omissão inconstitucional + requerido 
7. Efeitos da decisão 
 
 
Incidente de inconstitucionalidade no âmbito dos tribunais (controle 
difuso concreto) 
• Difuso → Qualquer juiz ou tribunal pode fazer o controle de 
constitucionalidade 
o Juiz → afasta a incidência da norma tida por inconstitucional; 
o Tribunal → Declarar a inconstitucionalidade da norma (abstração 
do controle concreto) 
• Concreto → Processo constitucional subjetivo 
1. Previsão 
• Regimento interno dos tribunais + Arts. 948 – 950, CPC 
2. Cláusula de reserva de plenário (“full bench” = espécie de tribunal 
cheio, completo) 
a) Conceito → Algumas competências são reservadas ao plenário dos 
tribunais 
b) Inconstitucionalidade 
• Declaração; 
• Só pode ser realizada pela maioria absoluta do tribunal, ainda que em 
controle difuso-concreto; 
 
 
 
 
 
Aula 14 – 26/11/2019 
Correção da prova do 2º Bimestre 
Questão Discursiva 
1) Em razão do grande quantitativo de acidentes fatais na área urbana, a 
Câmara Municipal do Município Alfa, do Estado D, aprovou e o Prefeito 
Municipal sancionou a Lei no 123/2018. Esse diploma normativo previu 
multas um pouco mais elevadas que aquelas previstas no Código de 
Trânsito Brasileiro para os motoristas que trafegassem em velocidade 
superior à permitida no território do Município Alfa. Sabendo-se que 
compete privativamente à União legislar sobre trânsito (art. 22, IX, 
CRFB/88), observa-se uma transparente inconstitucionalidade da Lei 
Municipal 123/2018. A partir de tais informações, pergunta-se: poderia o 
Governador do Estado Z propor uma ADI contra a Lei Municipal 123/2018 
no Supremo Tribunal Federal? Por quê? 
Resposta: A lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade 
frente a CRFB/88. 
Questões Objetivas 
1) A jurisdição constitucional teve em HansKelsen um de seus primeiros 
formuladores teóricos, no limiar do século XX. Desde então, o 
procedimento de controle de constitucionalidade passou por significativa 
evolução, com a adoção de modelos jurídicos mais adequados às 
demandas contemporâneas. Acerca do assunto, assinale a alternativa 
correta: 
a) O modelo trazido pela Constituição Federal de 1988 ampliou 
significativamente o rol de legitimados à propositura de ações visando o 
controle difuso de constitucionalidade, não mais limitado à Procuradoria Geral 
da República. 
Correção: Visa o controle concentrado 
b) Declarar a inconstitucionalidade de uma determinada lei no controle 
concentrado de constitucionalidade é ato judicial de extrema gravidade. Por 
isso, norma jurídica tida por inconstitucional deve ser declarada nula com 
efeitos ex nunc da decisão judicial. 
Correção: Deve ser declarada nula com efeitos ex tunc 
c) A constituição Federal inovou em relação ao modelo anterior de controle de 
constitucionalidade, introduzindo a possibilidade e exame de 
constitucionalidade por omissão. 
d) Controle concentrado de constitucionalidade é aquele que é exercido apenas 
e tão somente pelo Supremo Tribunal Federal; controle difuso, por sua vez, é 
aquele que pode ser proferido por qualquer Juiz Federal. 
Correção: Não somente juiz federal. 
e) A Ação Declaratória de Constitucionalidade é ferramenta de controle de 
constitucionalidade inócua diante de presunção de validade que apanha as 
normas jurídicas 
Correção: Inócua significa “não serve para nada”. 
Resposta Correta: Letra C 
2) Sobre o controle de constitucionalidade no sistema jurídico brasileiro, 
considere as seguintes assertivas: 
I. O controle concentrado de constitucionalidade produz efeitos apenas 
entre as partes litigantes. 
Correção: Efeitos Erga Omnes 
II. O Supremo Tribunal Federal no Brasil é o único legitimado a realizar o 
controle abstrato-concentrado de leis e atos normativos em face da 
Constituição Federal. 
III. Órgão judicial de qualquer instância poderá fazer o controle de 
constitucionalidade concentrado para resolver adequadamente o caso 
concreto. 
Correção: órgão judicial de qualquer instância poderá fazer o controle de 
constitucionalidade difuso para resolver adequadamente o caso concreto 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I 
b) II 
c) II e III 
d) III 
e) I e III 
Resposta: Letra B 
3) Considerando o controle constitucional, analise as seguintes 
proposições: 
I) O Brasil adota o controle de constitucionalidade jurisdicional 
combinado. 
II) Para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 
são os mesmos legitimados à propositura da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade e da Ação Declaratória de Constitucionalidade 
(ADC). 
III) Cabe desistência na Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão. 
