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DIDATICA DA NATACAO Completa 2021

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Universidade Salgado de Oliveira 
 Disciplina: Esporte Competitivo Atividades Aquáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ms.Amanda Cristine 
3° Período 
 
 
 
 
DIDÁTICA DA NATAÇÃO 
 
História e evolução da Natação no mundo 
A natação praticamente existe desde o aparecimento do homem.“Havia a necessidade de: 
deslocamento; chegar a um novo habitat; luta; fuga; pesca; caça; até para fugir de incêndios 
florestais” (MACIEL e BITTENCOURT, 2010). Tais fatos foram comprovados em épocas mais 
recentes através de materiais de artesanato, desenhos rupestres, resgate de obras artísticas e 
literárias. 
Os romanos incluíam a natação na prática de exercícios. “Por volta de 310 A.C. já tinham o hábito de 
nadar nos lagos e rios e foi o mesmo período que surgiram as piscinas dentro das termas” ( 
FERNANDES e LOBO COSTA ,2006) . Os Vikings (séculos 9 a 11) usavam o nado nas batalhas e para 
saquear cidades. Os chineses obrigaram a introdução da natação nas escolas em 1,200 D.C. 
O grande impulso da natação veio da Grécia pela importância dada a ela e pelo seu caráter 
educativo participando das atividades físicas com conceitos e planejamentos de aulas, nas 
escolas atenienses e de espartanos. Um marco negativo para a natação ocorreu após a queda 
do Império Romano (séc.V), na idade Média: ela praticamente desapareceu em virtude de 
crerem que, através da água, proliferavam epidemias (MACIEL e BITTENCOURT, 2010). 
O primeiro livro dedicado somente à Natação é escrito por um alemão (Nicholas Wymman) em 1538. 
A primeira piscina coberta foi construída na Inglaterra, em 1828. A primeira com petição 
organizada (e registrada) aconteceu em 1837. 
 
 
 
 
O esporte começou a se organizar na primeira metade do séc. XIX. A Natação entrou como 
modalidade desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos em 1896, só para homens. A 
participação feminina na natação só aconteceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, 
em 1912 (REIS, L.C. apud OLIVEIRA et. al, 2008). No transcurso desse tempo recente, 
desenvolveram-se e aprimoraram-se os estilos. 
 
 
 
A Natação no Brasil 
A natação foi oficializada, no Brasil, em 31 de julho de 1887, com a fundação da União de Regatas 
Fluminense. A Confederação Brasileira de Desportos foi fundada em 8 de junho de 1914 e 
ficou incumbida das organizações das competições de âmbito nacional. (MACIEL e BITTENCOURT, 
2010). 
Maria Lenk a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada, em 1932. O Brasil 
esteve presente nos Jogos Olímpicos em Los Angeles e o primeiro-tenente Dr. Heriberto Paiva, 
da marinha de guerra, que acompanhava a delegação, reconheceu a inferioridade dos nossos 
nadadores, imposta pelo desconhecimento de um treinamento sistematizado. Para incrementar a 
natação, o Brasil trouxe o técnico japonês Takashiro Saito, em 1934, que lançou a primeira 
obra sobre o treinamento sistematizado no Brasil,“como vencer na natação”, pela Schimidt 
Editora, do Rio de Janeiro. 
Alguns nomes da natação no Brasil: Piedade Coutinho - 5º lugar nos 40m nado livre, repetindo o 
feito em 1948. Em 1939, Maria Lenk foi recordista mundial nas provas de 200m e 400m nado peito. 
Em Helsinke, 1952, Tetsuo Okamoto ganhou a medalha de bronze nos 1.500m, nado livre. 
Primeiro medalhista nacional, falecido em 2008. Em 1960, Manuel dos Santos ganhou bronze nos 
100m, nado livre e, em 1961, estabeleceu o recorde mundial nesta prova. 
 
Natação no Amazonas 
O Atlético Rio Negro Clube teve a primeira piscina clorada de Manaus. Foi lá também de onde saiu a 
primeira equipe de natação competitiva do Estado. O Professor Waldir de Oliveira formou uma das 
gerações mais importante de nadadores do Amazonas, no final da década de 1960 e princípios da 
década de 1970, nesse mesmo clube (BARBOSA, BATALHA E AMARAL, 2007). 
A “Travessia Almirante Tamandaré”, idealizada em 1969, e com a primeira versão em 1970, é uma 
prova internacional que consiste na travessia do Rio Negro, realizada sempre no mês de 
dezembro. Atualmente prova é feita em formato de circuito, que acontece na orla da praia da 
ponta Negra, em Manaus/ AM. 
As escolinhas e clubes, entre elas: Água Viva, Nobre, Kako Nadadores, Nilton Lins, SESI, Atlético Rio 
Negro Clube, Dom Bosco, La Salle, entre outras, e atletas da Vila Olímpica de Manaus fazem parte da 
Federação Amazonense de Natação (FADA). Os campeonatos acontecem em piscinas olímpicas 
e semiolímpicas. Há intercâmbios para a realização dessas provas tanto para o interior do Estado, 
como para fora, sendo com maior frequência as cidades de Boa Vista-RR, Puerto Ordaz, 
Puerto La Cruz e Margarita, na Venezuela. 
 
 
 
BASES MECÂNICAS DA NATAÇÃO 
As especificidades das modalidades são muitos importantes na elaboração e na prescrição de um 
treinamento. No entanto, na natação, alguns conhecimentos sobre as leis da física devem ser 
analisados em conjunto com as características ou princípios físicos da água. Só assim 
poderemos ter uma visão e um entendimento adequados sobre as técnicas da natação. 
Leis da Física 
FORÇA GRAVITACIONAL: é uma grandeza que atua sobre os corpos no sentido vertical para
 baixo, atraindo-os para o centro da terra. 
INÉRCIA: é uma tendência a resistir à variação, ou seja, um corpo em repouso ou em movimento 
retilíneo uniforme tende a permanecer na mesma situação, a não ser que uma força externa 
modifique seu estado. (1ª Lei de Newton). 
AÇÃO E REAÇÃO: para toda ação, existe uma reação de igual magnitude e sentido contrário, assim 
sendo, podemos dizer que as forças ocorrem aos pares. (3ª Lei de Newton) 
Propriedades Físicas 
MASSA: é a quantidade de matéria que uma substância compreende (não é peso). A massa contida 
num corpo de alta densidade é maior que a massa contida em outro de densidade menor para um 
mesmo volume. Logo, o peso desse primeiro corpo será maior do que o segundo. Sendo medida em 
quilogramas. 
VOLUME: é o espaço que uma substância ocupa (tamanho). 
DENSIDADE: é a relação entre a massa total e o volume de um objeto que define sua densidade e 
também determina suas características específicas de flutuabilidade no fluido em que é necessário 
flutuar. A densidade de um objeto é sua massa( peso), dividido por seu volume. Expressa geralmente 
sob a forma de quilogramas por metro cúbico ou em grama por mililitros cúbico. 
Densidade  D = M  Massa 
 V  Volume 
EX: Chumbo = muita massa Isopor = pouca massa 
 pouco volume muito volume 
 
Portanto o chumbo é mais denso que o isopor. 
A água do mar é mais densa que a água pura, pois quanto mais impurezas na água maior a densidade 
( mais concentrada) isso faz você flutuar mais. 
 
Densidade de água pura 25° - - - - - - - - 1.000Kg/m3 
Densidade de água pura a 100° - - - - - - 0.958Kg/m3 
Densidade do mar - - - - - - - - - - - - - - -1.24Kg/m3 
Densidade do gelo - - - - - - - - - - - - - - - 0.917Kg/m3 
Densidade do corpo humano - - - - - - - - 0.950Kg/m3 
Densidade do Ferro - - - - - - - - - - - - - - 7.900 Kg/m3 
Densidade do chumbo - - - - - - - - - - - - - 11.340 Kg/m3 
Densidade do Óleo - - - - - - - - - - - - - - - 0.914 à 0.922 Kg/m3 
Densidade do Mercúrio - - - - - - - - - - - - 13.600Kg/m3 
Densidade do Isopor - - - - - - - - - - - - - - 0.1 g/m3 
 
Cada pessoa tem sua própria densidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores: 
- os mais densos que a água (músculos e ossos compactos) 
- os menos densos que a água ( gordura, osso esponjosos e quantidade de ar nos pulmões) 
A densidade relativa do corpo humano varia com a idade e o sexo: 
- 0,86 para crianças; 
- 0,97 para adolescentes e adulto jovens; e 
- decrescendo novamente nos adultos idososA densidade também varia de acordo com a mudança de temperatura. 
 
 
PESO: é a força com a qual uma substância é atraída para o centro da terra (o peso de uma massa vai 
depender da sua densidade). O peso é relativo á atração gravitacional em direção ao centro da terra 
(gravidade) e quanto maior for a substância existente em um objeto, maior atração gravitacional, e 
portanto, maior o peso. 
O efeito gravitacional pode sofrer variações, de acordo com a posição ocupada pelo corpo em 
relação a terra. 
Peso  P = M . a  aceleração (gravidade) 
 
 Massa 
Equilíbrio 
O corpo na água está sujeito a duas forças opostas gravidade e flutuação. Se estas forças são iguais e 
opostas o corpo estará em equilíbrio e não ocorrerá movimento, porém se estas forças são desiguais 
e desalinhadas, então ocorrerá movimento e sempre será rotatório. 
N natação poderemos observar uma situação de equilíbrio, quando nosso aluno, ao flutuar em 
posição dorsal ou ventral, se mantiver na posição sem a necessidade de auxílio, pois, flutuar nada 
mais é que a ação de manter um corpo na superfície de um fluido, que necessita-se que o corpo 
tenha uma densidade igual ou inferior à da água. 
Turbulência 
É a redução da pressão pela movimentação da água. 
Quando um corpo ou objeto se desloca na água, ele encontra resistência, que se subdivide em 
positiva (ação) e negativa(reação). 
 Positiva – é a onda ascendente, é a pressão positiva na frente do corpo ou objeto e 
corresponde a aproximadamente 10% da resistência. 
 Negativa – é a onda descendente, é a pressão negativa, a que foi criada diretamente atrás do 
corpo ou objeto. Forma-se uma área de baixa pressão que cria turbulência e suga o corpo 
para baixo. 
O grau de turbulência depende da velocidade do movimento e a forma do corpo influencia na 
produção da turbulência. 
Princípios Físicos da Água 
EMPUXO: é uma força que atua no sentido vertical para cima (contra a gravidade), aliviando o peso 
do corpo. A intensidade do empuxo é igual ao peso da água deslocado pelo corpo imerso. (Princípio 
de Arquimedes). 
FLUTUAÇÃO: existem três situações que determinam se um corpo vai ou não flutuar quando 
colocado em um meio líquido: 
a) Empuxo menor que o peso (maior densidade e menor volume): o corpo afunda até o final. 
b) Empuxo igual ao peso: o corpo atinge o equilíbrio quando estiver totalmente mergulhado no 
líquido. 
 
