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o desafio da educação para surdos no Brasil

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OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA SURDOS NO BRASIL
 20 DE NOVEMBRO DE 2017 . POSTED IN REPORTAGENS
Reportagem: Júlia Mallmann (juliamallmann4@gmail.com)
O tradicional Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM–, aconteceu com uma novidade: em 2017 foi realizada a primeira prova com tradução para LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. Além disso, o tema da redação também teve relação com o assunto: “desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Mas quais seriam estes desafios? Como incluir e proporcionar igualdade para essa parcela da população? É o que procuramos responder com esta reportagem.
Para a professora do Departamento de LIBRAS da UFSC, Ronice Müller de Quadros, o maior desafio da área no Brasil é a implantação da educação bilíngue (língua portuguesa – LIBRAS). “Porque ela já é reconhecida como necessária e legalmente faz parte de documentos oficiais”, complementa. O decreto 5.626, de 2005, regulamenta a lei de LIBRAS de 2002, a 10.436. O Plano Nacional de Educação – PNE, votado em 2014 –, que planeja a educação para os próximo 10 anos, a contar de 2014, prevê, na meta 4 a educação bilíngue para surdos contemplada de 0 até 17 anos, preferencialmente na rede pública de ensino. Entretanto, ainda não existe tal implementação.
“Como não existe essa implementação, o que acontece é que o aluno surdo quando consegue concluir o ensino médio, vai fazer o ENEM em LIBRAS agora, sem ter o acesso à educação bilíngue, sendo sobrevivente do sistema que ainda não está estruturado para receber o aluno surdo”, explica a professora. Inclusive, a maioria dos quase 2.000 alunos surdos que prestaram o ENEM este ano está fazendo a prova pela quarta ou quinta vez, de acordo com a professora, devido à falta de acessibilidade.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as línguas de sinais não são universais: existe a Língua de Sinais Americana, por exemplo, e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Essas línguas não são apenas um conjunto de gestos, mas são expressivas e complexas, permitindo que os surdos discutam sobre todos os assuntos. “Trazer este tipo de tema, que envolve a LIBRAS e os surdos, é importante para provocar a reflexão, para tirar a pessoa da sua zona de conforto para olhar o outro que é diferente e que também faz parte da sociedade.”
A Universidade Federal de Santa Catarina é pioneira, entre as universidades, em oferecer o curso de LIBRAS, tanto à distância (regular em 2014), quanto presencial (regular em 2009). Além disso, também atende todos os Cursos de Licenciaturas da própria UFSC, oferecendo a disciplina LSB 7904 – Língua Brasileira de Sinais. Atende ao Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e o Art. 18 da Lei 10.058, de 19 de dezembro de 2000. Este ano, pela sexta vez, o vestibular da UFSC também apresentará o edital em LIBRAS.
Cada termo tem seu uso
Surdo:  apresenta uma perspectiva socioantropológica, uma definição social. “Os surdos se identificam como surdos”, acrescenta a professora Ronice. “Quando vou me referir ao grupo social, utilizo a palavra ‘surdo’, deficiente auditivo é uma coisa mais técnica.”
Deficiente auditivo:  apresenta uma perspectiva técnica, clínica, médica, terapêutica. Não é errado usar a expressão. “Os médicos não dizem ‘você é surdo’, eles dizem ‘você é deficiente auditivo profundo’, este é um termo técnico.” Surdez é, também, uma expressão técnica.
Ouvinte: pessoa não surda. “Lembro-me de alguém me contando que foi descobrir que era ouvinte quando conviveu com um surdo, é interessante porque a gente não se identifica como ouvinte, mas o surdo se identifica como surdo.”
Educação bilíngue: educação em que existe um projeto político-pedagógico que prevê um ambiente bilíngue: se for uma escola só para surdos, a LIBRAS será a primeira língua e o português a segunda. Se for mista (com surdos e ouvintes), o português será a primeira e a LIBRAS a segunda para os ouvintes; já para os surdos, a LIBRAS continua como primeira.
Tradutor: trabalha com a tradução de materiais, do português para a LIBRAS. A tradução é geralmente feita para o vídeo. Um exemplo disso são os editais em vídeo da UFSC. A LIBRAS escrita ainda está sendo elaborada.
