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PLAQUETAS – FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Profa. Ma. Sheila de Fátima Perecin Menegati Plaquetas: formação e aspectos gerais MEGACARIOPOESE - PLAQUETAS As plaquetas são constituídas essencialmente por proteínas e desempenham um papel muito importante na coagulação do sangue. MEGACARIOPOESE http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=trombopoiese&source=images&cd=&cad=rja&docid=QSvsdXgDMRPlTM&tbnid=4gEv4VZUMh2oqM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Trombopoese&lang=3&ei=zBAsUfzcGef90gHU2IGgDQ&bvm=bv.42965579,d.dmQ&psig=AFQjCNHuFPT4qLs45L04orgukXUOmLlyug&ust=1361928760343867 MEGACARIOPOESE • MEGACARIOBLASTOS: • 15 a 50 µ • Núcleo único, grande em relação ao citoplasma, redondo ou reniforme, ou mesmo enovelado • Cromatina fina, com 1 a 5 nucléolos, podendo ser vistos alguns grumos cromatínicos • Um ou dois nucléolos visíveis • Citoplasma basofílico e com raros ou nenhum grânulo azurófilo MEGACARIOPOESE MEGACARIOBLASTO MEGACARIOPOESE • MEGACARIÓCITOS: • Célula poliplóide: não há divisão nuclear ou citoplasmática, replicação do DNA originando células precursoras imaturas poliplóides • Quando a célula está no estágio 8N ou 16N, cessam a replicação nuclear e o crescimento celular, o citoplasma torna-se granular e as plaquetas são produzidas. MEGACARIOPOESE • MEGACARIÓCITOS: • A degranulação citoplasmática de 1 megacariócito produz cerca de 4000 plaquetas e cessa quando o material nuclear residual é eliminado e fagocitado pelos macrófagos. • Processo ocorre em aproximadamente 10 dias. MEGACARIOPOESE • MEGACARIÓCITO BASÓFILO • 20 a 80 µ • Núcleo redondo, reniforme ou irregular • Não são visualizados nucléolos • Citoplasma mais abundante, sem limites precisos, espalhando-se entre células adjacentes, contendo ou não plaquetas nas bordas. Pode-se reconhecer granulações grosseiras. MEGACARIOPOESE • MEGACARIÓCITO ACIDÓFILO • 30 a 100 µ • Núcleo grande, multilobulado, cromatina mais ou menos grosseira e disposta em malha espessa • Não são visualizados nucléolos • Citoplasma muito abundante, sem limites precisos, espalhando-se entre células adjacentes, contendo ou não plaquetas nas bordas PLAQUETAS • PLAQUETAS: • São fragmentos de megacariócitos com 2 a 5m • Células pequenas, incompletas, sem material nuclear • Arredondadas ou mais ovais • Contorno irregular, finos grânulos vermelhos dispersos ou centralizados • Parte importante da estrutura plaquetária é o complexo proteíco GPIIb/IIIa presente na superfície plaquetária PLAQUETAS • A sobrevida das plaquetas Reduzida principalmente em: Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI) Trombocitopenia induzida por drogas HIV. Aumentada principalmente em: Esplenectomia PLAQUETAS • REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO PLAQUETÁRIA • Trombopoetina: promove o crescimento da UFC-Meg, aumenta o nível de endomitose estimula a maturação do megacariócito. PLAQUETAS • VALORES DE REFERÊNCIA: 150.000 - 450.000 mm3 Acima 1.000.000 mm3 – Plaquetose ou Trombocitose: reativa, clonal, genética Abaixo de 150.000 mm3 - Plaquetopenia ou Trombocitopenia: investigar produção, se normal procurar causas destruição periférica: o Uso de drogas, o heparina, o hepatopatia crônica. o importante investigar morfologia das plaquetas – alterações qualitativas (plaquetopenia in vitro) PLAQUETAS – Alterações Quantitativas • TROMBOCITOSE Reativa: Sangramentos subagudos e crônicos Doenças inflamatórias crônicas Drogas: epinefrina, citocinas e fatores de crescimento celulares Asplenia ou esplenectomia Neoplasias Exercícios Físico Anemia ferropriva PLAQUETAS - Alterações Quantitativas • TROMBOCITOSE Clonal: síndromes mieloproliferativas: Trombocitemia essencial - TE Policitemia vera - PV Leucemia Mielóide Crônica - LMC Mielofibrose - MF PLAQUETAS - Alterações Quantitativas • TROMBOCITOSE Familiar: Mutações no gene da trombopoetina, de transmissão autossômica dominante e rara PLAQUETAS - Alterações Quantitativas • TROMBOCITOPENIAS Por defeito na produção: ação de quimioterápicos, radioterapia, agentes químicos (benzeno), doenças hematológicas (anemia aplástica, mielodisplasias, leucemias, linfomas), metástases tumoral Ação de patógenos: bacterianas, virais e parasitárias Deficiências nutricionais PLAQUETAS - Alterações Quantitativas • TROMBOCITOPENIAS Por aumento da destruição ou menor sobrevida: LES, trombocitopenia auto-imune neonatal, associadas a infecções (HIV, malária) Aumento de consumo: Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD), Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), vasculites PLAQUETAS - Alterações Quantitativas • TROMBOCITOPENIAS Alterações na distribuição cirrose alcoólica ou pós-hepática, sequestramento esplênico em hemoglobinopatias, doenças infecciosas com esplenomegalia, hiperesplenismo PLAQUETAS - Alterações Qualitativas – “in vivo” ou “in vitro” • Plaquetas gigantes ou MACROPLAQUETAS: - aumento da produção, - hipoesplenismo, - púrpura trombocitopênica imunológica severa - distúrbios mieloproliferativos PLAQUETAS - Alterações Qualitativas – “in vivo” ou “in vitro” • PLAQUETAS AGREGADAS OU AGRUPADAS: - EDTA – anticoagulante – tubo roxo – “in vitro” Após recoleta com Citrato de sódio – manter agregação – condição - “in vivo” - Anticorpos frios - Recém-nascido - Falha técnica na coleta “in vitro” PLAQUETAS - Alterações Qualitativas • SATELITISMO PLAQUETÁRIO - Pseudotrombocitopenia - fenômeno que consiste de falsa contagem baixa de plaquetas (falsa plaquetopenia) em amostras de sangue colhidas em etilenedinitrilote- traacetato (EDTA) e, mais raramente, com outros anticoagulantes (citrato e fluoreto). - Essa diminuição é consequente à aglutinação das plaquetas “in vitro”, ou ainda, à formação de rosetas de plaquetas em torno dos neutrófilos, um fenômeno referido como satelitismo plaquetário. - A aglutinação começa em poucos minutos, ao resfriar-se o sangue (é mais ativa abaixo de 25°C) e é progressiva. A falha no reconhe- cimento desta alteração pode resultar em diagnósticos errôneos e tratamentos inapropriados. Plaquetas: fisiologia As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos anucleados presentes no sangue e produzidos a partir de megacariócitos na medula óssea Do total das plaquetas presentes no organismo humano, 70% estão presentes na circulação e 30% no baço, permanecendo na circulação durante uma média de dez dias, quando são retiradas pelas células reticuloendoteliais do baço e do fígado Aparência simples no esfregaço de sangue periférico: fragmentos citoplasmáticos de aspecto granular, mas as plaquetas possuem uma estrutura discóide complexa Sua estrutura interna é dividida em quatro zonas: 1. Zona periférica; 2. Zona sol gel; 3. Zona de organelas; 4. Sistema membranar 1 - Zona Periférica: Formada por uma porção mais externa, onde se encontram antígenos, glicoproteínas e alguns tipos de enzimas Através dessa região a plaqueta interage com outras células e com a parede dos vasos Algumas proteínas plasmáticas e fatores de coagulação (V, XI e fibrinogênio) ficam ligados nessa superfície A propriedade de adesão que as plaquetas possuem é atribuída à essa porção. Reação de liberação do conteúdo dos grânulos ocorre sem lise celular A membrana da plaqueta é rica em glicoproteínas, Nessa região encontram-se também os fosfolipídios de membrana, importantes para a coagulação Esses fosfolipídios servem também como substrato para produção de ácido araquidônico e consequentemente de tromboxanoA2 (TXA2) - agonista da agregação plaquetária e da vasoconstrição. Membranas externa e interna (trilaminar) e estruturas estreitamente associadas, como o sistema de canais conectados à superfície, denominado sistema canicular aberto (SCA) SCA: responsável pela troca de moléculas com o meio externo, na qual ocorre uma significativa liberação de diversas moléculas após a ativação das plaquetas (secreção plaquetária) 2 – Zona Sol-Gel Apresenta proteínas arranjadas abaixo da região submembranosa, chamadas de microtúbulos que se conecta com microfilamentos, contornado a circunferência plaquetária, dando forma ao esqueleto plaquetário, que direciona os movimentos plaquetários Os microtúbulos podem ser visualizados em microscopia eletrônica quando as plaquetas são ativadas Os microfilamentos são compostos por proteínas contráteis (actina e miosina) Os grânulos plaquetários podem conter até 50% do conteúdo de proteína total da plaqueta O citoesqueleto parece orientar a centralização dos grânulos para a liberação do conteúdo através do sistema canicular aberto na zona periférica. Esse evento difere da exocitose clássica por células nucleadas, que ocorre diretamente via fusão de grânulos com a membrana plasmática Apesar da mudança de forma das plaquetas, a literatura tem sugerido que a fusão de membrana seria um evento crítico também para Zona sol-gel – Região abaixo da zona periférica - composta de: citoesqueleto, que fornece a sustentação para a forma discóide da plaqueta; do sistema contrátil, que, sob ativação, permite a mudança da forma discóide, o prolongamento de pseudópodos, a contração interna e a liberação dos constituintes granulares. 