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Nado Crawl Histórico ● Em inglês = “rastejar” ● Massaud (2001), ( época dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna (1896)) ➢o nado mais utilizado era uma braçada de peito realizada na posição lateral,passando depois a ser utilizada a recuperação de um dos braços por cima da superfície (single over-arm stroke). THE SINGLE OVER-ARM STROKES https://www.syndaselur.com/19065-h.html THE SINGLE OVER-ARM STROKES https://www.syndaselur.com/19065-h.html ● Esse estilo de nadar mudou para o double over-arm stroke, em que os dois braços eram trazidos alternadamente à frente por cima da superfície, evoluindo posteriormente para o crawl. THE DOUBLE OVER-ARM STROKE ● 1893 o inglês John Arthur Trudgen adaptou uma pernada em tesourada, aperfeiçoada por outro inglês, Frederick Cavill, na Austrália, onde os indígenas utilizavam uma maior frequência nos movimentos da pernada (VELASCO, 1997). Movimentação geral do nado crawl e seu ensino ● Compreensão da técnica: ✔ observação nos diferentes planos: lateral, superior, posterior e frontal. Posição do corpo na água ● Ideal = paralelo com a linha da água, o mais próximo possível da superfície (< r. frontal) e alinhamento lateral do nado (flexões laterais de coluna). Movimentação das pernas na aprendizagem ● Movimentos verticais alternados (coxofemoral) de MMII; ● Movimento é contínuo (cíclico) ● Movimentação inicial: ➢Alternância no movimento anteroposterior (Aluno: modular sua velocidade e amplitude). Professor (observar coordenação e eficiência); ● Machado (2004) = propulsão das pernas = 30% do rendimento total; ● Manutenção da posição corporal; ● > ênfase na fase descendente Estratégias de ensino? ● Bordas; ● Material de apoio; ● Atividade em dupla; Sequência Pedagógica 1) Sentado na borda da piscina realizar batimento de pernas e tornozelos (extensão e flexão de joelhos, dorsiflexão e flexão plantar); 2) Dentro da piscina em decúbito ventral e com as mãos segurando na borda realizar a movimentação alternada de pernas; 3) Com auxílio de um colega ou professor realizar a movimentação de pernas sem locomoção (estático); 4) Realizar o mesmo exercício anterior porém como movimentação (dinâmico); 5) Idem ao anterior utilizando a prancha como material auxiliar e os braços estendidos a frente do corpo; 6) Utilização de espaguetes/halteres nas mãos; 7) Realizar a movimentação de pernas sem auxílio de nenhum material; 8) Amplitude, frequência, potência; 9) Realizar a movimentação de pernas com a respiração frontal Observar: Flexão de quadril e joelho; Perna rígida; Hiperextensão de tornozelo; Movimentação dos braços ● Descrição geral: ✔ Movimentação contínua; ✔ Movimento de circundução alternado de braços em fase aérea e submersa ; ● Qual é a fase propulsiva submersa ou aérea? Fase aérea ● RECUPERAÇÃO da braçada ● Sem atuação direta na propulsão; ● Sua execução correta é importante para facilitar a aplicação de força propulsiva pelo outro braço; Fase submersa ● Entrada/apoio (pegada/agarre) = Realizada obliquamente, com o indicador e polegar 1º e palma da mão voltada ligeiramente para fora. Este momento finaliza quando a palma da mão está voltada para trás; ● Tração/puxada: propulsivo ● Empurre (extensão/varredura para cima) Sequência pedagógica Respiração ● Lateral (uni ou bilateral) ● Rotação lateral da cabeça até que a boca fique acima do nível da água para a inspiração (s/ elevação da cabeça). Após a inspiração deve-se virar a cabeça olhando para o chão e realizar a expiração. Aperfeiçoamento da pernada ● Movimento de pernas se origina no quadril; ● A > pressão ou ação propulsiva se dará no peito do pé, que deverá estar estendido; ● A < amplitude do movimento se dá no quadril e a > amplitude na articulação do tornozelo; ● Os calcanhares não devem se elevar acima da linha da superfície da água; Coordenação da pernada com a braçada ● Iniciantes: o ritmo de 2 a 6 pernadas por ciclo até 12 ou mais pernadas por ciclo, ● Em ações propulsivas de movimento de pernas, quanto maior a velocidade do nado, menor será a amplitude da pernada; ● 4:1 (quatro batidas verticais para 1 ciclo completo de braçadas); ● 6:1 ● 2:1 Aperfeiçoamento da braçada ● Posição inicial: um braço à frente do corpo, mão alinhada com o respectivo ombro. ● Agarre: mão do braço que está estendido à frente do ombro se dirige para o fundo da piscina. Esta