Intérprete: atua como intermediário/a entre surdos e ouvintes, estão presentes em eventos, palestras etc., fazendo tradução simultânea. “Existe uma compreensão equivocada de que se há um interprete está garantida a educação bilíngue.”
Professor/a de LIBRAS: quem ministra aulas de LIBRAS, profissional formado pelos cursos de graduação, os da UFSC são pioneiros.
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Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil
Posted on 5 de novembro de 2017 by Leandro Rodrigues
05NOV
Os surdos formam uma comunidade – são mais de 10 milhões somente no Brasil –, com cultura própria e, sob o escopo do Bilinguismo, com língua própria, porém a formação educacional de surdos no Brasil (tema da redação do ENEM 2017) não depende apenas do reconhecimento da Libras como língua oficial.
Entenda a Diferença entre deficiência auditiva e surdez aqui.
A LIBRAS é disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores desde 2005. Mas quantos professores realmente aprendem LIBRAS após concluírem suas licenciaturas?
No livro Educação de Surdos: formação, estratégias e prática docente, a professora Francislene afirma que mesmo com o reconhecimento da relevância da Língua de Sinais na educação de surdos, a literatura especializada mostra que esse período foi interrompido por uma corrente educacional que não acreditava que a Língua de Sinais supria todas as necessidades linguísticas dessas pessoas, buscando, assim, a sua normalização, com a finalidade de torná-las ouvintes. Esse processo recorria ao reparo do aparelho auditivo das pessoas com surdez. Negou-se, pois, aos surdos, seus direitos de crescimento e avanço social, visto que não foram respeitadas suas particularidades cognitivas, linguísticas e sociais. Nesse período foi priorizada a língua oral.
Sabemos que reconhecimento da Língua de Sinais como língua natural da comunidade surda é um grande avanço.
Contudo a educação formal nos moldes do bilinguismo (como é ofertada atualmente aos surdos) não é garantia de acesso ao Ensino Superior ou a uma formação profissional de qualidade.
“Não é garantia”. Mas qual o motivo? A formação educacional de surdos no Brasil possui muitos desafios. Já vamos entender.
O caminho para a formação educacional de surdos no Brasil
No Brasil, a educação de surdos tem início, formalmente em 1857, quando o professor surdo Eduard Huet veio para o Rio de Janeiro a pedido do Imperador D. Pedro II. Com a fundação do Imperial Instituto de Surdos-Mudos, inicia-se o processo de educação formal dos surdos no Brasil, que passaram a ter uma escola especializada para sua educação e oportunidade de criar a Língua de Sinais dos Centros Urbanos (LSCB), fato de suma importância no processo de educação dessas pessoas. Vale salientar, entretanto, que as meninas surdas só tiveram direito à educação no início do século XX quando surgiu o Instituto Santa Terezinha, em São Paulo.
Dentro da perspectiva da educação de surdos o Instituto Santa Terezinha tem se organizado conforme a filosofia bilíngue, e tem como objetivo principal o desenvolvimento cognitivo-linguístico, tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais e o Português escrito.
No bilinguismo, primeiro os surdos adquirem a Língua de Sinais (LS) e depois aprendem o Português na modalidade escrita. Segundo Quadros (1997, 2006), Góes (1999) Skliar (1997, 1998, 1999) e Fernandes (2003), não é simplesmente tornar disponível o uso de duas línguas no contexto escolar, tomando a LS uma língua natural e a Portuguesa uma segunda língua.
Bilinguismo é mais do que o domínio puro e simples de uma outra língua como mero instrumento de comunicação. E neste sentido, apenas os integrantes dessa comunidade, como surdos, podem contribuir, de modo efetivo, para a educação de crianças surdas (FERNANDES, 2003, p. 55).
Segundo Souza (2011, p. 30-31),
[…] O ensino bilíngue nãodeve ser pensado apenas na questão pedagógica de sala de aula, quando é disponibilizada a presença do intérprete. Faz-se necessário que o Projeto Político Pedagógico das escolas seja bilíngue, com a participação dos sujeitos surdos, que as políticas educacionais contemplem uma educação que reconheça a surdez como diferença, e, principalmente, ultrapassem os muros da escola e atinjam outras instituições, em especial, a família.
Embora as escolas bilíngues sejam uma realidade, no ensino superior a situação é diferente e os alunos surdos encontram dificuldades que vão além da necessidade de um intérprete.