3 – Zona de Organelas Nesta região são encontradas várias estruturas importantes para o funcionamento correto das plaquetas: Corpos ou grânulos densos: Grânulos Alfa: Lisossomas: Mitocôndrias: Glicogênio: Sistema de canalículos abertos: Zona de organelas – Nessa região também encontram-se: Nos grânulos alfa: proteínas adesivas, fator de von Willebrand (FvW), fator de crescimento derivado de plaquetas, fator IV plaquetário, fatores da coagulação (ex: fator XI) inibidor do ativador plasminogênio; Nos grânulos densos: trifosfato de adenosina (ATP), difosfato de adenosina (ADP), cálcio; 4. Sistema membranar Essa zona inclui o sistema tubular denso, onde se encontra concentrado o cálcio, importante para desencadear os eventos contráteis, e os sistemas enzimáticos, envolvidos na produção de síntese de prostaglandinas. Mecanismo fisiológico da ativação plaquetária Hemostasia e plaquetas: O sistema hemostático é intrinsecamente responsável pela manutenção do fluxo sanguíneo e da integridade vascular, visto que é capaz de formar um tampão sobre uma superfície danificada do endotélio vascular quando este sofre uma injúria. Dessa forma, a hemostasia minimiza a perda sanguínea e promove a restauração da arquitetura vascular normal Algumas substancias presentes na plaqueta que atuam no processo da hemostasia Receptores (preto) e agonistas (cinza) As plaquetas ativadas nesse processo, formam um agregado plaquetário sobre o endotélio alterado para iniciar a formação do tampão hemostático que a partir dos fatores de coagulação (pró-enzimas produzidas pelo fígado que através da cascata de coagulação) são ativados e resultam na formação de fibrina. Assim ocorre o depósito dos polímeros de fibrina sobre o agregado plaquetário Sob condições fisiológicas as plaquetas não interagem com as paredes do vaso Somente mediante uma injúria vascular as propriedades antitrombóticas do endotélio são alteradas A adesão plaquetária à parede do vaso danificado é a primeira etapa da hemostasia com a participação da plaqueta Quando a integridade do sistema vascular é rompida, as plaquetas interagem com os componentes da matriz extracelular A plaqueta apresenta diversos receptores de adesão, entre eles o complexo glicoprotéico (glicoproteína [Gp]), que a liga respectivamente ao fator de von Willebrand (FvW) e ao colágeno, uma proteína importante da matriz extracelular • A ligação do FvW à Gp induz a secreção de ADP, que aumenta a afinidade da integrina pelo FvW. • Esses eventos aumentam a adesão plaquetária e contribuem para a formação posterior de um agregado plaquetário pela ligação ao fibrinogênio; A regulação negativa das plaquetas é essencial para prevenir o processo de formação inespecífico de trombo denominado trombose. O papel do óxido nítrico e da prostaciclina no processo de regulação da função plaquetária está bem estabelecido, e sua interação com o endotélio é essencial. A ativação plaquetária também pode ser inibida por sinalização, através da molécula de adesão PECAM-1, também conhecida como CD31 - feedback negativo Essa molécula estaria relacionada à inibição da sinalização quinase-dependente, também atuando sobre a ativação plaquetária mediada por Gp Resumidamente, a principais glicoproteínas atuam em: GPIa = reage com o colágeno na fase inicial da adesão das plaquetas ao endotélio GPIIb = receptor para o vWF – atua na fixação da plaqueta ao endotélio vascular GPIIb/IIIa = age na agregação plaquetária. Liga-se ao fibrinogênio, fibronectina e vWF GPIV = Receptor para tromboplastina, atuando nas interações de superfície de contato FUNÇÕES DAS PLAQUETAS: Após a ruptura de um vaso sanguíneo, o sangue flui através da zona lesionada. As plaquetas agrupam-se e ajudam a fechar o local da lesão; Manutenção