Correção: Não cabe desistência em ADO. 
IV) No Brasil a Constituição Federal é rígida e escrita, possibilitando o 
controle da constitucionalidade. 
V) As Ações Diretas no sistema concentrado tem por mérito a questão da 
inconstitucionalidade das leis ou atos normativos federais e estaduais. 
Responda: 
a) Somente a proposição I está correta 
b) Somente a proposição II está correta 
c) Somente a proposição III está correta 
d) As proposições I, II, III e IV estão corretas 
d) As proposições I, II, IV e V estão corretas 
Resposta: Letra E 
4) A cláusula de reserva do plenário obriga: 
a) Os tribunais a declarar a inconstitucionalidade de lei apenas pelo voto da 
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão 
especial, não podendo ser dispensada em qualquer hipótese. 
b) Os tribunais a declarar a inconstitucionalidade de lei apenas pelo voto da 
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão 
especial, podendo ser dispensada quando já houver pronunciamento do 
plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. 
c) O Congresso Nacional a aprovar, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, os projetos de lei ordinária, podendo ser dispensada quando o 
projeto for aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça. 
d) O Congresso Nacional a aprovar, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, os projetos de emenda à Constituição, não podendo ser dispensada 
em qualquer hipótese. 
Resposta: Letra B 
5) Sobre o controle de constitucionalidade estudado no bimestre, julgue 
as afirmações abaixo: 
I. A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta 
a repristinação de norma anterior que por ela havia sido revogada, efeito 
que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 
2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razoes de segurança 
jurídica ou de excepcional interesse social. 
II. Quando o direito brasileiro adotou o controle de constitucionalidade de 
matriz norte-americana, a ele não veio o stare decisis, porque é elemento 
cultural que não se transplanta com facilidade e de pronto. Entretanto, 
para adequar tal sistemática à impossibilidade da adoção do stare 
decisis, utilizou-se do mecanismo da suspensão da execução da lei pelo 
Senado Federal, prevista no art. 52, X, CRFB/88. 
III. A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito de ação direta de 
constitucionalidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculante para 
todos os órgãos do Poder Executivo e demais órgãos do poder judiciário. 
Correção: Não tem sentido falar em efeito temporal no caso de ADC. 
IV. Paulo, motorista devidamente habilitado, é surpreendido por 
fiscalização de agentes de trânsito que constataram a infringência, por 
parte do condutor, de diversas formas do Código de Trânsito. Insatisfeito 
com o ocorrido, o motorista apresentou recurso administrativo que veio a 
ser improvido. Inconformado com a decisão proferida apresentou a ação 
judicial cabível requerendo que a norma que acarretou sua punição fosse 
declarada inconstitucional e que as multas fossem canceladas. Está-se 
diante do denominado controle de constitucionalidade concreto. 
a) E; C; C; C. 
b) C; C; C; E. 
c) E; C; E; C. 
d) C; C; E; C. 
e) C; E; E; C. 
Resposta: Letra D 
6) O sistema brasileiro de controle de constitucionalidade permite: 
a) impugnação de lei municipal, em face da Constituição da República, por 
meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade Federal. 
Correção: Lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade frente 
a CRFB/88. 
b) Verificação de inconstitucionalidade durante o processo de elaboração da 
lei, com o devido afastamento da alegada inconstitucionalidade. 
c) O saneamento da omissão inconstitucional, obrigando-se o Poder 
competente a adotar as providências necessárias 
Correção: Estipulação de prazo. 
d) a propositura de Ação Declaratória de Constitucionalidade Federal pelo 
Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Correção: Seccional = Regional. O correto seria Conselho Federal. 
Resposta: Letra B 
7) Assinale a alternativa correta a despeito do controle de 
constitucionalidade no Brasil: 
a) No Direito Brasileiro, o controle difuso de constitucionalidade é realizado, em 
regra, pela via principal, sendo caracterizado pela possibilidade de qualquer 
juiz ou tribunal realizar o controle de constitucionalidade, em que a análise da 
constitucionalidade da lei é o objeto principal da ação. 
Correção: É a causa de pedir da ação. 
b) A existência de uma Constituição rígida é requisito fundamental e essencial 
do controle de constitucionalidade, materializado no que parte da doutrina 