 
 
 
c) Empuxo maior que o peso (menor densidade e maior volume): o corpo aflora em parte até entrar 
em equilíbrio. 
TENSÃO SUPERFICIAL: é a força exercida pelas moléculas da superfície da água, criando uma espécie 
de película (barreira entre água / ar). 
 
Hidrostática 
PRESSÃO HIDROSTÁTICA: a água exerce uma pressão contínua por todas as partes e lados do corpo, 
porém, a intensidade dessa pressão varia de acordo com a profundidade (quanto mais fundo maior 
a pressão). 
A pressão hidrostática faz com que haja um aumento no retorno venoso do sangue ao coração, 
resultando assim em um maior volume de ejeção, consequentemente a frequência cardíaca (FC) 
diminui. 
 
 
 
Pressão Hidrostática Lei de Pascal A pressão do líquido é exercida igualmente sobre todas as 
áreas da superfície de um corpo imerso, a uma dada profundidade. 
EX: a pressão é igual a uma profundidade constante. 
A pressão aumenta com a profundidade e a densidade da água. 
A pressão da água é sentida nitidamente pelo iniciante, ficando mais evidente na caixa torácica, 
ouvido, nariz e garganta, partes do corpo que estão cheia de ar. 
Peso Hidrostático  PH = PC – E  Empuxo 
 
 Peso Corporal 
 
 
Coesão: É a força de atração entre moléculas vizinhas do mesmo tipo de matéria. 
 
 Adesão: É a força de atração entre moléculas vizinhas de diferentes tipos de matéria. 
 
Tensão Superficial: É a força exercida entre as moléculas da superfície de um líquido e que se 
manifesta sob a forma de uma “película” elástica na superfície do líquido. 
 
ARRASTO: É uma somatória de todas as forças que atuam sobre do corpo, no sentido contrário ao 
deslocamento pela água. É a força que faz resistência ao movimento de um objeto sólido através 
de um fluido (um líquido ou gás). 
 
 
 
 
 
 
 
Características que afetam o arrasto e seus efeitos 
1 Efeitos da forma: um corpo com a parte frontal afilada permite que seu deslocamento pela 
água mude apenas a direção de um pequeno número de moléculas. Isso acontece de maneira 
muito gradual, perturbando assim poucas correntes adjacentes, mantendo dessa forma a turbulência 
em baixos níveis. Já a extremidade posterior igualmente afilada permite que as moléculas da 
água 
reocupem quase que imediatamente o espaço criado para o deslocamento do corpo. 
 
2 Efeitos da orientação: Os nadadores mudam constantemente de posição, apresentando 
formas diferentes ao fluxo de água que passa, isso em função da necessidade de se criar grandes 
forças propulsivas. Embora esses movimentos aumentem o arrasto, eles aumentam ainda mais a 
propulsão. 
 
 
 
 
Hidrodinâmica 
 
A disciplina de mecânica dos fluidos que estuda as propriedades e o comportamento dos líquido e 
gases em movimento denomina-se hidrodinâmica. Essa ciência emprega os conceitos de densidade, 
pressão e viscosidade e considera os fenômenos de turbulência no interior dos fluidos. 
A hidrodinâmica é fundamentada teoricamente pela lei de Bernoulli que diz que : a pressão é mais 
baixa quando a velocidade de um fluido é rápida e é mais elevada quando a velocidade do fluido é 
lenta. 
 
 
 Teorema de Bernoulli – a pressão é mais baixa quando a velocidade de um fluido é rápida e é 
mais elevada quando a velocidade do fluido é lenta. 
 
Lei do Fluido 
 O fluxo laminar é mais rápido na superfície maior. 
 Ao acelerar o fluxo laminar a pressão diminui na maior área. 
 A área de maior pressão desloca-se para a área de menor pressão. 
 
Lei da Hidrodinâmica 
 
 Lei da Propulsão: manter o corpo o mais hidrodinâmico possível, diminui a resistência. 
 Lei da Resistência: ao aumentar a velocidade de um corpo dentre da água, sua resistência 
aumenta o quadrado do fator que aumentou a velocidade. 
 
Viscosidade da Água 
 
Chama-se Viscosidade ou resistência interna de um líquido, a propriedade que este possui de 
oferecer resistência à separação de suas moléculas. 
A viscosidade da água diminui com a temperatura. 
 
Velocidade 
 
Para execução dos movimentos mais facilmente, é necessário que o corpo se encontre em uma 
posição horizontal. Quando o corpo não está nessa posição, em contato com a água, os movimentos 
passam a ser mais difíceis, o que pode ser superado com alongamento dos segmentos corporais ou 
com acréscimo de materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Temperatura 
 
A temperatura da água exerce muita interferência em vários aspectos, como interesse de 
participação a nível motivacional, trabalho de musculatura - mais quente para os hipertônicos- 
menos quente para os hipotônicos, relaxamento e flutuabilidade. Essa é uma questão bastante 
individual. Há pessoas que possuem melhor desempenho na água mais quente, outras preferem 
água mais fria. Devemos atender essas necessidades individualmente, principalmente com os bebês 
e os deficientes, pois estes são mais perceptíveis e sensíveis a água e o seu desempenho motor são 
quase relacionado diretamente a esse fator. 
Para nadador a temperatura ideal gira em torno de 24° a 27°, acima de 28° o nadador não se sente 
bem e abaixo o nadador perde muita caloria para água fria. 
Já na hidroginástica ideal entre 28° a 30° . Essas temperaturas variam de acordo com a estação do 
ano e do lugar. 
20° -------------------- péssimo para atividade física e para o condicionamento. 
21/ à 23° --------------------- é possível suportar mais é um pouco desconfortável. 
24° à 27° ----------------------bom para natação (ideal 26°) 
28° à 32° ----------------------bom para adaptação,aprendizagem, amplitude e no relaxamento 
33° à 34° ----------------------bom para hidroterapia – watsu. 
33° `a 36° ---------------------bom para relaxamento – watsu. 
 
 
 
MÉTODOS DE ENSINO NA NATAÇÃO 
 
1-Concepção Global: “É uma concepção “primitiva” ou pré científica do homem , a natação ilustrada 
por suas origens longínquas persiste e tem sua mola propulsora pela proximidade que a 
maioria dos povos tem dos rios, lagos e mares”(CATTEAU E GAROFF, 1988). 
Características negativas da concepção global: ausência efetiva do professor; ausência de método; 
incompetência técnica e simplicidade nos gestos; incapacidade para co locar melhor o 
problema; confiança na adaptação individual e no arranjo que o tempo pode dar. 
Características positivas da concepção global : trabalhar continuamente no meio líquido; atitude 
ativa constante do aluno (brincar até cansar); respeito aos imperativos bio-psicológicos (faz 
como, quando e quanto pode e quer); hierarquia e cronologia das etapas da aprendizagem 
(equilíbrio,respiração e motricidade, isto faz parte de qualquer abordagem metodológica, com 
menor ou maior variação). 
 
2- Concepção analítica: É exatamente oposta à concepção global, não se pode negar que seja o 
primeiro empreendimento racional e pedagógico, porém com um caráter por demais 
reducionista da natação e dos movimentos. Foi aceita e desenvolvida na Europa, 
principalmente na França. 
Pelas preocupações em ensinar a nadar, pelas propostas de aparatos mecânicos que 
produzissem os movimentos estereotipados e pelos estudos propondo sequências pedagógicas 
de exercícios dentro e fora da água, teve um grande avanço e aceite no final do século XIX 
e início do século XX.Reconhecidamente tecnicista, propunha exercícios repetidos dentro e for 
a da água.(Catteau & Garoff, 1988). 
Há dois pontos em destaque nesta concepção: a metodologia para ensinar principiantes a nadar e a 
metodologia para ensinar professores para o entendimento da mecânica correta dos gestos.Tal 
corrente também encontrou problemas quando enfrentou contradições na ordem dos nados, 
no caráter esportivo, etc. 
Características negativas da corrente analítica: a natação reduzida aos movimentos, desconsiderando 
o indivíduo; estudo dos movimentos a seco, isto é, fora da água; atitude passiva do aluno 
(máquina fazia os movimentos por ele); decomposição arbitrária dos problemas; utilização de 
aparelhos, artificializando o movimento, dispensando o professor. 
Aspectos positivos da concepção analítica: tentativa metodológica para o ensino da natação; forma 
coletiva de trabalho sob a conduta de um professor; abordagem das dificuldades por parte: 
decomposição do movimento; introdução aos exercícios como meio de aprendizagem; exercícios 
 
 
 
educativos para aprender movimentos mais difíceis; progressão em dificuldade. 
Concepção moderna: Em princípio, preconiza a natação na concepção utilitária e evolutiva. 
Concebe a aprendizagem na água e pela água. Propõe e procura uma unidade nas diversidades das 
formas propulsoras de todos os nados encontrados no deslizamento submerso. (CATTEAU E 
GAROFF, 1988, P.96.) 
As unidades fundamentais da natação nessa corrente são: o equilíbrio, a técnica respiratória e a 
propulsão. De acordo com a concepção moderna, o equilíbrio estático e dinâmico na água está 
mais relacionado com o consciente e inconsciente do aluno do que com a posição ou situação do 
corpo na água. 
 
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO e INICIAÇÃO 
 
Familiarização com a água - Fazer com que o aluno se acostume com o ambiente, conhecendo 
o entorno da piscina, a profundidade da mesma, a temperatura da água, além do contato inicial com 
o professor, tendo como objetivo criar o vínculo para que haja a confiança na execução do trabalho. 
 
