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Projeto - Etapa I - Finalizado (2)

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Licenciatura em Matemática 
ALANCIENE AMOROSO DE FREITAS CAVALIERI
ALLINE YANO
ARIANE SOBREIRA DE OLIVEIRA
CLAUDIA SANTANA DE MACEDO
DENISE EÇA PETELINCAR DE SOUZA 
GRACIELE DE SOUZA NASCIMENTO 
SILVIA DE SOUZA LIMA DA ROCHA
 
 
 
 
 
 
O uso de tecnologia no ensino fundamental II para aprendizagem do conteúdo de probabilidade e estatística.
 
 
Dracena – São Paulo
2019
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Licenciatura em Matemática 
O uso de tecnologias para o ensino de Estatística no 9º Ano do Ensino Fundamental
Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso superior de Licenciatura em Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP)
Professor orientador: Márcio André Prieto Aparício 
 Lopez
Dracena – São Paulo
2019
CAVALIERI, Alanciene, YANO, Alline, OLIVEIRA, Ariane, MACEDO, Claudia, SOUZA, Denise, NASCIMENTO, Graciele, ROCHA, Silvia, O uso de tecnologias para o ensino de Estatística no 9º Ano do Ensino Fundamental, Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Matemática) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Márcio André Prieto Aparício Lopez. Polo Dracena, 2019.
RESUMO
Este trabalho corresponde ao desenvolvimento de metodologias de ensino, como alternativas para a aprendizagem da matemática, tendo enfoque no uso de tecnologias como ferramenta para auxiliar no ensino de probabilidade e estatística aos alunos do 9º ano. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola pública da cidade de Dracena, cidade do interior de São Paulo. O plano de aula alternativo foi desenvolvido após se constatar, através de entrevistas com professores de Matemática as dificuldades que vários alunos possuem em aprender tais conteúdos, foi feita ainda uma entrevista com alguns alunos para perceber quais dificuldades estes detêm, levando em consideração não apenas a ótica dos docentes, mas também dos educandos.
PALAVRAS CHAVE: Metodologia de ensino alternativo, probabilidade e estatística, tecnologias
CAVALIERI, Alanciene, YANO, Alline, OLIVEIRA, Ariane, MACEDO, Claudia, SOUZA, Denise, NASCIMENTO, Graciele, ROCHA, Silvia, The use of technologies for the teaching of Statistics in the 9th year of Ensino Fundamental (Elementary Education), Technical-Scientific Report (Licenciatura em Matemática) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser Tutor: Márcio André Prieto Aparício Lopez. Polo Dracena, 2019.
ABSTRACT
This work corresponds to the development of teaching methodologies, as alternatives to mathematics learning, focusing on the use of technologies as a tool to aid in the teaching of probability and statistics to 9th grade students. The research was developed in a public school in the city of Dracena, in the interior city of São Paulo. The alternative lesson plan was developed after interviews with teachers of Mathematics the difficulties that several students have in learning such contents, an interview was also made with some students to realize what difficulties they have, taking into account not only the optics of teachers, but also of learners.
KEY WORDS: Alternative teaching method, technologies, probability and statistics.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Apresentação do Questionário	7
Figura 2: Continuação apresentação do questionário	8
Figura 3: Escola Julieta Guedes de Mendonça	9
Figura 4: Livro didático de Maria José Vasconcelos e Álvaro Andrini	10
Figura 5: Gráfico com análise dos resultados do questionário para professores	11
Figura 6: Gráfico com análise 1ª questão do questionário para alunos	12
Figura 7: Gráfico com análise 2ª questão do questionário para alunos	12
Figura 8: Gráfico com análise da 3ª questão do questionário para alunos	13
Figura 9: Gráfico com análise da 4ª questão do questionário para alunos	13
IMAGEM 1a – Apresentação do questionário	15
IMAGEM 2 – Escola Julieta Guedes de Mendonça	16
IMAGEM 3 – Livro didático de Maria José Vasconcelos e Álvaro Andrini	17
IMAGEM 4 – Questionário a ser respondido pelos alunos	23
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	1
2.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	2
2.1.	O ensino de probabilidade e estatística no brasil	2
2.2.	O uso de tecnologias na educação	4
3.	MATERIAIS E MÉTODOS	5
4.	ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS PARCIAIS	9
5.	CONSIDERAÇÕES PARCIAIS	14
REFERÊNCIAS	16
1. INTRODUÇÃO
O ensino de Probabilidade e Estatística como conteúdo para o Tratamento da Informação tem assumido grande importância para formação crítica dos alunos. A Estatística está presente em diversos meios de comunicação como nas reportagens, jornais, revistas, informativos, mídias faladas e escritas, internet e em muitas situações do nosso dia a dia (LOPES, 1998). Saber ler e interpretar informações estatísticas permite ao indivíduo compreender diversas situações sociais divulgadas na mídia e avaliar criticamente essas informações, portanto, espera-se que o aluno tenha conhecimentos estatísticos para analisar dados a fim de exercer o seu papel de cidadão e participar de modo ativo nas ações de controle social. (SANTANA, 2012).
