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Resumo Sistema Reprodutor

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Medicina SO II – Thayná Borba 
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3 - SISTEMA REPRODUTOR 
1. ESTRUTURA E FUNÇÃO GENITAL FEMININO 
ü Função : perpetuação de espécie é produção de hormônio 
ü Órgãos internos e órgãos externos s 
ü Internos: ovários, tuba uterina e vagina 
ü Externos: monte do púbis, lábios maiores e menores e clitoris 
ü Ovários – produz o ovócito, hormônios (estrógeno e progesterona). Possui 5cm de comprimento, 2,5 cm 
de largura e 
ü Tuba uterina – músculo liso, órgão par, conduz ovócito até útero, local habitual de fertilização. Possui 
cerca de 10cm de comprimento. Partes : intramural 
ü Drenagem venosa : plexo pampiniforme funde-se para formar a veia 
2. PELVE E PERÍNEO 
ü Pelve é formada por três ossos (íleo, ísquio, púbis), ela está conectada com a outra pelve pela região do 
osso sacro e pelo anel de cartilagem na sínfise púbica 
ü Pelve maior (pelve falsa) e pelve menor (pelve verdadeira) 
ü Conteúdos da pelve : pelve	maior	– órgãos abdominais; pelve	menor – reto e canal anal, bexiga urinária, 
parte do ureter, órgãos genitais. 
ü Pelve possui diferenças entre homens e mulheres (formato). Pelve masculina possui abertura ovalada, 
enquanto que a pelve feminina possui pelve arredondada. Ângulo subpúbico em mulheres pode atingir 
90° até mais, e em homens 60°. 
ü Classificação da pelve 
§ Ginecóide – mais arredondada 
§ Andróide – forma de coração 
§ Antropóide – ovóide, mais longa anteroposteriormente 
§ Platipelóide – mais larga transversalmente 
ü Musculatura do assoalho pélvico – períneo fica situado sob essa musculatura. 
ü Períneo – função de sustentação da musculatura do assoalho pélvico, esfíncter, função sexual (controle 
da musculatura). 
ü Períneo dividido de duas formas : trígono	urogenital	(cavidades	do	sistema	urinário	e	genital	na	
mulher;	nos	homens	há	uma	única	abertura)	e	trígono	anal.	 
ü Centro tendíneo do períneo (área comum aos dois trígonos), presença de musculatura mais fortalecida, 
tendão. 
ü Camadas mais próximas da pele são chamadas de músculo superficiais e camadas mais próximas dos 
ossos são chamadas de músculos profundos. 
ü Musculatura	superficial	do	períneo	
§ Trígono urogenital masculino – possui um único óstio (uretra) 
o Músculo	transverso	superficial	do	períneo – pouco desenvolvido, não possui ação 
importante 
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o Músculo	ísquiocavernoso – envolve o ramo do pênis. Pode auxiliar na manutenção da 
ereção (vasodilatação) 
o Músculo	bulboesponjoso	– envolve o bulbo do pênis, pode auxiliar na manutenção da 
ereção e expulsa as últimas gotas de urina ou sêmen. 
§ Trígono urogenital feminino – perfurado pela uretra e vagina; contém os órgãos genitais 
externos. 
o Músculo	transverso	superficial	do	períneo 
o Músculo	ísquiocavernoso	– envolve o ramo do clitoris, comprime e auxilia na 
manutenção da ereção do clitoris. 
o Músculo	bulboesponjoso	– circunda a parte mais inferior da vagina 
ü Musculatura	profunda	do	períneo	(músculo diafragma genital) 
§ Trígono urogenital masculino 
o Músculo	transverso	profundo	– ajuda na sustentação, fixação 
o Músculo	esfíncter	–	circunda e expulsa as gotas de sêmen. 
§ Trígono urogenital feminino 	
o Músculo	transverso	profundo		
o Músculo	esfíncter	da	uretra	
ü Músculos	do	trígono	anal	
o Músculo	esfíncter	externo	do	ânus	
o Músculo	levantador	do	ânus	
	 Musculatura	superficial	do	
períneo	
Musculatura	profunda	do	
períneo	
Masculino 
	(trígono	urogenital)	
Músculo transverso superficial do 
períneo 
Músculo ísquiocavernoso 
Músculo bulboesponjoso 
Músculo transverso profundo 
Músculo esfíncter da uretra 
Feminino 
	(trígono	urogenital)	
Músculo transverso superficial do 
períneo 
Músculo ísquiocavernoso 
Músculo bulboesponjoso 
Músculo transverso profundo 
Músculo esfíncter da uretra 
Músculo esfíncter vaginal 
 
ü Bexiga caída – cistocele 
ü Útero caído – útero com prolapso 
ü Intestino delgado caído – enterocele 
ü Intestino grosso caído – retocele 
Porque que cai ? Gestação (aumento de sobrecarga de peso); muitos partos; homens também podem 
desenvolver essa “queda” de órgãos por meio de atividades físicas. 
Para reverter o quadro, existem medicamentos, mas o que ajuda mesmo é fisioterapia; pode-se fazer 
também cirugia. 
3. HISTOLOGIA GENITAL FEMININO 
ü Dois ovários e tubas uterinas, útero, vagina, genitália externa, síntese hormonal, produção de gametas e 
gestação. 