Percepção do corpo na água - Notar e controlar a reação do corpo quando imerso. 
Diferenças entre o corpo no meio terrestre e no meio aquático 
a) Alterações no equilíbrio: em terra, o equilíbrio e deslocamento acontecem na vertical; no 
meio líquido, o equilíbrio dá-se na horizontal; 
b) Alterações na visão: a visão sofre o fenômeno da refração e das substâncias químicas da 
água, alterando assim a percepção das coisas; 
c) Alterações na audição: o canal auditivo é preenchido pela água e a acústica do ambiente em 
que a piscina está inserida também influencia; 
d) Alterações na respiração: a respiração é modificada. Na água, a inspiração é dificultada e a 
expiração é facilitada. 
 
Domínio do corpo na água -( Equilíbrio , Respiração e Propulsão):“ O equilíbrio, a respiração e a 
propulsão são componentes básicos inerentes ao ato de nadar,cujo domínio é necessário para 
garantir um comportamento ajustado na água”( BARROS,2009). Afirma-se que há o domínio do 
corpo em meio líquido quando há o controle na posição horizontal; consegue-se efetuar a respiração 
corretamente e quando é executada a propulsão de membros inferiores (pernada). 
 
 
Sequência Pedagógica 
 
A sequência pedagógica utilizada no ensino da natação é um critério do professor. Cada aluno irá 
responder de forma diferente, podendo assim alterar as estratégias de ensino, bem como adaptar os 
exercícios às dificuldades de cada criança, adolescente ou adulto. 
EXEMPLO 1 – A primeira proposta de ensino da sequência pedagógica para a fase de adaptação ao 
meio líquido é representada no livro”Metodologia da Natação”, do autor David Machado (1978): 
 
1ª Adaptação (Ambientação)  2ª Flutuação 3ª Respiração4ª Propulsão 5ª Mergulho 
Elementar ( MACHADO 1978). 
 EXEMPLO 2- A segunda proposta de ensino da sequência pedagógica para a fase de adaptação ao 
meio líquido é apresentada na Clínica de Natação do Centro de Treinamento de Alto Rendimento 
(CTARA), pelo professor Ricardo Ribeiro (2006). 
1° Adaptação (Ambientação)2° Respiração 3° Flutuação 4° Deslize 5° Propulsão ( 
RIBEIRO,2006). 
 
 
Fases da iniciação 
 
 1° Adaptação (ambientação) 
Adaptar de acordo com faixa etária/ características do aluno. O profissional de Educação Física 
deve estar atento nesta fase às necessidades da criança e/ou adolescente com relação ao seu 
desenvolvimento psicomotor, cognitivo e intelectual. 
Organizar os conteúdos de forma que haja uma progressão (mais/ menos facilidade); sempre do que 
é conhecido para o que não é do conhecimento do aluno; do seguro para o possível; do simples para 
o complexo. 
 2° Respiração/ Imersão 
Aceitar o contato da água com os olhos, o nariz e a boca, abrindo os olhos debaixo de água e 
controlando a respiração em imersão(dentro de água) e emersão(para fora da água). 
Inspiração – realizado pela boca, procurando preencher os pulmões. Expiração – realizado pela boca, 
nariz ou ambos, procurando eliminar o ar em imersão e mantendo o contato dos pés com o fundo. 
– Formas de respiração para a didática do ensino – boca /nariz(B/N); 
boca/boca(B/B);nariz/nariz(N/N);nariz/boca(N/B).A adaptação dos exercícios, utilizando figuras de 
linguagem,é primordial no ensino dessa habilidade para crianças. 
 
 
 
A progressão no ensino da respiração se dá: inicialmente respiração frontal (elevação da cabeça para 
frente). Posteriormente respiração lateral e bilateral (giro da cabeça para um ou ambos os lados de 
forma alternada, durante o nado). 
 3° Flutuação 
Para uma boa flutuação, faz-se necessário o aluno realizar a apneia. Conceito de Apneia: Suspensão 
voluntária ou involuntária da respiração. Para qualquer forma de execução das flutuações, é 
necessário realizar a apneia inspiratória. (Executar uma inspiração forçada e manter o ar dentro dos 
pulmões). Notam-se diferenças na capacidade de flutuação de acordo com a composição corporal de 
cada aluno. 
Formas de flutuação: 
a) Medusa (ou grupada): Adotar a posição de medusa ou tartaruga (igualà posição fetal),deixando-
se manipular sem perder o equilíbrio. 
 
b) Decúbito Ventral: Suspensão corporal do aluno através do relaxamento muscular. As mãos podem 
ficar apoiadas (borda, prancha, colega) ou mãos descontraídas (relaxadas – sem apoio), ao lado do 
corpo ou acima da cabeça. Para a manutenção da posição em decúbito ventral, faz -se inspiração 
antes do contato do rosto com a água. O queixo deve ficar mais próximo do tórax e assim, o rosto 
imerso (face na direção do fundo). 
 
c) Decúbito Dorsal: Suspensão corporal através de relaxamento muscular (inspiração e expiração 
constantes e realizadas pela boca). O tronco deverá ficar descontraído e a cabeça deverá ser 
elevada(posição deitada – alinhamento com a coluna). 
 
 
 4° Deslize 
Ação de empurrar a parede ou outra superfície com os pés e deixar o corpo avançar na água, até 
começar a perder velocidade. Pode ser feita em decúbito ventral (posição de flecha), decúbito 
dorsal ou decúbito lateral. 
 Propulsão 
Conceito: Ação ou efeito de propulsar, de impelir para a frente. Para essa fase do aprendizado, a 
ação das pernas deverá ser em posição ventral e dorsal, sem perder o alinhamento horizontal 
(manter o corpo paralelo ao fundo da piscina). O movimento das pernas é alternado, fazendo força 
para cima e para baixo, com os pés em extensão. 
 
O NADO CRAWL 
Breve histórico 
Tal como se conhece nas características básicas, tem mais de 100 anos, ou seja, batidas alternadas de 
pernas, batidas alternadas de braços e respiração intercalada com retiradas da boca e nariz 
para respirar. O termo crawl, em inglês, significa rastejar-se. Não se sabe ao certo a origem desse 
nome. 
A afirmação do estilo iniciou em fins do Século XIX. Firmou -se no princípio do século XX e imperou a 
partir da década de 1920 com o incrível recordista (50 recordes e o primeiro a baixar de um minuto 
nas 100 jardas) Johnny Weissmuller (MACIEL e BITTENCOURT, 2010). 
 
Características do nado crawl 
No Crawl, o corpo fica na posição horizontal em decúbito ventral (barriga para baixo). O rosto 
submerso, com água na altura da testa, olhando para frente e para baixo ao mesmo tempo. As 
pernas são alternadas, os braços também alternados, com uma fase aérea e uma submersa. A 
respiração é feita lateralmente. 
 
Movimento das pernas 
Características: Afastamento entre as pernas deve ser a largura do quadril. O movimento começa na 
 
 
 
articulação coxofemoral, com as pernas retas ou estendidas. O movimento se inicia com uma leve 
flexão, partindo do quadril, passando pelo joelho, e finalizando no tornozelo. A força nos pés deve 
ser feita para cima e para baixo, com a sola dos pés e o dorso, respectivamente. 
 
 
Os movimentos de pernas do nado de crawl são realizados alternadamente, com trajetórias 
descendente, ascendentes e laterais de acordo com o rolamento de tronco. A trajetória descendente 
da pernada inicia-se com o calcanhar de um dos pés alinhado com a superfície da água, momento 
este em que ocorrerá uma ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa, fazendo 
com que haja um pequeno abaixamento do joelho, para uma posterior extensão vigorosa da perna. 
Os pés deverão estar com flexão plantar e em inversão, procurando aproveitar bem a pressão 
realizada pelo dorso do pé e pela perna. Este movimento deverá fazer com que os pés pressionem a 
água, até a uma profundidade de aproximadamente 30 a 35 cm abaixo da superfície. 
 
 
Já no movimento ascendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar, 
realizando a pressão sobre a água com a planta do mesmo. Existem duas correntes em relação à 
ação deste movimento: 
I — que durante esta fase da pernada, haverá uma recuperação do movimento, com o relaxamento 
na articulação do tornozelo e da musculatura da perna. 
2- que durante esta fase adquire-se propulsão, com a pressão da perna e da planta do pé. Considero 
que estas ações dependerão da distância a que se pretende nadar: se a distância for curta, até 100 
metros, é fundamental uma ação mais intensa de perna (propulsora), ê com isso, a opção ne 2 é 
mais recomendada. Já se a distância for superior a 100 metros, a perna tem uma menor função 
propulsiva e deverá contribuir para a estabilização do nado na maior parte do percurso, e, sendo 
assim, na maior parte do tempo em que se estiver nadando, a opção mais recomendada será a 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pernada de Adejamento 
Segundo Magtischo, são componentes laterais realizados durante a pernada do nado de crawl, ou 
seja, os movimentos diagonais e alternados das pernas. 
 
Técnica de Braçada : 
 
Ciclo de Braçada 
É composto de uma fase submersa, responsável pela propulsão e uma fase de recuperação, que 
ocorre por sobre a superfície da água. 
Para que um nadador complete um ciclo de braçada, devemos determinar um ponto de referência 
na observação, como por exemplo, quando a mão direita estiver no momento da entrada na água e, 
consequentemente, a esquerda, na f se de finalização ou início da recuperação da braçada. Com isso, 
ao retornarem a esses pontos, completa-se um ciclo de braçada do nado de crawl. 
Entrada 
Deve ser feita à frente da cabeça, entre a linha central desta e a linha da direção do ombro. O braço 
deve estar ligeiramente flexionado, com o cotovelo acima da mão, de modo que as pontas dos dedos 
sejam a primeira parte do braço a entrar na água. Ela deve deslizar para dentro da água, à frente de 
lado, com a palma da mão ligeiramente voltada para fora. 
 
 
 
 
Segundo, Paulo Carnaval (2000), "esse movimento é realizado pela ação dos músculos supinados do 
antebraço (supinador), extensores do cotovelo (tríceps braquial e ancôneo) e flexores da gleno-
umeral (deltoide anterior, peitoral maior e coracobraquial)”. 
 
