Buscar

SISTEMA REPRODUTOR - Fisiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

SISTEMA REPRODUTOR 
FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA 
 
 
 
Maria Clara Ribeiro | Medicina | 2018.1 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 1 
 
MASCULINO 
As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em três subdivisões: 
1. Formação do sêmen 
2. Ato sexual 
3. Regulação das funções reprodutoras masculinas por vários hormônios. 
Formação do Sêmen 
Durante a formação do embrião, as células germinativas primordiais migram para os 
testículos e tornam-se células germinativas imaturas (espermatogônias) que estão localizadas 
na parede do túbulo seminífero. 
Na puberdade as espermatogônias passam por divisões mitóticas, proliferando e se 
diferenciando. 
Estágios: 
1ª Etapa: Espermatogênese 
 Espermatogônias migram entre as células 
de sertoli em direção ao lúmen central dos 
túbulos seminíferos. 
 
 A espermatogônias que cruza a barreira até 
de a camada das células sertoli é 
progressivamente modificada e alarg ada, 
formando espermatócitos primários. 
 Cada espermatócito passa por divisão 
meiótica para formar dois espermatócitos 
Poucos secundários. dias depois os 
espermatócitos secundários se dividem em 
espermátides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 : ( 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 2 
2 ª Etapa: Espermiogênese 
Beta estadiol (estrogênio) proveniente da testosterona estimula que as espermátides 
comecem a se diferenciar com rapidez e se alongar formando os espermatozoides. 
 Acrossomo: Enzimas proteolíticas (hialuronidase – 
possibilita a entrada do espermatozoide no ovócito) 
 Flagelo 
• Axonema: 11 Microtúbulos – movimento direcional 
• Membrana celular fina 
• Conjunto de mitocôndrias (corpo da cauda) – produção 
de ATP 
 
3ª Etapa: Maturação do espermatozoide – Epidídimo 
Após o espermatozoide permanecer no epidídimo por 18 a 24 horas, ele desenvolve a 
capacidade da mobilidade. 
Funções do Epidídimo 
• Armazenar o espermatozoide por até 1 mês 
• Conferir a motilidade (ocorre a ativação da CAtSPer – Canal de cálcio da parte principal 
da cauda) 
• Secreta proteínas inibitórias da motilidade 
• O pH é ácido, o que também inibe a motilidade Expressão de receptores alfatórios 
(quimiotaxia) 
• Capacidade de fertilização do espermatozoide 
4ª Etapa: Vesícula seminal – Glândula anexa 
Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso revestido por epitélio secretor que secreta (60% do 
volume do sêmen) material mucoso contendo: 
• Frutose e outras substancias nutritivas em abundância. 
• Prostaglandinas: Aumenta a peristalse do trato reprodutor feminino, amolece o colo 
uterino favorecendo a penetração do sêmen. 
• Fibrinogênio: Coagulação do sêmen 
Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no 
ducto ejaculatório, imediatamente, após o canal deferente ter despejado os espermatozoides. 
5ª Etapa: Próstata 
Secreta liquido fino e leitoso que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima pró 
coagulante e uma pró-fibrinolisina. Durante a emissão, a capsula da próstata se contrai 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 3 
simultaneamente com as contrações do canal deferente de modo que o liquido da próstata 
seja adicionado ao sêmen. 
• Fornece 30% do volume do sêmen e dá o 
aspecto opaco. 
• Secreção alcalina – produção de um meio 
alcalino que protege o espermatozoide 
contra a acidez da vagina e dá motilidade ao 
espermatozoide (ph 7,5) 
• PSA (pró-fibrinolisina): Antígeno prostático 
especifico – protease que liquefaz o sêmen 
alguns minutos depois de ejaculado. 
Observação: Glândulas bulboretrais 
Quando ativadas pelo sistema nervoso parassimpático (exceção), secretam muco alcalino. 
Função: 
• Lubrificação 
• Correção de pH 
• Limpeza da uretra para receber o sêmen 
O sêmen: 
Composto de liquido (10% canal deferente, 60% vesícula seminal, 30% próstata e pequenas 
quantidades das glândulas bulboretrais) e de espermatozoides. 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 4 
Hormônios 
O LH e o FSH são glicoproteínas. Eles exercem seus 
efeitos sobre os tecidos-alvos nos testículos. Os 
dois hormônios gonadrotrópicos são secretados 
pelas mesmas células da hipófise anterior 
(gonadotropos) quando são estimulados pela 
secreção de GnRH pelo hipotálamo. 
 LH 
• Estimula as células de leydig a secretarem 
testosterona. 
• Feedback negativo 
• Inibido pela testosterona que diminuem a 
secreção de GnRH pelo hipotálamo. 
 FSH 
• Liga-se a receptores específicos associados às 
células de sertoli nos túbulos seminíferos – 
Espermatogênese. 
• Feedback negativo 
 