ü Ovários	 
• Atividade	endócrina: síntese hormonal 
• Produção	de	gametas: ovócitos 
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• Arquitetura: 
externamente -> epitélio cúbico simples = epitélio germinativo; sob o epitélio germinativo = 
túnica albugínea. 
Região	cortical -> presença de folículos ovarianos + tecido conjuntivo (estroma) 
Região	medular -> tecido conjuntivo frouxo; presença dos vasos sanguíneos 
*existem folículos primários, folículos em crescimento e folículos maduros. 
*	criança recém nascida possui cerca de 2 milhões de folículos; esses folículos vão degenerando, na 
puberdade restam cerca de 300mil folículos. Essa regressão ocorre durante toda a vida e finaliza-se 
na menopausa. Em geral, tem-se apenas um ovócito sendo liberado em cada ciclo menstrual. 
Mulher terá uns 450 óvulos liberados durante toda a vida dela aproximadamente. 
Cada folículo primário é constituído por um ovócito é uma camada de células envolvendo esse 
ovócito, chamada de células foliculares. 
§ Folículo primordial – ovócito + única camada de células foliculares (células achatadas) 
§ Células foliculares vão se proliferando e formarão a camada granulosa. 
§ O estroma que envolve o folículo também se modifica formando o que chamamos de Teca. (Teca 
interna e teca externa, são responsáveis por sintetizar estrógeno). 
§ A medida que o folículo vai crescendo, ocorre acúmulo de líquido, chamado de líquido folicular 
-> Cavidade antro folicular (cavidade cheia de líquido). 
§ Líquido folicular possuirá proteoglicanos e várias proteínas. 
 
4. CICLO OVARIANO E UTERINO 
ü Glândulas : hipotálamo, adeno-hipófise, ovário – irão interagir 
ü Hipotálamo vai secretar GnRH e irá atuar sobre a hipófise. 
ü GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina); a secreção de GhRH é regulados pela dopamina, 
serotonina, beta-endorfina, norepinefrina. 
ü Gonadotrofina – FSH e LH vão atuar sobre os ovários 
ü Feedback negativo inibe e feedback positivo estimula algo que esteja “quebrando” a homeostase. 
ü O hipotálamo irá secretar GnRH, adeno-hipófise secretará FSH e LH. 
ü FSH 
 
§ FSH – hormônio folículo estimulante, atua no ovário estimulando a maturação e o crescimento de 
folículos. As células foliculares se transformam morfologicamente, ele (FSH) faz com que essas 
células entre em processo de mitose, assim o ovócito fica mais protegido. Algumas células 
foliculares irão se diferenciar em células Teca por exemplo. 
§ Conforme as células foliculares vão se desenvolvendo, estrógeno e progesterona serão secretados 
gerando um feedback negativo 
§ Células foliculares possuem capacidade secretora, estão ao redor dos ovócitos. Função: sustentação 
do ovócito física e nutricional. 
§ Células Teca – secretam substâncias. 
• Camada mais interna – secretar alguns hormônios esteróides (estrógeno e progesterona); 
também permite permeabilidade dos nutrientes do plasma para o meio interno. O espaço 
preenchido pelo líquido nutritivo é conhecido por antro. 
• Camada mais externa – produzem um	tipo	de	testosterona 
• Inibina	também	é	secretada	pelas	células	teca	permitindo	o	feedback	negativo,	FSH	e	LH	será	
inibidos	na	adeno-hipófise.	Secretada	junto	com	progesterona	e	estrógeno. 
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• Pico	de	estrógeno	gera	feedback	positivo	na	adeno-hipófise	(altos	níveis	de	estrógeno) 
• Portanto	tem-se	feedback	positivo	e	negativo	acontecendo. 
ü LH	 
§ Atua na matriz extracelular, aumentando a síntese de algumas enzimas que irão romper o 
folículo e liberação do ovócito 
§ Atua também na movimentação das fímbrias para captação do ovócito que será liberado. 
§ Formação do corpo lúteono folículo rompido. Acúmulo de tecido adiposo dentro do folículo. 
Essas células passam a produzir progesterona. Se houver fecundação o corpo lúteo será mantido 
até 4 meses de gestação pelo hormônio Hcg produzido pelo embrião, após isso a placenta irá 
secretar a progesterona. Progesterona será responsável por manter o endométrio espesso. De 
não houve fecundação o corpo lúteo começa a “morrer”. 
ü Efeitos desses hormônios no útero. 
§ O útero é constituído de três camadas: túnica serosa, mucosa e muscular. 
§ Túnica mucosa: constitui maior parte do útero, consiste em feixes de fibras musculares lisas, 
misturadas com tecido areolar, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. 
§ Túnica mucosa ou endométrio: é revestida por epitélio secretor ciliado colunar, que sofre ciclos 
de proliferação, diferenciação e degradação a cada 28 dias. 
§ Progesterona que possui principal atuação em manter o endométrio espesso; mas de início o 
estrogênio também contribui. 
§ Epitélio glandular do útero secreta nutrientes que o ovócito fecundado necessita para se 
desenvolver pela progesterona até 4 meses. Após isso quem mantém os níveis de progesterona 
é a placenta, o endométrio continua espesso. 
§ Descamação endometrial ocorre por necrose – vasos sanguíneos se fecham e nutrientes não 
chegam. 