Apoio ou Varredura para Baixo 
Consiste de uma puxada para baixo, onde a mão desloca-se em direção ao fundo da piscina em um 
trajeto curvilíneo, com o braço iniciando o movimento estendido, flexionando-se gradualmente, até 
atingir a posição do agarre. Não deve haver uma abertura significativa, para além da linha do ombro 
do braço que se encontra nesta fase. "O braço deve flexionar-se em aproximadamente 40 graus no 
cotovelo durante a varredura para baixo, de modo que o ângulo no cotovelo seja de quase 140 graus 
ao ser efetuado o agarre." (Maglischo) No agarre deverá existir uma rotação medial de braço, 
formando uma posição de alavanca, em que o cotovelo estará elevado, com a mão e o braço 
voltados para trás, contra a água. A palma da mão deverá estar inclinada para fora e para trás. 
Segundo Schleihauf, a profundidade da mão, neste momento, será de aproximadamente 40 a 60 cm 
É importante ressaltar que os nadadores não devem tentar empurrar a sua mão para trás, nem 
imprimir força, antes que o agarre tenha sido realizado. Essa fase da braçada não é de grande 
importância propulsiva se comparada com as duas fases aquáticas seguintes. 
Baseando-se no Teorema de Bernoulli (princípio da asa)e no fluxo da água, durante esta fase, a 
ponta dos dedos o dedo mínimo são os bordos de ataque do fólio e o cotovelo e o polegar são os 
bordos de fuga. 
 
 
Durante essa fase, os músculos responsáveis pôr essa ação são os adutores da gleno-umeral, ou seja, 
peitoral maior, dorsal Ilargo e redondo maior e flexor ulnar do carpo. (Paulo Carnaval - 2000) 
 
Tração ou Varredura para Dentro 
Esta fase inicia-se no agarre, seguindo com um movimento em trajetória semicircular até uma 
posição sob o corpo, em que a mão inicialmente continua deslocando-se para baixo, para dentro e 
para cima, simultaneamente, até que esteja ao nível da linha média do corpo, ou a tenha 
ultrapassado. Baseado em estudo de Schleihauf e colaboradores, com um grupo de nadadores 
olímpicos americanos, a flexão máxima do cotovelo nesta fase varia entre 82 e 104 graus. A palma da 
mão, a partir do agarre, deverá ir girando lentamente para dentro, de modo que fique ligeiramente 
voltada para dentro e para trás. A velocidade da mãodeve acelerar moderadamente desde o início 
até o final desse movimento. Essas velocidades da mão variam de 1,5m/s para algo em torno de 2,5 
e 3,0 m/s ao final da varredura para dentro. (Maglischo - 1999). Nesta fase, o lado do polegar é o 
bordo de ataque do fólio e o do dedo mínimo, o de fuga. 
 
 
E um momento em que começará a existir uma maior eficiência propulsiva da braçada. 
A trajetória da braçada nesta fase varia de nadador para nadador, pois esta depende, 
principalmente, da envergadura do atleta, da eficiência de seu rolamento, da capacidade de manter 
um ângulo de ataque efetivo durante esta fase. 
Segundo Maglischo, muitos nadadores do nado crawl têm utilizado com eficiência uma varredura 
para dentro, que avança além da linha média do corpo. Outros não conseguem a mesma eficácia e 
colocam em risco o seu bom alinhamento do eixo longitudinal. 
Parte da força nessa fase é utilizada na rotação do corpo do nadador (rolamento). A troca da 
propulsão pela rotação é benéfica, porque coloca o corpo em melhor alinhamento para a fase mais 
propulsiva da parte submersa da braçada,que é varredura para cima. 
 
 
Os músculos que estão envolvidos na ação acima, são os músculos adutores da gleno-umeral( vide os 
músculos na fase de apoio), depressores da cintura escapular (trapézio IV, suclávio e peitoral menor) 
e rotadores da coluna cervical (esplêndido da cabeça e pescoço, eretores da coluna, semi-espinhal 
cervical, esternocleidomastóide, rotadomultífides). ( Paulo Carnaval -200) 
Finalização ou Varredura para Cima 
Da passagem da tração ou varredura para dentro, para a finalização ou varredura para cima, haverá 
uma aproximação do braço e cotovelo ao tronco, com uma extensão (não total)do antebraço, 
retirando-se a mão da água próxima ao quadril, finalizando assim a fase aquática da braçada. Essa 
fase é a segunda parte propulsiva da braçada, já que, como mencionei anteriormente, a primeira é a 
varredura para dentro ou tração. Segundo Maglischo, esta fase caracteriza-se por um "movimento 
semicircular da mão, desde um local situado por baixo do corpo do nadador e para fora, para cima e 
para trás, na direção da superfície da água. A palma da mão deve girar rapidamente no início desse 
deslocamento, mantendo-se inclinada para fora e para trás durante todo o movimento. Embora o 
braço possa estender-se gradualmente no cotovelo, a velocidade de extensão deve ser tal que o 
antebraço permanecerá flexionado, com a parte inferior do antebraço e a palma da mão voltada 
 
 
para trás, com relação à água, até que se tenha completado a fase propulsiva desse movimento.' 
A seguir, voltando-se a palma da mão para dentro (na direção da coxa), haverá o relaxamento e 
liberação da mão da água, dando-se início à recuperação da braçada. 
Segundo Counsilman, Wasilak 1982, e outros, a velocidade da mão, na fase de finalização da 
braçada, chega-se a atingir aproximadamente 6m/s, sendo com isso, em sua análise, a parte mais 
veloz do movimento (análise do movimento em relação ao corpo). 
Se considerarmos o Teorema de Bernoulli, a referência da análise do movimento em relação à água e 
o estudo de Counsilman citado acima, podemos concluir que, baseado na velocidade alcançada pela 
mão nessa fase, ela é a parte mais propulsiva da braçada, pois, na verdade, não é a mão que se 
desloca para trás e sim o corpo que se projeta à frente. 
 
 
 
Na execução dessa fase o nadador, estará tendo a participação dos seguintes músculos; 
tríceps branquial, deltoide posterior, peitoral maior e reto abdominal. (Paulo Carnaval - 2000) 
Recuperação 
Deverá ser feita através da elevação do cotovelo, flexionando o antebraço e projetando a mão 
à frente. Os braços deverão estar os mais relaxados possíveis durante esta fase, até a entrada, 
para então iniciar-se um novo ciclo. 
 
Aspectos importantes a serem observados na recuperação: 
• A primeira parte do braço a deixar a água é o cotovelo, enquanto sua mão ainda está na água; 
•Quando a mão estiver na altura da coxa, a palma deverá voltar-se em direção à coxa, evitando criar 
uma força de arrasto, já que a mão estará se deslocando à frente; 
• Direcionar o braço à frente por sobre a água, com a menor interferência possível no alinhamento 
lateral do corpo e; 
 
 
• Proporcionar um breve período de esforço reduzido para os músculos do braço, ombro e tronco. 
 Durante essa fase, analisaremos os grupamentos envolvidos na primeira metade do movimento e a 
seguir na segunda parte. Na primeira metade, haverá uma ação dos músculos adutores da cintura 
escapular (trapézio III e romboides) e extensores horizontais da gleno-umeral (deltoides médio e 
posterior, infra-espinhal e redondo menor). 
 
Na segunda metade do movimento, ele estará sob ação dos extensores do cotovelo, flexores da 
escápula- umeral e elevadores da cintura escapular. (Paulo Carnaval - 2000) 
Dois Tipos De Recuperação 
1- Recuperação com o cotovelo elevado 
Esse tipo caracteriza-se por uma recuperação onde o nadador retira o braço da água com o 
cotovelo, com uma ligeira flexão e a mão a seu lado. Na primeira metade da recuperação, c 
braço continua a flexionar-se e só iniciará a extensão à frente, após a mão passar acima da 
cabeça. A palma da mão, na primeira metade da recuperação, permanecerá voltada para 
dentro, girando para fora na segunda metade, para conseguir realizar uma boa entrada na água 
com pouca turbulência. 
"A recuperação deve ser a mais linear possível, para que seja reduzida a possibilidade de quebra 
do alinhamento Lateral, o que ocorre quando o braço é balançado para o lado e circularmente, 
de forma excessiva. A alternância da flexão e da extensão do braço durante a recuperação o 
impede que balance para bra demasiadamente."(Maglischo -1999). 
 
2- Recuperação com o cotovelo elevado (Modificada) 
É uma técnica semelhante à anterior, sendo que: 
• O braço do nadador é conduzido à frente, num arco mais elevado; 
• A alternância de flexão e extensão do braço, não são tão grandes como na técnica acima; 
• O braço tende a sair ligeiramente dobrado da água e praticamente permanece flexionado no 
mesmo ângulo até a entrada na água. 
• Provavelmente, ela é mais inércia e, portanto, mais rápida, sem ser cansativa, o que a leva a ser 
utilizada por boa parte de nadadores velocistas. 
 
Respiração 
Durante o momento em que o rosto permanece dentro da água, o nadador realizará a expiração, 
através da boca, nariz ou boca/nariz. É sempre bom reforçar a expiração pelo nariz, para auxiliar na 
execução das viradas, evitando a entrada de água pelo mesmo. 
O momento da inspiração deve ser feito, logo após a expiração, através do movimento de rolamento 
lateral de tronco e de um pequeno movimento de cabeça, se necessário. A inspiração deverá ser 
feita pela boca, mantendo-a o mais próximo possível da água (no cavado da onda, criada pela 
pressão da cabeça na água, à frente, durante o deslocamento)e no momento em que um dos braços 
estiver realizando o apoio e o outro a finalização da braçada e início da recuperação (primeira 
metade), do braço do mesmo lado. A respiração pode ser classificada de acordo com o número de 
braçadas realizadas para cada inspiração, ou seja: 
*respiração na segunda braçada, para o lado direito ou esquerdo - (dois por um)- lateral; 
*respiração na terceira braçada, para o lado direito e esquerdo (três por um)-bilateral; 
* respiração na quarta braçada, para o lado direito ou esquerdo -(quatro por um)- lateral; 
* E assim, sucessivamente. 
Respiração Bilateral 
Essa respiração, também chamada de alternada, proporciona algumas vantagens em relação à 
unilateral. Vejamos: 
 Facilita para que os nadadores consigam rolar seus troncos igualmente para ambos os lados, 
auxiliando, assim, na execução de uma braçada mais eficiente; 
 Torna a braçada mais simétrica; 
 Facilita o controle dos adversários de ambos os lados, em uma prova competitiva; 
 “ A respiração restringida melhora a capacidade de difusão pulmonar”. ( Maglischo-1999) 
 
 
Sequência pedagógica 
I. Propulsão de pernas – Exemplos de exercícios: Sentado na borda o professor mostra a posição dos 
pés e joelhos. Com o apoio das mãos na borda, batimento de pernas com auxílio do professor (esse 
exercício só é valido para passarmos alguns detalhes, pois o aluno deve sentir o movimento em 
deslocamento - propulsão). 
Batimento de pernas com ajuda (prancha ou professor) - Ensinar logo no início a posição 
hidrodinâmica (braços estendidos, mãos sobrepostas, como também posição dos pés e joelhos 
durante o batimento. Deixe o aluno experimentar um pouco o movimento e vá aos poucos corrigindo 
a técnica. 
II. Propulsão de braços – Exemplos de exercícios: Os primeiros exercícios de ensino da braçada 
podem ser feitos fora da água, mostrando ao aluno posição de braços, mãos, a flexão do cotovelo e a 
coordenação dos braços. O ensino da técnica correta da puxada pode ser introduzido aos poucos 
sem muitos detalhes, pois o aluno ficará confuso com tantas informações.Braçada caminhando 
pela piscina com ajuda do professor, primeiro um braço depois o outro e depois alternados. 
Depois, pernada com movimentação só de um braço e o outro estendido à frente (ainda sem a 
respiração lateral). A mão que executa o movimento entra na água e alonga sob a outra mão. 
Enfatizar o batimento de pernas. Executar pequenas distancias em apneia. 
 
