Logo Passei Direto
Buscar
Material
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Didáctica Geral: STYLEREF "Guide Sub-title" \* MERGEFORMAT 
1
Manual de Tronco Comum
Didáctica Geral
Código A0008
Universidade Católica de Moçambique (UCM) 
Centro de Ensino à Distância (CED)
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique (UCM), Centro de Ensino à Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação e/ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a processos judiciais. 
Elaborado por : Estevão Alculete L. de Araújo
Licenciado em Psicologia/Pedagogia , 
pela Universidade Pedagogica-Delegação de Maputo
Actualmente Formador no Instituto de Linguas-Delegação da Beira
Formador na CATMOZ-Beira
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância na Universidade Catolica de Moçambique
Revisão de Farissai Pedro Campira, Licenciado em Pedagogia e Psicologia, mestrando em Psicologia Educacional pela Universidade Pedagógica da Beira e Maputo respectivamente.
Universidade Católica de Moçambique (UCM)
Centro de Ensino à Distância (CED)
Rua Correia de Brito No 613 – Ponta-Gêa
Beira – Sofala
 
Telefone: 23 32 64 05
Cell: 82 50 18 440
Moçambique
Fax: 23 32 64 06
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual, dr. Estevão Alculete L. de Araújo, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na eleboração deste manual.
	Pela contribuição do conteúdo. 
	dr. Estevão Alculete L. de Araújo (Colaborador e Docente na UCM-CED – Cadeira Geral).
	Pelo desenho e maquetização
	dr. Estevão Alculete L. de Araújo (Docentes na UCM-CED, Cadeira Geral) dr. Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de Cursos de Química e de Biologia;
	Pela revisão linguística
	dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED – Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia e de Química).
	Pela Revisão do conteúdo do Manual
	Farissai Pedro Campira (docente na Universidade Pedagógica da Beira, formado em Pedagogia e Psicologia).
Índice
Visão geral
1
Benvido à Psicologia de Desenvolvimento Humano
1
Objectivos do curso
1
Quem deveria estudar este módulo
2
Como está estruturado este módulo
2
Ícones de actividade
3
Acerca dos ícones
3
Habilidades de estudo
3
Precisa de apoio?
4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
5
Avaliação
5
Unidade N0 01-A0008
7
Tema: Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica
7
Introdução
7
Sumário
7
Exercícios
09
Unidade N0 02-A0008
10
Tema: As principais categorias pedagógicas
10
Introdução
10
Sumário
10
Exercícios
12
Unidade N0 03-A0008
13
Tema: Cientificidade da Pedagogia
13
Introdução
13
Sumário
13
Exercícios
15
Unidade N0 04-A0008
16
Tema: A especificidade da didáctica
16
Introdução
16
Sumário
16
Exercícios
18
Unidade N0 05-A0008
19
Tema: Brave história da didáctica
19
Introdução
19
Sumário
19
Exercícios
21
Unidade N0 06-A0008
22
Tema: Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências.
22
Introdução
22
Sumário
22
Exercícios
26
Unidade N0 07-A0008
27
Tema: Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico.
27
Introdução
27
Sumário
27
Exercícios
29
Unidade N0 08-A0008
30
Tema: Características do processo de ensino-aprendizagem
30
Introdução
30
Sumário
30
Exercícios
33
Unidade N0 09-A0008
34
Tema: Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem
34
Introdução
34
Sumário
34
Exercícios
37
Unidade N0 10-A0008
34
Tema: Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem.
38
Introdução
38
Sumário
38
Exercícios
41
Unidade N0 11-A0008
42
Tema: Estrutura da aula - funções didácticas.
42
Introdução
42
Sumário
42
Exercícios
45
Unidade N0 12-A0008
46
Tema: Funções didácticas - introdução de motivação.
46
Introdução
46
Sumário
46
Exercícios
49
Unidade N0 13-A0008
50
Tema: Funções didácticas - mediação e assimilação
50
Introdução
50
Sumário
50
Exercícios
52
Unidade N0 14-A0008
53
Tema: Funções didácticas: domínio e consolidação.
53
Introdução
53
Sumário
53
Exercícios
55
Unidade N0 15-A0008
56
Tema: Funções didácticas: controle e avaliação.
56
Introdução
56
Sumário
56
Exercícios
59
Unidade N0 16-A0008
60
Tema: Tipos de funções da avaliação.
60
Introdução
60
Sumário
60
Exercícios
64
Unidade N0 17-A0008
65
Tema: Objectivos de ensino.
65
Introdução
65
Sumário
65
Exercícios
68
Unidade N0 18-A0008
69
Tema Métodos e técnicas de ensino-aprendizagem.
69
Introdução
69
Sumário
69
Exercícios
70
Unidade N0 19-A0008
71
Tema: Classificação dos métodos de ensino
71
Introdução
71
Sumário
71
Exercícios
77
Unidade N0 20-A0008
78
Tema: Meios de ensino-aprendizagem
78
Introdução
78
Sumário
78
Exercícios
84
Unidade N0 21-A0008
85
Tema: Planificação do processo de ensino-aprendizagem
85
Introdução
85
Sumário
85
Exercícios
88
Unidade N0 22-A0008
89
Tema: Níveis de planificação do processo de ensino-aprendizagem
89
Introdução
89
Sumário
89
Exercícios
91
Unidade N0 23-A0008
92
Tema: Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem
92
Introdução
92
Sumário
92
Exercícios
96
Unidade N0 24-A0008
97
Tema: Etapas do processo de planificação.
97
Introdução
97
Sumário
97
Exercícios
99
Visão geral
Benvindo à Didáctica Geral – aprender a ensinar
A Didáctica Geral é uma das disciplinas que, nos sistemas de formação de professores, se coloca ao centro de formação pedagógica do professor contribuíndo significativamente para desenvolver a compreensão práctica de realização do processo de ensino e aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda, desenvolver a capacidade de reflexão do professor sobre o processo de ensino e aprendizagem e sobre a sua práctica, de modo a poder melhorá-los
E assim se espera que este módulo traga uma contribuição valiosa na formação de todos que desejam ser professor e, porque não, guia de actualização do pensamento e práctica pedagógica dos que já são professores e tem, desse modo, a nobre tarefa de fazer com que os saberes, saber fazer e saber ser e estar da humanidade seja apropriados pelos alunos, servindo assim de base para o desenvolvimento das suas personalidades, a medida da demanda social, cultural, política e económica dos países de formação de homens e mulheres com competências significativas para fazer face ao progresso e harmonia da humanidade, a começar pela das instituições e indivíduos.