ü Ciclo	ovariano	
§ Fase	folicular – 10 a 14 dias – desenvolvimento/ amadurecimento dos folículos e no útero, 
ocorre o início do espessamento endometrial 
§ Fase ovulatória – metade do ciclo; rompimento folicular e liberação do ovócito 
§ Fase lútea – fim da fase ovulatória até o início da menstruação. Degeneração folicular e do corpo 
lúteo. 
 
5. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
ü Tipos de mamilo: normal, pequeno ou plano, comprido, invertido 
ü Tamanho do seio não interfere na lactação. 
ü Mama é constituída por tecido adiposo e glândula mamária. 
ü Localizada na posterior dos músculos intercostais. Durante o processo de gestação e amamentação a 
glândula mamária se desenvolve por conta dos hormônios. 
ü Glândula mamária é constituída por lobos (conjunto de lóbulos), lóbulos são formados por alvéolos. 
ü Os lobos mamários se conectam com a papila mamária através do ducto lactífero. 
ü Cada mama possui aproximadamente de 15-20 lobos mamários. 
ü Alvéolos são estruturas compostas por células epiteliais produtoras de leite e células mioepiteliais 
(responsáveis pela contração desses alvéolos/ secreção do leite). 
ü Cada ducto lactífero possui seio lactífero (região onde há armazenamento de uma pequena parte do leite 
produzido). 
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ü Além da sucção o estímulo de som, cheiro da criança pode promover um estímulo hormonal de secreção do 
leite materno. 
ü Fisiologia	da	lactação 
§ Lactação: produção e secreção do leite pela glândula mamária. 
§ Possui 5 etapas. 
1. Mamogênese	:	desenvolvimento	das	mamas.	(Durante	o	período	da	lactação	a	mama	é	
desenvolvida) 
2. Lactogênese	:	síntese	e	secreção	do	leite	no	alvéolo 
3. Reflexo	de	ejeção	(“galactokinesis”):	ejeção	do	leite 
4. Galactopoiese: manutenção da lactação; ocorre mediante estímulo de sucção. 
5. Involução	da	mama:	regressão e atrofia após o período de lactação. 
§ Mamogênese 
Ø Início na puberdade – desenvolvimento da glândula mamária mas não tão significativo como na 
gravidez; tem-se o desenvolvimento de ducto lactífero e alvéolos imaturos. 
Ø Durante a gestação devido ao aumento da produção hormonal é responsável pelo desenvolvimento 
de mais ductos lactíferos e amadurecimento dos alvéolos. 
Ø Durante a lactação possuo um estímulo maior para que os alvéolos produzem o leite. Durante a 
gestação a mãe não produz uma grande quantidade de leite, só que essa produção do leite ela é 
inibida pelo aumento da progesterona e estradiol (são responsáveis pelo desenvolvimento da 
glândula mamária). 
Ø Principais hormônios envolvidos é o estrogênio e progesterona 
Ø Estrogênio	–	Desenvolvimento	glandular	e	depósito	de	gordura	(está	mais	associado	a	deposição	de	
gordura	nas	mamas) 
Ø Progesterona	–	multiplicação	dos	alvéolos	e	desenvolvimento	das	características	secretórias	
(multiplicação	das	células	mioepiteliais) 
§ Lactogênese 
Ø Estrogênio e progesterona durante a gravidez estão elevados, estimulando o processo de 
mamogênese e inibem o processo de lactação. 
Ø Somatomamotropina coriônica humana (placenta) e prolactina estimulam a produção do leite. 
Ø Depois do parto, a concentração de estrogênio e progesterona diminui, prolactina possui uma leve 
redução até que haja o momento de amamentação, primeira sucção para estimular a produção de 
prolactina. (Sucção é responsável por manter as concentrações de prolactina elevadas) 
Ø Nos primeiros 4 dias depois do parto a mulher começa a produzir um leite chamado de colostro 
(rico em imunoglobulinas), depois desse período tem-se a produção do leite que não tem a mesma 
quantidade de imunoglobulinas. 
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Ø A produção do leite depende de outros hormônios como insulina(captação da glicose), Gh e cortisol 
(ácidos graxos para formar o leite), PTH (responsável pelo cálcio do leite materno) 
Ø A lactogênese começa a reduzir depois de 7 a 9 meses 
 
Ø Como ocorre a produção do leite nos alvéolos 
• A produção ocorre no lúmen dos alvéolos 
• Células epiteliais irão liberar substâncias para a síntese desse leite 
• I	-	Componentes hidrossolúveis são liberados para o lúmen dos alvéolos através de exocitose. 
Portanto tem-se a produção de vesículas pelo CG que vai conter substâncias como proteínas, 
lactose, cálcio. 
• 	II	-	Formação de gotículas lipídicas no citoplasma das células, assim essas gotículas são 
secretada para o lúmen do alvéolo 
• III	-	Trancitose (combinação entre o processo de exocitose com endocitose) de 
imunoglobulinas. As imunoglobulinas maternas são absorvidas pelas células epiteliais através 
do processo de endocitose, depois serão liberadas para o lúmen dos alvéolos pelo processo de 
exocitose. – processo de formação do colostro. 
• IV	-	Transporte de íons, água e glicose (envolve transportadores) – captação na circulação e 
liberação no lúmen por proteínas transportadoras auxiliando. 
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• V	-	Transporte paracelular (entre as células epiteliais) – leucócitos e outras substâncias do 
plasma. (Como medicamentos, proteínas. 