Constatamos através de entrevistas com professores, através de questionários, que os educandos possuem pouca intimidade com a leitura e a interpretação de dados em gráficos e tabelas, no entanto, para Medici (2007), é fundamental que o professor relacione a estatística com situações do cotidiano, promova a interdisciplinaridade e ofereça a oportunidade para que seus alunos desenvolvam a capacidade de coletar, organizar, ler, interpretar e comparar dados de forma crítica e ativa, onde as situações a serem exploradas sejam próximas da realidade dos alunos e que os mesmos possam observar e construir os conceitos necessários para que tenham maiores possibilidades no exercício de sua cidadania.
Considerando os avanços tecnológicos, as novas necessidades da sociedade informatizada e que os alunos vivenciam o uso das tecnologias no dia a dia, o uso das Tecnologias de Informação e comunicação como recurso é um dos caminhos para auxiliar o professor a desenvolver novas abordagens para o ensino de Estatística, Mercado (2002) descreve que com tecnologia, é possível aprender de formas diferentes, contribuindo com os professores e estudantes, transformando suas relações e explorando habilidades distintas.
Acreditamos que é necessário desenvolver uma prática pedagógica na qual sejam propostas situações em que os estudantes realizem atividades, as quais considerem seus contextos e possam observar e construir os eventos possíveis e tenham maiores possibilidades no exercício de sua cidadania, com maior poder de análise e criticidade diante de dados e índices. O uso das TICs como recurso é um dos caminhos para auxiliar o professor a desenvolver novas abordagens para o ensino de Estatística.
O presente projeto tem por finalidade uma proposta de ensino utilizando o software Microsoft Excel que permite a interação com diferentes formas de gráficos, planilhas, textos e tabelas, por meio de softwares. As planilhas possibilitam a realização de cálculos a partir de dados informados e a elaboração de gráficos em formatos de barras, linhas, pontos e pizza, facilitando a visualização das informações e incentivando a interpretação dos resultados (TAJRA, 2001). Ao utilizar esse recurso pretendemos também motivar a participação ativa e a interação dos alunos na discussão dos resultados obtidos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O ensino de probabilidade e estatística no brasil
A educação no Brasil é um direito social, assegurado pela Constituição Federal e de competência comum da União, Estados e Municípios. Mencionado no artigo 214 da Constituição, o Plano Nacional de Educação (PNE, 1997) articula o sistema de educação e estabelecendo diretrizes, estratégias e metas para a educação, ou seja, propõe orientação sobre o que e como ensinar. Alterações aprovadas em 2013 na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) resultou, em 2015, na criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tornando-se uminstrumento de referência dos conhecimentos obrigatórios a todos os alunos da educação básica do Brasil, norteando a elaboração de todos os currículos nacionais.
O ensino de Probabilidade e Estatística integrava os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não obrigatórias por lei, foi um tema tratado quase que exclusivamente no ensino médio, e com a implantação da BNCC tem sido abordado desde o ensino fundamental. 
O Tratamento da Informação, como é mencionado o tema probabilidade e estatística no PNC, se desenvolvido de forma bastante tímida e sistemática nos currículos anteriores. A ideia da inserção destes conceitos na BNCC é promover a compreensão desde cedo nas crianças de que nem todos os fenômenos são determinísticos, ou seja, que o acaso tem um papel importante em muitas situações. Para isso, desde o início do ensino fundamental é proposto trabalhos com probabilidade e estatística centrado no desenvolvimento da noção de aleatoriedade, de modo que as crianças compreendam a existência de eventos certos, outros prováveis ou improváveis e também os impossíveis. 
