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AÇÃO COMINATÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER de MANOEL CAMPOS MARTINS

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Péricles Novaes Filho
André Luiz Nogueira S. Novaes 
EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA - BAHIA.
	
	MANOEL CAMPOS MARTINS, brasileiro, avicultor, casado, portador do CPF nº 099.234.035-72 e RG nº 996600 SSP/BA, com endereço na Avenida João Durval Carneiro, nº 150 – Eucalipto – Feira de Santana/BA – CEP 44052-020, vem através de seu advogado legalmente constituído propor AÇÃO COMINATÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER com pedido de liminar C/C e danos morais, em desfavor de:
	BANCO VOLKSWAGEN S/A, instituição financeira devidamente inscrita no sob o nº 59.109.165/0001-49, com sede na Rua Volkswagen, nº 291 – Parque Jabaquara – São Paulo – SP – CEP 04344-020.
	DOS FATOS
	
	O requerente firmou com a requerida, contrato em de financiamento, para adquirir o veículo MARCA VOLKSWAGEN, MODELO SAVEIRO 1.6 8V G5/NF TREND TOTALFLEX. C. EST. 2P, ANO2010, MODELO 2011, COR PRETA, PLACA POLICIAL NYJ7229, CHASSI Nº 9BWLB05U8BP099184.
	Em razão de não ter adimplido com as prestações na data averbada no contrato firmado com a requerida, esta com fundamento no Decreto Lei 911/69, ingressou junto a 6ª Vara cível desta Comarca, com ação de busca e apreensão, tendo o seu pleito atendido e o veículo sido apreendido e consolidada a propriedade.
	Ocorre Excelência que não obstante o veículo já se encontrar na posse e consolidada a propriedade em favor da requerida desde 19/05/2015, a mesma não procedeu a transferência junto ao órgão de transito se encontrando o mesmo ainda em nome do requerente, o que lhe está trazendo prejuízos de toda ordem especialmente, teve que declarar à Receita Federal (imposto de renda) a propriedade do referido bem, considerando que ainda se encontra em seu nome.
	Cumpre ressaltar que os danos morais, nesses casos, não precisam ser provados, pois é presumido. Até porque, de regra, a manifestação danosa ocorre no interior do ser humano, violando seus sentimentos, de modo que se afigura difícil, senão impossível, a realização da prova.
	De outra banda, nos ensino o ilustre doutrinador:
 	“ A causação de dano moral independe de prova, ou melhor, comprovada a ofensa moral o direito à indenização desta decorre, sendo dela presumido . ‘Desse modo a responsabilização do ofensor origina do só fato da violação do neminem laedere. ‘Significa, em resumo, que o dever de reparar é corolário da verificação do evento danoso, dispensável, ou mesmo incogitável, a prova do prejuízo.” (Stoco, Rui. Responsabilidade Civil e sua Interpretação Jurisprudencial, 4 a ed., 2 a tiragem, Ed. RT, p.722). 
	A propósito, trago à baila precedentes em casos análogos:
 	APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DEMORA NA TRANSFERÊNCIA DO VEÍCULO. INFRAÇÕES DE TRÂNSITO EFETUADAS POR TERCEIRO E IMPUTADAS À AUTORA. DANO MORAL. OCORRÊNCIA. Verificado nos autos que o demandado não efetuou a transferência de registro, junto ao DETRAN, do veículo adquirido da autora, sendo que as infrações de trânsito cometidas por terceiro foram imputadas à requerente, além do fato da autora ter sido intimada para prestar esclarecimentos junto à Delegacia de Polícia, em razão da apreensão do automóvel, causando lesão à honra e reputação desta, caracterizado está o dano moral puro, exsurgindo, daí o dever de indenizar. Sentença mantida. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MANUTENÇÃO. Na fixação da reparação por dano extrapatrimonial, incumbe ao julgador, atentando, sobretudo, para as condições do ofensor, do ofendido e do bem jurídico lesado, e aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, arbitrar quantum que se preste à suficiente recomposição dos prejuízos, sem importar, contudo, enriquecimento sem causa da vítima. A análise de tais critérios, conduz à manutenção do montante indenizatório fixado em R$ 2.000,00 (dois mil e reais), que se revela suficiente e condizente com as peculiaridades do caso e aos parâmetros adotados por este Órgão Fracionário em situações análogas. HIPÓTESE EM QUE SE NEGA SEGUIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70041399080, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 02/03/2011)
 	TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. RETIFICAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROPRIEDADE. ERRO QUANTO AO MODELO. LEGITIMIDADE PASSIVA DO DETRAN/RS. ART. 120, CTB. DANOS MORAIS. CABIMENTO. REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. Nada obstante o registro originário do veículo tenha sido realizado por outra unidade da federação, o automóvel encontra-se, atualmente, neste Estado, fazendo incidir o disposto no artigo 120, CTB, segundo o qual todo veículo automotor deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário. Evidenciado mero erro material no certificado de registro do veículo, sem que haja qualquer indício de fraude ou adulteração de documentação, afigura-se possível a retificação dos dados com a transferência da propriedade do bem. Caracterizados os transtornos ocasionados em razão da demora na regularização da propriedade quanto a mero erro material relativo ao modelo do veículo constante no certificado de registro, resta autorizada a condenação da autarquia ao pagamento de indenização por danos morais, devendo-se apenas proceder à redução do quantum fixado na sentença, para adequá-lo às peculiaridades do caso concreto. (Apelação Cível Nº 70037097193, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Armínio José Abreu Lima da Rosa, Julgado em 25/08/2010)
	No que tange à quantificação a reparação pecuniária pelo dano moral deve atender um caráter dúplice, pois tanto visa à punição do agente quanto à compensação pela dor moral sofrida pela vítima. De outra banda, o valor da indenização deve ser suficiente para inibir a prática de novas condutas lesivas pelo agente e, ao mesmo tempo, capaz de trazer à vítima uma satisfação que atenue o dano havido.
	
			
	DOS PEDIDOS
	Isto posto requer de Vossa Excelência que defira os efeitos a tutela emergencial determinando que a requerida proceda no prazo de improrrogável de 05 (cinco) dias, junto ao órgão de transito a titularidade do veículo xxxxx sob pena de multa diária de R$500,00 (quinhentos reais) 
	
	Requer também que a requerida seja condenada da requerida no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), a título de dano moral, considerando a condição econômica da autora do fato e a lesão sofrida pelo requerente.
	Outrossim
	Dá-se a causa o valor de R$38.160,00 (trinta e oito mil cento e sessenta reais).
	Nestes Termos, 
	Pede Deferimento,
	Feira de Santana-Ba.,16/04/2018.
Péricles Novaes Filho
OAB/BA 19.531
5
Rua Aloísio Rezende, nº 209 – Centro – Feira de Santana – Bahia
CEP 44.001-112–Tel: (75) 3021-0926

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