fase não gera propulsão, apenas posiciona a mão para o início da tração. O cotovelo flexiona‐se aproximadamente 40° e a mão deve descer até 40 cm a 60 cm de profundidade aproximadamente (MAGLISCHO, 1999), realizando neste momento uma leve flexão do punho (posição do agarre), posicionando a palma da mão para trás e os dedos da mão devem permanecer unidos para melhor aproveitamento da ação propulsiva do braço. ● Tração: ocorre uma flexão do cotovelo, a mão se mantém voltada para trás, indo em direção à vertical da linha média do corpo. Quando a mão se alinha ao plano do ombro, o ângulo da articulação do cotovelo deve ser de aproximadamente 80° a 100°. Dica 1: a sensação do praticante é de estar puxando o corpo para frente. Dica 2: se o cotovelo no momento da tração estiver muito próximo do corpo, a força da ação motora será direcionada para o lado e, assim, o praticante pode ter a sensação de nadar em zigue‐zague ●Empurre: > velocidade da braçada, em que o praticante procura manter a palma da mão voltada para trás e o cotovelo voltado para fora da linha média do corpo, terminando o movimento com o braço estendido ao lado do tronco, quadril e coxa. Nesta fase ocorre a extensão total do cotovelo e ombro, provocando propulsão, enquanto a mão se aproxima da superfície. Dica: tocar com o polegar na coxa para que ele perceba a importância de o braço estar totalmente estendido. ● Recuperação: movimento semicircular realizado com a circundução do ombro, iniciando com a mão ao lado do quadril e terminando com a mão entrando na água à frente do corpo, na direção do ombro. O braço deverá entrar na água quase que totalmente estendido, com a palma da mão voltada para baixo e/ou para fora. Dica 1: no final da recuperação, o praticante deve, na entrada do braço na água, posicionara mão entre a linha média do corpo e o ombro, para evitar aumentar a resistência ao avanço colocando‐o desalinhado. Dica 2: em provas de natação de velocidade, o braço na fase de recuperação tem uma posição da mão mais alta em relação ao cotovelo. Essa exceção ocorre com atletas de alto rendimento que possuem um controle motor muito refinado do nado e tem relação com a alta velocidade do movimento. Aperfeiçoamento da respiração lateral ● Momento ideal: quando um dos braços está passando ao lado do quadril. A cabeça deve realizar uma rotação no eixo longitudinal, projetando a boca para fora da água, sem mudar o alinhamento. Momento de voltar o rosto para dentro da água – antes que o braço ultrapasse o ombro. Frequência respiratória ● 2x1 (a cada duas braçadas uma ação respiratória) …..mesmo lado ● 3x1 = bilateral ● 4x1 / 5x1 ● 3x2 = duas respirações para o mesmo lado e depois mais três braçadas mudando o lado (também conhecido como 3x1 duplo) ● 4x2, como a respiração 4x1, mas realizando duas respirações para um mesmo lado e depois realizando bloqueio de mais quatro braçadas. ● Levar em consideração que o aumento do intervalo da respiração proporciona aumento do débito de oxigênio, causando uma fadiga precoce; Saída do nado crawl, peito e borboleta A saída é um gesto pelo qual o nadador deixa a plataforma de saída e alcança a água: – o mais distantepossível, – com maior velocidade, – no tempo mais reduzido, – numa orientação favorável à retomada do nado. Saída do bloco de partida (Evolução 1960); ● Posição preparatória: o nadador se coloca na plataforma em pé com o tronco semiflexionado à frente, braços relaxados e olhando para a piscina ou para baixo. ● Posição de tiro: o nadador aguarda a ordem de saída, neste momento ele flexiona o tronco para frente e para baixo com as mãos tocando a borda da plataforma ou mesmo segurando com as pontas dos dedos, a cabeça fica voltada para o pé da frente ou voltada para trás. O nadador pode manter a posição de um pé na frente e o outro atrás (esta posição é a mais utilizada) ou ele pode colocar os dois pés à frente (que não propicia tanto equilíbrio), os dedos do pé da frente flexionados na face anterior do bloco, para evitar que escorreguem na saída. ● Saída do bloco: nadador projeta o corpo para frente, com a extensão dos braços unidos protegendo a cabeça, e as pernas impulsionando o corpo (posição de flecha). Durante o voo, o tronco vai progressivamente se posicionando num nível mais baixo que o quadril e as pernas para preparar a entrada do corpo na água de preferência num mesmo ponto. ● Entrada na água: as