• Água, minerais e vitaminas são absorvidos pelas células epiteliais através de transportadores 
• Imunoglobulinas – trancitose 
• Aminoácidos – são captados e utilizados para produção de três	principais	proteínas: beta-
lactoglobulina; alfa-lactoalbumina; caseína (proteína	bastante	associada	a	alergia	alimentar	
relacionada	ao	consumo	de	leite). 
• Glicose	–	captada, pode ser utilizada por essas células tanto por produzir energia, quanto para 
produzir lactose (carboidrato principal do leite materno). Lactose é formada por glicose + 
galactose. Ela também pode ser utilizada para a síntese de glicerol. (Esse glicerol pode ser 
também utilizado para a síntese de triacilglicerol, este utiliza o glicerol e ácidos graxos para sua 
formação). 
• Portanto	o	leite	é	formado	por:	vitaminas,	minerais,	imunoglobulinas,	caseína,	alfa-
lactoalbumina,	beta-lactoglobulina, lactose, triacilgliceróis, ácidos graxos de cadeia curta e 
longa. 
Ø A composição do colostro de uma mãe que teve uma criança prematura possui composição maior de 
algumas substâncias como lipídeos por exemplo, em comparação com uma mãe que teve uma 
criança “A termo”; a mãe começa a produzir um leite muito mais rico para garantir a nutrição e 
desenvolvimento da criança mesmo fora da barriga. 
Ø Mães desnutridas pode refletir no leite materno. 
§ Reflexo de ejeção 
Ø Ejeção é estimulada mediante o processo da sucção do bebê. Na sucção ocorre estímulo de 
ocitocina, este hormônio é secretado pela neuro-hipófise que tem como objetivo estimular as 
células mioepiteliais a se contraírem. Com isso tem-se a ejeção do leite pelos ductos alveolares. 
Ø A sucção também inibe a produção do hormônioinibidor de prolactina (PTH), assim mais prolactina 
é secretada pela adeno-hipófise. 
Ø Existem outros estímulos como som da craniana, a imagem – gravidez psicológica 
6. ESTRUTURA E FUNÇÃO GENITAL MASCULINO 
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7. ESPERMATOGÊNESE 
ü Testículos tem uma estrutura par; localizada no escroto com aproximadamente 5cm de comprimento, 
2,5cm de diâmetro. Pesando em torno de 10 a 15g cada um. 
ü Função glandular e formação de gametas 
ü Testículo fora da pelve, possui uma temperatura de 2 a 3° a menos em relação a temperatura corporal, 
garantindo a integridade de meiose, mitoses, não gera uma desnaturação de proteínas das moléculas de 
DNA. 
ü O interior do testículo é formado por túbulos, chamados de túbulos seminíferos. Convergem para o 
epidídimo e ficam estocados, terão o processo final de maturação e depois será liberados. 
ü Túbulo seminífero é formado por várias camadas de células (grupos de células diferente) – epitélio 
seminífero (células espermatogônias e células de Sertolli – formação e desenvolvimento de 
espermatozóides) 
o Células germinativas ou espermatogônias 
o Células	de	Sertolli	ou células de sustentação 
o Células	de	Leydig ou células intersticiais (se encontram fora do túbulo seminífero) – 
produtoras da testosterona e outros androgênios. 
o Contorno do túbulo seminífero – composto por tecido conjuntivo (fibras de colágeno), células	
miogênicas	(células com capacidade de contração favorecendo a passagem dos 
espermatozoides para a luz do túbulo) 
ü As espermatogônias estarão bem próximas a região de membrana basal, o desenvolvimento do 
espermatozoide acontece migrando para a luz do túbulo. Conforme as espermatogônias migram para a 
luz do túbulo elas se diferenciam-se e formam os espermatozoides. A partir do saco vitelínico formarão 
as espermatogônias entre a 4ª e 5ª semana de gestação. 
ü Células de Sertolli são bem grandes; vão possuir junções	oclusivas	(proteínas que conectam umas as 
outras; as células de Sertolli vão	formar	alguns	recessos	que	abraçam	as	células	germinativas. Ela terá 
funções de proteção, sustentação, nutrição : formação de barreira	hematotesticular	ao envolver as 
células germinativas (protege e nutri as células germinativas). Isso garante menor morte de células 
germinativas. Ela terá também função secretora, secreção de inibina por exemplo (inibir FSH e LH).	
ü Algumas proteínas são específicas do meio citoplasmático das células germinativas (posso formar 
anticorpos contra essas células), portanto nosso corpo como forma de proteger contra isso, utilizam as 
células de Sertolli “escondendo” as células germinativas evitando assim que o organismo produza 
anticorpos contra as células germinativas. Em situações de tumor em que há morte das células de 
Sertolli o corpo irá produzir anticorpos e o indivíduo passa a desenvolver uma doença autoimune e os 
espermatozoides acabam morrendo.	
ü Célula de Leydig – funções: auxiliar na gametogênese (diferenciação celular), produção de 
características masculinas (produção de testosterona) como crescimento de pelo, aumento do órgão 
peniano, aumento das cartilagens tireoidea, entre outras. Mas ela não é a única fonte de testosterona, a 
glândula supra-renal também tem essa função, mas em menor quantidade.	
