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8
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UEG – CÂMPUS POSSE
CURSO DE AGRONOMIA
FLAWIANY VIEIRA DE SOUZA KEMPINSKI E SHAIENNE KAROLAYNE FERREIRA QUEIROZ
MOFO BRANCO – FEIJÃO 
POSSE-GO
2020
FLAWIANY VIEIRA DE SOUZA KEMPINSKI E SHAIENNE KAROLAYNE FERREIRA QUEIROZ
MOFO BRANCO – FEIJÃO 
Trabalho apresentado como requisito básico para avaliação parcial, na disciplina de Fitopatologia Geral, do curso bacharelado em Agronomia da Universidade Estadual de Goiás - UEG, Câmpus Posse - GO.
Orientadora: Prof.ª Dra. Gláucia Garcia Figueiró
 
POSSE-GO
2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO	3
2. INTERAÇÃO PATOGENO HOSPEDEIRO ....................................................	4
3. MOFO BRANCO NO FEIJÃO ................................................................................ 6
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................10
1.INTRODUÇÃO
	Seres vivos microscópicos habitam virtualmente todos os ambientes do nosso planeta e coexistem intensamente com plantas e animais. Bactérias, vírus e fungos são alguns exemplos de microrganismos que fazem parte da história da humanidade há milênios, mesmo quando nem fazíamos ideia de sua existência. A produção de pão, vinho, cerveja e queijo é dependente desses seres, o que significa que eles vêm contribuindo para a biotecnologia desde sua origem. A digestão dos alimentos que comemos e a manutenção do sistema de defesa do nosso corpo também contam com a presença de trilhões dessas pequenas unidades de vida. E no caso de plantas isso não é diferente. 							Plantas e microrganismos vêm interagindo e evoluindo conjuntamente há bilhões de anos. Muitas das espécies de bactérias que colaboram com o homem ajudam plantas a melhorar o crescimento de raízes, digerir nutrientes e protegê-las contra doenças, alagamentos e seca. 								As interações de patógenos hospedeiras, são estudadas em microbiologia e fitopatologia para ajudar a entender os impactos de várias interações, visando aumentar a produção alimentar, possíveis ganhos de interações como fixação biológica de nitrogênio, entre outras especificações na agricultura moderna.		Nesta revisão bibliográfica citaremos a interação patógeno hospedeiro, pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, conhecida como mofo branco na cultura de feijão, importante alimento da humanidade. O patógeno S. sclerotiorum é um fungo cosmopolita e inespecífico, de ampla ocorrência em todo o mundo, com centenas de espécies de plantas hospedeiras (Boland & Hall, 1994).
2.INTERAÇÃO PATÓGENO HOSPEDEIRO							O mofo branco, cujo agente etiológico é o fungo necrotrófico Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, é um patógeno com ampla distribuição no mundo e infecta mais de 500 espécies de plantas, incluindo árvores, arbustos, ornamentais, daninhas e importantes culturas, como algodão, alfafa, canola, cenoura, alface, batata, tomate, soja, feijão, entre outras (Saharan & Mehta, 2008), com exceção de espécies da família Poaceae. Epidemias associadas a S. sclerotiorum são favorecidas por temperaturas moderadas (18-23 °C) e em condições de umidade, assim é mais frequente em zonas de clima temperado ou em regiões subtropicais ou ainda em regiões tropicais de altitude elevada (Schwartz & Steadman, 1989).			 A doença é esporádica em áreas de sequeiro, ocorrendo em pequenas reboleiras, com baixa incidência por hectare, não causando perdas significativas às culturas. Entretanto, vem assumindo grande importância devido a diversos fatores como a utilização de sementes contaminadas e/ou infectadas, safras contínuas com monocultor e sucessão de culturas com espécies suscetíveis ou hospedeiras, além de temperaturas noturnas amenas 3 (abaixo de 18 ºC), chuvas prolongadas durante o cultivo, excesso de adubações nitrogenadas e irrigação sem controle da quantidade de água fornecida (Leite, 2005; Juliatti & Juliatti, 2010; Silva et al., 2010). 		Por tratar-se de um fungo necrotrófico, de solo, com alta capacidade de sobrevivência na ausência de seus hospedeiros e com um variável arsenal e infecção, envolvendo diferentes e complexos mecanismos de infecção, esse patógeno é considerado uma das mais sérias ameaças ao sistema de produção de espécies hospedeiras em diferentes circunstâncias e ambientes. 					No Brasil, o patógeno tem sido categorizado como praga não quarentenária regulamentada em programas de produção de sementes de feijão, soja, algodão e girassol, sendo a ele atribuído nível de tolerância zero em amostras de sementes submetidas à análise em laboratório (Machado & Pozza, 2005). No país, a doença encontra-se disseminada em áreas do sul, sudeste, centro oeste e nordeste (Juliatti & Juliatti, 2010). A ocorrência de S. sclerotiorum foi registrada pela primeira vez no Brasil na cultura da batata (Solanum tuberosum L.), em 1921 no estado de São Paulo pois o patógeno encontrou temperaturas amenas e umidade alta, fornecida por irrigação, principalmente via pivô central.									