 
 Secreção 
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados de 
androgênios (testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona). 
Quando estimulada pelo LH, a testosterona é 
formada pelas células intersticiais de Leydig situadas 
no interstício entre os túbulos seminíferos. Essas 
células são praticamente inexistentes nos testículos 
durante a infância, época em que os testículos quase 
não secretam testosterona. Fora isso, elas são 
numerosas no recém-nascido do sexo masculino nos 
primeiros meses de vida e no homem adulto após a 
puberdade. 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 5 
 Metabolismo da testosterona 
Após a secreção pelos testículos, aproximadamente 
97% da testosterona se liga fracamente à albumina chamada de 
globulina ligada ao hormônio sexual e, assim, circula no sangue. 
A maior parte da testosterona que se fixa aos tecidos é 
convertida nas células dos tecidos em di-hidrotestosterona, 
especialmente em certos órgãos-alvo. 
 
 
Desenvolvimento fetal 
O cromossomo masculino codifica uma proteína SRY que inicia a cascata de ativações 
genéticas que faz com que as células do tubérculo (crista) genital se diferenciem em células 
que secretem testosterona e, por fim, formem testículos. 
A testosterona começa a ser secretada pelos testículos na sétima semana de vida 
embrionária. 
Assim, a testosterona secretada pelas cristas genitais e, posteriormente, pelos 
testículos fetais, é responsável pelo desenvolvimento das características do corpo masculino, 
incluindo formação do pênis, do saco escrotal, próstata e vesícula seminal. 
 
Observação: 
• Criptorquidismo 
- Quando os testículos não descem para a bolsa escrotal são expostos à altas temperaturas. 
- O testículo na cavidade abdominal pode levar ao carcinoma 
- Pode haver lesão do epitélio do túbulo seminífero – infertilidade 
- Células de Leydig são mais resistentes – produzem testosterona 
 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 6 
Desenvolvimento das características adultas primarias e secundárias 
- Após a puberdade 
Efeitos sistêmicos da testosterona e derivados: 
Testosterona: 
• Testículos – células de sertoli: Espermiogênese 
• Pelos: Induz o crescimento de pelos 
• Voz: Produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe. 
• Pele: Aumenta a espessura da pele e aumenta a rigidez dos tecidos subcutâneos. Além 
disso, aumenta a secreção das glândulas sebáceas do rosto resultando em acne. 
• Músculos: Aumenta a formação de proteínas e desenvolvimento muscular. 
• Ossos: Aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio. 
• Sangue: Aumenta as hemácias 
• Compromete negativamente o perfil lipídico 
DHT (di-idrotestosterona): 
• Aumenta a próstata 
• Comportamento agressivo 
• Calvície 
• Engrossamento da pele 
• Aumento da produção de sebo (acne) 
• Crescimento dos órgãos sexuais 
Estradiol: 
• Preserva a massa óssea 
• Fechamento das epífises ósseas 
• Melhora a resposta insulínica 
• Melhora o perfil lipídico 
 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 7 
Ato sexual 
 