e regulação do tônus vascular: a serotonina liberada pelos grânulos densos causa vasoconstrição. Libera também tromboxane e prostaglandinas; Inflamação: em decorrência da interação com leucócitos e células endoteliais participa do processo de aterosclerose e outros processos inflamatórios. Liberação de mediadores inflamatórios e citocinas aumentam o recrutamento de novos leucócitos para o local da lesão – integração com resposta imune; Defesa do hospedeiro: podem se ligar e internalizar patógenos. Liberação de proteínas microbicidas podem destruir bactérias e fungos. FUNÇÃO PLAQUETÁRIA • Após a ruptura de um vaso sanguíneo, o sangue flui através da zona lesionada. • As plaquetas agrupam-se e ajudam a fechar o local da lesão. Os tecidos afetados e as plaquetas produzem substâncias químicas que ajudam a converter o fibrinogênio (proteína solúvel no plasma) em fibrina (proteína insolúvel no plasma). FUNÇÃO PLAQUETÁRIA • As plaquetas e as hemácias ficam retidas na rede de fibrina, constituindo o coágulo. • O coágulo evita a entrada de bactérias e substâncias tóxicas e a saída do sangue. • Manutenção e regulação do tônus vascular: a serotonina liberada pelos grânulos densos causa vasoconstrição. Libera também tromboxane e prostaglandinas. FUNÇÃO PLAQUETÁRIA • Inflamação: em decorrência da interação com leucócitos e células endoteliais participa do processo de aterosclerose e outros processos inflamatórios. Liberação de mediadores inflamatórios e citocinas aumentam o recrutamento de novos leucócitos para o local da lesão – integração com resposta imune. • Defesa do hospedeiro: podem se ligar e internalizar patógenos. Liberação de proteínas microbicidas podem destruir bactérias e fungos. FUNÇÃO PLAQUETÁRIA FORMAÇÃO DE COAGULO – TAMPÃO PLAQUETÁRIO Plaquetas: algumas condições fisiopatológicas As patologias relacionadas às plaquetas estão intimamente relacionadas com mecanismos inadequados, envolvendo as condições abaixo: Alteração quantitativa das plaquetas; Deficiência do nível de agregação plaquetária (número de plaquetas e atividade); Alteração da função plaquetária; Disfunções plaquetárias intrínsecas; Alteração da capacidade das plaquetas ativadas de se ligarem ao fibrinogênio; Defeitos nos receptores plaquetários; Desordens granulares; Deficiências de secreção; Anormalidades em fatores plasmáticos que afetam o funcionamento plaquetário; Anormalidades na interação plaquetária com fatores de coagulação. • DISTÚRBIOS PLAQUETÁRIOS PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA (IDIOPÁTICA) IMUNE - PTI PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA - PTT PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA (IDIOPÁTICA) IMUNE - PTI A púrpura trombocitopênica idiopática,(PTI), também conhecida como púrpura trombocitopênica imunonológica, autoimune ou isoimune, é uma doença adquirida e geralmente benigna, de causa desconhecida, que se caracteriza por trombocitopenia (baixas contagens de plaquetas) A PTI é uma das causas mais comuns de plaquetopenia em crianças, com uma incidência anual em torno de 3-8 casos por 100.000 crianças, com maior número de casos entre 2-5 anos de idade e com leve predomínio no sexo masculino Apesar da etiologia desconhecida, reconhecem-se autoanticorpos, geralmente da classe IgG, direcionados a antígenos da membrana plaquetária. Uma vez que a plaqueta apresenta um anticorpo aderido à sua membrana, é reconhecida por macrófagos localizados no baço e em outras áreas de tecido reticuloendotelial, onde são destruídas, levando a um menor tempo de vida médio plaquetário PTI – Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico de PTI é de exclusão: É realizado com base na história clínica e no exame físico, além de hemograma completo e esfregaço de sangue periférico. O diagnóstico é efetivado para PTI quando houver: o presença de trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3 ) isolada, sem alterações nas outras séries do hemograma e no esfregaço de sangue periférico; o ausência de outras condições clínicas que cursam com trombocitopenia, como infecções, doenças autoimunes, neoplasias, efeito adverso de medicamentos Tratamento: em crianças e adolescentes com quadro agudo de PTI é ainda é questão não bem resolvida Observação criteriosa pelo fato de a maioria das crianças recuperar-se