ü Espermatogênese	–	processo	pelo	qual	os	espermatozoides	são	produzidos,	iniciasse	pouco	antes	da	
puberdade,	sob	influências	dos	conviveis	crescentes	de	gonadotropinas	hipofisárias,	e	prossegue	durante	
toda	a	vida.	
o Dividida	em	três	etapas	:		
§ Espermatogônica	–	fase	de	espermatogônias	(vão	se	dividir	por	mitose	-	algumas	células	
fazem	mitose	para	reposição	celular,	outras	vão	fazer	mitose	para	dar	início	ao	processo	
germinativo)	
§ Espermatocítica	(meiose)	
§ Espermatídica	(espermiogênese)	–	diferenciação.	
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§ Primeira	etapa	–	espermatogônia	que	faz	mitose	e	origina	outras	espermatogônias	para	
reposição	celular,	outra	parte	formação	espermatogônia	do	tipo	B	que	sofrerão	mais	
mitoses	e	terão	como	produto	final	espermatócito	primários	(são	diploide	46	
cromossomos).	Ocorre	então	a	meiose	(primeira	divisão	meiótica)	formando	
espermatócitos	secundários	(continuam	diploides)	e	agora	tem-se	a	meiose	2,	formando	
células	haploides	denominadas	espermátides	(23).	Essas	células	já	são	consideradas	
espermatozoides	mas	que	não	estão	prontos	ainda.	A	espermiogênese	consiste	em	
diferenciação	celular	(não	há	meiose	e	mitose),	ocorre	crescimento	de	flagelo	e	outros	
fatores	ocorrendo	para	formação	do	espermatozoide	propriamente	dito.	
ü Espermatozoide		
o 300	milhões	de	espermatozoides	diariamente	concluem	o	processo	de	espermiogênese		
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o Corpo	residual	–	excesso	de	citoplasma		
ü Eixo	hormonal		
ü Fatores	que	afetam	a	espermatogênese	–	deficiência	nutricional,	fatores	ambientais/estilo	de	vida		
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8. HORMÔNIOS NA GRAVIDEZ E PARTO 
ü Placenta – principal estrutura responsável pela produção desses hormônios; composta por três 
membranas: saco vitelino (nutre o feto), cório (principal estrutura relacionada a produção de 
hormônios na placenta com participação na gestação), âmnio (produção do líquido amniótico). 
ü Córion – responsável pela produção de quatro hormônios: gonadotrofinas coriônica humana (hCG), 
relaxina, hCS, hormônio liberador de corticotrofina. 
ü Folículo primordial -> folículo primário -> folículo maduro (contendo ovócito secundário) -> ovulação 
liberando o ovócito e o folículo continua no ovário formando corpo lúteo. Caso o ovócito secundário não 
seja fecundado ele vai ser degenerado formando corpo albicans. Caso seja fecundado com o 
desenvolvimento do blastocisto tem-se a produção do bonito hCG que tem como função primal manter 
o corpo lúteo intacto durante 4 meses, esse corpo lúteo irá produzir alguns hormônios até que a 
palometa seja formada. 
ü hCG	(gonadotropina	coriônica) – com a fecundação a formação do blastocisto (células trofoblásticas); 
as células trofoblásticas que darão origem ao cório; o aumento de hCG ocorre mais ou menos após 4 a 5 
dias após a fecundação. Ele vai aumentando progressivamente conforme a placenta vai se 
desenvolvendo. 
§ Atinge seu pico após 3 meses da gestação (10 ª semana de gestação) 
§ Peptídeo 
§ Produzido por células trofoblásticas 
§ Manutenção e permanência do corpo lúteo no ovário, através dele que o corpo lúteo não é 
degenerado 
§ Corpo lúteo é quem produz progesterona e estrogênio. (Permanece até 12 semana de gestação) 
§ O hCG se liga a receptores de LH e estimula o corpo lúteo a produzir progesterona e estrogênio 
§ Outra função é a produção de testosterona pelos testículos de fetos masculinos a partir do 
secundo e terceiro trimestre. 
ü Estrogênio	e	progesterona – produzidos pelo corpo lúteo depois começa ser produzidos pelo cório. 
§ São hormônios esteroides (derivados do colesterol) 
§ Funções: no início da gestação a função é permitir o desenvolvimento embrionário; 
progesterona: manter o endométrio intacto impedindo que haja sua descamação; inibir as 
contrações uterinas. 
Contribui para o desenvolvimento das mamas 
Retroalimentação negativa na adeno-hipófise para que não ocorra a produção de novos folículos 
§ Após a 4ª semana eles começam a ser produzidos pelo cório. No final da gestação tem-se o pico 
desses hormônios por conta da sua importância para o parto 
ü Somatomamotropina	coriônica	ou	Hormônio	lactogênio	placentário	humano (hPL) 
§ contribuir para a lactação 
§ Alterar o metabolismo da mãe para fazer com que tenha resistência insulina materna, para que 
a glicose adquirida na alimentação seja levada para o feto. O principal substrato enérgico 
materno são os ácidos graxos. 
§ Peptídeo 
§ Aumenta conforme o desenvolvimento da placenta; concentração máxima após 32 semanas) 
ü Relaxina 
§ Aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e dos ligamentos das articulações sacroilíacas e 
sacrococcígea; dilatação do colo do útero durante o parto§ Produzido pelo corpo lúteo e atinge seu pico posteriormente pela placenta 
§ Peptídeo 
ü Hormônio	liberador	de	corticotrofina	(CRH) 
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§ Aumentar a secreção de cortisol pelo feto para amadurecimento dos pulmões fetais (o aumento 
da concentração de cortisol é responsável por aumentar a produção do surfactante que 
promove a abertura das vias pulmonares), relacionado com a cronologia do parto. (Quanto 
maior a sua produção mais tem-se a indução do parto) 
§ Peptídeo 
§ Início da secreção pela placenta por volta do 3° mês, aumentando muito até o final da gestação. 
