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Legislação social e trabalhista Autoria Francisca Andra Silva Oliveira LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Autora Francisca Andra Silva Oliveira ReitoR: Prof. Cláudio ferreira Bastos PRó-ReitoR administRativo financeiRo: Prof. rafael raBelo Bastos PRó-ReitoR de Relações institucionais: Prof. Cláudio raBelo Bastos PRó-ReitoR acadêmico: Prof. Valdir alVes de Godoy cooRdenação Pedagógica: Profa. Maria aliCe duarte G. soares cooRdenação nead: Profa. luCiana r. raMos duarte exPediente ficha técnica suPeRvisão de PRodução nead: franCisCo Cleuson do nasCiMento alVes AutoriA: franCisCa andra silVa oliVeira Designer instrucionAl: ana lúCia do nasCiMento Projeto gráfico e DiAgrAmAção: franCisCo erBínio alVes rodriGues cAPA e trAtAmento De imAgens: franCisCo erBínio alVes rodriGues revisão textuAl: Claudiane BraGa Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedi- dos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria. ficha catalogRáfica catalogação na Publicação biblioteca centRo univeRsitáRio ateneu OLIVEIRA, Francisca Andra Silva. Legislação social e trabalhista. / Francisca Andra Silva Oliveira. - 2. ed. Fortaleza: Centro Universitário Ate- neu, 2018. 144 p. ISBN: 978-85-5468-008-4 1. Direito do trabalho. 2. Contrato de trabalho. 3. Remuneração. 4. Garantias do trabalhador. I. Centro Universitário Ateneu. Olá estudante! É com grande prazer que recebemos você para o curso de Legislação Social e Trabalhista. O aprendizado a distância é uma modalidade de ensino em ascensão no Brasil e tem sido uma ferramenta fundamental para promover o crescimento pessoal e profissional de pessoas em todo o país. Graças às vantagens da tecnologia, você pode geren- ciar seus horários e adequar seu período de estudo conforme as suas necessidades. Aqui, você estudará o histórico e as noções gerais sobre o Direito do Trabalho, bem como as diversas fontes que dão origem às normas laborais. Esse curso promoverá um compêndio da legislação trabalhista e social que permeia as relações laborais. Serão abordadas as rela- ções de trabalho e emprego, jornada, tipos de contrato laboral e os mais diversos institutos pertinentes às matérias em questão. Desejo a você, caro estudante, um excelente curso, repleto de aprendizado e muitas conquistas! Bons estudos! Francisca Andra Silva Oliveira Seja bem-vindo! SU M Á R IO SU M Á R IO NOÇÕES GERAIS DE DIREITO DO TRABALHO 1. Introdução ao Direito do Trabalho ............................... 8 2. Relação de Trabalho .......................................................... 17 3. Relação de Emprego ........................................................25 4. Contrato Temporário e Terceirização .....................28 5. Identificação e Registro Profissional ........................29 Referências .................................................................................36 DO CONTRATO DE TRABALHO ........................................37 1. Sujeitos do Contrato de Trabalho ..............................38 2. Contrato de Trabalho ...................................................... 43 3. Homologação das Verbas Trabalhistas ................ 66 4. Jornada de Trabalho ....................................................... 68 5. Regimes Especiais de Trabalho ..................................85 Referências ..................................................................................91 SU M Á R IO REMUNERAÇÃO E AS CARACTERÍSTICAS DO SALÁRIO 1. Férias ....................................................................................... 94 2. Remuneração e Salário ................................................... 99 3. Aviso prévio e suas características ........................108 Referências ................................................................................111 DIREITOS E GARANTIAS DO TRABALHADOR 1. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ................................................................... 114 2. Estabilidades e Garantias ...............................................117 3. Segurança e Medicina do Trabalho ........................ 125 4. Direito Sindical .................................................................. 134 Referências ............................................................................... 