 
III. Coordenação de pernas e braços – Exemplos de exercícios: Com um braço ao longo do corpo o 
outro no prolongamento, executar o braço que está para baixo, esperando ele voltar para executar 
a braçada com o braço oposto. Esse exercício pode ser feito com a ajuda do professor até o aluno 
conseguir executá-lo sozinho. 
Outro exercício que pode ser feito é nadar apenas com um braço, depois com o outro, fazendo a 
recuperação por baixo d'água, uma piscina (volta) com cada braço. 
 
 
 
IV. Respiração específica (lateral) – Exemplos de exercícios: 
Essa fase do aprendizado só deve ser feita apó s o aluno ter certo domínio da pernada e braçada. 
Os primeiros exercícios de respiração lateral já podem ser executados juntos com a pernada. O 
primeiro exercício de coordenação (braços e respiração) pode ser feito fora da água, ou na parte 
rasa,com o professor mostrando ao aluno o momento da rotação da cabeça. 
Com os pés apoiados no fundo da piscina, tronco inclinado à frente, um braço ao longo do corpo e o 
outro apoiado na borda, girar tronco e cabeça mantendo a outra orelha na água. Posição igual à 
anterior, mas com a movimentação do braço do lado da respiração, ensinando o momento do 
rolamento. 
 
 
Um braço apoiado na prancha ou na mão do professor, o outro ao longo do corpo, o aluno fará a 
respiração lateral, uma volta com o lado direito outra com o lado esquerdo. 
 
 
 
 
 
V. Nado completo – Exemplos de exercícios: 
Fazer o crawl completo respirando para o lado direito na ida, esquerdo na volta. Pode ser feito 
também o crawl bilateral (nadar respirando a cada ciclo e meio de braçadas). 
 
 
 
O NADO COSTAS 
 
Histórico do nado costas 
 
O nado de costas, inicialmente, tinha por finalidade proporcionar meios de fácil flutuação para 
descansar o nadador. Somente nos jogos olímpicos de Paris, em 1900, é que surgiu este estilo como 
forma de competição. Inicialmente os braços eram levados simultaneamente para dentro da água e 
as pernas movimentam-se de forma semelhante à tesoura de frente. 
Momentos na história do estilo: 
1900 – Aparecem provas do nado costas – braçada e pernada duplas; 
1903 – Archibald Sinclair e William Henry descrevem possibilidades de alternar braçada e 
pernada, comparando com o Trudgen (estilo antigo que levou o nome do autor George 
Trudgen, descrito na história do Crawl); 
1912 – Nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, o americano Henry Haber alterna braços e pernas na 
propulsão; 
1920 - 1924 – O lendário nadador havaiano Kealoha vence os 100m, com surpreendente tempo; 
1928 – Fim do domínio americano e início do domínio japonês no estilo (faziam a propulsão de 
pernas também na fase descendente quando o joelho baixava e ficava submerso); 
1936 – Volta o domínio americano, melhorando a técnica da batida da perna para baixo, com 
posição oblíqua do corpo e aprofundamento dos braços; 
1956 – Fase de domínio australiano, nos Jogos Olímpicos de Melbourne e Roma, quando David Tell 
abandona a posição deitada, flexiona o braço ao lado do corpo (alavanca) e faz um rolamento para o 
lado (movimento balístico) da puxada de braço; 
1960 – O japonês Tanaka volta ao estilo deitado enquanto que Tom Stock modifica o movimento dos 
braços fazendo uma empurrada com a mão mais profunda e para frente, terminando junto aos 
quadris; 
1964 – Aplicação dos estudos de James “Doc” Councilman – USA – e Forbes Carlyle, australiano. 
 
Características do Nado 
O aluno em decúbito dorsal, corpo estendido na horizontal, batimento de pernas alternadas, 
propulsão de braços alternados (crawl invertido), respiração livre. 
 
 
 
Posição da cabeça: A cabeça, no nado costas, se mantém sem movimentação, como se fosse uma 
plataforma, em torno da qual giram os braços. Os ouvidos ficam submersos. 
O quadril: Deve ser mantido alto e fixo com uma ligeira oscilação, que apenas acompanha o trabalho 
de pernas e a movimentação do tronco. 
 
 
 
A pernada 
 
Os movimentos de pernas do nado de costas são realizados alternadamente, com trajetórias 
descendente, ascendente e lateral de acordo com o rolamento de tronco. 
A trajetória descendente da pernada inicia-se com o dorso do um dos pós-alinhado com a superfície 
da água, com a perna estendida, posição esta que permanecerá até o final da fase descendente. Ao 
final da fase descendente, ocorrerá uma ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a 
coxa, fazendo com que haja uma pequena elevação do joelho (sem que este atinja a superfície) para 
uma posterior extensão vigorosa da perna. Os pés deverão estar com flexão plantar e em inversão, 
procurando aproveitar bem a pressão realizada peto dorso do pé e peta perna (fase ascendente e 
lateral). 
Já no movimento descendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar, 
realizando a pressão sobre a água com a planta do mesmo. 
Uma função importantíssima da pernada é a estabilização do nado, já que os movimentos diagonais 
de braços submersos tendem a desalinhar o corpo, e, provavelmente assim, as pernadas diagonais 
funcionam de forma a contrabalançar esses movimentos potencialmente prejudiciais dos braços. 
Segundo Maglischo, "as pernas devem dar pernadas na direção geral de rotação do corpo, de modo 
que a natureza diagonal dessas pernadas possa facilitar o rolamento do corpo e cancele as 
tendências dos movimentos dos braços de empurrar o evi-corpo para cima, para baixo e para os 
lados". 
Tendo em vista as provas competitivas do nado de costas não excederem a distância de 200 metros, 
a propulsão proveniente dessas poderá contribuir de forma consideravelmente de forma significativa 
para o êxito do atleta do que nas provas de crawl mais longas. 
 
A braçada 
A fase da puxada se inicia quando a mão entra na água, com o braço totalmente estendido, coma 
palma da mão voltada para fora e com a mão entrando na linha do prolongamento do ombro. 
 
É muito comum que o aluno entre com a mão mais para dentro ou mais para fora desta linha, isto 
faz com que, ao se aplicar a força na água, o quadril se movimente de forma errada, deixando o 
nado sinuoso, ao invés de rolamento teremos o quadril "dançando" de um lado para outro. 
Quando a mão entra na água, deve-se afundá-la um pouco para se iniciar a fase de propulsão do 
nado. Neste momento, o cotovelo se flexiona ligeiramente, colocando a palma da mão na posição de 
agarre (COLWIN, 2000). 
 
Fases da braçada 
a) Entrada: É a colocação do braço na água. Palma da mão voltada para fora (dedo mínimo é o 
primeiro a entrar). Os braçosdevem estar estendidos. 
b) Tração: P arte da posição de apoio até que a mão alcance o cotovelo (o cotovelo será um ponto 
fixo). A palma da mão está voltada para trás e os dedos apontando para cima. A água é tracionada 
para trás. 
c) Empurrão: Após a mão alcançar o cotovelo (fase anterior), ela passa a ser empurrada para frente, 
em direção aos pés.O cotovelo faz a empurrada da mão até sua extensão total. 
d) Finalização: Chicotada final, também chamada de “ Snap”. A mão se relaxa, terminando com a 
palma para baixo na direção dos quadris. 
e) Recuperação: O braço executa um movimento solto e retilíneo para trás, em direção à linha do 
 
 
. 
ombro, até o ponto de entrada da mão. A palma da mão se inicia voltada para dentro e vai se 
voltando para fora antes de iniciar a fase de entrada (sai dedão, entra dedinho). 
 
 
 
 
 
Apoio ou Primeira Varredura para Baixo: 
 
Consiste de uma puxada para baixo e para o lado, em direção ao fundo da piscina e com o braço 
estendido, flexionando-se gradualmente, até que a parte inferior de seu braço e a palma da mão 
estejam voltadas para trás, contra a água, no momento do agarre. A palma da mão, que ao entrar 
na água estava voltada para fora, deverá ir gradativamente voltando-se para baixo, ou seja, em 
direção ao fundo da piscina, mas não totalmente. 
 "Em geral, a mão está a uma profundidade de 45 a 60 cm e com uma abertura de 
aproximadamente 60 cm com relação ao ombro, por ocasião do agarre (Schleihauf et al.,1988)”. 
“O braço flexiona-se entre 30 e 40 graus durante a varredura para baixo, e o ângulo no cotovelo 
fica entre 140 e 150 graus ao ser realizado o agarre. A mão também deve estar alinhada com o 
antebraço por ocasião do agarre."(Maglischo - 1999). 
Essa fase da braçada não é de grande importância propulsiva, se comparada com as duas ou 
três fases seguintes. O nadador deve perceber esta fase como um momento de alongamento e 
de pouco dispêndio de esforço. 
O braço que está realizando a fase aquática da braçada (apoio ou varredura para baixo) estará 
realizando o movimento, como o mencionado anteriormente, exigindo a participação dos 
seguintes músculos: bíceps braquial e braquiorradíal — responsáveis pela ligeira flexão do 
cotovelo; flexor radial do carpo e ulnar do carpo - responsáveis pela ligeira flexão de punho. 
(Paulo Carnaval-2000) 
 
 
 