ü Participação dos hormônios durante o parto 
§ Alterações mecânicas 
§ Alterações hormonais – modificar a excitabilidade da musculatura uterina 
§ Principais hormônios – progesterona, estrogênio, ocitocina e a relaxina 
§ Progesterona	e	estrogênio	 
o Progesterona	–	função	inibir	as	contrações	uterinas,	no	momento	do	parto	suas	
concentrações	são	menores	do	que	a	de	estrogênio. 
o Estrogênio	–	aumento	de	estrogênio	durante	as	últimas	semanas	da	gestação.	A	placenta	
passa	a	aumentar	a		produção	de	CRH.	Esse	hormônio	vai	estimular	a	adeno-hipófise	do	feto	a	
secretar	o	ACTH,	que	irá	estimular	a	glândula	suprarrenal	do	feto	que	passa	a	produzir	uma	
maior	quantidade	de	cortisol	e	DHEA.	O	papel	do	DHEA	tem	como	objetivo	aumentar	a	
concentração	de	estrogênio.	Estrogênio	é	o	responsável	por	aumentar	o	número	de	receptores	
de	ocitocina	e	junções	comunicantes	nas	fibras	musculares	do	útero.	(Contribuição	para	
contração	da	musculatura	do	útero) 
§ Ocitocina	 
o Contrações	uterinas 
o Estímulo	conforme	existe	o	estiramento	do	colo	do	útero	–	alça	de	retroalimentação	positiva	 
o Quando	o	bebê	nasce	ocorre	rompimento	desse	ciclo. 
o O	feto	também	secreta	grandes	quantidades	de	ocitocina	 
ü Trabalho de parto 
o Contrações de Braxton Hicks (fracas e curtas) (a cada 30 min) 
o O aumento da produção de ocitocina vão originar as contrações mais fortes e progressivas (1 a 
cada 3 min) 
o Pode ser dividido em três estágios: 
§ dilatação (6 a 12h), consiste no rompimento do saco amniótico 
§ Expulsão – colo do útero totalmente dilatado, bebê é expulso do útero da mulher. O feto 
começa a produzir grande quantidade de epinefrina e norepinefrina, contribui para que 
o bebê seja estimulado a sair do útero da mulher. 
§ Placentário – expulsão da placenta (5min a 30) após o nascimento do bebê. Caso não 
expulse naturalmente, é feita remoção cirúrgica. O hormônio que participa desse estágio 
são as prostaglandinas (vasoconstrição permitindo que haja separação da placenta com 
o útero da mulher). Se a placenta permanecer no útero, ela pode gerar uma infecção 
 
9. EMBRIOLOGIA GENITAL MASCULINO E FEMININO 
ü Mesoderma intra-embrionário: origem comum do aparelho urogenital 
ü 4ª semana até a 12ª 
ü Os dois sistemas originam-se do mesoderma	intermediário, que se situa entre os somitos e 
mesoderma lateral 
ü Parte intermediária do cordão nefrogênico formará crista 
Medicina SO II – Thayná Borba 
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ü Ducto	mesonéfrico	de	Wolf dará origem ao genital masculino interno 
ü Ducto	paramesonéfrico	de	Müller dará formação do genital feminino 
ü O sexo	genético do embrião será dado na hora da concepção (espermatozoide + óvulo) – XX ou XY 
ü Sexo	gonadal - Cromossomo Y, braço curto vai desenvolver algumas proteínas de fatores 
determinantes testicular. (Células de leydig e sertolli), se não tem o Y essas células não estarão 
presentes, consequentemente desenvolverá o órgão genital feminino. 
ü Sexo	fenotípico	–	5 alfa-redutase transforma testosterona em dihidrotestosterona, primordial para 
formação dos órgãos genitais externos masculino. Se não tiver testosterona, 
ü Mesonefro: parte intermediária da crista urinária, forma ductos transversais (túbulos mesonéficos) cuja 
extremidade lateral desemboca no ducto mesonéfrico (de Wolf). 
ü Células germinativas primordiais vão migrar do saco vitelínico para a crista urogenital primitiva. Essa 
crista irá se dissolvendo. 
ü Epitélio celômico começa a criar projeções radiais. Essas projeções irão formar o primeiro cordão 
sexual. As células que se desfizeram da crista, agora começam ficar dentro do epitélio cêlomico. E as 
células germinativas oriundas do saco vitelínico ficam ao redor das projeções. Os cordões irão se 
anastomosar formando rede testis. 
ü Crista urogenital e ducto mesonéfrico originam do mesoderma intermediário. Essas estruturas junto 
com o epitélio celômico darão origem as estruturas genitais. 
ü Gônada masculina - Células que migraram do saco vitelínico darão origem as espermatogônias. As 
células da crista irão formar as células	de	leydig. As células que formaram o cordão sexual vão dar 
origem as células	de	Sertolli. 
ü Gônada feminina – rede ou vale; não tem mais cordões sexuais; célula ficam dispersas, com isso forma-
se segundo cordão sexual (epitélio celomático forma as projeções), esses cordões irão sofrer uma 
segunda degeneração e formarão os ovócitos. As células do mesoderma intermediário irão formar o 
epitélio que envolve o ovócito. 
