Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA EM ESTRUTURAS METÁLICAS LIGAÇÕES Prof. Dr.: Carlos Henrique Maiola LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇOLIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO “Uma corrente é tão forte quanto o mais fraco dos seus elos” “Uma corrente é tão forte quanto o “Uma corrente é tão forte quanto o mais fraco dos seus elos”mais fraco dos seus elos” Autoria desconhecidaAutoria desconhecida Projeto inadequadoProjeto inadequado Projeto inadequado, patologias, falta de manutençãoProjeto inadequado, patologias, falta de manutenção 19901990 19061906 Ligações: principal causa de acidentes Projeto inadequado, patologias, falta de manutençãoProjeto inadequado, patologias, falta de manutenção Ligações: principal causa de acidentes 19721972--19731973 Teatro para 500Teatro para 500 expectadoresexpectadores Visual após remoçãoVisual após remoção do forro !!!do forro !!! -- Primeiras estruturas: parafusos comunsPrimeiras estruturas: parafusos comuns -- Rebites: final do século 19 até década de 50Rebites: final do século 19 até década de 50 -- Parafusos de alta resistência:Parafusos de alta resistência: 1934 1934 -- Primeiras pesquisasPrimeiras pesquisas 1938 1938 -- Comportamento à fadiga semelhante aos rebitesComportamento à fadiga semelhante aos rebites 1949 1949 -- Especificação de materiais pela ASTMEspecificação de materiais pela ASTM 1951 1951 -- Primeira especificação para projeto (EUA)Primeira especificação para projeto (EUA) -- Solda elétrica: a partir da década de 50Solda elétrica: a partir da década de 50 BREVE HISTÓRICO Tipos de LigaçõesTipos de Ligações -- ligações soldadasligações soldadas -- ligações parafusadasligações parafusadas Aplicação da norma NBR 14762:2001Aplicação da norma NBR 14762:2001 Ligações em perfis PFF -- ligações por prensagemligações por prensagem -- ligações por adesivosligações por adesivos - Ligações soldadas onde a espessura da parte mais fina não ultrapassa 4,75mm. - Ligações parafusadas onde a espessura da parte mais fina não ultrapassa 4,75mm. Nos demais casos utilizar NBR-8800 2 Ligações Elementos de ligação Meios de ligação enrijecedores chapas de cobre junta consoles cantoneiras de assente LIGAÇÕES solda parafuso Ligações Condições gerais para dimensionamento:Condições gerais para dimensionamento: O esforço resistente de cálculo deve serO esforço resistente de cálculo deve ser maior ou igual a:maior ou igual a: -- Esforço solicitante de cálculoEsforço solicitante de cálculo (condição de resistência)(condição de resistência) -- Porcentagem do esforço resistente da barraPorcentagem do esforço resistente da barra (condição de coerência):(condição de coerência): 50% p/ esforços axiais 50% p/ esforços axiais LIGAÇÕES SOLDADAS Ligações Soldadas Processo de soldagemProcesso de soldagem Aquecimento e pressão das partesAquecimento e pressão das partes Aquecimento das partes com Aquecimento das partes com adição de materialadição de material (soldagem por fusão)(soldagem por fusão) Aquecimento Aquecimento Arco elétrico Chama produzida por oxiacetileno METAL BASE x METAL SOLDA Fatores que influenciam na qualidade da solda: SOLDAR ? operação metalúrgica -Propriedades físicas e químicas do metal base -Propriedades físicas e químicas dos eletrodos -Condições de execução -Ação de agentes exteriores: ar e temperatura Ligações Soldadas PROCESSOS DE SOLDAGEM: Eletrodo Revestido Funções do revestimento: - elétricas - físicas e mecânicas - metalúrgicas Classificação genérica do eletrodo: E XXX