142 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Apresentação Caro(a) estudante! Está aproveitando o conteúdo visto até agora? Neste capítulo, estudaremos um pouco sobre período mí- nimo para que o empregado faça jus ao gozo das férias e de onde vem a origem da palavra salário. Veremos também sobre as espé- cies salarias admitidas no Ordenamento Jurídico Brasileiro. Falaremos ainda sobre os quatro requisitos para que se confi- gure a equiparação salarial e suas características, além de falarmos também sobre a Gratificação Natalina. Por fim, será estudado sobre o aviso prévio, que é o direito dos contratantes de saber, com antecedência mínima razoável, a intenção da outra parte de encerrar a relação trabalhista. CAPÍTULO 03 RemuneRação e as caRacteRísticas do saláRio 96 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA • Abordar os conceitos de férias e aviso prévio, seus conceitos e especificidades; • Estudar remuneração, as formas de pagamento, os princípios de proteção do salário, bem como no que concerne a equiparação salarial e os pa- râmetros para o pagamento do 13o salário; • Analisar o que é o aviso prévio, os prazos e as formas de pagamento. Objetivos de Aprendizagem 1. féRias Como já havíamos mencionado, o fundamento para a previsão legal dos intervalos intrajornada, repousos semanais e outros períodos de descanso é dar ao trabalhador a oportunidade de descansar de forma periódica e assim recuperar a sua capacidade produtiva. Contudo, o trabalhador precisa de um espaço de tempo maior para estabelecer vínculos e fortalecer seu convívio familiar e social, necessita de um lapso temporal prolongado, que permita mais dias de lazer para melhorar sua qualidade de vida e o seu desempenho profissional. A OIT – Organização Internacional do Trabalho – reconheceu a importância de garantir ao trabalhador períodos prolongados de descanso. Foi a partir disso que surgiram as férias anuais remuneradas. Nos termos da Convenção no 132, que trata das férias remuneradas, fixou-se que o gozo das férias não seria um período inferior a três semanas por cada ano de trabalho. O Brasil ratificou a referida con- venção através do Decreto no 3.179/99. As férias, como meio de manutenção da saúde física e psi- cológica do trabalhador, são irrenunciáveis. Segundo Cairo Júnior (2017), por conta disso, não se pode convencionar, por qualquer instrumento, prazo inferior ao previsto pela legislação ordinária ou a conversão total das férias em pecúnia. LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 97 O período mínimo para que o empregado faça jus ao gozo das férias é de pelo menos 12 (doze) meses. Esse espaço de tempo é denominado de período aquisitivo, por meio do qual o emprega- do adquire o direito de gozar desse descanso anual remunerado. Além do período aquisitivo, a legislação menciona o período concessivo das férias, que se refere aos 12 (doze) meses subse- quentes ao período aquisitivo. O período de concessão do gozo das férias deve ser registrado na CTPS do empregado e no livro de registros dos empregados (art. 135 §§ 1o e 2o da CLT). Durante o gozo das férias, o trabalhador continuará receben- do sua remuneração, visto que as férias são uma das hipóteses de interrupção do contrato de trabalho. Além da remuneração, o tra- balhadortambém terá direito a 1/3 da sua remuneração para gozar desse período de descanso, que é o chamado terço constitucional. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá di- reito a férias, na seguinte proporção: I. 30 (trinta) dias corridos, quando não houver falta- do ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II. 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III. 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV. 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. §1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. §2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. No que concerne aos trabalhadores sob o regime parcial de trabalho, o artigo 130-A da CLT aponta: 98 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do con- trato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I. dezoito dias, para a duração do trabalho sema- nal superior a vinte e duas horas, até vinte e cin- co horas; II. dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; III. quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV. doze dias, para a duração do trabalho semanal su- perior a dez horas, até quinze horas; V. dez dias, para a duração do trabalho semanal supe- rior a cinco horas, até dez horas; VI. oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. Parágrafo único. O empregado contratado sob o regi- me de tempo parcial que tiver mais de sete faltas in- justificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. O período em que o trabalhador irá gozar suas férias é de- terminado pelo empregador, que deverá avisar previamente, por