completamente de um quadro agudo de PTI independentemente da realização de qualquer tratamento Contudo, o tratamento medicamentoso eleva a contagem de plaquetas mais rapidamente, com potencial redução do período sob risco de sangramentos mais importantes. Existem diversos esquemas de tratamento com diferentes tipos de glicocorticoides principalmente para crianças com PTI, utilizando doses baixas, moderadas e altas Importante: o tratamento medicamentoso não reduz o risco de evolução para a forma crônica da doença PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA - PTT A púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) é uma doença rara e geralmente fatal que deve ser diagnosticada e tratada prontamente a fim de se obter melhor resposta terapêutica. A incidência aproximada é de 3,7 casos para 1.000.000 habitantes. As mulheres são mais frequentemente afetadas do que os homens com uma incidência quase duas vezes superior. Clinicamente caracteriza-se por uma clínica clássica constituída por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, alterações neurológicas, insuficiência renal e febre. Estes sintomas estão relacionados à presença de trombos ricos em plaquetas e fator de von Willebrand na microvasculatura do organismo. Existe associação, na maioria das vezes, com a deficiência funcional grave da ADAMTS,13 uma metaloprotease plasmática clivadora do fator de von Willebrand. A deficiência da ADAMTS13 pode ser congênita, secundária à mutação do gene desta enzima, ou mais comumente devido à presença de auto-anticorpos circulantes anti-ADAMTS13. PTT – Diagnóstico e Tratamento Tratamento: tendo em vista que muitos casos de PTT idiopática na verdade apresentam uma etiologia auto-imune, novos tratamentos imunossupressores podem ser efetivos na remissão da doença, evitando plasmaféreses a longo prazo e diminuindo a morbidade e mortalidade da doença. A troca do plasma de maneira empírica está preconizada como tratamento primário para PTT idiopática e reduz a mortalidade aguda de mais de 90% para menos de 20% O diagnóstico da PTT, em geral, é feito por exclusão de outras possíveis causas da trombocitopenia. O diagnóstico precoce da doença é de fundamental importância Evitar procedimentos invasivos, como esplenectomia Garantir uma melhor qualidade de vida aos portadores dessa doença. O laboratório tem um papel fundamental na identificação e relato de alterações, especialmente na série eritrocítica, dentre outros, que possam fornecer subsídios para o correto raciocínio diagnóstico Plaquetas: diagnóstico laboratorial DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • AUTOMAÇÃO; • MANUAL; Microscopia: o Diluição o Fônio DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - MANUAL CONTAGEM DE PLAQUETAS: MÉTODO DIRETO: CONTA-SE PLAQUETAS DIRETAMENTE NA CÂMARA DE CONTAGEM DILUIR O SANGUE TOTAL COM UMA SOLUÇÃO DE OXALATO DE AMÔNIO A 1% REALIZANDO UMA DILUIÇÃO DE 1:200 AGITAR E COLOCAR A SOLUÇÃO EM CÂMARA DE NEUBAUER, AGUARDAR CERCA DE 10 MINUTOS, COLOCANDO A CÂMARA EM UMA PLACA DE PETRI AS PLAQUETAS DEVEM SER CONTADAS NOS 25 QUADRADOS CENTRAIS E O RESULTADO E DEVE SER MULTIPLICADO PO 2000 HEMOGRAMA / PLAQUETOGRAMA Plaquetas DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - MANUAL CONTAGEM DE PLAQUETAS: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DAS PLAQUETAS: CONTAR AS PLAQUETAS EXISTENTES EM 1000 ERITRÓCITOS OBSERVAR QUANTOS ERITRÓCITOS TEM POR CAMPO E DETERMINAR QUANTOS CAMPOS SERÃO NECESSÁRIOS PARA CONTAR PLAQUETAS MULTIPLICAR O RESULTADO PELO NÚMERO DE ERITRÓCITOS TOTAIS. MÉTODO INDIRETO – FÔNIO OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA DAS PLAQUETAS Contagem pelo método de fônio 7 he 1/4 do campo Campo todo = +/- 28he Somente exemplo: Contagem pelo método de fônio +/- 50 he em 1/4 Campo todo = +/- 200 Normalmente = Contar plaquetas em 1000 he Quer dizer que: Para contar plaquetas em 1000 he, será necessário... Contar plaquetas em 5 campos Contagem pelo método de fônio - EXEMPLO Resultado de Plaquetas em mm³ = Plaquetas contadas x nº de eritrócitos totais / 1000 Plaquetas em mm³ = 79 x 4.600.000 / 1000 = 363.4000 13 18 15 13 20 Total de plaquetas em 5 campos = 79 Nº eritrócitos = 4.600.000 Plaquetas em mm³ = 79 x 4.600 = 363.4000
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