 
Tração ou Primeira Varredura para Cima 
É um momento onde começará a existir uma maior eficiência propulsiva da braçada. Inicia-se no 
agarre ponto em que o braço começará a dirigir-se em direção à superfície, com trajetória curvilínea, 
flexionando-se o braço, até a mão atingir um ponto abaixo da superfície, onde poderemos observar 
uma flexão do antebraço em relação ao braço (em torno de 909 a 1102), fase em que a mão, cotovelo 
e ombro, deverão estar alinhados, com o braço perpendicular ao corpo e cotovelo apontando para o 
fundo, aproximando-se do final da tração. 
A mão deve permanecer alinhada com o antebraço durante todo esse movimento. 
A velocidade da mão deve ganhar uma aceleração moderada durante todo o movimento. 
Se o leitor imaginar um nadador praticante do nado de costas numa posição com a face voltada para 
baixo, irá observar que a primeira varredura para cima no nado de costas é muito semelhante à 
varredura para dentro do nado de crawl quanto ao modo de geração de força propulsiva. 
(Maglischo-1999). 
Nesta fase já se observará uma maior flexão do cotovelo, com a participação principal dos seguintes 
músculos: reto abdominal, peitoral maior, bíceps braquial, flexor radial do carpo, flexor ulnar do 
carpo e dorsal largo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finalização ou Segunda Varredura para Baixo 
 
“A segunda varredura para baixo começa quando a segunda varredura para cima está se 
aproximando do seu término. Quando a mão passa o topo da varredura para cima, o braço 
movimenta-se para baixo e para trás até que esteja completamente estendido e bem abaixo da coxa. 
A mão deverá estar a 30 cm de profundidade, quando esse movimento completar-se.” ( Maglischo-
1999) 
Da passagem da tração, para a finalização, haverá uma aproximação do braço e cotovelo ao tronco, 
com a extensão do antebraço, projetando a mão em direção ao fundo, fazendo com que haja um 
rolamento do corpo para o lado oposto a esse braço, e uma consequente saída de ombro do mesmo 
lado. A mão deve ser girada para baixo e para fora durante esse movimento e ao completar a 
varredura, a palma da mão deverá estar voltada para o fundo da piscina. 
Segundo Maglischo “ a velocidade das mãos deve diminuir durante a transição para a segunda 
varredura para baixo, acelerando rapidamente, em seguida, durante todo o movimento”. 
Alguns nadadores de alto nível, após esta fase, antes de relaxar e liberar a mão da água, ainda 
consegue fazer uma rápida rotação medial com o antebraço, criando mais uma fase propulsiva que 
se classifica, como Segunda Varredura para Cima. 
Os principais músculos envolvidos na realização deste movimento, (segunda varredura para baixo) 
são: rotadores mediais da gleno-umeral, tríceps braquial, ancôneo, reto abdominal, peitoral maior, 
dorsal largo, tríceps braquial e flexor ulnar do carpo. (Paulo Carnaval-2000). 
 
 
 
Segunda Varredura para Cima 
 
Tão logo a Segunda Varredura para Baixo tenha sido completada, a mão movimenta-se para 
cima, para trás e para dentro, na direção da superfície. Essa fase termina quando a mão atinge a 
altura da parte posterior da coxa. O braço deverá permanecer o tempo todo estendido. 
Segundo Maglischo, a posição da mão é o aspecto mais importante desse movimento. Os 
nadadores que usam essa fase da braçada para propulsão hiperestendem sua mão ao nível do 
punho, de modo que a palma da mão fique inclinada para trás e para cima, com seus dedos 
apontando para baixo, na direção do fundo da piscina. Esse movimento é bastante parecido com as 
varreduras para cima do crawl e borboleta,exceto, logicamente, o decíbito. 
 
 
 
 
 
A Recuperação 
Deverá ser feita através da retirada do braço estendido da água, de preferência com o 
polegar saindo primeiro, com a palma da mão voltada para a perna. 
 Os nadadores diminuem a pressão sobre a água quando sua mão aproxima-se das partes 
inferiores de sua coxa, porque a mão começa a deslocar-se para frente nesse momento e eles não 
podem gerar qualquer força propulsiva e, caso não o façam, correrão o risco de aumentar o arrasto. 
Os braços deverão recuperar-se elevados por sobre a cabeça e não para o lado e baixos, 
evitando-se desalinhamentos laterais. Devem estar o mais relaxado possível durante esta 
fase, até a entrada, para então iniciar-se um novo ciclo. 
A recuperação é realizada, principalmente pela ação dos seguintes músculos: tríceps 
braquial, trapézios I e II, deltoide posterior e peitoral maior. (Paulo Carnaval-2000) 
 
Braços/Pernas 
A coordenação braços/ pernas, no nado de costas, deve ser realizada de forma que o ponto máximo 
ascendente da pernada coincida com o empurrão final, da finalização da braçada do mesmo lado. 
Para cada ciclo de braçada, são realizados seis movimentos de pernas. 
 
 
 
 
 
 
 
Braços-Braços 
 
Quando um dos braços entra na água, o outro deverá estar completando a segunda varredura para 
baixo. Enquanto o braço da fase aquática estiver concluindo a segunda varredura para baixo e a 
segunda varredura para cima ( se houver), o outro, que há pouco entrou na água, deverá realizar a 
primeira varredura para baixo até o agarre, para evitar-se o ponto de desaceleração, já que a 
primeira varredura para baixo não tem significância no nado. 
 
 
 
Exercícios Especiais para Treinamento de Força e Potência para nadadores de Costas 
 “Puxada pela Frente na Roldana Alta; 
 Adução dos Braços no Cross-Over; 
 Desenvolvimento Supino; 
 Rosca Direta de Tríceps; 
 Press Frances; 
 Meio Agachamento; 
 Extensão dos Joelhos na Cadeira Extensora; 
 Flexão Parcial do Tronco com os Joelhos Fletidos; 
 Encolhimento Parcial dasPernas Fletidas. (Paulo Carnaval- 2000) 
 
 
 
Rotação dos ombros e respiração 
 
 
Enquanto um braço se dirige para a entrada na água, o outro está fazendo a finalização. Logo,quando 
um ombro se abaixa, o outro se levanta, executando um giro em torno do eixo central. 
A inspiração do nado de costas deverá ser feita pela boca, no momento em que um dos braços 
estiver iniciando a recuperação e o outro, o apoio. 
A expiração deverá ser feita de preferência peto nariz,evitando-se assim o desconforto de possíveis 
entradas de água pelo mesmo. 
"Talvez não haja, porém, necessidade de ensinar esse qualquer outro ritmo respiratório. Visto que 
sua face está da água e que o nadador pode respirar quando quiser, os praticantes do nado de costas 
provavelmente desenvolvem ritmo eficiente pelo método de tentativas."(Maglischo - 1999) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência pedagógica 
Lopes e Fernandes (2009), apresentam a seguinte proposta para a sequência pedagógica: 
Propulsão de pernas; propulsão de braços; coordenação de braços e pernas; nado completo. 
I. Propulsão de pernas – Exemplos de exercícios: 
Propulsão de pernas com os braços ao longo do corpo ou com o auxílio da prancha /macarrão. 
Propulsão de pernas com um braço no prolongamento e o outro ao longo do corpo. 
 
 
Dar continuidade com a propulsão de pernas com as mãos na nuca. Pode ser feito também a joelhos 
(pés para dentro, joelhos abaixo do nível da água). 
 
II. Propulsão de braços – Exemplos de exercícios: 
O ensino pode ser iniciado fora da água com o professor mostrando a posição das mãos na 
recuperação, entrada e puxada. A puxada com a técnica correta já pode ser ensinada mas 
normalmente os professores preferem iniciar com o braço estendido para depois ensinar a flexão 
do cotovelo e a puxada. 
Em seguida, pode ser realizado o movimento de braços deitado na borda da piscina. Depois, em 
pé na parte rasa, executar o movimento alternado já com o rolamento de ombro. 
 
III. Coordenação de braços e pernas – Exemplos de exercícios: 
Propulsão de pernas com movimento de um dos braços, o outro ao longo do corpo. Após, pode ser 
feito um braço ao longo do corpo o outro no prolongamento, executar 6 pernadas e trocar a 
posição dos braços com uma braçada. 
Realizar a pernada na lateral, trocar de lado a cada piscina. Movimentar um dos braços a 90° e voltar 
(esse é um corretivo de recuperação, enfatizando saída com polegar). 
 
 
 
 
IV. Nado completo – Exemplos de exercícios: 
Nadar fixando um ponto à frente, para aprender manter a direção. Nadar costas, executando a 
respiração correta (inspirar na entrada de um braço e expirar na entrada do outro). 
 
 
 
 
 
 
O NADO PEITO 
 
O nado peito é certamente, o mais antigo. Sabemos que os outros estilos foram variações deste. 
Também chamado de peito clássico, por sua leveza e não provocar grandes batidas na água. Por ser 
nadado sobre o peito e com sua ação propulsora toda dentro da água, ele foi sempre assim 
chamado. 
É o nado mais lento e que mais sofreu mais modificações técnicas. Nos anos 1960, a propulsão das 
pernas representava a força de deslocamento do nado, enquanto o braço dava o apoio para 
respiração. No final dessa mesma década, um brasileiro chamado José Fiolo, bate o recorde mundial 
dos 100m peito, aumentando a ênfase da braçada. No início dos anos 1970, os nadadores finalizavam 
a pernada já fazendo uma maior tração com os braços, e deslizavam alongados a frente. 
 