escrito, com uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias. Caso, o prazo concessivo termine e o empregador não tenha providenciado o gozo das férias do seu funcionário, o empregado poderá ajuizar uma ação reclamatória para pedir ao juiz a fixação da época de sua fruição, sob pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo. (artigo 137, §1º da CLT) O lapso temporal das férias também pode sofrer uma dimi- nuição, podendo variar de acordo com a quantidade de dias que o empregado tenha faltado ao serviço, injustificadamente, durante o período concessivo. A Consolidação das Leis do Trabalho é muito clara quando traz o rol taxativo sobre as hipóteses em que o empre- gado poderá se ausentar do trabalho e ter essa falta justificada. LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 99 As hipóteses trazidas pelo artigo 131 da CLT, em que o em- pregado poderá faltar ao trabalho sem prejuízo do salário e, conse- quentemente, sem ter o seu período de férias reduzido, são: – Nas hipóteses do artigo 473 da CLT (morte do cônjuge, em virtude do próprio casamento, nascimento do filho etc.); – Durante a licença maternidade ou em caso de aborto; – Em caso de acidente de trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS; – Ausência justificada pela empresa; – Durante a suspensão preventiva para responder a inquéri- to administrativo ou de prisão preventiva; – Nos dias em que não tenha havido serviço. A legislação também traz as hipóteses em que o trabalhador poderá perder o direito de férias. Elas estão elencadas no artigo 133 da CLT que dispõe: Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: I. Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes a sua saída; II. Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e IV - Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. § 1º – A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 2º – Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço. 100 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA § 3º – Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comuni- cará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. Fique Atento As faltas ou ausências decorrentes de acidente de trabalho não são consideradas para efeitos de duração de férias e cálculo de gratificação natalina. Portanto, em casos de acidentes de trabalho, o empregado não será penaliza- do com a redução do período de férias. 1. Comente três hipóteses em que o trabalhador perderá o gozo das férias. Pratique LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 101 § 3º – Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comuni- cará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. Fique Atento As faltas ou ausências decorrentes de acidente de trabalho não são consideradas para efeitos de duração de férias e cálculo de gratificação natalina. Portanto, em casos de acidentes de trabalho, o empregado não será penaliza- do com a redução do período de férias. 1. Comente três hipóteses em que o trabalhador perderá o gozo das férias. Pratique 2. RemuneRação e saláRio Na Antiguidade, o termo salário representava uma ração de sal destinada aos trabalhadores livres, já que os escravos não rece- biam qualquer retribuição pelo trabalho prestado. O contrato de trabalho é uma fonte de obrigações, tanto para o empregado, que deve prestar os serviços pelos quais se compro- meteu, quanto para o empregador, que deve retribuir ao emprega- do pelas tarefas executadas. Nesse sentido, o salário e a prestação de serviços nos permitem classificar o contrato laboral como sina- lagmático e comutativo. O termo remuneração tem um sentido mais amplo que o de salário. Nos termos do artigo 457 da CLT, a remuneração pode ser definida como: Art. 457 – Compreende-se na remuneração do empre- gado, para todos os efeitos legais, além do salário devi- do e pago diretamente pelo empregador, como contra- prestação do serviço, as gorjetas que receber. Martins (2003), define remuneração como: [...] o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviço, seja em di- nheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de traba- lho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família. 