 
Estágios: 
1ª Etapa: Ereção Peniana 
O grau de ereção é proporcional ao grau de estimulação, seja psíquicoou físico. 
A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula 
espinhal pelos nervos pélvicos para o pênis. Essas fibras nervosas parassimpáticas, diferente 
das outras, liberam: 
• Acetilcolina 
• Peptídeo intestinal vasoativo 
• Óxido nítrico: Ativa a enzima guanilil ciclase, causando maior formação de monofosfato 
cíclico de guanosina (GMP). 
O GMP cíclico relaxa as artérias do pênis e as malhas trabeculares das fibras 
musculares lisas no tecido erétil dos corpos do pênis. Quando os músculos lisos 
vasculares relaxam, o fluxo sanguíneo para o pênis aumenta, causando a liberação de 
óxido nítrico das células endoteliais vasculares e posterior vasodilatação. 
O tecido erétil do pênis consiste em grandes sinusóides cavernosos que 
normalmente não contêm sangue, mas se tornam tremendamente dilatados quando o 
fluxo sanguíneo arterial flui rapidamente para ele sob pressão, enquanto a saída venosa 
diminui. Esse fenômeno é o da ereção. 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 8 
 
 
2ª Etapa: Lubrificação 
Os impulsos parassimpáticos durante a estimulação sexual induzem a secreção mucosa 
pelas glândulas uretrais e bulburetrais. Esse muco flui pela uretra e auxilia a lubrificação 
durante a relação sexual. 
3ª Etapa: Emissão 
Quando o estimulo sexual fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula 
espinhal começam a emitir impulsos simpáticos que deixam a medula e passam para os órgãos 
genitais por meio dos plexos nervosos simpáticos hipogástrico e pélvico, iniciando a emissão 
precursora da ejaculação. 
A emissão começa com a contração do canal deferente e da ampola promovendo a 
expulsão do espermatozoide para a uretra interna. As contrações (alfa1) da camada muscular 
da próstata e as contrações das vesículas seminais expelem os líquidos prostático e seminal 
também para a uretra, forçando os espermatozoides para frente. 
Todos esses líquidos se misturam na uretra interna com o muco já secretado pelas 
glândulas bulbouretrais formando o sêmen. O processo até esse ponto é chamado de emissão. 
4ª Etapa: Ejaculação 
O enchimento da uretra interna com o sêmen provoca sinais sensoriais que são 
transmitidos pelos nervos pudendo para as regiões sacrais da medula espinhal. 
As contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e dos músculos isquiocarvernoso e 
bulbocavernoso, que comprimem as bases do tecido erétil peninano, causadas por impulsos 
simpáticos, induzem aumentos rítmicos e ondulatórios da pressão do tecido erétil do pênis, 
dos ductos genitais e da uretra, que ejaculam o sêmen da uretra para o exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 9 
FEMININO 
 
Ovário 
Dividido em: 
a) Porção hiliar 
- Penetração dos vasos sanguíneos que irão nutrir 
b) Córtex 
- Parte mais externa 
- Composto por folículos ovarianos 
c) Medula 
- Parte mais central 
- Vasos sanguíneos 
- Musculo liso 
Unidade funcional – Folículo ovariano: 
a) Células foliculares 
- Passam por um processo de diferenciação 
- Células foliculares vão criando camadas 
b) Oócito 
- Gameta feminino 
- Armazenado nas células foliculares 
Atresia: 
• Não compromete a vida reprodutora 
• Processo fisiológico de morte celular programada 
• Apresenta perdas da mulher desde a vida intrauterina até o esgotamento total 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
10 
Função gametogênica 
 