O patógeno S. sclerotiorum é um fungo cosmopolita e inespecífico, de ampla ocorrência em todo o mundo, com centenas de espécies de plantas hospedeiras (Boland & Hall, 1994). Um dos fatores responsáveis por tornar seu controle mais difícil em relação às outras doenças é a forma de sobrevivência do patógeno no solo, por meio de escleródios. O escleródio é uma estrutura constituída de uma massa compacta de micélio que contém reserva de nutrientes. Estas estruturas são produzidas nos tecidos infectados das plantas, permitindo que o fungo sobreviva durante longos períodos de condições ambientais desfavoráveis. Assim, as infecções são iniciadas pelo micélio proveniente de escleródios ou por ascósporos produzidos pelos apotécios, liberados no ar. 									A germinação dos ascósporos de S. sclerotiorum na superfície das folhas e hastes das plantas depende de uma fonte externa de carboidratos, e dessa forma o fungo se utiliza das flores como fonte nutricional para seu desenvolvimento (Wu & Subbarao, 2008). As flores infectadas pelo patógeno que caem sobre partes da planta e favorecem as infecções iniciais. O patógeno pode ser transportado a longas distâncias em sementes infectadas. Por esta razão é importante utilizar sementes sadias, garantindo assim que não haja escleródios misturados ao lote, ou sementes infectadas com o micélio do fungo.								 Em áreas livres do patógeno, ou seja, onde S. sclerotiorum não está presente no solo, uma epidemia de mofo-branco pode ser iniciada após o plantio de sementes contaminadas internamente pelo micélio dormente do fungo, ou mesmo por meio de escleródios associados ao lote de sementes (Tu, 1998). 					Por mais que a taxa de transmissão por micélio dormente na semente seja relativamente baixa, é relevante a preocupação com a introdução do inóculo em novas áreas de cultivo (Henning, 2004), pois, uma vez introduzido em uma nova área, é extremamente difícil a sua erradicação. Altas populações de plantas, espaçamentos estreitos entre linhas, períodos prolongados de precipitação, elevada umidade relativa e temperaturas amenas são favoráveis à incidência do mofo-branco (Purdy, 1979). A infecção pelo patógeno pode ocorrer até temperatura diária máxima de até 29°C, e acima desse limite o patógeno parece ter suas atividades paralisadas (Workneh & Yang, 2000).
3.MOFO BRANCO NO FEIJÃO 									O mofo-branco é uma das piores ameaças à agricultura brasileira, especialmente para lavouras de grãos. Sozinho, pode ser responsável por até 30% de perda da produção em um campo agrícola. A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil na década de 1970, no Estado do Paraná, em plantas de feijão. Ao longo dessas mais de quatro décadas, além de se espalhar por quase todos os estados, com destaque para Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, amplioutambém o seu espectro de destruição e passou a contaminar outras culturas agrícolas, especialmente soja e algodão.   							Na verdade, mais de 400 espécies de plantas pertencentes cerca de 200 gêneros botânicos podem ser hospedeiras do fungo causador dessa doença, o Sclerotinia sclerotiorum.   Por isso, não é exagero dizer que o mofo-branco é hoje uma das piores doenças enfrentadas pelos produtores rurais. Segundo dados do Departamento de Fitopatologia da Universidade de Brasília (UnB), a estimativa é de que 6 milhões de hectares no País, de um total de 70 milhões de áreas cultivadas, apresentem a doença, o que significa que aproximadamente 9% das áreas estejam contaminadas.											O feijão comum tradicionalmente está entre as espécies mais utilizadas na culinária brasileira. Além de ser um alimento importante sob o ponto de vista nutricional, tem também forte apelo social, pois é uma fonte barata de proteína para alimentação humana. Apesar da área de produção de feijão se concentrar em algumas regiões do Brasil, esta espécie é cultivada em praticamente todo território nacional (Ferreira & Peloso, 2005). 								Segundo estudo realizado por Wander (2005), a produção nacional de feijão no período de 1974 a 2004 aumentou em função do acréscimo de produtividade por área. Esse acréscimo de produtividade se deve graças às novas cultivares, às melhorias no manejo da adubação e ao manejo de insetos-pragas, plantas daninhas e doenças que constantemente incidem sobre a cultura. 							No entanto, é interessante salientar que a cultura no país ainda possui baixa produtividade de grão, devido ao baixo nível tecnológico de muitas lavouras, que inclui a baixa utilização de sementes certificadas e fiscalizadas. 					O mofo-branco é uma das principais doenças que ocorrem nas lavouras de feijão comum, e recebe esta denominação devido aos sinais característicos do patógeno, especialmente a produção de micélio branco e cotonoso sobre hastes, folhas e outros órgãos de plantas suscetíveis. Os prejuízos causados pelo patógeno em lavouras em diversas regiões estão relacionados com a redução da produtividade e queda da qualidade da semente. Ricardo et al. (2009) estimaram um dano econômico total de 36 milhões de reais na terceira safra de 2007 no Estado de Goiás, causado pelo mofo-branco.									 