2.1. Conceito de Salário Segundo Cassar (2014), o salário é toda contraprestação ou vantagem devida e paga diretamente pelo empregador ao emprega- do, em virtude do contrato de trabalho. Consiste no pagamento di- reto feito pelo empregador ao empregado pelos serviços prestados, pelo tempo à disposição ou quando a lei assim determinar, tal como, no aviso prévio, nos 15 primeiros dias da doença, etc. 102 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA O salário é denominado de muitas formas pelos doutrinado-res pátrios. Delgado (2015) nos apresenta as denominações mais conhecidas: – Salário Mínimo: O conceito de salário mínimo foi adotado pela legislação para identificar o mínimo remuneratório para garantir a subsistência dos empregados. – Salário Básico: Contraprestação salarial fixa principal paga pelo empregador ao empregado, despojada das demais parcelas salariais que a ela se assomam (gratificações, adi- cionais etc.). – Salário Isonômico: É o salário devido àquele que exerce as mesmas funções que outro colega de trabalho nas mesmas condições. – Salário Judicial: Essa modalidade de salário desdobra-se em salário normativo (quando fixado por meio de sentença normativa) e em salário supletivo (quando fixado no âmbi- to de uma sentença de dissídio individual). – Salário Complessivo: É a acumulação de um montante com distintas verbas salariais. Na Súmula 191 do TST, essa espé- cie de salário é rejeitada pela ordem justrabalhista. – Salário Condição: Compreende esta figura o conjunto de parcelas salariais pagas ao empregado em virtude do exer- cício contratual em circunstâncias específicas, cuja perma- nência seja incerta ao longo do contrato. Essas parcelas podem ser exemplificadas quando há adicional de insalu- bridade ou de periculosidade. – Salário Progressivo: É a verba salarial básica a que se aco- plam parcelas salariais variáveis e crescentes, como as par- celas denominadas prêmio. – Salário Prêmio: Refere-se ao salário acrescido de algum prêmio que o empregado tenha obtido devido à assiduida- de, por ter produzido mais naquele mês. – Salário Adicional: Refere-se ao salário com seu valor acres- cido devido aos adicionais que a ele se juntam. LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 103 Portanto, de acordo com as definições anteriores, verifica- mos que o salário pode ser composto por diversas parcelas, que compõem o salário em contraprestação pelos serviços prestados pelo empregado. Podem compor o salário: as percentagens, abo- nos, gratificações, 13º salário, prêmios, bônus, adicionais. Algumas dessas parcelas não estão previstas em lei, mas são acordadas por convenções ou acordos coletivos. Nem todas as parcelas recebidas pelo empregador possuem natureza salarial, algumas são parcelas de caráter indenizatório, parcelas de participação nos lucros, parcelas com natureza de direi- to intelectual, que se referem a um valor pago em decorrência de um direito de propriedade intelectual do empregado. Há também as parcelas instrumentais, que são aquelas concedidas pelo empre- gador ao funcionário para melhor consecução de suas atividades (exemplo: vestuário ou equipamentos para o trabalho); as parcelas previdenciárias, tais como o salário-família e o salário-maternidade. Fique Atento Conforme a Súmula 354 do TST, a gorjeta é conside- rada parcela estritamente remuneratória dada ao trabalha- dor, ainda que seja entregue por terceiros. Dessa maneira, as gorjetas estão inseridas no montante salarial do empre- gado, devendo ser incluídas nos recibos salariais para gerar reflexos nas demais verbas trabalhistas.. 2.2. Classificação de Salário O salário é uma contraprestação no plano concreto da re- lação em torno de diferentes parâmetros. A doutrina pátria traz quatro tipologias acerca da classificação do salário. A classificação: a) quanto ao posicionamento original da parcela no conjunto do Direito; b) classificação quanto à origem da parcela remuneratória; c) classificação quanto à forma de pagamento da parcela; d) clas- sificação quanto ao modo de aferição do salário. 104 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA No que concerne à primeira classificação, estão incluídas aquelas parcelas típicas da remuneração dentro do contrato de trabalho. É o que se passa com o salário básico, com os adicionais e com as gratificações, por exemplo. Inserindo-se também nesse grupo, aquelas modalidades de remuneração que ingressaram no Direito do Trabalho oriundas de outros segmentos jurídicos, que é o caso das comissões, previstas pelo Direito Comercial. A classificação quanto à origem da parcela remuneratória refere-se às parcelas espontâneas (instituídas pela vontade unilate- ral do empregador ou bilateral das partes) e às parcelas imperativas (instituídas pela norma jurídica). A classificação quanto à forma de pagamento da parcela envolve duas modalidades de salário: a parcela salarial paga em dinheiro e a parcela salarial paga em utilidades (bens ou serviços. Por fim, a classificação quanto ao modo de aferição do salário refere-se ao encontro de três modalidades de salário: salário por unidade de tempo (é aquele que se computa adotando-se como parâmetro a duração do serviço prestado), salário por unidade de obra (aquele salário que tem como parâmetro a produção alcança- da pelo empregado) e o salário-tarefa (aquele que é aferido através da fórmula combinatória do critério da unidade com a contagem do tempo, ou seja, estabelece-se um determinado tempo para uma produção fixa do empregado). 