Características do nado peito 
 
Técnica da pernada 
 
A técnica de pernada do nado de peito obteve uma considerável mudança em 1968, quando 
Counsilman demonstrou a pernada utilizada até então, em forma de cunha, não era eficiente em 
projetar água para trás, como se pensava. Ele colocou água colorida entre as pernas dos nadadores e 
solicique executassem o movimento, comprovando que não havia deslocamento dessas para trás. 
Com o auxílio do nadador Chet Jastremski, de peito, eles criaram e revolucionaram a pernada do 
nado, apresentando a forma de ação das pernas estilo de chicotadas estreitas, como é utilizado pela 
maioria dos nadadores desse nado até hoje. 
Firby (1975) demonstrou a singular capacidade dos pés se movimentarem como hélices, 
palmateiando-se em trajetos circulares , eliminando-se assim , o pensamento de que se obtivesse a 
propulsão, por realizarem a pernada em chicotada, onde projetava-se a água para trás pelo uso da 
sola dos pés como remos. 
Segundo Maglscho, “o estilo de pernada utilizado atualmente pela maioria dos nadadores de classe 
mundial praticantes do nado peito é, na verdade, uma movimentação diagonal das pernas(à 
semelhança de uma hélice), em que os pés palmateiam para fora, para baixo e para dentro, bem 
como para trás. As solas dos pés são as superfícies propulsivas principais, deslocando água para trás 
como fólis, e não empurrando-as para trás como remos. Há quatro fases: recuperação, varredura 
para fora, varredura para dentro e sustentação e deslizamento.” 
A pernada do nado peito requer uma boa flexibilidade tíbio-társica, já que para um posicionamento 
dos pe´s, no momento da flexão máxima das pernas e no decorrer da extensão, é necessário realizar 
dorsiflexão com eversão, para que os mesmos realizem um eficiente apoio na água com as plantas 
dos pés. 
A flexão das coxas sobre o tronco deve ser suficiente para que os pés não saiam fora da água, já que 
se houver uma abaixamento grande das mesmas ocorrerá uma grande resistência frontal ao 
deslocamento, prejudicando a propulsão. 
A flexão da perna sobre a coxa deve ser a máxima possível, ou seja, aproximando os pés aos glúteos, 
obtendo-se assim uma maior amplitude de movimento. 
Na flexão máxima das pernas, os joelhos devem posicionar-se, apontados ara o fundo da piscina e 
não muito para os lados, ou seja, deverá haver rotação medial das coxas, para evitar um grande 
afastamento destes. Pesquisas demonstram que nadadores de categoria mundial adquirem uma 
flexão das coxas em relação ao quadril, no estilo de peito ondulante de aproximadamente 34 a 50 
graus e no estilo plano, de 60 a 90 graus, o que ocasiona uma maior força de arrasto. 
 
Varredura Para fora 
 
Os pés devem estar flexionados e girados para fora nos tornozelos, de forma que as plantas estejam 
voltadas para fora e para trás e executarão um movimento circular com pressão simultânea no 
sentido lateral para fora, para baixo (em direção ao fundo) e alguma coisa para trás, sendo que , 
quanto menos os pés se deslocarem para trás, isto significará que a eficiência da sustentação 
(pressão realizada pelos pés na água) é melhor, o que proporcionará uma maior propulsão. 
“Belokovsky e Ivanchenko (1975) comunicaram que maior força era liberada quando a impulsão 
 
 
 
começava com os quadris dos nadadores flexionados em 40 graus do que em ângulos mais próximos 
dos 90 graus”. Daí uma possível justificativa de a maioria dos nadadores de classe mundial optar 
normalmente pelo estilo ondulado do nado, já que este proporciona uma condição de se flexionar a 
coxa sobre o quadril em aproximadamente 40 graus. 
Esse movimento é realizado pela ação dos músculos extensores do joelho (vasto lateral, intermédio 
e medial, reto anterior e sartório) e extensores coxo-femural ( 
semitendíneo,semimembranáceo,bíceps crural e glúteo maior). Paulo Carnaval- 2000. 
 
 
 
 
Varredura Para Dentro 
 
No meio da trajetória da extensão das pernas, que iniciou-se na fase anterior, chamado de agarre, os 
pés e as pernas movimentam-se principalmente para dentro, para baixo e para trás. As solas dos pés 
deverão posicionar-se voltadas para baixo e para dentro, até ficarem voltadas somente para dentro 
ao completarem a fase. 
A pressão realizada pelos pés e sua velocidade devem aumentar continuamente durante toda a fase, 
com o ponto de pico ocorrendo imediatamente antes dos pés reduzirem a pressão contra a água, 
para dar início à sustentação. 
Os músculos responsáveis pôr essas ações (extensão total do joelho e aduçãocoxo-femural), são os 
inversores dos tornozelos (tibial anterior e posterior) e os adutores da coxofemural (adutores maior, 
médio e menor, pectíneo e grácil) Paulo Carnaval-2000. 
 
 
 
Sustentação e Deslizamento 
 
Essa fase é uma continuidade do movimento circular, da varredura para dentro, onde, ao se 
liberar a pressão contra a água para baixo e para dentro, um pouco antes da união dos pés, os 
mesmos irão projetar-se em direção à superfície, finalizando a ação propulsiva da pernada e 
iniciando a sustentação. As pernas irão subir até que estejam alinhadas com o corpo numa posição 
imediatamente abaixo da superfície. Aí, inicia-se a fase de deslizamento das pernas. Nesse momento 
é importante em que se mantenham as pernas numa posição hidrodinâmica, para que não 
prejudique a ação propulsiva dos braços. 
 
 
 
Quando as pernas se estenderem, os pés se unirão, com as plantas, uma voltada para a outra, 
através da flexão plantar e inversão dos pés. 
Recuperação 
O movimento de flexão das pernas (recuperação) deverá ser um movimento mais descontraído 
(com menor gasto energético), e a extensão, onde se realiza o apoio necessário ao deslocamento, 
deverá ser executado com vigor, com potência. 
Os pés devem deslocar-se para frente, juntos, em flexão plantar, permitindo que os dedos 
estejam apontados para trás. Durante a recuperação, os pés e a perna deverão deslocar-se à frente, 
dentro da linha do quadril, de forma que a perna esteja na direção da coxa. Os calcanhares deverão 
aproximar-se dos glúteos, para permitir uma boa amplitude do movimento propulsivo, através da 
flexão dos joelhos. Os joelhos poderão afastar um pouco, facilitando o movimento, mas não mais 
que a largura dos ombros, o que acarretaria um aumento significativo do arrasto. 
A coordenação entre a recuperação das pernas e a devolução da cabeça à água é de suma 
importância para o desempenho dos nadadores de peito, de estilo ondulante. Eles poderão reduzir 
significativamente o arrasto durante a recuperação das pernas, mantendo a cabeça e ombros acima 
do nível da água, até que as pernas se recuperem completamente e comecem a varredura para fora. 
Isso fará com que o ligeiro abaixamento do quadril possibilite a recuperação das pernas sobre a coxa, 
com os pés dirigindo-se em direção ao glúteo e evitando-se a flexão da coxa sobre o tronco. 
Para a realização do movimento de recuperação das pernas, os músculos responsáveis são os 
flexores do joelho (bíceps crural, semitendíneo e semimembranáceo), os flexores do tornozelo (tibial 
anterior, fibular anterior e extensor dos dedos), os eversores do tornozelo ( extensor dos dedos, 
fibular anterior, fibular lateral curto e longo) e abdutores da coxofemural (glúteo médio e tensor da 
fáscia lata). 
 
LESÕES NOS JOELHOS 
Treinadores e professores de Educação Física sabem do estresse articular causado pela 
movimentação da pernada do nado de peito, já que esse foge aos movimentos mais naturais da 
articulação, que são as flexões e extensões, de acordo com a anatomia do joelho. 
Normalmente, os problemas mais comuns nos joelhos são as inflamações crônicas dos ligamentos 
colaterais mediais e dos meniscos mediais, que estão localizados no interior da articulação. "A 
varredura para fora e a primeira parte da varredura para dentro na pernada do nado de peito 
exercem um grau considerável de tensão nessas estruturas. Quando os nadadores giram a parte 
inferior da perna para fora, a cabeça do fêmur projeta-se para dentro e a cabeça da tíbia é 
tracionada para fora contra o menisco medial e o ligamento colateral medial. A dor e a lesão do 
joelho são comuns porque a faixa de rotação externa ao nível das articulações do joelho é muito 
limitada na maioria dos seres humanos; entretanto, a capacidade de girar a parte inferior da perna 
para fora ao nível do joelho é essencial para que seja efetuada uma boa pernada do nado de peito." 
(Maglischo -1999). 
 
 
Os nadadores que normalmente apresentam dores nos joelhos deverão modificar suas técnicas de 
pernada, reduzindo a tensão da rotação externa, através da diminuição da amplitude da varredura 
para fora e força inicial desse movimento. Com certeza ocorrerá uma perda na eficiência propulsiva 
da pernada, mas será uma forma paliativa de se continuar praticando o nado. 
A visão posterior do movimento da pernada é a seguinte: 
 
Em um resumo da trajetória dos pés no movimento de extensão, será a seguinte: 
Ao mesmo tempo em que eles estão se dirigindo para os lados, também estarão aprofundando, 
durante a primeira metade da extensão, ou seja, varredura para fora. Na segunda. metade da 
extensão, ou seja, varredura para dentro, os pés estarão se dirigindo para dentro e ainda para o 
fundo (adução das pernas) e logo a seguir, para cima. 
OBSERVAÇÃO: Alguns autores, como Maglischo, consideram que a Varredura para Fora é menos 
propulsiva, em relação à próxima fase, Varredura para Dentro. Já autores soviéticos acham o inverso, 
pois consideram que a primeira meta de é a mais eficiente, principalmente por ajudar os nadadores a 
projetarem seus corpos por sobre a superfície antes de imergirem ao final da recuperação da 
braçada. 
 
TÉCNICA DE BRAÇADA 
FASE DE APOIO DA BRAÇADA OU VARREDURA PARA FORA 
A braçada do nado de peito caracteriza-se por possuir ênfase na lateralidade dos movimentos. 
Partindo com os braços estendidos à frente da cabeça, mãos juntas, o início da braçada é realizado 
com pressão para os lados e ligeiramente para o fundo, classificando-se como Fase de apoio da 
braçada ou Varredura para Fora. Durante essa abertura dos braços, as mãos, inicialmente voltadas 
para baixo, vão girando lentamente para fôra até ultrapassarem as linhas dos ombros, ponto em que 
elas, além da pressão lateral, exercerão também um movimento para baixo, atingindo o agarre. 
Durante essa fase, o nadador não deve permitir que haja grande afastamento dos braços, para que 
no momento da tração (movimento de aproximação dos braços ao corpo), as mãos não ultrapassem 
a linha dos ombros elou do rosto. As mãos deslocarão inclinadas, tendo como bordo de ataque o 
dedo mínimo e o de fuga, o polegar. Alguns nadadores, no início desta fase, realizam uma ligeira 
flexão de punho, o que é admissível, mas, ao atingirem o agarre, suas mãos e seus antebraços 
deverão estar alinhados. 
 