mãos devem entrar primeiramente na água e o resto do corpo estendido deve passar pelo mesmo ponto de entrada, evitando assim que a resistência frontal desacelere demasiadamente o corpo ou mesmo que prejudique a fase submersa. ● Deslize: após a entrada na água, o nadador deverá buscar a melhor posição hidrodinâmica e a partir deste momento realizar a propulsão submersa conforme a característica de cada nado, até retornar para a superfície e poder iniciar os movimentos do nado. Viradas das provas do nado livre ● A virada é a mudança de sentido realizada quando a trajetória de natação tiver maior distância do que o comprimento da piscina. ● No nado livre (crawl) a regra apenas obriga que alguma parte do corpo toque a borda, ou seja, não é necessário o toque das mãos. ● Viradas que podem ser utilizadas para as provas do nado livre são: ✔ A virada simples é usada para aqueles que ainda não aprenderam a virada olímpica. FASES DA VIRADA SIMPLES ● Aproximação: onde o nadador observa por baixo da água a aproximação da borda. ● Toque na borda: com um dos braços à frente tocar na borda com consequente flexão de cotovelo devido à desaceleração do nado. ● Grupamento do corpo: com o rosto na água, o nadador projeta por baixo do corpo as pernas unidas para a borda da piscina com flexão de quadril e joelhos enquanto o braço que tocou a borda viaja por cima da água para se juntar ao outro braço, que estava apontando para a borda oposta. ● Posicionamento de saída: braços unidos voltados à frente, quadris flexionados, pernas flexionadas e pés apoiados na parede. ● Impulso: os braços estendidos à frente da cabeça em posição hidrodinâmica (streamline) para diminuir a resistência frontal com consequente extensão vigorosa das pernas para auxiliar no deslize do corpo. Na desaceleração do impulso da borda há o início da propulsão golfinhadas (se o aluno já o fizer), de pernadas alternadas e depois de braços. ✔A virada olímpica é mais rápida, através de uma cambalhota; Fases da virada olímpica ● Aproximação: o nadador deve visualizar a parede e os pontos de referência para calcular a fase seguinte, a velocidade do nado deve ser levada em conta durante a aproximação. ● Giro: na última braçada, o nadador deve direcionar a cabeça para a região do abdome, bem como o braço da última braçada. O outro braço deve ficar ao lado do quadril. Ao mesmo tempo, deve realizar uma flexão do tronco, projetando a cabeça para baixo, e flexão de quadris e pernas, trazendo os calcanhares em direção à borda da piscina. Depois, posicionar os braços unidos e estendidos à frente da cabeça na direção contrária da borda, os pés unidos e o corpo já na transversal o mais próximo possível da superfície. ● Impulsão: durante a impulsão os pés tocam a parede e ocorre uma vigorosa extensão das pernas ao mesmo tempo que ocorre uma rotação do corpo para que o nadador volte a posição inicial do nado. Os braços devem se manter estendidos à frente do corpo, protegendo a cabeça para diminuir a resistência frontal. ● Deslize: durante o deslize (submerso) inicia‐se a propulsão de pernas que pode ser com uma sequência de golfinhadas e, à medida em que o corpo se aproxima da superfície, inicia‐se a pernada alternada do nado, para que não haja perda do impulso realizado sobre a parede da borda da piscina. ● Propulsão: quando o nadador percebe que está ao alcance da superfície ele inicia o movimento de braçada, mas se o realizar precocemente pode provocar diminuição da velocidade. O nadador deve iniciar preferencialmente a respiração após duas ou três braçadas para que o corpo se posicione corretamente na superfície da água COMO ENSINAR O MEU ALUNO???? Sequência pedagógica???? Regras das provas de nado livre SW 5.1 – Nado livre significa que numa prova assim denominada, o competidor pode nadar qualquer nado, exceto nas provas de medley individual ou revezamento medley; nado livre significa qualquer nado diferente do nado de costas, peito ou borboleta. ● SW 5.2 – Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e no final. ● SW 5.3 – Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante a prova, exceto quando é permitido ao nadador estar completamente submerso durante a volta e numa distância não maior que 15 metros após a partida e cada volta. Nesse ponto, a cabeça deve ter quebrado a superfície da água (CDBA, 2017).
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