Muitas vezes, o professor, no contexto da sala de aula dos cursos de graduação, reporta-se aos surdos objetivando “incluí-los”, acreditando que sorrir, acenar, desenhar, falar com o intérprete são ações que viabilizam uma educação igualitária requerida por estes. Alguns professores seguem tentando “adaptar” a aula, mas desistem, afirmando que não possuem formação para “trabalhar” com esses alunos. A respeito dessa falta de comunicação no espaço da sala de aula, o discente A2 argumenta que: – É preciso ter livros e textos adaptados em língua de sinais. Os técnicos universitários, o pessoal do apoio e membros do colegiado do curso precisam aprender a língua de sinais. É preciso cursos de Libras na universidade para atender a essa necessidade, principalmente os professores precisam aprender a língua de sinais. Trecho do livro Educação de Surdos: formação, estratégias e prática docente p.38
A LIBRAS como disciplina no Ensino Superior
A inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras), como disciplina nos cursos de formação de professores, de acordo com o Decreto Federal 5.626/05, é uma conquista para a comunidade surda e a formação educacional de surdos no Brasil.
As Instituições que assumem uma perspectiva curricular de inclusão como no caso da Libras como disciplina evidenciam o conhecimento e reconhecimento, em principal pelos educadores, que irão atuar com crianças e adolescentes surdos no ensino regular, que dependem da qualidade no processo de ensino-aprendizagem implicitamente eficaz por meio da Libras.
No capítulo II do decreto federal, que trata da Inclusão da Libras como disciplina curricular, encontramos o seguinte:
Art. 3o  A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1o  Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.
§ 2o  A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Mas será que apenas a inclusão de uma disciplina nos cursos de ensino superior é garantia de acesso a formação educacional de surdos no Brasil?
Formação educacional de surdos no Brasil: desafios no Ensino Superior
Segundo a professor de Libras da Faculdade Anhanguera, Renata Aparecida Rossi, temos que considerar que para uma real inclusão do aluno surdo é básico e urgente que o profissional educador esteja preparado, pois uma comunicação de sucesso é determinante no resultado da aprendizagem e da formação educacional de surdos no Brasil.
Rossi ainda afirma que para a inclusão de crianças surdas no ensino regular desde a educação infantil ao ensino superior há de se contar com profissionais preparados para o trabalho teórico e prática docente, que entendam a real importância do processo comunicativo e inclusivo ao qual a educação de surdos exite. O reconhecimento e conhecimento da Língua Brasileira de Sinais efetivam a educação dos alunos surdos, uma vez que é respeitada sua Língua materna, como qualquer pessoa que não domine a língua de outro país, mas podem expressar-se livremente quando respeitados seus direitos. O sujeito surdo por muito tempo foi inferiorizado pelo fato de não expressar-se como a comunidade ouvinte, porém atuamente e tardiamente vê sua Língua ser reconhecida como meio legal e adquirido de comunicação podendo assugurar-se de todos os seus direitos como um cidadão, e principalmente o direito de ter uma educação bilíngue, em que se priorize sua Língua.
A necessidade de preparo dos atuais e futuros professores é urgente. A inclusão da disciplina de LIBRAS nos cursos superiores de formação de professores foi um avança, mas essa disciplina deveria ser obrigatória em todos os cursos de ensino superior, inclusive pós-graduação, mestrado e doutorado, para que a inclusão seha efetiva em todos níveis de ensino, como de fato é a proposta da educação inclusiva.
O quadro a seguir ilustra como se deve entender e ofertar os serviços de educação especial, como parte integrante do sistema educacional brasileiro, em todos os níveis de educação e ensino”. (Parecer CNE/CEB Nº 17/2001)
 
Além do aluno surdo, temos todo o público-alvo da educação especial que depende de um ensino superior minimamente preparado.
Entenda mais sobre o que é a Educação Inclusiva em nosso outro post.
 
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Nesse curso você vai compreender a estrutura linguística de LIBRAS, formação de sentenças, gramática, formação de palavras, frases e o vocabulário básico de LIBRAS. Não temos a pretensão aqui de tornar o aluno fluente em LIBRAS com um curso à distância de 20 horas. Mas o objetivo é apresentar as principais características dessa linguagem.
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ENEM 2017 – Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil e os Avanços da Educação Inclusiva
O tema da redação do ENEM de 2017 foi Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.