Aprender estatística desde cedo é muito importe porque desenvolve a habilidade e o hábito de organizar dados, analisá-los e tomar uma decisão consciente dos riscos envolvidos. O raciocínio, ou pensamento estatístico, permeia nossa vida inteira. As crianças também vivem pequenos dilemas diários e é bom que saibam pensar a respeito: a criança precisa escolher apenas um brinquedo – boneca ou blocos de montar? Suco de laranja ou uva? No dia a dia, estamos o tempo todo tomando decisões, das mais simples como, por exemplo, qual o tipo de roupa que vou usar hoje: está frio? Calor? Será que vai chover? (FONTES, Presidente do Conselho Regional de Estatística 3ª Região). 
Outra justificativa para a inserção do tema no currículo escolar seria a necessidade da demanda social, por se tratar de conhecimentos recorrentes na sociedade atual, podendo ser um importante instrumento para se desenvolver a cidadania, através de estudos referentes à estatística, probabilidade e combinatória. Para o desenvolvimento da cidadania, no entanto, entende-se que é necessário não somente tomar conhecimento e saber manipular os dados produzidos a partir de situações reais, mas também interpretar criticamente o que os valores dizem, possibilitando, assim, desenvolver uma ação reflexiva e crítica no grupo social no qual estamos inseridos, proposta normalmente discutida no final do Fundamental II. Conforme afirma Lopes (2008, p. 58), “[...] é essencial o desenvolvimento de atividades que partam sempre de problematização, pois assim como os conceitos matemáticos, os estatísticos também devem ser inseridos em situações vinculadas ao cotidiano deles [dos alunos]”.
Um fator que tem contribuído para o crescimento na utilização da estatística nas mais diferentes áreas de atuação é a proliferação da informática e o crescimento de softwares estatísticos ou mesmo com ferramentas estatísticas a exemplo do Tabletop, Fanthom, Thinkerplot, R e do Excel que é um software de planilha eletrônica que permite criar tabelas e gráficos, calcular e analisar dados.
2.2. O uso de tecnologias na educação
O uso de tecnologias nas escolas tem exercido um papel cada vez mais importante na nossa formação como cidadão, pois atualmente as tecnologias estão presentes na forma de nos comunicarmos, aprendermos e vivermos, no entanto ainda é grande a dificuldade de acesso às tecnologias a toda cadeia de ensino, bem como garantir que professores tenham as habilidades necessárias para usar as tecnologias em todos os aspectos da prática de sua profissão.
Dessa forma, pode-se entender que os conteúdos das mais diversas áreas do conhecimento podem ser abordadas com apoio nas tecnologias, como é o caso dos conhecimentos relativos à Estatística. De acordo com Estevam e Kalinke (2013, p. 105) as tecnologias da informação e comunicação “podem caracterizar uma ferramenta de apoio poderosa ao ensino de Estatística, uma vez que suas características podem favorecer a tomada de consciência e compreensão de determinados conceitos estatísticos e probabilísticos”.
As ferramentas computacionais facilitam na organização dos dados estatísticos, permitindo que professores e alunos possam analisar, interpretar e discutir as questões representadas nos gráficos e tabelas, ou seja, economiza-se tempo que pode ser usado para a reflexão crítica e para possíveis tomadas de decisão a partir do que está exposto estatisticamente. Entretanto, é importante que haja um planejamento adequado do professor e uma escolha correta das ferramentas pois apesar de agilizar o processamento dos dados estatísticos, é ingenuidade acreditar que as tecnologias sozinhas resolverão todos os problemas relacionados às dificuldades de aprendizagem dos conceitos estatísticos.
Vale reforçar que as novas tecnologias não substituem o professor, mas o transformam no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, pesquisar e buscar as informações. O professor passa a coordenar o processo de apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados apresentados, contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos alunos. O uso da Internet pode ser caracterizado como uma forma de comunicação que propicia a formação de um contexto coletivizado, resultado da interação entre participantes pois ao utilizar o E-mail para trocar informações, dúvidas com seus colegas e professores, pode tornar o aprendizado mais cooperativo e dinâmico. A navegação em sites transforma-se num jogo discursivo em que significados, comportamentos e conhecimentos são criticados, negociados e redefinidos. Este jogo comunicativo tende a reverter o “monopólio” da fala do professor em sala de aula.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Esse Projeto Integrador de Matemática com foco no Ensino de Probabilidade e Estatística nos anos finais do ensino fundamental tem como objetivo identificar as dificuldades existentes no ensino de probabilidade e estatística no 8º e 9º anos do ciclo II do ensino fundamental, para através dessa identificação elaborar métodos para solucioná-las utilizando-se de tecnologias. Nossa intenção foi propor um ensino utilizando o software Microsoft Excel que permite auxiliar a interação com diferentes formas de representação simbólica, como gráficos, planilhas, textos e tabelas, por meio de softwares.