Desenvolvimento do ovócito 
Vida intra-uterina: 
• Período de multiplicação 
- Só na vida intrauterina 
- Células primordiais germinativas formam células ovogônias (diploides) que sofrem 
mitoses (7 milhões) 
• Período de crescimento 
- Formação do ovócito primário que inicia a meiose e para em prófase 
- Ovócito primário quando envolto pela primeira camada celular forma o folículo 
primordial – início da atresia 
Nascimento: 
• 2 milhões de folículos ovarianos – não aumenta mais. 
• Processo de atresia 
• Puberdade – 400 mil folículos 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 11 
PÁGINA 
Desenvolvimento folicular 
Vida intrauterina 
- Folículo primordial 
Oócito primário envolto por uma camada de células precursoras das células granulosas 
(fusiformes) e lamina basal pequena. 
Nascimento: 
1. Folículo primário 
Ocorre aumento do oócito em tamanho 
Células da granulosa ficam mais desenvolvidas – cuboides 
Formação da zona pelúcida 
 
2. Folículo secundário / Pré-antral 
Aumenta a quantidade de células da granulosa 
Não apresenta antro 
Ovócito primário 
Aparecem a células da teca: 
• Teca interna: Próximo à membrana basal 
• Teca externa: Afastada da membrana basal 
Puberdade: 
1. Folículo Antral 2mm 
Apresenta antro 
Cavidade que surge por separação das camadas celulares 
• Cavidade: Liquido antral – material nutritivo 
• Liquido: Sai junto com o ovócito secundário no processo de ovulação e 
apresenta função de favorecer a captação das fimbrias. 
Recrutamento folicular 
A cada ciclo 20 foliculos de antral são recrutados 
Apenas um folículo será o dominante – 5mm - e irá conseguir crescer e liberar o gameta 
(outros 19 entram em atresia) 
• O folículo dominante tem mais receptor para FSH e ele continua a crescer 
mesmo com níveis reduzidos de FSH, isso acontece por retroalimentação 
negativa pelos altos níveis de estrogênio. 
• Tem mais células esteroidogênicas: Produz mais estrogênios ajudando no seu 
próprio crescimento. 
• Produz o VEGF (fator de crescimento endotelial): Aumenta o número de vasos 
e fluxo sanguíneo para o folículo – nutrição 
 
 Maria Clara Ribeiro 
12 
2. Folículo maduro 
(Graaf) 
20mm 
Origina pelo rápido processo de maturação (14 dias – ciclo atual) 
Polarização do gameta 
Ovócito Secundário 
Diferenciação das células da granulosa: 
 Células murais: 
Função 
Parte externa do folículo 
Permanecer após a ovulação 
Função: esteroidogênica 
 Células do cumulus: 
Envolve o ovócito secundário 
Formará a corona radiata 
Função: Facilita o processo de captação do ovócito pelas fimbrias junto ao 
liquido antral. 
Função esteroidogênica 
 
Fase folicular – maturação 
LH: 
• Células da Teca: 
Receptores para LH 
Apresenta função esteroidogênica 
Irá produzir de androstenodiona/testosterona através do colesterol 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 13 
PÁGINA 
FSH: 
• Células da granulosa: 
Receptores para FSH 
O FSH ativa sinalização intracelular e faz a 
expressão da aromatase 
Androstenodiona/testosterona migram para 
as células da granulosa sofrem ação da 
aromatase e são convertido em estrogênios 
(B-estradiol: estrogênio mais potente) 
Função: Conversão (não apresenta função 
esteroidogênica nesse momento) 
Estrogênios: 
• Inibe o FSH 
• Importante para o desenvolvimento do folículo 
• Sistemicamente, determina as características sexuais femininas 
• Modulação da secreção de GnRH 
Ocorre na fase inicial 
Secreção de estrogênio ativa as B-endorfinas inibe a via de noradrenérgica inibe 
a via hipotalâmica de liberar gonadotrofinas (motivo de não ter muito FSH e LH no início 
do ciclo) 
• Pico do LH: 
Próximo a ovulação 
Não existe um freio que seria a produção de progesterona 
Altos níveis de estrogênio ativa via dopaminérgicas e via gabaergicas inibe 
Benforfinas ativam a via noradrenérgica aumenta a secreção de LH 
Fase lútea 
FSH: Induz a expressão de receptores para o LH 
LH: Promove a esteroidogênese da granulosa e converte o colesterol 
em progesterona que migra para a circulação 
Progesterona: 
• Inibe o LH 
• Prepara o corpo para a gestação – hormônio da gestação 
• Processo de Decidualização (prepara o endométrio para 
receber o blastocisto) 
• Inibe a atividade uterina 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA14 
• Promove a fase secretora do endométrio 
• Aumenta o fluxo sanguíneo – artérias espiraladas 
• Prepara um endométrio secreto para a implantação do embrião 
• Aumenta a adesividade do endométrio ao blastocisto 
• Aumenta as glândulas uterinas 
• Aumenta a quantidade de lipídeos e glicogênio. 
Ciclo mensal feminino 
1. Mestruação 
Ocorre de 3 a 5 dias 
Fibrinolisina: impede a formação de coagulo 
Sangue arterial 70% 
Sangue venoso 30% 
 