Objectivos do curso
Quando terminar o estudo da Didáctica Geral, o estudante deve ser capaz de:
· Identificar a especificidade (objecto) e as relações da Didáctica com outras ciências
· Realizar um processo de ensino-aprendizagem centrado sobre o aluno
· Explicar as razões que justificam a necessidade de realização, na sua integridade, das funções
· Praticar, na sua actividade docente, a unidade dialéctica entre as diferentes funções didacticas
· Utilizar métodos e técnicas de ensino que estimulem a participação activa dos alunos
Quem deveria estudar este módulo
Este módulo foi concebido para todos aqueles que frequentam os cursos à distância, oferecidos pela Universidade Católica de Moçambique (UCM), através do seu Centro de Ensino à Distância (CED).
Como está estruturado este módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por UCM - CED encontram-se estruturados da seguinte maneira:
	Páginas introdutórias
· Um índice completo.
· Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo.
	Conteúdo do curso / módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um resumo da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
	Outrosrecursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. 
	Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. 
	Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo. 
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones
Os icones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do século XVII e ainda se usam hoje em dia.
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao longo deste módulo. 
Habilidades de estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões nomeadamente: a dimensao social, profissional e académica, daí ser importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos de caso, reflexão, etc.
O manual contém muita informação, algumas chaves, outras complementares, daí ser importante saber filtrar e apresentar a informação mais relevante. Use estas informações para a resolução das exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de notas desempenha um papel muito importante. 
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso. 
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação à Distância, vencendo a distância. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas.As tarefas devem ser entregues antes do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega , implica a não classificação do estudante.
As trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade cintífica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a realização dos trabalhos.
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si desenvolvidos , durante o estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões presenciais, eles representam 60% , o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de: (a) admissão ao exame, (b) nota de exame e, (c) conclusão do módulo.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 3 (três) trabalhos; 2 (dois) testes escritos e 1 (um) exame escrito.
Não estão previstas quaisquer avaliação oral.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações , os estudantes devem ter em consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.
Unidade N0 01-A0008
Tema: Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica
Introdução
Ao iniciar esta unidade entra para o módulo de Didáctica Geral, por isso vamos começar por recordar as noções da Pedagogia, ciência que tradicionalmente reconhece-se ser integrativa da didáctica, pois a didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a Pedagogia. Reconhecemos também a complexidade didáctica por isso gostaríamos de deixar claro nesta Unidade os Fundamentos Humanos da Didáctica.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Descrever a origem etimológica da palavra Pedagogia.
· Explicar a relação entre Pedagogia com a Didáctica.
· Explicar os fundamentos Humanos da Didáctica. 
Sumário
A história da Pedagogia é longa, remonta da Grécia; era papel dos escravos acompanhar as crianças dos senhores aos locais de instrução, aos poucos essa actividade deixou de ser do escravo e passou a ser de um profissional a que hoje chamamos de pedagogo. Etimologicamente, pai, paidós=crianças, agein=conduzir; logo= ciência, assim a Pedagogia significa ciência para a condução das Crianças, Piletti (1990). 
Hoje a Pedagogia assume um papel diferente daquele desempenhado pelos escravos, trata de investigar as leis e regularidades que orientam o processo deensino-aprendizagem. Evidentemente que esse papel não seria possível se a Pedagogia não lançasse mãos a outras ciências de natureza psicológia, sociológica e, até pedagógica (assunto a ser abordado com maior detalhes na Unidade II). Dentro dessa complexidade, Piletti (1990) apresenta três áreas importantes da Pedagogia:
1- Aspecto Filosófico: nesta área situam-se as disciplinas como a Filosofia educacional, Políticas Educativas, teoria da Educação, História da Educaçãosua principal preocupação é direccionar a educação para o ideal proposto por cada povo, responde a questão o que deve ser a educação para um determinado povo ou nação.
2- Aspecto técnico: esta área é mais operacional, no sentido de conduzir a educação para as finalidades propostas, constam as disciplinas como, por exemplo, a Administração Escolar, Saúde e Higiene Escolar, e a própria Didáctica.
3- Aspecto Científico: esta área pedagógica trata de investigar o campo educativo, responde a questão o que é a Educação, fazem parte as disciplinas como a Sociologia Educacional, Biologia Educacional, Educação Comparada etc.
Depois da classificação da Pedagogia apresentada, facilmente pode se compreender que a Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagogia que procura conduzir o processo de educativo. Dissemos processo educativo por simples razão, há uma visão tecnicista que se tem da Didáctica sobretudo, quando é encarrada como a “ciência que ensina a ensinar” ou seja reduzida ao contexto da sala de aula. Actualmente a Didáctica reclama “autonomia” e sua acção transcende o contexto escolar, sendo assim é pertinente apresentar os fundamentos humanos da Didáctica.
Fundamentos Humanos da Didáctica
A educação é um processo histórico, colectivo e dinâmico que visa a humanização do homem. Humanização entendida como processo de construção do homem e da sociedade numa constante busca de superação de condições opressoras e desumanizantes, (Marafon, 2001). 
Já nos referimos do reducionismo didáctico, será a Didáctica uma disciplina técnica ou uma ciência? Bem essa seria uma longa discussão pois teríamos de recorrer a critérios da cientificidade, o que não é nosso objectivo, voltamos a discussão na unidade relacionada a cientificidade da Pedagogia e a especificidade didáctica. 