Pela primeira vez, o Enem terá videoprovas em Língua Brasileira de Sinais (Libras). A prova em Libras é um recurso que facilita a realização do exame para surdos e pessoas com deficiência auditiva que, por terem sido alfabetizados na linguagem dos sinais, têm mais dificuldade para realizar provas escritas. Isso com certeza é um avanço da educação inclusiva.
Na Videoprova Traduzida em Libras, as questões e as opções de respostas são apresentadas em Língua Brasileira de Sinais por meio de um vídeo. O recurso terá o mesmo número, ordem e valor de questões da prova regular, além da garantia de qualidade e normas de segurança máxima de todas as provas do Enem. Só não serão integralmente traduzidas para Libras as questões de Língua Estrangeira Moderna. Nessas questões, somente os trechos originalmente em português serão traduzidos para Libras.
O tema da redação deste ano (formação educacional de surdos no Brasil) segue a tendência das últimas edições do Enem, que costuma abordar temas sociais. No ano passado, o tema foi Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Violência contra a mulher, publicidade infantil, lei seca e movimento imigratório também foram abordados nos últimos anos.
 
Bibliografia
ALMEIDA, WG., org. Educação de surdos: formação, estratégias e prática docente [online]. Ilhéus, BA: Editus, 2015, 197 p. ISBN 978-85-7455-445-7.
BRASIL. Decreto Federal nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei 10.436/2002 que oficializa a Língua Brasileira de Sinais.
ROSSI, Renata Aparecida. A Libras como Disciplina no Ensino Superior. Revista de Educação, Vol. 13 n 15, 2010
LEITE, Letícia de Sousa. A formação de professorespara a Educação Inclusiva dos alunos Surdos: um estudo de caso. UFU. Acessado 05/11/2017 em http://www.uniube.br/eventos/epeduc/2015/completos/58.pdf
 
Esse registro foi postado em Educação Especial,Equipe Itard.
LEANDRO RODRIGUES
Tutor Online nos cursos do Instituto Itard, especializado em Educação, Diversidade e Inclusão Social. A equipe do Instituto Itard é formada por professores, tutores e consultores especializados em educação especial e educação inclusiva.
ONE THOUGHT ON “DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO EDUCACIONAL DE SURDOS NO BRASIL”
1. 
Mariah A. Nobrega
Susto? Tristeza? Decepção? Alegria? com o tema da redação do Enem 2017?
Eu simplesmente a-mei- …. Sim, A-MEI.
Por vários motivos, mas aqui citarei apenas dois:
1º – é um assunto que deve ser colocado em evidência, assim como tantos outros ligados aos grupos marginalizados. Vamos ignorar nossos semelhantes por causa disso ou daquilo? Em pleno século XXI é inadimissível essa mentalidade tão atrasada, para não dizer deturpada, de muitos não respeitarem as diferenças. Elas existem, somos todos diferentes, e todos nós temos a obrigação de respeitar quaisquer diferenças.
Fácil e cômodo para quem não possui nenhuma necessidade especial ficar irritado com o tema.
Vá estudar, ler mais para ficar bem informado, se politizar …. Se quer ser o tipo ‘antenado/a’, geração Y, Z, Alpha, sei lá o quê… raio que te parta. Nessa você perdeu, e perdeu feio seu/sua desinformado/a.
Estar desinformado a esse ponto, é simplesmente uma questão de escolha, de malandragem de quem não quer ler e estudar. E digo isso com muita propriedade.
Vamos aos fatos… Lindinhos, lindinhas…. e preguiçosos que não querem ler e se informar.
2º – Quem estava no ensino fundamental – 7º ano – de 2011 pra cá, na rede pública, deve-se lembrar que os livros didáticos de Português, adotados e distribuídos de GRA-ÇA (e de outras disciplinas também), contemplam textos de diversos gêneros – notícia, reportagem, relatórios, debates, textos literários, etc. que abordam temas como preconceito, discriminação, intolerância religiosa, diversidades e tratamento que se deve ter para com os portadores de necessidades especiais etc. Ou seja, o MEC aprova e disponibiliza livros que apresentam uma diversidade textual e temática excelente, tanto quantitativa quanto qualitativamente.
Portanto, aqueles que ‘passaram pela escola sem que ela passasse por eles’ não tem do que reclamar.