2. Fase folicular - proliferativa 
Após a menstruação o endométrio perde o estrato funcional (raso) 
Estrogênica 
O estrogênio irá realizar um efeito de proliferação (crescer o estrato funcional) do 
endométrio uterino 
Altos níveis de estrogênio – Pico de LH 
 
3. Ovulação – entre as duas fases 
Pico de LH 
Progesterona 
Angiogênese (aumento do fluxo sanguíneo – estravazamento de liquido) 
Aumento do volume do folículo 
• Formação do Estigma Ruptura da granulosa do cumulus da granulosa mural 
• Prostaglandinas (Reação inflamatória) 
- Ativação de colagenase e enfraquecimento da parede ovariana 
- Contração das células musculares lisas ovarianas 
 
Período fértil: 
- Dia da ovulação pode variar de 2 dias para mais e para menos. 
- Ovócito secundário (24h) + Viabilidade dos gametas (48h após a ejaculação) 
 
4. Fase lútea – secretora 
Duração de 14 dias 
Progesterônica 
Visa preparar o corpo para a gestação 
Formação do corpo lúteo – corpo amarelo 
• Ocorre invasão lipídica 
• Mistura das células da teca com as da granulosa 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 15 
• Grande produção hormonal 
- Hormônios esteroidais: Progesterona (principal) e Estrogênio 
- Hormônios proteicos: Inibina A e Relaxina 
 
5. Ausência de fecundação 
 Redução das gonadotrofinas 
Não tem como manter o corpo lúteo – involui e forma o corpo albicans 
Redução dos níveis de progesterona e estrogênio 
Descamação do endométrio funcional 
Menstruação 
 
6. Presença de fecundação 
 Ovócito secundário sofre ovulação 
O rompimento da corona radiata por um spz impede a penetração de outro devido a 
liberação de uma substancia. 
Ovulo percorre a trompa até chegar ao endométrio com o auxílio da contração da 
musculatura lisa e produção de substancias nutricionais. 
6 dias após a fecundação ocorre a nidação (blastocisto com endométrio) 
Trofoblasto diferencia em sinciciotrofoblasto: produz B-HCG 
Beta HCG: 
Hormônio glicoproteico produzido pelo tecido pré-placentario 
(sinciciotrofoblasto) 
Relaciona-se aos enjoos matinais 
Função: 
o Manter o corpo lúteo e a produção de estrogênio e progesterona 
até a placenta assumir a produção dos esteroides (8ª semana) 
o Impedir a ovulação 
o Diagnóstico de gravidez 
Placenta: 
Órgão e tecido produtor de hormônios temporários 
Hormônios produzidos: 
o Beta HCG (menor quantidade comparada ao início da gravidez) 
o Estrogênio (não é direto do colesterol, assim, converte precursores 
o Progesterona 
o Lactogênico placentário 
▪ Produz na mãe resistência à insulina (poupa glicose para o 
feto) 
▪ Produz lipólise materna (fonte de gordura para o feto) 
▪ Produz proteólise materna (fonte de aminoácidos para o 
feto) – última opção 
o Tireotrofina coriônica 
▪ Estimula a tireoide a secretar T3 e T4 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 16 
Efeitos dos hormônios sexuais femininos 
 Progesterona 
• Endométrio: Prepara para a nidação 
• Muco cervical: Muco espesso impede o sptz de entrar 
• Miométrio: Relaxa o miométrio e protege a gestação 
• Mamas: Efeito mamogênico 
• Trompas: Secreção mucosa, nutrição e movimento do embrião 
• Temperatura: Aumento da temperatura 
 Estrogênios 
 