 
No momento do agarre, ponto de transição da varredura para fora e da varredura para dentro, os 
braços devem estar com uma flexão de 30 a 40 graus no cotovelo, de forma que os braços e as mãos 
alcancem uma orientação retrógrada. Segundo Maglischo, os braços, deverão movimentar-se para 
fora e para baixo por cerca de 50 a 80 cm, antes de atingirem essa orientação citada anteriormente. 
Na primeira metade dessa fase, ocorrerá principalmente a participação dos seguintes músculos: 
dorsal largo, redondo maior e subescapular. Na segunda metade dessa fase, os músculos adutores 
da escápulo-umeral, (peitoral maior, redondo maior e dorsal largo) flexores do cotovelo (bíceps 
braquial, braquial e braquirradial) e flexores do punho, (flexor radial do carpo e flexor ulnar do 
carpo) terão grande participação. 
 
 
 
TRAÇÃO OU VARREDURA PARA DENTRO 
 
Após o apoio da braçada, citado acima, teremos a Tração ou Varredura para Dentro, que é um 
movimento de pressão do antebraço, inicialmente para dentro e para baixo, e também para dentro 
e para cima, onde existirá flexão do antebraço sobre o braço e adução do braço junto ao corpo, com 
união das mãos. Os cotovelos deverão manter-se elevados, e as mãos e os antebraços giram para 
baixo e para dentro, em torno deles. Na conclusão deste momento da braçada, as mãos deverão 
estar juntas, à frente da linha dos ombros (posição de reza), atingindo um ângulo de 80 graus nos 
cotovelos. No decorrer da varredura para dentro, as mãos deverão permanecer alinhadas com os 
antebraços. 
Nesta fase, o bordo de ataque passa a ser o polegar e o de fuga, o dedo mínimo, ou seja, o inverso da 
fase inicial da braçada. É nessa fase queas mãos atingirão a maior velocidade, que deve ser máxima, 
e estudos realizados com nadadores de nível mundial mostraram que chega-se a atingirem 5/6 m/ s. 
Esta é a fase mais potente e propulsiva da braçada. É no início dessa fase que o nadador iniciará o 
movimento de elevação para a respiração, para, durante ou após a recuperação dos braços, devolver 
o rosto à água. 
A ação dos músculos; extensores da nuca, (esplênios da cabeça e pescoço, ileocostal cervical, 
transverso do pescoço, complexo maior, espinhoso cervical, semi-espinhal cervical, complexo menor, 
intertransversais, interespinhais e multífides) flexores do cotovelo, dos adutores da gleno-umeral, 
dos supinadores do antebraço (supinador) e dos elevadores da cintura escapular (trapézios I e II, 
elevadores da escápula e romboides) são os responsáveis pôr essa fase. 
 
 
 
 
 
RECUPERACÃO 
Concluída a tração, chegamos à última fase do ciclo da braçada, que é a Recuperação, onde 
observaremos o direcionamento das mãos, à frente, próximas à superfície, ou sobre esta, e ao final 
desta ocorrerá ou não o deslize, para logo a seguir, iniciar-se um novo ciclo de braçada. 
Existe basicamente três formas de se recuperarem os braços à frente; uma onde as mãos dos 
nadadores deslocam-se um pouco sob a superfície, a segunda em que as mãos deslizam na 
superfície e a última, sobre esta, sem que os cotovelos saiam da água, com exceção da última 
braçada de uma prova. 
Em todas essas formas, temos observados nadadores atingindo sucesso, o que nos leva a crer que 
seria conveniente, na formação do atleta, a possibilidade de experimento para lançar mão daquela 
em que se adapte melhor. 
Nessa fase o nadador estende seus braços à frente, através da ação dos músculos ,extehsores do 
cotovelo (tríceps braquial e ancôneo), flexores da gleno-umeral (deltóide anterior, peitoral maior e 
coracobraquial) e elevadores da cintura escapular. O encaixe da cabeça entre os braços, que varia 
de acordo com o estilo do nado executado pelo nadador, será feito pela ação dos músculos 
flexores do pescoço (esternocleidomastóideo). Paulo Carnaval-2000 
RESPIRAÇÃO 
Durante a pressão inicial da braçada (apoio), o nadador deverá realizar a expiração. Quando o 
nadador estiver realizando a tração, ele estará elevando o tronco e, consequentemente, retirando 
o rosto da água, realizando a inspiração. No momento do lançamento dos braços à frente, na 
recuperação, ele retornará o rosto à água. 
Os nadadores de peito realizam uma respiração para cada ciclo de braçada, independente da 
distância da prova: 50, 100 ou 200m. 
COORDENAÇÃO 
Braços/Pernas 
A coordenação no nado de peito, de braços e pernas, caracteriza-se por movimentos alternados, ou 
seja: 
• Apoio da braçada — pernas permanecem estendidas; 
• Tração da braçada - pernas permanecem estendidas; 
• Início da recuperação da braçada — início da fase lenta da recuperação das pernas; 
• Segunda metade da recuperação da braçada - fase rápida da recuperação das pernas; 
• Final da recuperação da braçada - ação, pressão das pernas (extensão). 
EXISTEM TRÊS CLASSIFICAÇÕES PARA ESTA COORDENAÇÃO DE BRAÇOS E PERNAS: 
1 — DESLIZANTE — Onde o nadador, a cada ciclo de braçada e de pernada, antes de iniciar um novo 
ciclo, realiza um pequeno deslize, ou seja, mantém o seu corpo estendido antes de iniciar um novo 
ciclo. Ocorrerá um pequeno intervaIo entre o término da pernada e o início da braçada seguinte. 
Esta forma de execução do nado é recomendada para nadadores iniciantes, para facilitar a 
coordenação e melhor execução das técnicas de braçada e pernada. 
2- CONTÌNUA- Neste tipo de coordenação o nadador não mais fará a parada dos braços a frente, 
realizando o deslize. Sempre ao finalizar a recuperação da braçada, imediatamente após, ele dará 
início a um novo ciclo, ou seja, assim que as pernas estiverem se unindo, os braços estarão se 
abrindo. 
3- SUPERPOSIÇÃO- A braçada começa antes que se tenha completado a pernada, ou seja, no 
momento em que as pernas se unem , os braçois estão no final da Varredura para Fora, no Agarre. 
 
 
 
Em sua maioria, os treinadores concordam nação por deslizamento é menos efetiva em formas, 
porque os nadadores desaceleram desde o momento em que terminam a pernada até o começo da 
fase propulsiva de braço, que se inicia no agarre (no momento do início da Varredura para Dentro). 
 
ESTILOS DE NADO DE PEITO 
I - Estilo Plano ou Convencional 
O estilo plano do nado de peito caracteriza-se por uma posição bem horizontal do corpo, com os 
quadris permanecendo sempre o mais próximo possível da superfície, durante todas as fases do 
nado. A respiração é efetuada pelo levantamento e abaixamento da cabeça, evitando-se elevar o 
tronco, para que não haja reação de abaixamento do quadril. Esse estilo do nado caracteriza-se 
por: 
* o nadador mantém-se na horizontal, durante o tempo todo na recuperação da pernada; o 
nadador mantém seus ombros submersos; 
 à medida que o nadador vai realizando a recuperação da braçada (submersa), 
simultaneamente ele vai retornando o rosto à água; 
 devido à manutenção permanente da posição do corpo na horizontal, o nadador necessita 
realizar um maior abaixamento das coxas (maior flexão da coxa sobre o tronco), 
pressionando assim a água para frente (grande interferência do fluxo laminar da água) e, 
consequentemente, criando um grande arrasto. 
 
II- Estilo Ondulante, Golfinho ou Europeu 
O estilo ondulante do nado de peito é a forma mais utilizada atualmente nos grandes 
campeonatos. Esse estilo caracteriza-se por: 
*o nadador não se mantém na horizontal, e tende a elevar os quadris ao final da pernada; 
*a cabeça e os ombros saem água, quando os nadadores respiram, e os quadris sofrem um 
abaixamento devido a esta elevação; 
*o nadador tende a realizar uma recuperação dos braços com as mãos bem próximas à 
superfície, ou sobre ela ( recuperação aérea) e somente coloca o seu rosto na água, no final 
da recuperação da braçada. 
* devido à maior elevação do tronco e, consequentemente. Ao abaixamento do quadril, o 
nadador deste estilo realiza uma menor flexão da coxa sobre o tronco, e assim tende a 
interferir menos no fluxo laminar da água criando, com isso, um menor arrasto. 
 
Exercícios Especiais para Treinamento de Força e Potência para nadadores de Peito 
- Puxada na Polia Alta pela Frente 
- Remada Sentado na Roldana Baixa 
- Rosca Bíceps na Barra 
- Rosca Tríceps na Roldana Alta 
-Rosca de Punho com Barra 
- Adução das Coxas na Cadeira Adutora 
- Extensão de Joelhos na Cadeira Extensora 
- Agachamento 
- Extensão dos Joelhos no Leg- Press 
- Remada em Pé 
- Puxada de Peito na Polia Alta do Puxador Duplo 
(Paulo Carnaval- 2000) 
 
 
Educativos Para o Aprendizado 
1- Executar a pernada do peito, sentado na borda, visualizando o movimento. 
Enfatizar bem a posição dos pés, posição dos joelhos e pressão, durante o giro de perna, 
com a planta dos pés. 
 
 
 
Objetivo: iniciar o aprendizado do movimento da pernada de peito, através da 
visualização do exercício, com o intuito de facilitar sua execução. 
 
 
2- Executar a pernada de peito em decúbito dorsal, com a prancha apoiada na cabeça ou 
com outro flutuador, visualizando o movimento, de forma que não haja flexão da coxa 
sobre o tronco( manter o quadril alto) e sim, flexão da perna sobre a coxa. 
OBSERVAÇÂO: ênfase na pressão da planta dos pés, na extensão do movimento. 
Objetivo: Idem ao objetivo anterior, mas com a execução de um exercício de um nível de 
maior dificuldade. 
 
 
3- Idem ao exercício anterior, sem auxílio de material. 
Objetivo: Começar a mostrar ao aluno que o movimento deverá ser feito através de uma 
maior flexão da perna sobre a coxa e não, da coxa sobre o tronco. 
 
 
4- Executar a pernada de peito, em decúbito ventral, com auxílio da prancha, atento à pressão 
realizada pela planta dos pés, durante a extensão, respirando a cada 3 ou 4 pernadas. 
Objetivo: Realizar a pernada em decúbito ventral, como oco re no nado, e através da respiração

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