A didáctica enquanto for encarrada como disciplina técnica da Pedagogia pode permanecer nesse reducionismo, a ideia de uma ciência que ensina como ensinar, deve começar a desaparecer “a ideia de uma didáctica como conjunto de técnicas e saberes metodológicos indispensáveis a arte de ensinar algo a alguém (…), [exige se] um novo olhar, implicando a necessidade de alargamento do horizonte que orienta o processo de ensinar-aprender e de percepção da presença de um conjunto mais amplo de interesses e interessados na educação” (Santos, 2003: 138), na reveindicação do reducionismo didactico, Libâneo (1992) refere que cabe a Didáctica converter os objectivos sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, dai que se diz que o trabalho docente na sala de aula é reflexo da sociedade, sendo assim,
 ao investigar questões atinentes à formação humana e prática educativa, correspondente a Pedagogia começa por perguntar que interesses que estão por detrás das propostas educacionais. O processo educativo se viabiliza, portanto, como prática social precisamente por ser dirigido pedagogicamente (Libâneo, 2005: 34)
Reconhecer essa complexidade didáctica leva nos a repensar a ideia do educador e do educando, como seres sociais que são resultados dessa complexa realidade humana, dai que o trabalho didáctico exige um novo paradigma (nova visão) para o processo de ensino-aprendizagem: Promoção da humanidade de cada ser humano (op.cit), no fundo dessas interacções é importante reconhecer a qualidade das comunicações, a “educomunicação” 
A acção educativa de que se preocupa a didáctica é uma acção humana por natureza, o homem vive na família, na escola, na igreja, o estado, a comunidade, essas todas instâncias são vivenciadas pelo homem e o campo escolar é social daí as influencias que este homem sofre. Mas a vida humana é mais do que uma simples recepção de influências e informações. Ela caracteriza-se pela participação, pelo relacionamento e pela convivência entre pessoas; por isso há necessidade de criação de um ambiente em que se dê o encontro humano em todas suas dimensões (Schmitz, 1993).
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1-Explicar a Didáctica como uma disciplina pedagógica.
R% a Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagogia que procura conduzir o processo de educativo. Actualmente a Didáctica reclama “autonomia” e sua acção transcende o contexto escolar, ela investiga o processo de ensino-aprendizagem, orienta o processo educativo para os fins propostos.
Unidade N0 02-A0008
Tema: As principais categorias pedagógicas
Introdução
Nesta unidade pretendemos discutir alguns conceitos básicos para melhor compreensão da Pedagogia, a esses concitos basilares aqui denominamos categorias pedagógicas. Vamos nos deter essencialmente em três categorias: Educação, Ensino e Instrução. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar as categorias pedagógicas.
· Explicar a relação entre as diferentes categorias pedagógicas. 
Sumário
Categorias da Pedagogia
Propomos o estudo destas categorias, para a compreensão do campo educativo que é nossa preocupação, essas categorias para além de ser pedagógicas elas também são didácticas. Vamos centrar maior atenção ao conceito de educação porque explica a complexidade pedagógica e constitui objecto de estudo da própria Pedagogia e é também uma preocupação didáctica.
O que é educação?
Caro estudante, não espere resposta taxativa deste manual a essa questão, pois o conceito é bastante complexo na sua definição. Várias são as definições que são apresentadas pelos autores, elas diferem em função das escolas, do contexto, da época que influenciam o pensamento de cada autor, aliás se o estudante se quiser compreender melhor a complexidade deste termo, pega numa caneta e um bloco, pergunta a pelo menos dez pessoas de diferentes estatutos e se possível de diferentes contextos pergunte o que eles entendem por educação; verás que as respostas apontam para ângulos distintos, não obstante existirá algumas semelhanças nos depoimentos fornecidos.
Em função desta complexidade, Brandão (2007), escreveu num dos subtítulos sua obra, educação ou educações? Para ele a educação existe nas representações dos indivíduos, na vivência de cada povo, daí que é difícil termos uma visão uniforme de educação porque ela é fruto das relações sociais e culturais de um determinado povo, região ou comunidade. 
A palavra educação tem sido utilizada, ao longo do tempo, com dois sentidos: Social e individual.Do ponto de vista social, é a ação que as gerações adultas exercem sobre gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de conhecimento, normas, valores, crenças, usos e constumes aceites pelo grupo social. Nesse sentido, o termo educação tem sua origem no verbo latino educare, que significa laimentar, criar. Esse verbo espressa, portanto, a ideia de que a educação é algo externa, concedido a alguem.Assim concebida, a educação é uma maifestação da cultura e depende do contexto histórico e social em que está iserida. Assim sendo, os seus fins variam, portanto com as épocas e as sociedades. “ Não há grupo nehum, por mais rudimentar que seja sua cultura, que não empreenda esforços, e um ou de outro tipo, para educar suas crianças e jovens “ Em suma, a educação, como facto social, possibilita que as aquisições culturais do grupo sejam transmitidas as novas gerações, contribuindo assim, para a subsistência do grupo como tal.
Do ponto de vista individual, a educação refere-se ao desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada idividuo, tendo em vista o aprimoramento da sua personalidade. Nesse sentido, o termo educação se refere ao verbo latino educare, que significa fazer sair, conduzir para fora. O verbolatino expressa, nesse caso, a ideia de estimulação e liberaçào das forças latentes. Como podemos verificar, nos dois sentidos a palavra educação está ligada ao aspecto formativo.
Não pretendemos esgotar com a discussão deta temática neste espaço, sugerimos, para aprofundar a discussão em educação, a leitura das obras de Carlos Rodriques Brandão (2007), O que é Educação e a de Carlos Libâneo (2005) Pedagogia e Pedagogos para quê? De recordar que a educação para Brandão (2007), acontece tanto na escola como na família, no grupo de amigos, na rua, no bar, em casa, em todos lugares está presente a educação nas diferentes formas de manifestação (formal, não-formal e informal). É essencialmente na educação formal que está presente a educação escolar, já no sentido mais amplo, a educação equando fenómeno social, integra todas componentes descritas anteriorimente. 
Sintetizando as categorias pedagógicas: O Homem vive num contexto socialmente construído e dentro destas inter-relações (ocorre a educação), há necessidade de orientar as acções humanas para que produzam o efeito desejado (ensino) de tal maneira que será necessário a aquisição de um determinado conjunto de saberes ou conhecimentos (instrução) para a realização de certas actividades. Assim podemos aproximar as definições simplificando deste modo:
Educação- processo social amplo de influências e interrelações, compreende situações intencionais e acasos.