ü Se for XY, pelo Y tem-se a formação do AMH (fator antimülleriano) -> involução do ducto de Müller. 
ü Se não tem o Y, não se tem Leydig e Sertolli, ducto de Wolf involui. 
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10. MALFORMAÇÕES EMBRIOLÓGICAS – SISTEMA GENITAL 
ü Diferenciação sexual (cromossômica) e diferenciação gonadal 
ü Malformação sexual 
o Hermafroditismo verdadeiro (diferenciação sexual): ocorrência simultânea de testiculo e 
ovário, ambos são funcionais. Condição rara 
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o Pseu-hermafroditismo : não corre a coexistência de duas gônadas. Se apresentarem 
testículos são classificados como pseudo-hermafroditas masculinos. Se apresentarem 
ovário, são classificados como pseudo-hermsfrodita feminino. 
o Síndromes de Klinefelter (XXXY) ou Turner (XO) não são classificadas como hermafroditas 
ou pseudo-hermafrodita. 
o Pseudo-hermafroditismo feminino: 
§ Individuo 46XX 
§ Sem anormalidades ovarianas 
§ Genitália externa ambígua – crescimento excessivo de clitoris e fusão parcial ou total 
dos grandes lábios. 
§ Causa: hiperplasia da suprarrenal durante o período de diferenciação genital ou 
administração excessiva de hormônios androgênicos ou progestogênico nas 
gestantes. 
ü Malformações	congênitas	masculinas		
o Testiculo feminilizante 
§ Indivíduos XY 
§ Aparência externa feminina: formação de seios, porém sem ciclo menstrual 
§ Genitália externa feminina, mas a vagina termina em fundo cego, pois não há útero 
§ Presença de testiculo intra-abdominal ou no interior dos grandes lábios. Testículos 
funcionais. 
§ A causa está na resistência celular aos hormônios andróginos produzidos por estes 
testículos. 
o Agenesia ou ausência de pênis 
§ Malformação rara; possui escroto e testiculo; geralmente associada a resistência ao 
hormônio andrógeno. 
o Pênis duplo 
§ Há formação de dois tubérculos genitais. (Geralmente um só é funcional) 
o Criptorquidia (“testiculo não desce”) 
§ Um dos testículos ou ambos não descem para as bolsas escrotais, permanecendo na 
cavidade pélvica 
o Hipospádia: local de formação uretral anormal 
ü Malformações congênitas femininas 
o Etiologia geralmente desconhecida 
o Geralmente assintomático 
o Identificação por exames de imagem 
o Ovário supranumerário ou ovário acessório – todos são funcionais 
o Útero didelfo 
§ Formação de um útero duplo que pode ou não ser acompanhando da formação de 
uma vagina dupla 
o Útero bicórneo 
§ Duplicação na porção superior do útero 
o Útero septado 
§ Aparência externa normal, no entanto internamente apresenta-se septado 
o Ausência de útero 
§ Acompanhado da não formação de vagina 
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ü Sexo genotípico – refere-se aos 2 cromossômico sexuais (XX e XY) 
ü Sexo fenotípico – refere-se ao sexo conforme determinado por sua genitália interna e externa, 
expressão das características sexuais secundárias e pelo comportamentoü Gênero – conjunto de comportamentos sociais/culturais e estados mentais (percepção subjetiva do 
indivíduo pelo seu sexo e da sua orientação sexual) 
ü Identidade de gênero – sentimento de pertencer á categoria do sexo 
ü Durante o processo de desenvolvimento, gene SRY da origem ao fenótipo masculino, produz 
testosterona. Determina o fenótipo do cérebro masculino. 
ü Ausência de esteroides no fenótipo feminino desenvolve o fenótipo 
 
11. EREÇÃO E EJACULAÇÃO 
ü Reprodução humana depende de penetração, para que haja liberação do espermatozoide e esse consiga 
encontrar o ovócito. 
ü Ato sexual pode ser dividido em quatro fases: excitação, platô, orgasmo e resolução 
1. Excitação – congestão vascular no tecido esponjoso; fazendo com que haja no caso dos homens a 
ereção 
2. Platô – intensificação da congestão vascular 
3. Orgasmo (clímax) – consiste em várias contrações musculares que vão culminar na ejaculação. 
Tem-se o aumento da PA e FR 
4. Resolução – retorno dos parâmetros fisiológicos 
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ü Questões: 1. Qual o papel do sistema nervoso simpático e parassimpático na ereção ? 
R:	o sistema simpático atua contraindo a musculatura lisa do corpo cavernoso levando a detumescência. 
O sistema nervoso parassimpático é responsável pela ereção peniana. Sistema nervoso simpático é 
responsável pela ejaculação e detumescência. 
ü 2. Esquematize a ação do sistema nervoso parassimpático via acetilcolina e NOS na ereção. Descreva os 
mecanismos moleculares destacados no texto. 
ü 3. Qual ação molecular do Sildenafil (viagra) na promoção da ereção ? 