 Mamas: Efeito mamogênico e pigmentação da aréola 
 Esqueleto: 
- Preservação da massa óssea 
- Crescimento e fechamento das epífises 
 SNC: 
- Efeito Antidepressivo e preservação da memória 
 Efeitos metabólicos 
- Deposição de gordura no quadril e mamas 
 Cardiovascular: 
- Vasodilatação 
- Aumento do HDL e redução do LDL 
 Pele e pelos: 
- Aumento da resistência da pele e distribuição pilosa feminina 
 Aparelho reprodutor: 
- Deposição de gordura no púbis e nos lábios da vulva 
- Altera o epitélio vaginal para estratificado (resistência aos traumas e 
infecções) 
- Aumenta a produção de ácido lático, mantendo um pH ácido na vagina 
- Crescimento do útero, trompas e vagina (aumenta o endométrio) 
- Aumenta a atividade ciliar e contração das trompas de falópio 
- Aumenta a produção de muco cervical fluido que favorece o ato sexual 
e a penetração do espermatozoide 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 17 
Fases da vida reprodutora 
feminina 
1ª – Puberdade 
• Período de alterações funcionais que 
determinam o estabelecimento dos 
caracteres sexuais secundários 
• Início da vida reprodutora da mulher 
• Depende das gonadotrofinas 
 
2ª - Menarca 
• Primeira menstruação 
3ª – Menacme 
• Período fértil da mulher 
4ª – Menopausa 
• Última menstruação (ultimo fluxo menstrual seguido de um período de 12 meses 
sem menstruação) 
• Após a menopausa a mulher reduz drasticamente os níveis de estrogênio, sendo 
que a mulher continua produzindo estrogênio do tipo estranona pela glândula 
adrenal. (Quando a mulher apresenta maior quantidade de tecido adiposo, sua 
menopausa ocorre de forma melhor do que a de uma mulher muito magra) 
5ª – Climatério 
• Transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo (período que antecede a 
menopausa – anos - e um ano após a mesma. 
 
 
 
 
 
 
Doenças do Sistema Reprodutor 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 18 
Masculino 
1. Hipogonadismo Hipogonadotrófico 
 
- Secundário/Terciário: LH e FSH são baixas devido a uma incapacidade do 
hipotálamo a secretar quantidades normais de GnRH (Terciário) ou devido 
alguma alteração que resulta na hipófise a não secretar níveis normais de FSH e 
LH (secundário). Isso resulta em hipogonadismo fazendo com que haja níveis 
baixos de testosterona. 
 
 Síndrome de Kallmann 
Causas: 
- Processos infiltrativos 
- Tumores hipofisários 
- Doenças agudas graves 
- Estresse 
- Malnutrição 
- Excesso de exercício físico 
 Características: 
- Distribuição lipídica semelhante à da mulher 
- Dificuldade de sentir cheiros (distúrbios olfatórios) 
 
 Síndrome de Frolich 
 Características: 
- Hiperfagina (vontade de comer): centro da fome atingindo. 
- Gonada atrofiada (subdesenvolvimento dos testículos) 
- Não há produção de testosterona 
- Infertilidade 
 