Ensino- acções meios e condições para a realização intencional da instrução. É importante vincar a intencionalidade de quem ensina, isto é dos objectivos, dos meios, dos conteúdos e das condições da sua realização.
Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual mediante domínio de um determinado corpo de conhecimentos.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Explique a relação entre as categorias de Ensino, Educação e instrução.
 R% O Homem vive num contexto socialmente construído e dentro destas inter-relações (ocorre a educação), há necessidade de orientar as acções humanas para que produzam o efeito desejado (ensino) de tal maneira que será necessário a aquisição de um determinado conjunto de saberes ou conhecimentos (instrução) para a realização de certas actividades.
Unidade N0 03-A0008
Tema: Cientificidade da Pedagogia
Introdução
Nesta unidade temática vamos tratar da cientificidade da Pedagogia, ou seja, por que razão a Pedagogia é considerada uma ciência. Compreender a cientificidade da Pedagogia pode ajudar caro estudante a entender melhor a especificidade Didáctica tema reservado para a próxima unidade temática. Nesta unidade apresentamos as dificuldades impostas a pedagogia na sua qualificação como ciência.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar o objecto de estudo da Pedagogia.
· Explicar as principais causas da dificuldade imposta a Pedagogia na sua cientificidade. 
Sumário 
Como qualquer área de conhecimento, a sua cientificidade exige que este campo tenha: um campo delimitado de estudo (objecto de estudo), métodos de investigação; etc, porém o debate em Pedagogia centra-se mais no seu objecto de estudo, a educação.
As fontes de conteúdo da Pedagogia encontram-se na pr’opria prática educativa, e nas ciências auxiliares como a psicologia educacional, a sociologia, biologia educacional, cujo conteúdo forma aquilo que denominamos de conteúdo pedagógico. 
A primeira discussão está na denominação, se a Pedagogia deve ser considerada ciência da educação ou ciências da educação? Em muitos países preferem usar o termo ciências da educação no lugar da Pedagogia, a explicação desta preferência está na compreensão de que a educação, campo de estudo da Pedagogia, não é excluisivo a ela; a psicologia educacional, sociologia educacional, biologia educacional, são exemplos de ciências que preocupam-se com o campo educativo. 
Mas o debate permanece se consideramos ciência da educação (singular) ou ciências da educação (plural), a primeira denominação defende a unicidade da Pedagogia, e as restantes ciências como auxiliares, já na segunda, a procura mostrar o papel igualmente importante das restantes disciplinas educacionais, por isso não se espante caro estudante em algumas instituições educacionais o uso do termo Ciências da Educação para referir a Pedagogia tanto como substituição ou como sinónimo desta.
Agora vamos tentar compreender as discussões em torno do campo de estudo da Pedagogia, para Libâneo (2005), há razões para se questionar a cientificidade da Pedagogia, aliás não existe unanimidade quanto a sua cientificidade, vejamos algumas razões da discussão:
a) A educação é uma tarefa práctica situando-se mais no campo da arte e da intuição do que no de especulativo e científico;
b) Os fenómenos educativos são singulares, o que impede extrair delas leis científicas, generalizáveis;
c) A Pedagogia ocupa-se de finalidades e valores, não passíveis de análise científica;
d) A educação é objecto de várias ciências, não cabendo a Pedagogia exclusividade no trato das questões educativas. (Libâneo, 2005: 108).
Até agora caro estudante deve estar sem compreender se a Pedagogia é ciência ou não. Com toda razão, as questões colocadas são tão óbvias mas sem razão de serem dirigidas a Pedagogia ou seja não são suficientes para colocar em causa a cientificidade da Pedagogia. 
Quanto a primeira questão, a pedagogia é uma ciência prática, mas isso não retira a sua preocupação na investigação dos fenómenos educativos, al’em de que a teoria e prática não devem ser consideradas entidades separadas; No segundo aspecto, nós já dissemos nas unidades anteriores que cada povo tem a sua percepção sobre a educação, seus valores, costumes e hábitos, mas isso não retira o esforço de se encontrar os pontos de convergência nas formas como a educação se processa em diferentes contextos; na terceira questão, essa não exige tanta explicação porque está aliada a ideia de ciências puras em que os factos mais interessam, mas se a Pedagogia pretende estudar o Homem não tem como se livrar desta, isso que explicamos nos fundamentos humanos da Didáctica; e a quarta questão, essa de facto nem devia ser colocada, nenhuma ciência ‘e capaz de produzir conhecimento suficiente para explicar todos fenómenos do seu campo de estudo, daí que a Pedagogia precisa do auxílio dessas outras ciências para complementar o seu estudo.
Sintetizando: a Pedagogia ou Ciências da Educação se o preferirem, tem como seu campo de estudo a Educação, reconhecendo a complexidade da educação, essa lança mãos a outras ciências, basta lembrar as disciplinas alistadas no âmbito científico da Pedagogia quando tratamos da unidade I. 
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Aponte dois aspectos de discussão na cientificidade da Pedagogia.
 R% O primeiro, está relacionado com a denominação ciência da educacao ou ciências da educacao; e o segundo, centra-se no seu objecto de estudo, a educação.
Unidade N0 04-A0008
Tema: A especificidade da Didáctica
Introdução
Depois de discutirmos vários aspectos ligados a Pedagogia, ciência da e para a educação, vamos nos cingir naquilo que constitui a principal preocupação do manual, a Didáctica. Como vimos a Didactica é uma disciplina que se preocupa com a direcção do processo educativo através do ensino, ou seja, processo de ensino-aprendizagem. Enquanto área científica, o que cabe estudar a didáctica, isto é, o que é específico da Didáctica? Porque a didáctica na formação de professores ou profissionais da educação? Estas e outras questões serão a base de orientação desta unidade temática.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir o objecto de estudo da Didáctica.
· Explicar a importância do estudo da Didáctica na formação de professores..