X X - X 3 Ligações Soldadas Classificação dos eletrodos Designação dos eletrodos segundo a AWS E XX X X - X 1 2 3 4 5 designação resistência posição de soldagem tipo de corrente e revestimento composição química Exemplo E 6010 (60) Fw = 60ksi = 415 MPa (1) Todas as posições de soldagem (0) corrente CC+ ou CA, grande penetração revestimento celulósico POSIÇÕES DE SOLDAGEM Ligações Soldadas Ligações Soldadas Resistência dos eletrodos 485classe 70 (AWS) 415classe 60 (AWS) fw (MPa)Metal da solda PROCESSOS DE SOLDAGEM: Proteção Gasosa MIG/MAG MIG: Metal Inert Gas MAG: Metal Active Gas VANTAGENS: DESVANTAGENS: - maior rigidez das ligações; - redução de custos de fabricação; - redução da quantidade de aço; - melhor acabamento final. - dificuldade para desmontagem; - dificuldade para controle de qualidade na obra; Ligações Soldadas Ligações Soldadas Tipos de Ligações Soldadas 1- Juntas de topo (penetração total) 2- Filete em superfície plana 3- Filete em superfície curva 4 Ligações Soldadas 1- Juntas de topo (penetração total) Estados Limites Solda Metal base Ligações Soldadas 1- Juntas de topo (penetração total) a) tração e compressão normal à seção efetiva ou paralela ao eixo da solda FRd = L tef fy / ? (? =1,1) tef – garganta efetiva menor espessura do metal base Ligações Soldadas 1- Juntas de topo (penetração total) b) cisalhamento na seção efetiva FRd = L tef (0,6 fw) / ? (? =1,25) tef – garganta efetiva menor espessura do metal base FRd = L tef (0,6 fy) / ? (? =1,1) solda metal base Ligações Soldadas 2- Solda de filete em superfície plana W1 e W2 – pernas do filete Ligações Soldadas 2- Solda de filete em superfície plana ruptura do metal base (solicitação par. ao eixo) Estados Limites ruptura do metal base (solicitação perp. ao eixo) ruptura da solda Ligações Soldadas 2- Solda de filete em superfície plana a) ruptura do metal base – solicitação paralela ao eixo da solda FRd = [ 1 – 0,01L / t] t L fu / ? (? =1,65) t – menor espessura das chapas conectadas FRd = 0,75 t L fu / ? (? =1,80) 1) para L/t < 25 2) para L/t ? 25 5 Ligações Soldadas 2- Solda de filete em superfície plana b) ruptura do metal base – solicitação normal ao eixo da solda tef – 0,7w1 ou 0,7w2 garganta efetiva do filete FRd = t L fu / ? (? =1,65) para espessura t > 3,75mm b) ruptura da solda FRd = 0,75 tef L fw / ? (? =1,65) Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas ruptura do metal base (solicitação par. ao eixo) Estados Limites ruptura do metal base (solicitação perp. ao eixo) ruptura da solda Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas a) ruptura do metal base – solicitação normal ao eixo da solda FRd = 0,83 t L fu / ? (? =1,80) fu é a resistência à ruptura do metal base L é o comprimento do filete de solda t é a espessura do metal base Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas b) ruptura do metal base – solicitação paralela ao eixo da solda FRd = 1,50 t L fu / ? (? =1,80) 1) para tef ? 2t e h ? L Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas b) ruptura do metal base – solicitação paralela ao eixo da solda FRd = 0,75 t L fu / ? (? =1,80) 2) Para t? tef ? 2t e h< L 6 Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas Determinação de tef 1) Filete rente a face do perfil Solda em apenas um superfície curva tef = 0,3re Solda em duas superfícies curvas tef = 0,5re (para re > 12,5mm ? tef = 0,37re) Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas Determinação de tef 2) Filete saliente a face do perfil 0,7w 1 ou 0,7w 2 (o menor valor) Ligações Soldadas 3- Solda de filete em superfície curva Ligações Soldadas c) ruptura da solda: para t ? 