chama da Princípio da Supremacia da Constituição. 
c) Lei ou ato normativo do município de Curitiba que contrarie preceito da 
Constituição da República Federativa do Brasil (1988) pode ser objeto de ADI 
no STF. 
Correção: Lei municipal não pode sofrer controle de constitucionalidade frente 
a CRFB/88. 
d) O controle preventivo é aquele realizado durante o processo legislativo e 
formação do ato normativo,sendo, no Direito Brasileiro, de atribuição exclusiva 
do poder legislativo. 
Correção: Poder judiciário e poder executivo podem fazer controle de 
constitucionalidade preventivo. 
Resposta: Letra B 
8) Em relação ao controle de constitucionalidade, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) A inconstitucionalidade por arrastamento vem a ser exceção no Direito 
Brasileiro, considerando-se a possibilidade de que o STF possa a vir analisar 
outros atos e/ou leis normativos além daqueles previstos como objetos da ADI. 
Neste caso, aqueles atos guardarão uma dependência lógica para com os 
objetos da ADI. 
Observação: Conceito da Teoria da Inconstitucionalidade por Arrastamento. 
b) A Teoria dos Efeitos Transcendentes dos Motivos Determinantes, adotada 
até hoje pelo STF, estabelece que não apenas o dispositivo da decisão de ADI 
é vinculante, mas também os motivos, a fundamentação da decisão vincula e 
possui efeitos erga omnes e ex tunc. 
Correção: O STF não adota a Teoria dos Efeitos Transcendentes dos Motivos 
Determinantes. 
Observação: O restante da questão está correta, define o conceito da Teoria 
dos Efeitos Transcendentes dos Motivos Determinantes. 
c) A Teoria da Modulação/Temperamento dos Efeitos da Decisão infere-se ao 
fato de que, em situações excepcionais, para garantir a segurança jurídica e a 
estabilidade social, o STF poderá transmutar o efeito ex tunc para efeitos ex 
nunc ou pro futuro da decisão de ADI. 
Observação: Conceito da Teoria da Modulação/Temperamento dos Efeitos da 
Decisão 
d) A decisão definitiva de mérito, proferida pelo STF, na ação declaratória de 
constitucionalidade, terá eficácia erga omnes e vinculante, não fazendo sentido 
se referir ao efeito temporal da decisão. 
Observação: São os efeitos da decisão de ADC. 
e) A inconstitucionalidade pode ser forma ou material, preventiva ou repressiva. 
Resposta: Letra B 
Sobre a prova final: Tendência a fazer 20 questões de Verdadeiro ou falso, 
explicando a falsa. 
Aula 14 – 26/11/2019 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
• Instrumento de controle concentrado e abstrato; 
• Adentra o campo da ADI, ADC e ADO; 
• Tem caráter subsidiário, primariamente deve-se observar se a norma-
objeto não poderá ser objeto de ADI ou ADC → Se a norma impugnada 
não for caso de ADI ou ADC, pode postular ADPF. → Obedece ao 
princípio da Fungibilidade 
o Princípio da fungibilidade: a peça processual que for apresentada 
como ADPF e for caso de ADI (e vice-versa), poderá ter seu 
defeito sanado, meramente alterando o nome da peça. 
1. Características Gerais 
a. Criação 
• Previsão: A CRFB/88, em seu art. 102 e respectivos parágrafos, criou a 
ADPF; 
o Até 1999, nenhuma ADPF foi interposta no STF, pois o STF 
entendeu que o art. 102 e respectivos parágrafos, são normas 
constitucionais de eficácia limitada, ou seja, era necessária uma 
norma para poder regulamentar. A partir da lei no 9.882/99, que 
regulamentou a ADPF, passou a haver julgamentos de ADPF. 
• Regulamentação do exercício da ADPF: Lei no 9.882/99 
b. Natureza jurídica 
• Controle abstrato (processo constitucional objetivo) 
• É também controle concentrado, pois deve ser julgado pelo STF. 
c. Pressupostos 
• Arguição autônoma 
• Arguição incidental 
2. Parâmetro 
• Mais restrito que o parâmetro da ADI, ADC e ADO; → São SOMENTE 
os preceitos fundamentais; 
o Princípio da unidade da constituição: não há normas mais 
constitucionais que outras; → Algumas normas constitucionais, 
quando violadas acarretam maior prejuízo a sociedade: 
▪ I. Cláusulas pétreas 
▪ II. Direitos Fundamentais individuais-sociais-coletivos-de 
nacionalidade e políticos. 
▪ III. Princípios gerais da república 
▪ IV. Decisões políticas estruturantes; 
▪ V. Princípios constitucionais sensíveis – Art. 34, VII 
• Toda a CFRB/88, menos o preâmbulo. 
ADPF Incidental X ADPF Autônoma 
Categoria ADPF Incidental ADPF Autônoma 
Objeto 
(mais amplo) 
Controvérsia Constitucional 
relevante, que vai influenciar 
o controle concreto, no 
sentido de interpretação de 
normas infraconstitucionais. 
Lesão ou ameaça de lesão a 
preceito fundamental. → 
Lesão ou ameaça a lesão 
pode ser por qualquer ato do 
poder público, normativo ou 
não. 
 