Sumário
 O processo de ensino-aprendizagem como objecto de estudo da Didáctica
Já vimos nas unidades anteriores o objecto de estudo da Pedagogia que é a educação, mas a educação processa-se de várias maneiras: na familiar, na escolar, nos grupos de amigos, na comunidade, até na empresa. Como jádissemos, a missão didáctica é direccionar a acção educativa. O mais característico da acção didáctica é a intencionalidade de quem a orienta. Será necessária uma orientação educativa, se a educação existe mesmo onde não há escola? (Brandão, 2007).
 A educação enquanto uma construção social sempre existiu, porém com o aumento do património cultural não foi possível transmitir todo o manancial sócio cultural a todos na comunidade, surge então uma outra estrutura social para regular o que deve ser aprendido numa determinada sociedade, essa instituição chama-se escola. Vários autores concordam com a existência de uma instituição reguladora, tornando a educação sistemática. A função da escola neste caso de acordo com Schmitz (1993), é tornar um ambiente, em que os jovens reúnem-se entre si e com os educadores profissionais para tomarem consciência profunda de suas aspirações e valores mais íntimos e mais legítimos e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para a comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens significativas. 
Caro estudante, até agora deve estar a questionar a pertinência da abordagem da educação sistemática e do surgimento da escola como istituição social, a explicação é simples, o processo de ensino-aprendizagem, é intencional e faz sentido falar dele na educação sistemática, intencional e isso acontece na escola. Porque então processo de ensino-aprendizagem? Por muito tempo, mesmo até agora, alguns autores de obras didácticas assumem o ensino como verdadeiro objecto de estudo da Didáctica; alguns preferem não dissociar o ensino da aprendizagem, visto que a intenção de quem ensino é suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem que haja aprendizagem, o recíproco também é válido. Claro, todos nós sabemos que por mais que a intenção seja de proporcionar aprendizagem no aluno, nem todos aprendem; assim como a aprendizagem não ocorre apenas na escola, ela pode ocorrer nos grupos de amigos, no serviço e ainda na família onde o ensino no seu verdadeiro sentido não está presente.
Nosso posicionamento se é o ensino ou processo de ensino-aprendizagem o objecto de estudo da Didáctica, acreditamos que as duas visões são válidas, esclarecendo melhor, já o dissemos que quem ensina pressupõe uma intecionalidade de promover aprendizagens no aluno, sua missão principal é que o aluno aprenda, daí que é tautológico dizer ensino-aprendizagem. Para finalizar esta discussão, é processo, o ensino-aprendizagem, porque é resultado da conjugação de actividades do aluno e do processor. 
A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-aprendizagem em sua relação com finalidades educativas (Libâneo, 2005), quer dizer, a Didáctica ao preocupar-se com o processo de ensino na sua globalidade tem em conta as finalidades sócio-pedagógicas, princípios, condições e meios de direção do processo educativo.
O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente na necessidade de propocionar uma melhor orientação dos profissionais da educação na direcção do processo de ensino-aprendizagem. A organização sistemática da educação exige também uma prepação sólida dos profissionais que trabalham nessas instituções escolares.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1- Defina a especificidade pedagógica e didáctica.
R% A pedagogia cabe estudar os processos educativos (a educação), já a didáctica procura direccionar esse processo, centrando se mais no processo de ensino.
Unidade N0 05-A0008
Tema: Breve história da Didáctica
Introdução
Nenhuma ciência tem origem abrupta, é sempre um processo. Aqui vamos tratar de discutir algumas ideias de pensadores da área pedagógica que contribuíram para o surgimento da Didáctica. Não é em poucas páginas que iremos descrever toda história dessa ciência, aliás nem se quizessemos elaborar um livro, também seria insuficiente para o efeito, neste sentido vamos simplesmente elucidar as contribuições pra esta área científica dos pensadores como João Amós Coménius, John Dewey, J.Frederick Herbart e HeinrichPestalozzi.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Descrever a evolução histórica da Didáctica.
· Explicar a contribuição de cada educador na configuração da didáctica como área específica de pesquisa.
· Relacionar o pensamento destes autores com a prática educacional no contexto moçambicano.
Sumário
De acordo com Haidt (2006), a didáctica enquanto um campo específico da Pedagogia, a Didáctica remonta no final do Séc. XIX, antes vinculada a Filosofia, a preocupação no princípio era com a memorização e pouco com a compreensão, o método mais dominante na época era o catequético, que consistia na repetição taxactiva das ideias do professor. Vejamos a contribuição de cada pensador para o surgimento desta jovem ciência.
 Joao Amos Coménio
Os artesãos não prendem os seus aprendizes com teorias, põem-nos imediatamente em acção, para que eles aprendam a forjar forjando, a esculpir, esculpindo, a pintar pintando, a cozer, cozendo. Assim que se ensine na escola a escrever escrevendo, a falar falando, a cantar cantando, a raciocinar raciocinando, etc. (Coménius, 1943 apud Piaget, 1998, p.192)
Influenciado pelo movimento empirista, Coménius é mais conhecido pela sua obra famosa, Didáctica Magna. É grande defensor da educação baseada na natureza e na experiência, como foi possível observar na nota de entrada, para Coménius, a verdade e a certeza do conhecimento só dependem do testemunho dos sentidos, isto é, quando mais provém dos sentidos o conhecimento mais perfeito se torna, por isso melhor para ele era ensinar tudo a todos (Idem). A sua obra Didáctica Magna, publicada em 1632, influenciou bastante o campo educacional, para ele o professor ao ensinar devia cumprir os seguintes passos:
1- “Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo demosntrações, pois o aluno aprende com os sentidos, vendo e tocando;
2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida diária;
3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados, isto, é as suas causas;
4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes;
5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de certificar que o aluno compreendeu o anterior.” (Haidt, 2006:17).
 Heinrich Pestalozzi
Influenciado pelos naturalistas como Rousseau, elaborou o método que deveria respeitar a natureza da criança, seu método foi denominado Método pestalozziano que cumpria as seguintes etapas:
· Presentar o conhecimento começando dos elementos concretos e simples;
· Recomendava a observação, intuição;
· Realização de exercícios graduados.