Os materiais e métodos utilizados para a coleta de informações para o desenvolvimento do Projeto Integrador foram os seguintes:
· Visitas a algumas escolas estaduais que oferecem tal ensino,
· Entrevistas a professores, gestores e alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental e
· Elaboração de questionário para professores de matemática que lecionam nos anos mencionados.
Para se inteirar a respeito dos desafios encontrados pelos educadores em transmitir de forma eficiente os conteúdos voltados ao ensino de probabilidade e estatística no ensino fundamental II, assim como as dificuldades encontradas pelos próprios educandos em absorver tais conteúdos, nada melhor que visitas em campo para estar próximo de tais questões. Logo, o grupo realizou neste período visitas a algumas escolas estaduais que oferecem os anos finais de aprendizagem no ensino fundamental.
Durante essas visitas o grupo pôde analisar de forma próxima e precisa o ensino de probabilidade e estatística no ensino fundamental II para através de observações e relatos obter material necessário para formular suas teses e desenvolver o projeto integrador. Estar presente nas unidades escolares certamente proporcionou aos integrantes do grupo uma intimidade maior com o contexto escolar e com suas práticas pedagógicas, bem como o aprofundamento do tema específico.
Ainda no curso de tais visitas às escolas, foram realizadas entrevistas com gestores, professores e alunos da rede de ensino com o objetivo de investigar o problema. Elas foram úteis para extrair de cada grupo desses, sua visão com relação ao tema proposto, a origem das dificuldadesneste aprendizado, a dificuldade de acesso ao conteúdo e possíveis objeções anteriores dos alunos que significassem um obstáculo à absorção do ensino de probabilidade e estatística. 
As entrevistas foram realizadas em grupos de dois ou três integrantes nas próprias unidades escolares, com agendamento prévio e autorização da direção das escolas. O método escolhido para tal ação foi o de anotações em bloco de notas, um ou dois entrevistadores e um registrador. Posteriormente as informações colhidas foram partilhadas aos demais integrantes do grupo em videoconferências via Skype.
O grupo utilizou também a formulação de um questionário para os professores de matemática que lecionam no 9º ano. Este questionário foi elaborado a partir de perguntas simples como tempo de exercício em docência, modalidade e nível de ensino, bem como indagações voltadas à graduação desses profissionais e o conhecimento dos mesmos a respeito das orientações presentes na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) sobre os tópicos de probabilidade e estatística, elas foram elencadas para possibilitar ao grupo o diagnóstico do problema. A plataforma escolhida pelos integrantes do grupo para o desenvolvimento do questionário foi o Google Forms, por ser um serviço gratuito e de fácil acesso para a criação de formulários on-line. O link gerado no aplicativo foi enviado aos professores via e-mail e/ou WhatsApp para que os mesmos pudessem responder e enviar suas respostas de forma prática e rápida.
Este é o endereço eletrônico do questionário que os professores de matemática dos anos finais do ensino médio, mais especificamente do nono ano, responderam: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdbm3cMYdVApET5X3gd4JbQxw7ZtbTLo3xMVuZ9S_21PPF_DQ/viewform?usp=sf_link. 
Ele foi respondido por professores das redes pública e particular de ensino de algumas cidades do estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
As imagens a seguir apresenta a página do questionário para professores de matemática.
Figura 1: Apresentação do Questionário
FONTE: Os próprios autores.
Figura 2: Continuação apresentação do questionário
FONTE: Os próprios autores.
4. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS PARCIAIS
Depois da reunião do grupo através do WhatsApp, foi definido qual escola que o grupo visitaria com a finalidade de coletar dados suficientes para montar o projeto. Inicialmente foi escolhida a escola Nove de Julho em Dracena. Duas componentes do grupo visitaram a escola, porém os profissionais responsáveis (coordenadoras, diretoras e professoras) não possuíam tempo para poder auxiliar-nos na pesquisa de campo para a confecção do projeto, a justificativa foi que os alunos estavam com muitos trabalhos e atividades em atraso.