Todo mundo sabe que nas escolas – públicas e privadas – não é possível ter aulas com abordagem dos temas que os livros trazem – conversas e tumultos não permitem que haja uma leitura e discussão dos textos. Daí boa parte de professores limitam-se a exigir que os alunos copiem o texto e as perguntas e respondam e lhes mostrem o caderno com tudo copiado. Dão o visto, e claro, por questão de sobrevivência, dão-se por vencidos.
Enquanto houver irresponsáveis que enchem o mundo de filhos e não dão educação em casa, vai chegar às escolas essas manadas como vem chegando. E para o Enem seguem as manadas.
E a equipe do Enem está certíssima de cobrar da forma que cobra os conteúdos.
Há um bom tempo – pelo menos de uns 15 anos pra cá – os governos oferecem escolas, vagas, professores bem qualificados, livros excelentes e caríssimos, as prefeituras dão os demais materiais, e a galera malandrinha desperdiça tudo e atrapalha os bons que estão nas escolas e querem estudar. Sim, há excelentes alunos nas escolas que querem estudar e valorizam o que recebem, além de respeitar professores. O resto é o resto.
Que venha mais temas e conteúdos desse nível.
10 DE NOVEMBRO DE 2017 EM 19:39
CIDADANIA E JUSTIÇA
Apesar de avanços, surdos ainda enfrentam barreiras de acessibilidade
Inclusão
Mais de 9,7 milhões têm deficiência auditiva no País. Em 2002, Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como oficial
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por Portal Brasil
Publicado
: 28/09/2016 15h09
	Última modificação
	: 06/10/2017 11h31
Fernando Frazão/Agência Brasil
Falta de intérpretes ainda é desafio para acessibilidade
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No último dia 26 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional do Surdo. A data foi criada em 2008 e alerta para as barreiras de acessibilidade que ainda afligem os portadores de deficiência auditiva.
Segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, 9,7 milhões de pessoas têm deficiência auditiva. Desses, 2.147.366 milhões apresentam deficiência auditiva severa, situação em que há uma perda entre 70 e 90 decibéis (dB). Cerca de um milhão são jovens até 19 anos.
No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga capital do País, o Rio de Janeiro.
Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo. Além de receber estudantes, a instituição também forma professores desde 1951.
Contudo, foi somente em 2002, por meio da sanção da Lei n° 10.436, que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no País. São consideradas pessoas com deficiência auditiva aquelas com perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais.
A legislação determinou também que deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão de Libras como meio de comunicação objetiva.
A surdez pode ser tanto adquirida quanto hereditária. Infecções contraídas durante a gestação, além de remédios e drogas podem provocar má-formações no sistema auditivo do bebê. Além disso, infecções e traumatismos cranianos também podem levar crianças à desenvolverem a surdez. Na idade adulta, acidentes de trânsito e de trabalho podem desencadear o quadro.
Desafios
A acessibilidade para surdos ainda é um desafio. Essa parcela da população ainda enfrenta dificuldades para conseguir realizar atividades cotidianas. A professora de Libras Renata Rezende, que é surda, diz que um dos principais problemas é a falta de intérpretes. Para ela, a presença desses profissionais deve ser obrigatória. 
"A minha maior dificuldade em conviver com os ouvintes no âmbito da sociedade, é, por exemplo, um seminário, uma palestra, onde não tenha a presença de intérprete da língua de sinais, nós temos uma dificuldade de saber o que está sendo dito. Por exemplo, se na faculdade não tem intérprete, nós também temos essa dificuldade", relatou.
Contudo, ela ressalta que nos hospitais os problemas são ainda mais graves. "Às vezes, as palavras do médico são muito técnicas, e isso fica muito confuso. Tenho de explicar para o médico que eu consigo ler, ele tem de escrever para mim. Ele pode passar um remédio que eu tenha algum tipo de alergia, eu tenho de ter bastante atenção. Uma atenção sempre redobrada quando eu vou ao hospital e principalmente nesse âmbito da saúde", afirmou Renata.
Fonte: Portal Brasil, com informações da SDH, do Ines e do Helb
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Fontes:
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/09/apesar-de-avancos-surdos-ainda-enfrentam-barreiras-de-acessibilidade?&r=1
http://institutoitard.com.br/desafios-para-formacao-educacional-de-surdos-no-brasil/

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