 John Frederick Herbat
Herbat, seus trabalhos na área educacional são mais conhecidos na formulação precisa dos objectivos educacionais numa perspectiva de desenvolvimento curricular. Especificamente na Didáctica, defendendo a teoria do interesse, o professor devia ao seleccionar os materiais, basear-se nos interesses infantis e assim devem ser organizados de acordo com essa natureza. Seu método instrucional consistia em cinco etapas:
· Preparação;
· Apresentação;
· Associação;
· Sistematização; e
· Aplicação.
 John Dewey
Para Dewey, a “acção precede o conhecimento e o pensamento” Haidt (2006:21), assim sugere a fórmula: Vida humana= vida social= cooperação. Defensor dos métodos activos, assim defende o ensino pela acção. Para tal é importante o desenvolvimento da atenção e o pensamento reflexivo; a capacidade de estabelecer conexões entre factos e objectos; a capacidade de diferenciar o essencial do acessório; remontar a causas e estabelecer os efeitos. Em suma a Pedagogia de Dewey resume-se no seu pragmatismo= a acção, pois ele acredita que não se educa para vida senão se aprende na vida, daí a educação é vida.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Explique a contribuição de Pestalozzi na Didáctica.
R% Para Coménius, o professor ao ensinar devia cumprir os seguintes passos:
1- Apresentar o objecto ou a ideia directamente, fazendo demosntrações,pois o aluno aprende com os sentidos, vendo e tocando;
2- Mostrar a utilidade especícifica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida diária;
3- Fazer refencia a natureza e origem dos fenómenos estudados, isto, é as suas causas;
4- Esplicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes;
5- Passar para o tópico ou assunto a seguir somente depois de certificar que o aluno compreendeu o anterior.
Unidade N0 06-A0008
Tema: Didáctica – suas relações com a Pedagogia e outras ciências
Introdução
Dissemos na primeira Unidade que a Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantém relação com a pedagogia. Mas também vemos que devido a compelxidade do processo de ensino e aprendizagem, de um lado e, por outro, tende em conta ao carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica mantem relações com outras ciências.
De facto, a actuação do professor com o propósito de ensinar, exige deste um agir tendo em conta não somente habilidades didácticas, mas também pedagógicas e um certo sentido psicológico, sociológico, biológico, filosófico etc, devendo, neste sentido, o professor se municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao mesmo tempo pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia, biologia, sociologia, filosofia) para a actividade didáctica do professor;
· Redefinir o campo específico de investigação da didáctica, tendo em conta as especificidades de objecto de estudo das outras ciências com as quais tem relação;
· Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral das Didacticas específicas.
Sumário
Didáctica; suas relações com a Pedagogia e outras ciências
Actividades 1
1. De que forma a didáctica se relaciona com a pedagogia e outras ciências?
2. Qual é o objecto especifico da didáctica dentro da investigação pedagógica?
3. Diferencie a Didáctica Geral das Didácticas Especificas. 
Respondendo a primeira questão, concerteza que deve ter pensado que a dependência da didáctica em relação a pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção metodológica geral e uma concepção de práxis pedagógica, uma vez que essas tarefas pertencem ao campo pedagógico. É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas de ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e tarefas mais amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai considera-se a didáctica como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias específicas das matérias que se esclarecem e se particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da actividade pedagógica e, em particular, do processo de ensino aprendizagem.
Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela engloba um conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos de operacionalização. 
Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em sociedade. Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da educação se modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em cada contexto económico e social de um momento da história humana, caracterizam o modo de pensar, de agir e os interesses das classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da direcção do processo educativo subordinado a uma concepção politico-social.
Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e o objecto específicos da didáctica. A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o ambasamento numa teoria da educação, formular diretrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.
A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, linguas, etc). De facto, as metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma determinada disciplina, enquanto a Didáctica Geral tem um objecto de natureza geral: Se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das disciplinas específicas.
Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que a relação da Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da segunte maneira:
A Psicologia indica a Didactica as oportunidades que melhor favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a efectivação da aprendizagem.
A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade no contexto de interções sociais, pois a aprendizagem acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas relações na educação dos alunos.
A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.
A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica, coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectuar os propósitos de educação.
A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar, realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus alunos aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos que esta complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a partir de uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma concepção politico-social, agindo, portanto, como pedagogo; e oa mesmo tempo o professor deve:
Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a afectivação da aprendizagem.
Orientar-se sobre o desenvolimento físico e os índices de fádiga dos alunos e, a partir disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um período significativo de trabalho para permitir o repouso dos estudantes, programar actividades em função das capacidades de resistência física dos alunos, etc.
Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo. 
Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação. 
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Agrupe em dois conjuntos as afirmações que se seguem, segundo sejam verdadeiras ou falsas:
a) O professor compete requerer um sentido e tácto pedagógico, didáctico, psicológico, filosófico; 
b) Ao considerar importante que os alunos tenham necessidade e direito a pausa ao longo do trabalho,revela do professor a consideração da psicologia;
c) A filosofia instiga o professor a visualizar o aluno como um todo, a procurar ensiná-lo conforme as metas que se pretendem em termos do tipo de personalidade a desenvolver;
d) A didáctica geral proporciona uma visão geral das diferentes metodologias que poderão ser utilizadas nas diferentes disciplinas específicas.
e) Se quiser olhar para a contribuição das diversas disciplinas no seu acto didáctico, o professor jamais cumprirá a sua tarefa; por isso, o melhor é planificar bem as suas aulas e ensinar convenientimente, porque desta forma qualquer aluno irá aprender.
R% Verdadeiras: a), d); falsas: c), e)
Unidade N0 07-A0008
Tema: Processo de ensino-aprendizagem – origem e desenvolvimento histórico
Introdução
Esta unidade está programada para o estudo sobre a origem e desenvolvimento histórico do processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de aprofundar os conhecimentos das unidades anteriores, sobretudo, quando falamos da especificidade didáctica.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar as particularidas de uma educação com carácter intencional.
· Caracterizar o desenvolvimento Histórico do PEA
· Explicar a origem e evolução do PEA
Sumário
Processo de Ensino-Aprendizagem, Origens e Desenvolvimento Histórico do PEA
Relacionar o desenvolvimento do património socio-cultural e técnico científico com o surgimento do processo de ensino-aprendizagem. 