3,75 FRd = 0,75 tef L fw / ? (? =1,65) tef é a dimensão efetiva (garganta efetiva) da solda de filete -superfície do filete rente ao metal base solda em apenas uma superfície curva: tef = 0,3r e solda em duas superfícies curvas: tef = 0,5r e (para re > 12,5mm ? tef = 0,37r e) -superfície do filete saliente ao metal base 0,7w1 ou 0,7w2 (o menor valor) re é o raio externo de dobramento Ligações SoldadasLigações Soldadas SOLICITAÇÕES EM SOLDAS - Grupo de soldas sob cisalhamento centrado solda longitudinal solda transversal Comportamento forçax deformação em cordões de solda Ligações SoldadasLigações Soldadas SOLICITAÇÕES EM SOLDAS - Grupo de soldas sob cisalhamento excêntrico Análise pelo método vetorial s v A Pf ? r I M f p M ? LIGAÇÕES PARAFUSADAS 7 Ligações Parafusadas Parafusos de aço com qualificação estrutural 12 < d < 361000900ISO 10.9 12,7 < d < 38,11035895ASTM A490 12 < d < 36800640ISO 8.8 12,7 < d< 25,4 25,4 < d< 38,1 825 725 635 560 ASTM A 325 12 < d < 36390235ISO 4.6 12,7< d < 101,6415-ASTM A307 Diâmetros (mm)fu (MPa)fy (Mpa)Especificação Ligações Parafusadas PARAFUSOS COMUNSPARAFUSOS COMUNS -- ASTM A307: ASTM A307: ffuu = 415 = 415 MPaMPa -- ISO 4.6: ISO 4.6: ffuu = 390 = 390 MPaMPa -- Parafusos sem qualificação estrutural (“pretos”)Parafusos sem qualificação estrutural (“pretos”) Ligações Parafusadas PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIAPARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIAPARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA -- ASTM A325:ASTM A325: ffuu = 825 = 825 MPaMPa -- ASTM A490:ASTM A490: ffuu = 1.035 = 1.035 MPaMPa -- Tipo 1:Tipo 1: aço médio carbono p/ A325aço médio carbono p/ A325 açoaço--liga T/R p/ A490liga T/R p/ A490 -- Tipo 2: aço Tipo 2: aço martensíticomartensítico -- Tipo 3: aço ARTipo 3: aço AR--CORCOR Ligações Parafusadas PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIAPARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIAPARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA -- ISO classe 8.8:ISO classe 8.8: ffuu = 785 = 785 MPaMPa -- ISO classe 10.9:ISO classe 10.9: ffuu = 980 = 980 MPaMPa -- ISO classe 12.9:ISO classe 12.9: ffuu = 1.180 = 1.180 MPaMPa Classificação ISO: formato X.YClassificação ISO: formato X.Y X = 0,01X = 0,01 ffu u em em MPaMPa Y = 10 Y = 10 ffyy / / ffu u Ligações Parafusadas COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DOS PARAFUSOS NAS LIGAÇÕES COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DOS COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DOS PARAFUSOS NAS LIGAÇÕESPARAFUSOS NAS LIGAÇÕES -- TIPO CONTATO: TIPO CONTATO: Parafusos comuns ou de alta resistênciaParafusos comuns ou de alta resistência Ligações Parafusadas CONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHACONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHACONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHA Solicitação perpendicular ao eixo do parafusoSolicitação perpendicular ao eixo do parafuso 8 Ligações Parafusadas -- TIPO ATRITO:TIPO ATRITO: Apenas parafusos de alta resistênciaApenas parafusos de alta resistência TORQUE ? PRESSÃO DE CONTATO ? ATRITOTORQUE TORQUE ?? PRESSÃO DE CONTATO PRESSÃO DE CONTATO ?? ATRITOATRITO d M dk MT 2,0. 