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Parasitas de suínos- nematódeos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR CÂMPUS TOLEDO
JAQUELINE MOMBACH
CICLO DE VIDA DE PARASITAS QUE ACOMETEM SUÍNOS
TOLEDO
MARÇO DE 2020
JAQUELINE MOMBACH
CICLO DE VIDA DE PARASITAS QUE ACOMETEM SUÍNOS
Trabalho apresentado à disciplina de Parasitologia Veterinária, do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Professor: Maurício Orlando Wilmsen
TOLEDO
MARÇO DE 2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 REFERENCIAL TEÓRICO	5
2.1 Ascaris suum	5
2.2 Strongyloides ransoni	5
2.3 Trichinella spiralis	6
2.4 Hyostrongylus rubidus	6
2.5 Metastrongylus spp	6
2.6 Oesophagostomum dendatum	7
2.7 Trichuris suis	7
3 CONCLUSÃO	8
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	9
1 INTRODUÇÃO
	Na região do oeste paranaense, a produção de suínos vem crescendo com o decorrer dos anos, se tornando então uma das mais fortes influências que está diretamente ligada a economia local.
	Dessa forma, estudar os parasitas que podem infectar estes animais é muito importante, pois assim, diminui-se os gastos com antiparasitários de amplo espectro, além de reduzir as chances de resistência criadas por eles.
	Neste presente trabalho, iremos abordar os principais parasitas que acometem estes animais, explicando seu ciclo de vida. São eles: Ascaris suum, Strongyloides ransoni, Trichinella spiralis, Hyostrongylus rubidus, Metastrongylus spp, Oesophagostomum dendatum, e por fim, Trichuris suis.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Ascaris suum
	O ciclo desses nematódeos começa pela transmissão fecal-oral. Ao ingerir alimentos infectados com ovos embrionados que contêm larvas de terceiro estádio, em condições ideais, irá ocorrer a eclosão das larvas L1 no intestino delgado, e irão migrar pelos tecidos do hospedeiro e sofrerão diversas mudas. As larvas irão migrar do fígado para os pulmões, através dos vasos sanguíneos, onde mudam para o estádio larval L4, e devido aos movimentos ciliares e a presença de muco, serão carregados até a árvore brônquica, ou caso sejam ingeridas irão para o trato gastrointestinal. De 8 a 11 semanas após ingerir as larvas, observa-se a presença de ovos nas fezes do hospedeiro.
	Além disso, os ovos precisam passar por um período de maturação que acontece após 4 semanas que este está no ambiente. Estes também podem estar viáveis por 4 anos. Outro ponto a considerar, é que se os ovos presentes no ambiente forem ingeridos por algum inseto estercorário, irão permanecer viáveis para infectar suínos por um longo tempo. O período pré patente desta espécie é de 7 a 9 semanas.
2.2 Strongyloides ransoni
	No ciclo desse parasita, os ovos que são excretados nas fezes se transformam em L1 e em até três dias passam para L3. Sua forma de infecção ocorre através da penetração das larvas infectantes na pele ou nas mucosas dos hospdeiros, e então migram para a traqueia até sofrerem maturação, e então as larvas permanecerão na região adiposa, especialmente nas glândulas mamárias, podendo então passar para os leitões durante a amamentação, conhecida como infecção transmamária.
	
2.3 Trichinella spiralis
	O ciclo do Trichinella spiralis é indireto, e não possui estágio de vida livre. Suínos que são alimentados com alimentos não cozidos ou restos de carne que estão crua são muito infectados, pois as carnes podem possuis cistos desse parasita, fazendo com que desenvolva as larvas em fase adulta até dois dias após ingestão. O parasita que está em desenvolvimento se instala nas vilosidades intestinais do intestino delgado, e após sofrerem mudas e se fertilizarem, os machos irão morrer e as fêmeas irão cavar mais a fundo a mucosa do intestino. Sete dias após, irão começar a produzir larvas L1, que irão penetrar os vasos linfáticos e chegaram através do sangue até o musculo esquelético. Após a infecção no músculo, as células musculares se transformam em trofócitos, e as larvas se tornam infectantes, podendo permanecer ali por muitos anos. E então, quando outro hospedeiro ingerir a carne deste, irá se liberar L1 no estômago, sofrerá as mudas se tornando maduro, recomeçando o ciclo.