Já ouviu falar várias vezes do termo “educação” e terá tido a ocasião de se questionar sobre o seu conceito e significado no desenvolvimento da sociedade.
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educam todas as crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho junto com os adultos. Mais, a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de produçãoes, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentimente, a especialização do trabalho.
Na sequência disso, aumenta o património socio-cultural e técnico científico da humanidade e torna-se cada vez mais complicado todos os adultos “ ensinarem a todas as crianças”. Assim, surgem pessoas especializadas em educação das crianças e criam-se situações específicas de educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-aprendizagem com processo organizado e intencional para a educação das crianças
Actividade 1 
Compare a educação na sociedade primitiva com a que realizada na sociedade em que surge a divisão do trabalho.
Exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos ensinavam a todas as crianças, enquanto com as especialização do trabalho, surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a educação, o que caracteriza o processo de ensino e aprendizagem. Mais precisamente, podemos destinguir a educação da sociedade primitiva e a da sociedade em que surge a especialização do trabalho da seguinte forma:
	Características 
	da Educação
	 Na sociedade Primitiva
	 Na sociedade de divisão de trabalho
	A educação/formação do homem depende dos seguintes factores:
A simples imitação aos adultos (por isso, era espontânea)
A tranasmissão oral
A influência do meio
Os exercícios no próprio processo de traballho (a imitação)
	A educação é organizada, razão pela qual toma o carácter de processo de ensino-aprendizagem, o que implica:
Carácter intencional do PEA
Colocação prévia de objectivos e tarefas de ensino
Elaboração de conteúdos e métodos de ensino/educação
Designação de homens especiais (alunos e professores /educadores com características próprias
Estabelecimento da duração e de locais especiais para realização do PEA 
Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais, culturais, técicos e cientificos que serviam de base a educação das novas gerações, no sentido de assegurar a sua continuidade e generalização ao longo do tempo e das gerações. Trata-se de um processo que, no princípio era realizado de forma espontânea e envolvendo a todos, graças a pouca diferenciação dos agentes “educadores”, dai a celebre idéia de que “todos ensinavam a todos”.
Com o aumento desse património socio-cultural e técnico-cientifico, nem todos são capazes de ensinar “tudo” e começa a haver diferenciação dos homens, em parte, pelo tipo de saber desenvolvido. Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem ensinar tudo, ao mesmo tempo que surgem individuos cuja função específica é de educar “ensinar “, fazendo com que o ensino seja uma actividade intencional, contrariamente ao momento em que “ todos ensinavam tudo “ onde a educação tinha um carácter espontâneo.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Das afirmações seguintes assinale com V e F, conforme sejam respectivamente verdadeiras ou falsas:
a) Existem processos de ensino-aprendizagem desde a sociedade primitiva. 
b) Tendo em conta a problemática fundamental da didáctica, cabe a Didáctica conduzir o processo de ensino-aprendizagem.
c) O carácter intencional do PEA obriga o professor a planificá-lo cuidadosamente, incluindo, entre outros aspectos, os métodos a usar, os meios, a avaliação a ralizar antes, durante e ao fim do PEA.
d) Devido ao caráter intencional do PEA, o professor não se deve autorizar a realizar e agir diante dos alunos fora do que está planificado para essa aula. 
R% a) F, b) V, c) V, d) F.
Unidade N0 08-A0008
Tema: Características do Processo de Ensino-Aprendizagem
Introdução
Os aspectos referidos acima, na unidade seis, aquando da abordagem sobre “Origem e desenvolvimento histórico do PEA “ nos permitem perceber as particularidades do PEA que o destiguem doutras formas de organização de educação, por isso, para podermos desenvolvê-lo ainda mais, vai a seguir falar sobre as características do PEA.
Ao falarmos das características do PEA, espera-se não somente mencioná-las, mas também explicá-las com o próposito de cada um refléctir como tê-las em conta na realização do PEA. O tema “ características do PEA “ está subdividido em lições, sendo esta primeira naquela em que, por ser a inicial, vamos poder mencionar todas as características do PEA e discutirmos mais especificamente a primeira característica, ou seja a de “ o PEA tem carácter social Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão sobre o tema proposto.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar as caractéristicas do PEA
· Explicar o significado de cada uma das características do PEA.
· Explicar o carácter social do PEA.
Sumário
Características do Processo do Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se destingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o PEA apresenta as seguintes características:
· Carácter social
· Carácter educativo
· O PEA desenvolve a personalidade
· O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialético
· O PEA tem carácter sistemático e planificado
· O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades
DIALÉTICA
A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da evolução da natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no processo de ensino-aprendizagem expressa-se nas interações entre os sujeitos sociais, a educação na ideia de Dewey, é uma contínua estruturação e reorganização da experiência, o que pressupõe que ao interagir com a situação, o sujeito muda a sua visão, assim como a visão que tem da situação. Daí que reconhecemos que o PEA, espaço de concretização da educação tem essas características. 
Actividade 1 
São seis as caracteristicas do PEA que acabamos de mencionar. Agora, tente, sozinho ou em grupo explicar em que consiste o PEA em conformidade com cada uma destas características apontadas.
Você acabou de explicar as caracteristicas do PEA. Por isso, debruçando-se sobre cada uma das caracteristicas, esperamos que tenha sido capaz de, referindo-se ao Carácter Social do PEA, compreender que se atribui esta caracteristica ao PEA porqueeste processo:
· Apareceu / surgiu com o desenvolvimento/aumento constante do património socio-cultural e técnico-cientifico da sociedade;
· É a sociedade que organiza, determina os objectivos, motivos, conteúdos, meios e métodos do PEA;
· Os actores principais (professores e alunos) interagem como seres sociais.