2.3. Espécies Salariais Admitidas no Ordenamento Jurídico Brasileiro No decorrer deste capítulo, temos estudado muitas classifi- cações e formas de remuneração ao empregado. O ordenamen- to jurídico brasileiro admite algumas espécies de salário que serão analisadas neste tópico. Seguem as modalidades de salário recep- cionadas pelo Direito Laboral Brasileiro: LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 105 a) Salário básico: Segundo Delgado (2015), é a parcela mais relevante entre todas as salariais existentes no âmbito da relação de emprego. Tipificada como a contraprestação salarial fixa paga pelo empregador ao empregado. Subme- tendo-se à regra da periodicidade estabelecida pelo art. 459 da CLT. As outras verbas salariais distintas do salário básico e que a ele se agregam, são: abonos, gratificações, 13º salário e comissões. b) Salário in natura: Também conhecido como salário utili- dade, consiste em um bem ou vantagem fornecido pelo empregador ao empregado, como gratificação pelo traba- lho desenvolvido ou pelo cargo ocupado. Geralmente, são valores pagos em forma de viagens, alimentação, habita- ção, enfim, parcelas habituais fornecidas de forma gratuita. O art. 458 da CLT estabelece que: “além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efei- tos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contra- to ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.”. c) Sobre-salário: São parcelas salariais, adicionadas ao salá- rio-base, que complementam a remuneração do emprega- do. As verbas referentes ao sobre-salário são trazidas pelo parágrafo 1º do artigo 457 da CLT. Portanto, integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diá- rias para viagens e abonos pagos pelo empregador. Nos termos do parágrafo 2º do artigo 458 da CLT, não são consideradas como salário as seguintes vantagens ou bens concedidos pelo empregador: I. vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos emprega- dos e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; Memorize 106 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA II. educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relati- vos à matrícula, mensalidade, anui- dade, livros e material didático; III. transporte destinado ao desloca- mento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV. assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamen- te ou mediante seguro-saúde; V. seguros de vida e de acidentes pessoais; VI. previdência privada; VII. o valor correspondente ao vale- -cultura. 2. Estudamos as diversas classificações que a doutrina traz acerca das espéciessalariais. Tratando da diferenciação entre salário e remuneração. Inclua em sua resposta as di- ferentes formas pelas quais o empregador pode efetuar o pagamento do salário. Pratique LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 107 II. educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relati- vos à matrícula, mensalidade, anui- dade, livros e material didático; III. transporte destinado ao desloca- mento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV. assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamen- te ou mediante seguro-saúde; V. seguros de vida e de acidentes pessoais; VI. previdência privada; VII. o valor correspondente ao vale- -cultura. 2. Estudamos as diversas classificações que a doutrina traz acerca das espécies salariais. Tratando da diferenciação entre salário e remuneração. Inclua em sua resposta as di- ferentes formas pelas quais o empregador pode efetuar o pagamento do salário. Pratique 2.4. Equiparação Salarial De acordo com Delgado (2015), a equiparação salarial “é a figu- ra jurídica mediante a qual se assegura ao trabalhador idêntico salário ao do colega perante o qual tenha exercido, simultaneamente, função idêntica, na mesma localidade, para o mesmo empregador”. O conceito de equiparação também está presente na legisla- ção laboral, nos termos do artigo 461 da CLT: Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítu- lo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções de- verão obedecer aos critérios de antiguidade e