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Realização IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS KUADA, Amanda Y. ¹; HERRERIAS, Bruna V. ¹; SANTOS, Catarina R. ¹; QUECHADA, Dayane L. R. ¹; RIBEIRO NETO, Luciane M. ². ¹ Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. bruna_herrerias@hotmail.com ² Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. Palavras-chave: Indústria farmacêutica. Preparações farmacêuticas. Farmacovigilância. INTRODUÇÃO A indústria farmacêutica teve como princípio de mudança à década de 70, onde se deu o início do processo de discussão sobre os medicamentos genéricos no país, culminando com a publicação do Decreto 793, revogado pelo Decreto 3.181, de 23/09/1999, que regulamentou a Lei 9.787, de10/02/1999. Durante a década de 90, com a aprovação dessa lei, foram criadas as condições para a implantação de medicamentos genéricos, em consonância com normas internas adotadas pela Organização Mundial da Saúde. No ano 2000, iniciou-se a concessão dos primeiros registros de medicamentos genéricos (ANVISA, 2000). Em 2003 foi a vez dos medicamentos similares onde se foi publicado a Resolução RDC 134/03 e Resolução RDC 133/03, dos medicamentos similares onde diz que devem apresentar os testes de biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica. E em 2007 foi publicados a Resolução RDC 17/07 com todos os pré-requisitos necessários para o registro do medicamento similar. Com a publicação desta norma, houve evolução da legislação relacionada a esta classe de medicamentos, uma vez que determina a apresentação das mesmas provas necessárias para registro de medicamento genérico. (ANVISA, 2007). OBJETIVO Apresentar o papel do farmacêutico na indústria de medicamentos, abordando as principais áreas de atuação neste setor, assim como enfatizar a importância deste profissional perante a sociedade. METODOLOGIA Foi realizado um levantamento bibliográfico em “sites”, tais como Portal da ANVISA e Conselho Regional de Farmácia, e em bases de dados científicos. Os dados foram obtidos durante o mês de agosto do ano de 2015, e abrange datas de publicações desde de 1989. DESENVOLVIMENTO A indústria farmacêutica é responsável pela produção de fármacos com eficácia e segurança, além de ser também uma área de desenvolvimento, pesquisa, comercialização e distribuição de medicamentos, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida da população. (IFRN,200? ; CRF-PR, 2012) Dentro deste setor, existem quatro principais áreas de atuação do farmacêutico: industrialização de medicamentos Alopáticos, industrialização de medicamentos Fitoterápicos, industrialização de medicamentos Homeopáticos e industrialização de medicamentos Veterinários. (CRF-SP, 2013) Os profissionais que trabalham na indústria precisam ser atuantes, dinâmicos e sempre bem atualizados para acompanhar o ritmo da produção, além de possuírem o conhecimento sobre todos os aspectos do medicamento, desde sua pesquisa até sua dispensação. (CRF-PR, 2012) Os medicamentos passam por diversas etapas até chegarem a casa do consumidor. A primeira delas é a etapa pré-clínica, que tem como objetivo analisar como a nova substância se distribui pelo organismo, como ela é eliminada e sua toxicidade, testando-a primeiramente em animais. A segunda Realização IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 é a fase clínica, que realiza testes em humanos e tem como finalidade analisar como o fármaco reage no organismo, sua eficácia e segurança, posologia e melhor forma de administração. Após essas etapas tem-se o registro na ANVISA, produção e venda do produto. (FCM UNICAMP,200?) Para garantir a qualidade e segurança dos fármacos para a população, tem-se na legislação específica do setor da indústria, a RDC nº 17/10, que dispõe sobre Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Essa RDC oferece informações e deve ser utilizada como referência na inspeção sanitária e instalações da fábrica, dos processos de produção, controle de qualidade, qualificação e validação, sanitização e higiene, recolhimento de produtos, entre outras. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010; CRF-SP, 2013) O farmacêutico possui uma grande lista de atribuições e responsabilidades dentro da indústria, as quais são divididas em determinados setores. Dentre eles, podemos citar: Produção - Setor no qual deve-se cumprir as Boas Práticas de Fabricação (BPF) em todas suas etapas, evitando o risco de contaminação cruzada; Garantia da Qualidade - Assegura a pureza, qualidade, segurança toxicológica e eficácia dos produtos, garantindo que as BPF sejam cumpridas; Controle de qualidade físico-químico e microbiológico - Realiza análises físico-químicas e microbiológicas aprovando ou rejeitando matérias primas, produtos semiacabados ou acabados e materiais de embalagem; Pesquisa clínica - Participa da elaboração de protocolos de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos; Assuntos regulatórios - Elabora processos e relatórios técnicos para registro dos produtos junto aos órgãos sanitários; Marketing - Realiza pesquisa de mercado para entender e atender às necessidades do consumidor e propor produtos inovadores que valorizem a marca; Inovação, pesquisa e desenvolvimento - Conhece as propriedades físico-químicas e microbiológicas dos insumos farmacêuticos e suas interações; Desenvolvimento de embalagens - Prioriza a adoção dos procedimentos necessários para se evitar a contaminação cruzada por mistura e/ou substituição de medicamentos; Planejamento e o controle da produção - Planeja a quantidade de lotes a serem produzidos, seguindo as diretrizes da Garantia da Qualidade; Farmacoeconomia - Desenvolve modelos matemáticos minimização de custos, com o objetivo de demonstrar o valor de um produto de uso médico; Acessos a Mercados Farmacêuticos - Possui habilidade para apresentar produtos para a inclusão em formulários terapêuticos e sistemas de reembolso em organizações; Responsável técnico - Possui uma série de atribuições e responsabilidade, o mesmo é responsável por todas etapas e procedimentos da matéria prima. (CRF-SP, 2013) A etapa IV da fase clínica é o teste adicional pós comercialização, no qual se insere a farmacovigilância, que tem como objetivo identificar, avaliar, compreender e prevenir os efeitos indesejados de produtos farmacêuticos que estão no mercado, ou qualquer problema relacionado a um fármaco, protegendo assim a população de danos causados por sua comercialização. Ela faz parte do setor de Vigilância em Eventos Adversos da ANVISA e suas ações são realizadas também pelas Vigilâncias Sanitárias dos Estados e dos Municípios. (ANVISA, 200?) Qualquer suspeita de reação adversa deve ser notificada, principalmente quando se trata de reações graves, como óbito, risco de vida, hospitalização, anomalia congênita e reações não descritas na bula do medicamento. (ANVISA, 200?) CONCLUSÃO O papel do farmacêutico na indústria é de extrema importância para a sociedade, pois ele assegura a qualidade e eficácia de produtos farmacêuticos. Em todos os setores este profissional deve exercer sua atividade utilizando as boas práticas de fabricação para que o produto final chegue até a população com a garantia de qualidade e segurança necessárias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013, São Paulo. Indústria. São Paulo: CRF SP, 2013. 63 p. CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DO PARANÁ, 2012, Paraná. Diretrizes da Indústria Farmacêutica. Paraná: CRF PR, 2012. 59 p. Realização IV SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Data: 29 a 30 DE OUTUBRO DE 2015 Portal ANVISA, 200?. Apresentação. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/ Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farmacovigilancia>. Acesso em: 12 ago. 2015. Portal ANVISA, 200?. O novo conceito da farmacovigilância.Disponível em: <http://portal.anvisa .gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farmac ovigilancia/Assunto+de+Interesse/Apresentacao/4+O+novo+concei to+da+farmacovigila ncia>. Acesso em: 13 ago. 2015. Portal ANVISA, 200?. O que notificar?. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/ Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farmacovigilancia/Assunto+ de+Interesse/Apresentacao/8+O+que+notificar . Acesso em: 20 ago. 2015. Portal ANIVISA, 200?. Área da farmacovigilância da anvisa. Disponível em: <http://portal.anvi sa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farm acovigilancia/Assunto+de+Interesse/Apresentacao/6+Area+Farmaco+ na+Anvisa>. Acesso em: 18 ago. 2015. Portal IFRN, 200?. A industria farmacêutica. Disponível em: <79831- Ind_Qui_A06_WEB_MB_SF_SI_SE_171209>. Acesso em: 16 ago. 2015. Ministério da saúde, 2010. Resolução rdc nº 17, de 16 de abril de 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html. Acesso em: 27 ago. 2015. Portal ANVISA. Disposição sobre os medicamentos genéricos. Disponível em: <http://portal.anvis a.gov.br/wps/portal/anvisa/Inicio/Medicamentos/Assunto%20de%20Interesse/Medicamentos%20gene ricos/Medicamento%20Generico>. Acesso em: 23 ago. 2015. Portal ANVISA. Disposição sobre os medicamentos similares. Disponível em: <http://portal.anvis a.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/busca/Medicamentos/Assunto%20de%20Interesse/Glossario/Medic amento%20Similar>. Acesso em: 23 ago. 2015. UNICAMP, Fcm. Quais são as fases da pesquisa clínica? 2000. Disponível em: <http://www.fcm .unicamp.br/fcm/cpc-centro-de-pesquisa-clinica/pesquisa-clinica/quais-sao-fases-da-pesquisa- clinica>. Acesso em: 20 ago. 2015.
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