00 0 ?? Correlação empíricaCorrelação empírica torque torque -- traçãotração Ligações Parafusadas rasgamento Estados Limites presãode contato (esmagamento) ruptura da chapa na seção líquida ruptura do parafuso (tração, corte e tração + corte) CONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHACONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHACONEXÃO TIPO CONTATO: MODOS DE FALHA Ligações Parafusadas tração Solicitações nos parafusos corte tração e corte Ligações Parafusadas LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO TraçãoTração ?? = 1,35 para de alta resistência= 1,35 para de alta resistência ?? = 1,55 para parafusos comuns= 1,55 para parafusos comuns NNtt,,RdRd = 0,75 A= 0,75 Ap p ffu u / / ?? Ligações Parafusadas ?? = 1,55 para de alta resistência= 1,55 para de alta resistência ?? = 1,65 para parafusos comuns= 1,65 para parafusos comuns VVRdRd = 0,45 A= 0,45 Ap p ffu u / / ?? CorteCorte LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO Força cortante no parafusoForça cortante no parafuso plano de plano de corte passa corte passa pela roscapela rosca VVRdRd = 0,60 A= 0,60 Ap p ffu u / / ?? plano de plano de corte corte nnãão o passa pela passa pela roscarosca Ligações Parafusadas ?? = 1,35 = 1,35 FFRdRd = t e = t e ffuu / / ?? LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO Rasgamento entre furos e entre furo e bordaRasgamento entre furos e entre furo e borda 9 Ligações Parafusadas ?? = 1,35 = 1,35 FFRdRd = 2,4d t = 2,4d t ffuu / / ?? LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO Esmagamento (pressão de contato)Esmagamento (pressão de contato) Ligações Parafusadas LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO Rasgamento X EsmagamentoRasgamento X Esmagamento 0 1 2 3 4 5 6 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 esmag. NBR (FR=2,4dtfu) esmag. AISI (F R =3,0dtf u ) c/ arruelas esmag. AISI (FR =2,22dtfu) s/ arruelas esmag. EUROCODE (F R =2,5dtf u ) ras ga me nto : F R =te f u e=2,4d F R /t. e. f u e/d Ligações Parafusadas LIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATOLIGAÇÕES TIPO CONTATO Tração + corteTração + corte Trecho AB: traçãoTrecho AB: tração Trecho CD: corteTrecho CD: corte Trecho BC: interaçãoTrecho BC: interação - parafusos com qualificação estrutural (Nt,Sd / Nt,Rd) + (VSd / VRd) ? 1,25 - parafusos sem qualificação estrutural (Nt,Sd / Nt,Rd) + (VSd / VRd) ? 1,00 NBR 14762 (Nt,S d / N t,R d) (VSd / VR d) SOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOS MODELOS TEÓRICOS CLÁSSICOS:MODELOS TEÓRICOS CLÁSSICOS: -- Grupo de parafusos sob força centradaGrupo de parafusos sob força centrada Hipótese: distribuição uniforme da forçaHipótese: distribuição uniforme da força Ligações Parafusadas Ligações Parafusadas SOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOS -- Grupo de parafusos sob força excêntricaGrupo de parafusos sob força excêntrica Método vetorial (análise elástica): conservadorMétodo vetorial (análise elástica): conservador n PFv ? n PFv ? i i iM rr MF ? ? 2, i i iM rr MF ? ? 2, SOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOS -- Ligação vigaLigação viga --pilar com chapa de topo: tipo contatopilar com chapa de topo: tipo contato Hipótese: distribuição linear de deformaçõesHipótese: distribuição linear de deformações n V Fv ? n V Fv ? ? ? pi AydI M ??iM,F ? ? pi AydI M ??iM,F Ligações Parafusadas 10 Ligações Parafusadas SOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOSSOLICITAÇÕES EM PARAFUSOS -- Ligação vigaLigação viga--pilar flexível:pilar flexível: Solução clássica:Solução clássica: cantoneiras de almacantoneiras de alma Grupo de parafusos sobGrupo de parafusos sob força excêntricaforça excêntrica Transmissão de cortanteTransmissão de cortante
Compartilhar