mereci- mento. § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções de- verão ser feitas alternadamente por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo ór- gão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. Portanto, analisando as condições trazidas pelo arti- go retro mencionado, podemos listar quatro requisitos para que se configure a equiparação salarial: identidade da função exercida, identidade de empregador, identi- dade da localidade de exercício das funções, simulta- neidade nesse exercício. a) Identidade de funções: os trabalhadores equiparados exer- cem as mesmas atribuições dentro da empresa. b) Identidade de empregador: os trabalhadores comparados exercem suas funções para o mesmo empregador. 108 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA c) Identidade de localidade: os trabalhadores comparados, além de trabalharem para o mesmo empregador, exercem duas funções na mesma localidade, no mesmo espaço físico. d) Simultaneidade no exercício funcional: consiste na coinci- dência temporal no exercício das mesmas funções pelos empregados comparados. O caráter temporal aqui men- cionado, não pode ser meramente eventual, mas de forma permanente. 2.5. Descontos no Salário Nos termos do artigo 462 da CLT, o empregador poderá rea- lizar descontos nos salários dos seus empregados. Sabe-se que o artigo 7º, incisos IV, VI e X, prevê o princípio da proteção ao salário e da intangibilidade salarial, outrora estu- dado nesse módulo. Contudo, em algumas hipóteses trazidas pela legislação laboral, os descontos realizados nas verbas salariais são plenamente viáveis. Art. 462 – Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. § 1º – Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. § 2º – É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou ser- viços estimados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º – Sempre que não for possível o acesso dos em- pregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as merca- dorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 109 § 4º – Observado o disposto neste Capítulo, é veda- do às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. No mesmo sentido, diz a Súmula no 342 do TST - Tribunal Superior do Trabalho: Súmula 342 – Descontos salariais efetuados pelo empre- gador, com a autorização prévia e por escrito do empre- gado, para ser integrado em planos de assistência odon- tológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recrea- tivo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. Fique Atento Nos termos da Lei no 10.820/03, o empregado po- derá autorizar o desconto de até 30% do valor das verbas rescisórias para a amortização do saldo devedor de em- préstimo consignado. Esse percentual só incidirá sobre o que sobrar das verbas após as deduções a título de contri- buição previdenciária, pensão alimentícia, impostos, contri- buições sindicais etc. 2.6. Décimo Terceiro (Gratificação Natalina) A gratificação de Natal (também conhecida como 13º salário), antes da Lei 4.090/62, consistia em um ato de liberalidade do em- pregador ao empregado no fim do ano. De acordo com Cairo Júnior (2017), o 13o salário é uma verba de natureza salarial equivalente a 1/12 avos do salário do empregador, por cada mês laborado em fração igual ou superior a quinze dias. Em caso de rescisão sem justa causa, o empregado, mesmo que não tenha laborado 12 meses corridos, faz jus ao 13º salário pro- porcional ao tempo laborado. 110 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA O décimo terceiro salário constitui base de incidência para o imposto de renda, FGTS e contribuição previdenciária. Nos termos da Súmula no 688 do STF: “É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário.” Peculiaridades do décimo terceiro salário: – A 1a parcela, de 50% da remuneração deve ser paga entre os meses de fevereiro a novembro; – A 2a parcela, deve ser paga até o dia 20 de dezembro; – O valor do décimo terceiro é igual ao valor da remunera- ção que será recebida em dezembro; – A primeira parcela do 13º pode ser adiantada no mês do gozo de férias do empregado, desde que ele tenha reque- rido junto ao empregador. 3. aviso PRévio e suas caRacteRísticas O aviso prévio, conforme Cairo Júnior (2017), corresponde à comunicação feita por um dos contratantes da sua intenção de por fim ao pacto laboral, desde que seja celebrado sem tempo determinado; em regra, a maioria dos pactos laborais é por tempo indeterminado. O aviso prévio é, portanto, o direito dos contratantes de sa- ber, com antecedência mínima razoável, a intenção da outra parte de encerrar a relação trabalhista. O instituto do aviso prévio encontra-se regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho, no artigo 487 da CLT e pelo artigo 7º, XXI da Carta Magna. Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindiro contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 111 I. oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II. trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º – A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários corresponden- tes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º – A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º – Em se tratando de salário pago na base de tare- fa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º – É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5º – O valor das horas extraordinárias habituais inte- gra o aviso prévio indenizado. § 6º – O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré- -avisado da despedida, mesmo que tenha recebido an- tecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Portanto, o aviso prévio terá um prazo de oito dias, se o tra- balhador presta serviços semanalmente e o prazo de 30 (trinta) dias, se os serviços forem pagos mensalmente. O valor do aviso prévio equivale a um mês de remuneração do trabalhador para cada 12 (doze) meses trabalhados. Se durante o aviso prévio, o empregado vier a cometer alguma falta grave que enseje a justa causa, perderá o direito ao restante do aviso prévio, bem como o direito às demais verbas indenizatórias, conforme dis- põe o artigo 491 da CLT. Na hipótese da justa causa ter sido provocada pelo emprega- dor, a legislação estabelece que: 112 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Art. 490 – O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Fique Atento Com a edição da Lei 12.506/11, o aviso prévio em con- trato por prazo indeterminado, passou a ser proporcional ao tempo de serviço. Nesse sentido, o artigo 1o da referida lei, aponta que: o aviso prévio de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contêm até um ano de serviço na empresa. Acrescentando, que ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, serão acrescidos mais três dias por cada ano de serviço prestado na empresa, até ao máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 3. No dia 03 de julho de 2014, Amadeus foi contratado para exercer a função de mecânico. No dia 17 de dezembro de 2016, Amadeus foi dispensado sem justa causa porque a empresa precisava cortar custos. Considerando o caso prá- tico, informe o tempo de aviso prévio de Amadeus. Pratique LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 113 Art. 490 – O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Fique Atento Com a edição da Lei 12.506/11, o aviso prévio em con- trato por prazo indeterminado, passou a ser proporcional ao tempo de serviço. Nesse sentido, o artigo 1o da referida lei, aponta que: o aviso prévio de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contêm até um ano de serviço na empresa. Acrescentando, que ao aviso prévio de 30 (trinta) dias, serão acrescidos mais três dias por cada ano de serviço prestado na empresa, até ao máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 3. No dia 03 de julho de 2014, Amadeus foi contratado para exercer a função de mecânico. No dia 17 de dezembro de 2016, Amadeus foi dispensado sem justa causa porque a empresa precisava cortar custos. Considerando o caso prá- tico, informe o tempo de aviso prévio de Amadeus. Pratique Caro(a) estudante, chegamos ao fim de mais uma unidade do módulo de Direito do Trabalho. Verificamos os requisitos para concessão das fé- rias e as verbas devidas, caso esse direito seja negligen- ciado. Conceituamos e analisamos o instituto do aviso prévio, concluímos que foi previsto para fornecer um período de remuneração ao empregado enquanto ele obtém outra vaga no mercado de trabalho. Relembre Referências CAIRO JÚNIOR, José. Curso de Direito do Trabalho. 13. ed. Revista e atualizada. Salvador: Juspodium, 2017. CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 9. ed. Revista e atuali- zada. Rio de Janeiro: Forense, 2014. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14. ed. São Paulo: LTr, 2015. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003. Anotações 114 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 146 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA www.FATE.edu.br Nead – Núcleo de Educação a Distância Rua: Antônio Gadelha, N° 621 Bairo: Messejana / Fortaleza-Ce CEP: 60.871-055 Fone: (85) 3033.5199
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