2. Disfunção Erétil 
Caracterizada pela incapacidade do homem em desenvolver ou manter uma 
ereção de rigidez suficiente para relação sexual satisfatória. Trauma nos nervos 
parassimpáticos devido a cirurgia de próstata, problemas neurológicos, níveis 
deficientes de testosterona e alguns fármacos (antidepressivos, álcool e nicotina) 
podem contribuir para isso. 
Em homens com mais de 40 anos é mais frequente devido a distúrbios 
vasculares adjacentes, fluxo sanguíneo e formação de oxido nítrico ficam prejudicados. 
Esses distúrbios podem ocorrer devido a hipertensão, diabetes e aterosclerose, pois 
diminuem a capacidade de dilatação dos vasos do corpo, incluindo do pênis. 
 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 19 
3. Clamídia 
Clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência no 
mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens 
e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na hora do parto. 
A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer 
a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. 
• Homens: A bactéria pode causar inflamações nos epidídimos (epididimite) e nos 
testículos (orquite), capazes de promover obstruções que impedem a passagem 
dos espermatozoides.• Mulheres: O risco é a bactéria atravessar o colo uterino, atingir as tubas uterinas 
provocar a doença inflamatória pélvica (DIP). Esse processo infeccioso pode ser 
responsável pela obstrução das tubas e impedir o encontro do óvulo com o 
espermatozoide, ou então dar origem à gravidez tubária (ectópica), se o ovo 
fecundado não conseguir alcançar o útero. 
 
4. Criptorquidismo 
É quando os testículos permanecem na cavidade abdominal e não migram para 
a bolsa escrotal. Assim, os testículos ficam expostos a temperaturas mais elevadas 
prejudicando a formação de espermatozoides. 
Vale ressaltar que caso os testículos não realizem essa migração até o 6 mês de 
vida, o indivíduo será sujeito a uma cirurgia de até no máximo um ano de idade para 
evitar que se torne infértil 
o Características: 
- Infertilidade 
- Altas chances de neoplasias 
- Torção testicular 
- Mudança do epitélio testicular 
Feminino 
1. Hipogonadismo 
Manifestações a curto prazo: 
• Aproximadamente 90% das mulheres experimenta mudanças no seu ciclo 
menstrual habitual nos 4 a 8 anos que antecedem a menopausa. 
• A sintomatologia mais característica do período climatérico é a vasomotora 
(afrontamentos e suores nocturnos), constituindo a queixa mais frequente da 
mulher na peri e pós-menopausa. 
• Dificuldades no sono aumentam durante o climatério, com uma prevalência na 
perimenopausa entre os 33% a 51%. 
• Hipoestrogenismo da pós-menopausa, reflecte-se, a este nível, numa série de 
alterações tróficas. Desta mudança genitourinária resultam condições 
conhecidas como vulvovaginite e cistite atróficas. Apresentem, assim, 
sintomatologia decorrente de atrofia genitourinária. 
https://drauziovarella.com.br/videos-3/radio/dst/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/uretra/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/uretra/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/uretra/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/uretra/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/faringe/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/faringe/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/faringe/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/faringe/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/testiculo/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/testiculo/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/testiculo/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/testiculo/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/testiculo/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/utero/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/utero/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/utero/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/tuba-uterina/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/tuba-uterina/
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/tuba-uterina/
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 20 
Manifestações a longo prazo: osteoporose, resistência insulínica, doença 
cardiovascular,hipertensão arterial. 
Inicialmente, no período da transição menopausal, os ovários vão se tornando 
menos sensíveis aos estímulos gonadotróficos. Os folículos diminuem a produção 
de inibina e estradiol. O FSH se eleva, pela diminuição de inibina, e provoca uma 
hiperestimulação folicular, podendo ocorrer algumas vezes ovulações precoces e 
encurtamento da fase folicular, sem alteração da fase lútea. O estradiol sofre 
flutuações importantes, chegando muitas vezes a elevar-se consideravelmente. 
Nesta fase o LH pode permanecer inalterado. 
A produção hormonal de estrogênios e de androgênios (testosterona), com 
predomínio do estradiol durante todo o período reprodutivo, tende a oscilar 
significativamente durante os anos que antecedem a cessação dos ciclos, 
diminuindo gradativamente com a instalação da menopausa. Já a produção de 
progesterona é insuficiente pelo corpo lúteo. 
Diminuição gradual dos níveis de inibina B e consequentemente num menor 
feedback negativo sobre a libertação hipofisária de FSH, com aumento progressivo 
dos níveis de FSH ao longo do tempo, condicionando a manutenção ou até 
aumento dos níveis estrogénicos na fase precoce da TM - estado de 
hiperestrogenemia transitória. 
Esta manutenção estrogénica em valores semelhantes aos da idade 
reprodutiva ocorre até cerca de seis meses antes da menopausa. Na fase tardia da 
TM, inicia-se uma redução acentuada da produção estrogénica, que se prolonga 
até um ano após a menopausa, continuando gradualmente durante os 4 anos 
seguintes. 
 