O processo de infecção do feijoeiro comum por S. sclerotiorum envolve diversas etapas e a fase mais vulnerável da cultura é o estádio de florescimento pleno. Inicialmente, após a germinação carpogênica dos escleródios, os apotécios com ascos maduros liberam os ascósporos durante vários dias e estes são levados pelo vento e depositados sobre as flores (Schwartz & Steadman, 1978; Abawi & Grogan, 1979; Steadman, 1983). Os ascósporos germinam e infectam as pétalas senescentes, que servem como fonte de nutrientes para o desenvolvimento do patógeno. As pétalas colonizadas caem sobre o solo ou sobre hastes e folhas, iniciando o ciclo da doença (Clarkson et al., 2003).										 O fungo se desenvolve a partir do tecido senescente e passa para as folhas e hastes saudáveis. Os sintomas externos mais visíveis na planta são a presença de lesões encharcadas nos órgãos afetados, de coloração parda e consistência mole, com o micélio branco do patógeno, de aspecto cotonoso, cobrindo os tecidos afetados (Leite, 2005).												Em feijão comum não existe resistência total à doença, o controle genético da resistência ao mofo branco é bastante complexo, com a participação de resistência fisiológica e de um hábito de crescimento mais compacto. A redução da intensidade do mofo branco está condicionada a dois mecanismos: escape e fisiológico (Pascual et al., 2010). O escape está relacionado à redução da infecção e do progresso da doença em razão de o microclima em torno do hospedeiro ser relativamente menos favorável ao patógeno e à doença, como ocorre em genótipos com plantas eretas e folhagem porosa, com inserção alta de vagens e com resistência ao acamamento (Miklas et al., 2013; Schwartz et al., 2013). Os mecanismos fisiológicos atuam na redução do avanço do patógeno nos tecidos do hospedeiro (Soule et al., 2011).		A irrigação é essencial para o cultivo do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) entre os meses de abril e agosto, em solos de Cerrado no Brasil Central. Nesse período, a temperatura amena, entre 15 e 20 °C, associada à irrigação, favorece o desenvolvimento de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, causador do mofo-branco do feijoeiro. A umidade do solo, fornecida pela chuva ou irrigação, é um fator essencial para o desenvolvimento da doença (Adams & Tate, 1975; Hunter et al., 1984; Boland & Hall, 1987). Para que o fungo possa se desenvolver e provocar uma epidemia, é necessário que a umidade adequada do solo seja mantida por um certo período de tempo (Hunter et al., 1984), variando em função do local e do tipo de solo. Em geral, umidade do solo correspondente à tensão de 7,5 Bar ou menor favorece o patógeno (Grogan & Abawi, 1975; Morrall, 1977).
	
4. CONCLUSÃO 	
	Com o presente trabalho pode-se concluir que a interação do S. sclerotiorum no hospedeiro feijão, causa sérios danos produtivos, favorecidos pela adaptabilidade do fundo ao solo, e as condições de plantio e manejo, principalmente no uso da irrigação. O mofo-branco é uma das piores ameaças à agricultura brasileira, especialmente para lavoura de feijão, cultura ainda de subsistência, sendo complexo o manejo da doença nesta cultura. 
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
NAPOLEÃO, Reginaldo; CAFÉ FILHO, Adalberto C.; NASSER, Luiz Carlos B.; SILVA, Carlos A. Lopes & Henoque R.. Intensidade do Mofo-Branco do Feijoeiro em Plantio Convencional e Direto sob Diferentes Lâminas d’Água*. 2005. 6 f. Tese (Doutorado) - Curso de Agronomia, Fitopatologia, Faculdades Federais Integradas, Diamantina, 2005. Cap. 1. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/a06v30n4.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020.
SANTOS, Priscila Ferreira dos. Aspectos epidemiológicos do mofo-branco em feijão comum. 2013. 71 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, UFG, Goiânia, 2013. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Priscila.pdf. Acesso em: 18 abr. 2020.
Cezar, Juliatti & Figueiró, Adriana & Garcia, Riccelly & Santos, João & Santos, Ricardo & Da, José & Machado, Cruz & Pozza, Edson & Lobo Junior, Murillo & Civardi, Antônio & José, Trazilbo & Júnior, Paula & Vieira, Rogério & Lehner, Silva & Renan, Cardoso & Lima, & Sousa, Jaccould & Filho. (2015). Sclerotinia sclerotiorum e Mofo branco: Estudos básicos e aplicados. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/299484905_Sclerotinia_sclerotiorum_e_Mofo_branco_Estudos_basicos_e_aplicados. Acesso em: 14 de abr. 2020.
MORE: Mecanismo online para referências, versão 2.0. Florianópolis: UFSC Rexlab, 2013. Disponível em: http://www.more.ufsc.br/. Acesso em: 25 de abr. 2020.

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