Aula 15 – 29/11/2019 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental 
• Controle abstrato + concentrado 
Arguição autônoma 
1. Conceito 
2. Legitimidade 
3. Parâmetro 
4. Objeto 
5. Decisão e efeitos 
 
Arguição incidental 
1. Conceito → Controvérsia constitucional relevante acerca da aplicação de 
um preceito fundamental 
• Pressuposto: existência de um caso concreto → Controvérsia judicial 
• Antecipação do modo de aplicação e interpretação do preceito 
fundamental pelo STF → Só chegaria lá depois de muito tempo e via 
Recurso Extraordinário 
 
2. Legitimidade → Arts. 103, CRFB/88 
3. Parâmetro → Preceito fundamental 
4. Objeto → somente pode ser Lei ou ato normativo → 3 poderes, 3 entes 
federativos 
• Pode vir de lei ou ato normativo estadual, municipal e federal, qualquer 
tipo de lei. 
1. Lei ou ato normativo municipal CRFB/88 
2. Direito já revogado CRFB/88 
3. Leis/atos normativos que já se 
exauriram no tempo (não estão 
mais em vigência devido ao lapso 
temporal) 
CRFB/88 
 
5. Decisão 
• Efeitos ex tunc + erga omnes + vinculante. 
• Modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental 
• Endoprocessual → Dentro do caso concreto que está suspenso → modo 
que deve ser aplicado o preceito fundamental 
• Extraprocessual → Efeitos ex tunc + erga omnes + vinculante. → 
Influencia qualquer processo que possa vir da interpretação do preceito 
Arguição autônoma 
1. Conceito 
• Não tem caso concreto como pressuposto 
• Evitar (preventiva) ou reparar (repressiva) lesão à preceito fundamental 
o Descumprimento mais amplo da inconstitucionalidade 
Atos que somente podem ser objetos da ADPF 
2. Legitimidade → Art. 103, CRFB/88 
3. Parâmetro → Preceito fundamental 
4. Objeto → Qualquer ato do poder público ou de quem faça as vezes do 
poder público (ex.: pedágios, Ecovias não é poder público, mas faz vezes de 
poder público, delegação do poder público) 
• Pode ter ou não força normativa: 
Hard Law (direito com força normativa) ≠ Soft Law (direito sem força 
normativa) 
5. Decisão e efeitos → ex nunc + erga omnes + vinculante → Para evitar que 
advenha a lesão a preceito fundamental e/ou fazer sanar a lesão

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