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POLÍMEROS CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Profª. Juliana Vitali HISTÓRICO • Antiguidade: resinas e graxas eram usadas para vedar vasilhames e colar documentos, pelos egípcios e romanos; • Séc. XV: Colombo descobre no Haiti o Látex e leva-o a Europa; • Séc. XVII: Utilização do Látex nas Américas: extraído da Hevea brasilienses (Seringueira); • 1770: Priestley deu nome a borracha natural; • 1839: Charles Goodyear – vulcanização da borracha; HISTÓRICO • 1846: Schonbein, inventou a Nitrocelulose (1º polímero semi-sintético) - algodão + ácido nítrico + ácido sulfúrico; • 1897: Krishe e Spittler, formaldeído + caseína, obteve um produto endurecido; • 1912: Baekeland, Fenol + Formaldeído = Baquelite (resina fenólica); • 1924: Staudinger, teoria dos plásticos (moléculas grandes); • 1929: Carothers descobriu que os polímeros são formados por monômeros; • 1938: Carothers sintetizou o Nylon. O QUE SÃO POLÍMEROS Os polímeros são macromoléculas (moléculas muito grandes) formadas pela união de várias moléculas pequenas, chamadas de monômeros, e o processo pelo qual isso é feito é denominado polimerização. O QUE SÃO POLÍMEROS As macromoléculas estão ligadas através de ligações covalentes; Essas moléculas são eletricamente neutras com ligações secundárias. DEFINIÇÕES • Moléculas dos polímeros: nos polímeros, as moléculas (macromoléculas) são constituídas por muitas unidades ou segmentos repetidos, que são chamadas meros. • Monômero: molécula constituída por um único mero. • Polímero: macromolécula constituída por vários meros. • Polimerização: reações químicas intermoleculares pelas quais os monômeros são ligados, na forma de meros, à estrutura molecular da cadeia. MATERIAIS POLIMÉRICOS Monômeros de Vinil-Cloreto. Cada molécula é insaturada e os átomos de carbono apresentam ligações covalente dupla entre si. MATERIAIS POLIMÉRICOS Poli-Vinil-Cloreto (PVC). Cada ligação dupla fornece uma ligação para conectar com outro monômero, formando um polímero. MATERIAIS POLIMÉRICOS MATERIAIS POLIMÉRICOS Os átomos de carbono do eixo da molécula podem girar e ainda manter o ângulo correto. Dessa forma, é possível formar polímeros com formas complexas. POLIMERIZAÇÃO POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO → Polimerização por adição: A condição básica é que haja ligações duplas de átomos de carbono; Polietileno: é o polímero mais importante produzido industrialmente a partir do eteno. Em reatores na presença de catalizador e peróxidos, produz polietileno de alta densidade e de baixa densidade. → Polietileno de baixa densidade : – materiais maleáveis – cadeia linear → Polietileno de alta densidade : – materiais mais rígidos – cadeia ramificada POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO → Polipropileno: derivado do propeno que da mesma forma sofre a polimerização por rearranjo, formando estruturas moleculares maiores; usado em parachoques de automóveis → Policloreto de vinila (PVC): é utilizado na produção de tubos e conexões, pisos e capas para guarda-chuvas. Este polímero não propaga chamas, sendo utilizado na indústria como isolante elétrico; POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO → Teflon: Derivado do tetraflúor eteno e tem uma característica de dificilmente participar de reações químicas. Por ter um coeficiente de atrito extremamente baixo é utilizado na produção de panelas anti-aderentes, fita veda-rosca e em isolante elétricos; → Poliestireno: Derivado do estireno e matéria prima básica para a produção do isopor. POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO → Outros tipos de polímeros produzidos por adição: POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO → Polímerização por condensação: Ocorre entre grupamentos funcionais: ácidos carboxílicos e aminas, bem como ácidos carboxílicos e álcoois; Poliamida (Nylon 66): derivado da reação do ácido hexanodióico e o 1-6 diaminhexano; Polietileno tereftalato (PET): derivado da reação do ácido tereftálico e o etileno glicol. POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO FORMAS DAS CADEIAS POLIMÉRICAS Além do peso molecular médio, a arquitetura molecular do polímero e sua conformação molecular irão influenciar em suas propriedades. FORMAS DAS CADEIAS POLIMÉRICAS → Nos polímeros lineares, cada monômero é ligado somente a outros dois monômeros existindo a possibilidade de ramificações pequenas que são parte da estrutura do próprio monômero. Exemplo: estireno e polimetilmetacrilato → Nos polímeros ramificados, um monômero pode se ligar a mais de dois outros monômeros, sendo que as ramificações não são da estrutura do próprio monômero. Exemplo: poliacetato de vinila e polietileno. → Nos polímeros em rede – crosslink – as ramificações do polímero se interconectam formando um polímero com grande peso molecular. HOMOPOLÍMERO E COPOLÍMERO • Homopolímero: polímero derivado de apenas uma espécie de monômero; • Copolímero: polímero derivado de duas ou mais espécies de monômero. COPOLÍMEROS Formados pela combinação de mais do que um tipo de monômero. Maior diversidade de propriedades. MONÔMEROS E POLÍMEROS CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORIGEM • Polímeros Naturais • Polímeros Sintéticos Seiva da seringueira (borracha natural); Celulose (fibra das árvores); Resina natural (colas e vernizes). Celofane; Poliamida (nylon); Polietileno (plástico); Poliestireno; Teflon; Isopor. CLASSIFICAÇÃO TERMOMECÂNICA • Termoplásticos • Termofixos • Elastômeros TERMOPLÁSTICOS • Possuem cadeias poliméricas lineares ou ramificadas, mas não com ligações cruzadas; • São facilmente moldados quando submetidos ao calor; • Permitem vários ciclos de aquecimento, conformação e resfriamento; • Facilmente recicláveis; • Como as cadeias são ligadas apenas por forças de Van der Waals, essas ligações podem ser rompidas por ativação térmica. TERMOPLÁSTICOS Exemplos: – polietileno (PE): recipientes, brinquedos, filmes para embalagens, isolamento de cabos elétricos; – polipropileno (PP): similar ao polietileno, temperatura de fusão mais elevada; – poli cloreto de vinila (PVC): tubos, chapas, mangueiras, cortinas; – poliestireno (PS): carcaças de aparelhos, brinquedos, isopor (quando expandido); – acrílicos: painéis, lentes, fibras; – politetrafluoretileno (PTFE): teflon; – náilon: fibras. TERMOFIXOS • Possuem cadeias poliméricas com ligações cruzadas e não se deformam sob calor; • Podem ser conformados plasticamente apenas em um estágio intermediário de sua fabricação; • Enrijecem com a temperatura e não se tornam novamente maleáveis; • Reciclagem restrita; • Os termoplásticos se tornam termofixos através de crosslinks (ramificações). TERMOFIXOS Exemplos: – resinas epoxi; – baquelite: cabos de ferramentas e utensílios, chaves e interruptores elétricos; – poliuretanos termofixos: colas, espumas; – elastômeros (quantidade controlada de ligações cruzadas): borrachas, silicones. ELASTÔMEROS • Classe intermediária entre os termoplásticos e termofixos; • Não sofrem fusão facilmente; • Difícil reciclagem; • Ex.: borrachas. ELASTÔMEROS Borracha natural é macia e pegajosa e tem pouca resistência à abrasão. As propriedades podem ser substancialmente melhoradas através do processo de vulcanização. ELASTÔMEROS ADITIVOS É possível melhorar algumas características dos materiais poliméricos com a inserção de aditivos: - Plastificantes: melhoram a moldagem do material, permitindo baixas temperaturas de moldagem (aumenta a flexibilidade, ductilidade e tenacidade); - Cargas: modificação de propriedades do polímero (comportamento mecânico e térmico). Ex.: serragem e areia; - Corantes ou pigmentos: alteram a cor do material; - Lubrificantes: melhoram a moldagem (atrito com matrizes metálicas é reduzido); - Retardantes de chama: reduzem risco de combustão; - Estabilizantes: para aumentar a resistência à ação de luz ultravioleta e oxidação. CONSUMO Os tipos de polímeros mais consumidos atualmente são os: → Poliesters → Poliuretanos → Polietilenos → Prolipopilenos → Poliestirenos Devido à sua grande produção e utilização, sãochamados de polímeros commodities. CONSUMO Outras classes de polímeros, como os poliacrilatos, policarbonatos e fluorpolímeros têm tido uso crescente. Vários outros polímeros são fabricados em menor escala por terem uma aplicação muito específica ou devido ao seu custo ainda ser alto e, por isso, são chamados de plásticos de engenharia. PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS • Extrusão: passagem forçada de material por orifício de matriz que possui a geometria do perfil desejado. PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS 1- Rosca sem fim; 2 – Alimentador; 3 – Matriz; 4 – Produto extrudado. TERMOPLÁSTICOS • Moldagem por injeção: consiste no amolecimento do material num cilindro aquecido e sua consequente injeção em alta pressão para o interior de um molde relativamente frio, onde endurece e toma a forma final. PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS Etapas: 1. Fechamento do molde 2. Injeção 3. Dosagem 4. Resfriamento 5. Abertura do molde 6. Extração TERMOPLÁSTICOS • Sopro: consiste em expandir uma pré-forma de material plástico, aquecida, pela ação de uma carga de ar comprimido no interior de um molde. Em contato com o molde refrigerado, o material endurece, podendo ser extraído do molde. PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS • Moldagem por vácuo: Uma lâmina é colocada sobre um molde que possui orifícios. Recipiente do molde é fechado, lâmina é aquecida e o ar através do recipiente é retirado. Diferença de pressão conforma a peça sobre o molde. 1. A placa é fixada na máquina; 2. A placa é aquecida; 3. A placa toma a forma do molde com o auxílio de vácuo; 4. A peça é resfriada para ser removida; 5. As rebarbas são removidas TERMOFIXOS POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Construção Civil Segundo maior mercado de polímeros