ü Excitação	 
o Para homens a excitação envolve a ereção do pênis, ela consiste em estado de congestão 
vascular no qual o sangue arterial irá fluir para o tecido esponjoso erétil. Esse fluxo irá exceder 
o fluxo venoso. 
o Reflexo da ereção : estímulo psíquico (olhar algo atraente, pensar ou imaginar), ou físicos; - 
podem iniciar	o	ato	sexual;	podem	não	culminar	na	ejaculação 
o Ereção peniana não sexual durante a fase do sono de movimento rápido dos olhos (sono REM) – 
ocorre principalmente na adolescência. Não tem uma causa psíquica, não está relacionada com 
ato sexual. Simplesmente ocorre por um reflexo. 
o Estímulo físico: diversas regiões são consideradas erógenas: genitálias, lábios, língua, lóbulos 
das orelhas, mamilos. 
ü Fisiologia	da	ereção	 
o Reflexo da ereção ocorre por estímulo de fibras parassimpáticas que são provenientes dos 
nervos esplênicos pélvicos que vão se ramificar nos nervos cavernosos que são responsáveis 
pela dilatação da artéria dorsal profunda do pênis. 
o Essas artérias quando não tem estímulos parassimpáticos provenientes dos nervos cavernosos, 
elas apresentam espiralização formando artérias helicinas ou helicoidais. (Pênis flácido essas 
artérias estão em forma helicoidal) 
o Tanto Estímulos físicos que são detectáveis pelos mecanorreceptores, quanto estímulos 
psíquicos são responsáveis por ativar os centro encefálicos superiores que através de vias 
descendentes autonômicas vão ativar os nervos parassimpáticos cavernosos os quais vão 
estimular a produção de óxido nítrico tanto por esses nervos quanto pelas artérias dorsais 
profundas e consequentemente vai ocorrer a vasodilatação e a ereção do pênis e no seu 
aumento do tamanho. 
o Neurotransmissores responsáveis no efeito da ereção 
o Neurônios dopaminérgicos são responsáveis por promover a excitação 
 
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o Nervos cavernosos vão estimular a produção de óxido nítrico pelo endotélio das artérias dorsais 
profundas via acetilcolina. Os nervos cavernosos podem também produzir óxido nítrico. Esse 
óxido nítrico vai sinalizar para as células musculares do corpo cavernoso para que ocorra uma 
redução da concentração de cálcio no meio intracelular. 
o Óxido nítrico responsável por ativar uma enzima chamada guanilato ciclase, que é responsável 
por transformar o GTP em cGMP ele então é responsável por ativar o efluxo de cálcio. Ele abre 
os canais de cálcio, assim o cálcio irá sair do meio intracelular para o extracelular. Com isso 
ocorre o relaxamento do corpo cavernoso com maior congestão vascular. Essa dilatação do 
corpo cavernoso é responsável também por reduzir o fluxo sanguíneo nas veias (mecanismo 
oclusivo venoso). 
o Músculos relacionados com a ereção do pênis: músculo	bulboesponjoso, músculo	
isquiocavernoso, músculo	transverso	superficial	do	períneo. 
o Músculo	bulboesponjoso é responsável por aumentar a pressão sobre o tecido erétil na raiz do 
pênis, também é responsável por comprimir a veia dorsal profunda do pênis impedindo a 
drenagem venosa dos espaços cavernosos e consequentemente ajudando a promover o 
aumento e o turgor do pênis. 
o Músculo	isquiocavernoso força a passagem do sangue dos espaços cavernosos nos ramos para 
as partes distais dos corpos cavernosos. Aumenta o turgor do pênis durante a ereção. 
o Músculo	transverso	superficial vai garantir uma base mais firme durante a ereção. 
ü Fisiologia	da	ejaculação 
o Ejaculação ocorre através da ativação do sistema nervoso simpático – vasoconstrição 
o Estímulo proveniente do nervo pudendo que se ramifica no nervo dorsal do pênis – ejaculação. 
o Durante o orgasmo o sistema nervoso simpático estimula a contração do esfíncter interno da 
uretra para evitar que o conteúdo retorne para a bexiga. Também estimula as contrações 
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peristálticas rápidas do ducto deferente (ducto que liga próstata a uretra) para que se tenha 
liberação do sêmen e do espermatozoide. 
o O músculo bulboesponjoso também contribui para a ejaculação, pois o estímulo simpático 
também é responsável pela contração dessa musculatura 
ü Detumescência	 
o Quando se tem o retorno venoso, pela vasoconstrição e contração do músculo do corpo 
cavernoso. Por isso que se tem ação da noradrenalina, ela é responsável por causar a 
vasoconstrição e contração do corpo cavernoso isso faz com que se tenha menor oclusão das 
veias e o sangue consiga retornar. 
ü Disfunção	erétil 
o Incapacidade de atingir ou sustentar a ereção peniana – disfunção erétil ou impotência. 
o Relacionada a inúmeras causas: problemas endócrinos (diabetes mellitus) e neuronais, 
insuficiência vascular (disfunção erétil é considerada como um marcador de doença 
cardiovascular nos homens acima de 40 anos) , fármacos e álcool, envelhecimento, fatores 
psicológicos. 
o Tratamento: Sildenafil – impedir que o GMPc seja degradado. Pois após sua ativação ele é 
degradado por uma enzima chamada de PDE5, ela degrada em GMP, com isso tem se novamente 
a entrada do cálcio no meio intracelular da musculatura ocorrendo a contração do corpo 
cavernoso. Inibindo a degradação do GMPc o homem consegue manter a ereção por mais tempo 
o Efeitos	adversos: confusão entre cores (azul e verde 3%), priapismo (ereção persistente), 
cefaleia, rubor, dispepsia, congestão nasal e diarreia.

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