2.4 Hyostrongylus rubidus
O ciclo desse parasita é direto. Os ovos que são excretados pelas fezes se transformam em L1 no ambiente, sofrendo duas mudas até chegar a L3. Os suínos irão se infectar ao ingerirem alimentos contaminados pela L3, que irão chegar ao estômago e irão penetrar nas glândulas fundícas através dos canais excretores, e mudarão para L4. Em 14 dias, ocorrerá uma nova muda para L5, e voltam para o lúmen gástrico, sofrem diferenciação sexual e a fêmeas iniciam a postura. Nota-se que nas matrizes pós-parto, ocorre um aumento da excreção de ovos.
2.5 Metastrongylus spp
	O ciclo dessa espécie parasitária é indireto. As fêmeas deste parasita residem no trato respiratório do seu hospedeiro, e depositam seus ovos embrionados. Estes ovos vão ser transportados pela tosse, e posteriormente são ingeridos. O animal infectado, excreta os ovos em suas fezes. Os ovos que ficam no ambiente são ingeridos por minhocas, hospedeiros intermediários, e se transforma em L1, e em condições favoráveis irão evoluir para L3. Os suínos ao ingerirem essas minhocas irão se infectar, e a L3 irá perfurar a parede do intestino e através da linfa chegarão aos linfonodos mesentéricos, sofrendo muda para L4. Através da circulação, atingem os pulmões, sofrendo muda para L5 e chegando assim na maturação sexual.
2.6 Oesophagostomum dendatum
	Os ovos deste parasitam são excretados no solo, liberando a L1, sofrendo muda para L2 e em seguida para L3. Ao ingerir a L3, o animal se infecta, podendo também ocorrer pela penetração cutânea. A larva sofrerá outra muda para L4, que irão penetrar no intestino. A L4 migra para o cólon e se transforma em verme adulto, que irão liberar ovos pelas fezes.
2.7 Trichuris suis
	Nessa espécie parasitária, o ovo com a L1 excretado nas fezes irá eclodir em condições ideais, e após a ingestão, a L1 irá penetrar nas glândulas da mucosa do íleo, ceco e cólon. E então, sofrem as quatro mudas nessas glândulas, e os adultos irão emergir e repousar na superfície da mucosa. No seu estado de maturação sexual, as larvas irão excretar ovos que serão eliminados junto as fezes do hospedeiro.
 
3 CONCLUSÃO
	Em decorrência da importância dos suínos para a economia brasileira, estudar os parasitas que podem acometer esses animais é de grande importância para saber a melhor forma de controlar esses nematódeos, diminuindo significativamente os gastos extras que o produtor teria. 
	A verminose que estes parasitas causam também podem acometer seres humanos, trazendo muitas enfermidades. Então, o controle preventivo destes nematódeos é importante também para garantir a saúde da população.
	Dessa forma, além de boas condições de saneamento básico e higiene para que evitem a transmissão desses parasitas e a epidemiologia de diversas doenças parasitárias, é fundamental que sejam feitas o controle preventivo com uso de vermífugos administrados por médicos veterinários capacitados. 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, F. Potencial Zoonótico da Ascaridiose Humana e Suína: Aspectos Moleculares, Morfológicos e Filogenéticos das Espécies Ascaris lumbricoides e Ascaris suum. Belo Horizonte, 2015. Acesso em: 3 Abril de 2020. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AC7HTR/1/tese_doutorado_fernando_s_rgio_barbosa.pdf
SANAVRIA, A. Helmintoses de Suínos. Seropédica, 2006. Acesso em: 3 Abril de 2020. Disponível em: http://www.adivaldofonseca.vet.br/Helmintoses/Suinos/Parasitas%20de%20su%C3%ADnos.pdf
TAYLOR, A., M., COOP, L., R., WALL, L., R. Parasitologia Veterinária, 4ª edição. Rio de Janeiro; Editora Guanabara Koogan ltda, 2016. Acesso em: 3 Abril de 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732116/. 
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