Com a negativa, foi determinada outra instituição na mesma cidade: a escola Julieta Guedes de Mendonça, localizada à Rua Princesa Isabel, 440 – Vila Barros, Dracena/SP. A escola atende alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio, dividido em três períodos; conta com 15 salas de aulas, 77 funcionários, sala de diretoria e de professores, salas de informática e leitura, quadra de esportes coberta, dependências e vias adequadas a alunos com deficiências ou mobilidade reduzida, conta ainda com a cozinha e outras salas e equipamentos. Tem como diretora a professora Milene Ferracini e é vinculada à Secretária da Educação do Estado de São Paulo.
Figura 3: Escola Julieta Guedes de Mendonça
FONTE: Os próprios autores.
No primeiro momento a escola também mostrou dificuldade em auxiliar o estudo de campo, todavia, após algumas tentativas, a coordenadora Rosana recepcionou as alunas e promoveu o encontro entre as alunas e a professora Gisele, que ouviu o grupo atenciosamente. A docente relatou que a escola, apesar possuir vários projetos de incentivo aos alunos nas outras disciplinas, tem um déficit muito grande no aprendizado de matemática, pois a escola tem falta de professores da disciplina e necessita de profissionais de outras disciplinas para preencher essa lacuna. 
Devido a essa problemática e a uma série de outros fatores, como por exemplo, a falta de incentivo da família e a dificuldade em apresentação das disciplinas pelos educadores, a maioria dos alunos não vão bem às avaliações, principalmente na disciplina de matemática, tendo no último ano uma baixa no índice do IDEB (Índice do Desenvolvimento da Educação Básica). A projeção para o município em 2017, era atingir a nota 5,8, mas a escola obteve 5,0.
Ainda nesse primeiro encontro foi apresentado ao grupo, o livro de matemática do 9º ano dos autores Maria José Vasconcelos e Álvaro Andrini, no livro estão inclusas as disciplinas, mas ainda não foram apresentadas aos alunos, pois na grade está previsto para o segundo semestre.
Figura 4: Livro didático de Maria José Vasconcelos e Álvaro Andrini
FONTE: Reproduzido pelos próprios autores.
Depois desse primeiro contato com a docente foi elaborado um questionário em dois focos:
 	O primeiro foi direcionado para os educadores da disciplina através do Google Forms (para os professores de matemática da escola visitada e de outras instituições) e o segundo para os alunos do 9º ano, sendo este último um questionário impresso. 
Foco 1 – Questionário para os professores
Analisando as respostas do questionário, anexo no item 3, foi concluído que mais de 90% dos professores são da rede pública, 63% tem mais de 10 anos de atuação como professor do ensino fundamental e médio. 73% dos que responderam o questionário conhecem as orientações presentes na BNCC a respeito do tópico “probabilidade e estatística” e 54% deles afirmaram que as maiores dificuldades dos alunos são identificar e diferenciar as variáveis estatísticas (qualitativas e quantitativas); interpretar as medidas de posição e de dispersão e aplicá-las na resolução de situações problemas.
Análise através dos gráficos:
Figura 5: Gráfico com análise dos resultados do questionário para professores
Foco 2 – Questionário para os alunos 
Figura 6: Gráfico com análise 1ª questão do questionário para alunos
Figura 7: Gráfico com análise 2ª questão do questionário para alunos
Figura 8: Gráfico com análise da 3ª questão do questionário para alunos
Figura 9: Gráfico com análise da 4ª questão do questionário para alunos
Após entrevista e análise dos resultados com base nos questionários propostos conforme gráficos acima, foi detectado que a escola possui uma boa estrutura e que os principais problemas são a falta de educadores com a formação especifica em matemática, falta motivação nos alunos, seja por não conhecer as matérias ou porque mesmo conhecendo não conseguem dominar o assunto e nem entendem a importância que os assuntos possuem para o cotidiano dos indivíduos.
Um fato preocupante é que uma porcentagem muito grande, isto é, a maioria dos alunos entrevistados nunca ouviu falar na disciplina.
O lado positivo e o que deixou o grupo impressionado é que a maioria dos alunos tem acesso à internet com facilidade, não sendo esse o problema da não aprendizagem, mas sim uma condição que facilita a preparação de um projeto com aplicação mediada por tecnologia, pois todos possuem noção em informática.
Através das informações coletadas e baseado nas propostas elencadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nas teorias do curso estudadas até o momento, pensou-se num projeto em que o diferencial é mostrar na prática qual a necessidade de aprender estatística. 