2. Síndrome dos ovários policísticos 
Nessa síndrome haverá uma hipersecreção do hipotálamo pelo GnRH que ao 
chegar na hipófise aumenta a secreção de FSH e LH. 
Uma vez que isso ocorre, há resistência ao FSH pelos ovários. Por sua vez, o LH 
continua produzindo androgênios e testosterona nas células nas células da teca. O 
problema é que devido à resistência ao FSH, não há estimulação nas células da 
granulosa para converter esses hormônios em estrogênio. Assim, aumentando a 
quantidade de testosterona na mulher. Características: 
• Nessa síndrome é comum a presença de obesidade devido à resistência à 
insulina (diabetes tipo II). Lembre-se que a insulina aumenta da deposição de 
gordura. 
• Aumento da testosterona gera acne e distribuição pilosa semelhante ao 
homem. 
• Infertilidade e amenorreia. 
 
 
 
 Maria Clara Ribeiro 
PÁGINA 21 
3. Amenorreia 
a) Amenorreia Fisiológica: Corresponde à ausência de menstruação durante a 
infância, em caso de gravidez e amamentação ou após a menopausa. 
 
b) Amenorreia Primária: Corresponde ao não aparecimento da menstruação numa 
idade em que já deveria ter surgido 
A amenorreia primária pode ser provocada por fatores muito diversos, já 
que o problema tanto pode ser originado pela existência de malformações 
congénitas do aparelho genital como por problemas que perturbem a 
produção das hormonas responsáveis pelo desenvolvimento consequente da 
puberdade. 
 Malformações congênitas: 
- Causas genéticas de insuficiência ovariana primária se apresentam na 
maioria dos casos com amenorréia primária. A mais comum seria a 
síndrome de Turner. (Pessoas que possuem um único cromossoma 
sexual X) 
- Hímen imperfurado, que impede a evacuação da hemorragia 
menstrual produzida normalmente. 
- Ausência de vagina, na maioria dos casos provocada por uma 
alteração cromossómica e associada a um defeito no desenvolvimento. 
- Ausência de útero. 
 Problemas hormonais: 
- Insuficiências de secreção das hormonas hipotalâmicas e hipofisárias 
que controlam a atividade dos ovários e são responsáveis pelo ciclo 
menstrual 
- Problemas orgânicos que provocam a destruição da hipófise 
- Psicológicos, anorexia ou treino desportivo excessivo 
 
c) Amenorreia Secundária: Corresponde à ausência prolongada ou permanente 
da menstruação numa mulher que anteriormente já tinha períodos regulares. 
A causa mais comum é a síndrome dos ovários policísticos, presente em 5 a 
10% das mulheres em idade reprodutiva, geralmente cursando com aumento 
dos pelos corporais e obesidade. Outras causas seriam os tumores de ovários e 
de adrenais, síndrome de Cushing, hiperplasia adrenal congênita, hipo e 
hipertireoidismo. 
Problema uterino, em que o endométrio pode ser alterado devido a 
infecções, tumores ou complicações de uma raspagem e perder o ciclo normal 
de proliferação e descamação. 
A produção hormonal do hipotálamo e da hipófise pode ser alterada por 
causas muito distintas: tumores, problemas neurológicos e endócrinos, 
determinados medicamento.