5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
Com base na visita e nas pesquisas, observamos que apesar de o ensino de probabilidade e estatísticas fazerem parte do currículo obrigatório desde 2015, ainda há uma grande defasagem no ensino de estatística no 8º e 9º ano do Fundamental. 
Alguns professores relataram que possuem dificuldades para agregar o ensino da estatística, tendo em vista a grande rotatividade de docentes, inviabilizando um currículo continuo para todo o fundamental. Outro fato observado é a falta de professores disponíveis, um excelente exemplo é a atual professora de matemática da turma do 9ºano ser formada em química, não julgando pela formação da professora em questão, mas sim pela falta de um professor formado especificamente em matemática para ocupar a posição. 
Os problemas relatados pelos professores de matemática entrevistados é que os alunos apresentam uma grande dificuldade no aprendizado em matemática básica, ou seja, como não sabem o precípuo, encontram dificuldade na sequência da disciplina, assim como também têm dificuldades com a interpretação dos enunciados. Podemos perceber que a raiz do problema não está apenas na matéria, mas, também nos primórdios da educação básica.
As análises dos questionários relataram as seguintes dificuldades: Matemática básica; Interpretação dos enunciados; Calcular medidas de posição (média aritmética, moda e mediana) e de dispersão (desvio médio e desvio padrão); Resolver situações-problemas envolvendo situações presentes em gráficos e tabelas; Identificar e diferenciar as variáveis estatísticas (qualitativas e quantitativas). 
Vale ressaltar, que mesmo sem o uso de tecnologias, foi constatado que existe o esforço por parte dos profissionais de Educação (professores e gestão) da escola pesquisada. 
Tendo em vista as dificuldades encontradas, será montado um Plano de Aulas direcionado para aprendizagem deste tema com o auxílio do uso de tecnologia. Acreditamos que as TICs facilitam a compreensão por parte dos alunos, já que a mesma está muito presente no cotidiano, principalmente da geração Y e Z. A próxima etapa seria a aplicação deste plano de aula e avaliação do nível de absorção do conteúdo.
REFERÊNCIAS
BASSO, Cíntia Maria. Algumas reflexões sobre o ensino mediado por computadores. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm>. Acesso em 10 abr. 2019.
BIANCHINI, D. F.; BISOGNIN, C.; SOARES D. S. UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE ESTATÍSTICA: O USO DO EXCEL PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/61431>. Acesso em 06 abr. 2019.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez.1996
BRASIL. Lei n.13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
BRASIL, Lei nº 13.168/2015, de 6 DE OUTUBRO DE 2015. Altera a redação do § 1º do art. 47 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2015. Disponível em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documento/BNCC-APRESENTACAO.pdf>. Acesso em 22 abr. 2019
CONSELHO REGIONAL DE ESTÁTÍSTICA. Disponível em: <http://www.conre3.org.br/portal/estatistica-aparece-desde-o-1o-ano-do-ensino-fundamental-na-nova-base-curricular/>. Acesso em 03 abr. 2019. 
DIAS, Cristiane de Fatima Budek; SANTOS JUNIOR, Guataçara dos. Ensino de Probabilidade e Estatística e Tecnologias da Informação e Comunicação: um cenário das produções brasileiras para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Abakos, Belo Horizonte,v. 7, n. 1, p. 03-23, nov. 2018 - ISSN: 2316-9451.
ESTEVAM, Everton José Goldoni; KALINKE, Marco Aurélio. Recursos tecnológicos e ensino de estatística na educação básica: um cenário de pesquisas brasileiras. Revista Brasileira de Informática na Educação, Volume 21, Número 2, 2013. 
LOPES, C. A. E. A Probabilidade e a Estatística no Ensino Fundamental: Uma análise Curricular. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação da Universidade de Estadual de Campinas, Campinas, 1998.
MEDICI, M. A Construção do Pensamento Estatístico: Organização, Representação e Interpretação de Dados Por Alunos da 5ª Série do Ensino Fundamental. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Novas Tecnologias na Educação: Reflexões Sobre a Prática. UFAL, 2002.
SANTANA, Mário de Souza. Estatística para professores da educação básica: conceitos e aprendizagem para a cidadania. Curitiba: CRV, 2012.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Internet na educação/o professor na Era Digital. 1. ed. São Paulo: Érica, 2002.

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