A partir desta característica, devemos enfatizar a idéia de que quando falamos do PEA é muito importante reflectirmos sobre o sentido da actividade docente, quer dizer:
· Os aspectos didácticos devem estar subordinados a definições de propósitos educativos válidos (socialmente) para orientar nosso trabalho;
· Os objectivos que nos propômos alcançar junto aos alunos são o elemento fundamental em nosso trabalho lectivo e quando realmente nos propômos ser educadores;
· Diferentes nações tem concepções diferentes das coisas (Brandão, 2007), sendo assim, a idéia da educação não é a mesma e, consequentemente, os propósitos da educação e do PEA também não são os mesmos, havendo, inclusive, possibilidade de adaptações no interior da mesma noção em função das caracteristicas dos alunos (sobretudo no que diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de aprendizagem), do contexto social e regional onde se localiza a escola. O PEA, é um processo contextualizado cuja finalidade é conseguir a partir do nível de partida dos alunos, chegar a uma verdadeira aprendizagem destes com o apoio do trabalho didáctico do professor.
O PEA surge como resultado do desenvolvimento da sociedade, aliás, uma constatação que estamos a fazer desde o ponto em que discutimos sobre a origem e desenvolvmento histórico do PEA, ao concluirmos que o desenvolvimento constante e progressivo do património socio-cultural e técnico-cientifico é que terá na origem do PEA.
Também acabamos de ver que o carácter social do PEA se reflecte, por conseguinte, nos objectivos, meios de ensino que são socialmente determinados. E ao fazermos esta constatação, surge-nos a idéia de que o PEA em toda sua planificação, realização e avaliação deve referir-se a um contexto social preciso, reflectindo-se nele e agindo para transformá-lo e desenvolver: esta é a razão social do PEA.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Das afirmações que se seguem, identifique as que são falsas:
a) Trabalho educativo do professor deve ser feito com base em valores culturais universais, mas também com referências aos valores locais para tor nar esse trabalho educativo mais relevante ao contexto social em que realiza essa acção educativa
b) Quem ensina Química, Física e outras ciências naturais não tem nenhuma possibilidade de ter e conta se o conteúdo do seu ensino reflicte as questões locais da sociedade em que se encontra e, por conseguinte, das características sócio-culturais dos seus alunos;
c) Tendo um curriculo planificado centralmente para todo o pais, resta ao professor fazer adaptações locais em função das características sócio-culturais dos seus alunos, sem perder a essência e as exigências globais do curriculo; 
Unidade N0 09-A0008
Tema: Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem
Introdução
Na unidade anterior acabámos de explicar o carácter social do PEA. Agora falemos do carácter Educativo do PEA.
A reclamação de que a escola, através dos professores e, particularmente, do processo de ensino-aprendizagem deve não somente ensinar, mas também educar atravessa fronteiras, atingindo todos os sistemas de educação e, igualmente, se coloca desde a tempos atrás até aos nossos dias: é uma questão actual e de todas as nações.
O professor competente ensina para formar e educar os seus alunos. Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão sobre o tema proposto, lembre-se este debate começou na unidade em que falamos das categorias da Pedagogia.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Diferenciar instrução da educação;
· Identificar os objectivos da educação e da instrução;
· Explicar, com base em exemplos concretos, como na prática o professor pode conseguir a unidade entre educação e instrução.
Sumário
Carácter Educativo do PEA
Para mostrar o carácter educativo começemos por rever os conceitos de educação e de instrução
Actividade 1
Diga, por palavras suas, a diferença entre instrução e educação.
No âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução são inseparáveis. De facto, a instrução é a transmissão/mediação de conhecimento, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim como das acções e procedimentos inerentes a eles. Por seu turno, a educação, pela sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços /sinais da personalidade.
Assim, é impossivel, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí que, a educação e a instrução estão intrensícamente unidos e se relacionam dialécticamente no PEA, apesar de que o alcançe dos objectivos educacionais, mais do que resultado do ensino, resulta de todo o conjunto de influências que actuam sobre o aluno/educativo. 
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolvimento nos alunos o saber e o saber fazer, enquanto quando falamos de educação se tem em vista o desenvolvimento do saber ser e estar. Mas como vemos, ao realizarmos a educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser bem educado diante de pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar as regras principais de comportamento que se espera desse individuo diante dessa situação); o mesmo vemos que ao instruir (ex: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser educado para o respeito das normas (neste caso, de trânsito rodoviário), sem as quais a condução automobilística se transforme num autêntico problema para a circulação e bem das pessoas.
Actividade II
Reconhecendo a relação dialéctica entre educação e instrução, explique como, na práctica, um professor pode conseguir realizar a unidade entre a educação e instrução no PEA.
Se discutiu a quesão acima sozinho ou em grupo, deve ter chegado a conclusão de que, de facto, é preciso unir a educação e a instrução ou seja, instruir e educar simultaneamente no PEA; mas apesar disso, levanta-se a questão de saber como fazer isso. Para o seu esclarecimento eis, por exemplo, algumas formas prácticas para assegurar a unidade entre instrução e educação no PEA.
Aproveitamento das potencialidades educativas do conteúdo a ser medido: todo o conteúdo de ensino tem, em maior ou menor grau, potencialidades educativas. Ex: Com a história da luta de libertação nacional em Moçambique, pode-se educar para patriotismo, a unidade nacional
A personalidade do professor: existe uma tendência natural de as pessoas crescerem, desenvolverem atitudes e convicções tomando os outros como modelo/exemplo, sobretudo aqueles com quem tem respeito e admiração.
Por isso, principalmente na escola primária, os alunos /educandos podem se educar pelo exemplo do professor.
Definição dos objectivos: para cada plano de aula o professor define uma série de objectivos, sendo por isso que deve ter cuidado de incluir nele objectivos instrucionais (i.e., da área de saber e saber – fazer), assim como educacionais (da área do saber-ser e saber-estar).
O professor ao ensinar seus alunos desenvolve neles atitudes, convicções, hábitos, para além de levá-los a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades e habilidades. Este é o propósito educativo e intsrutivo do PEA, o que faz com que tenhamos como recomendação fundamental do professor, de qualquer disciplina e com base em qualquer que seja o conteúdo, deve assumir como sua obrigação profissional educar os alunos, não se limitando apenas a mediação de conteúdos para serem assimilados simplesmente como conhecimentos. 
Para o efeito, o professor deverá fazer recurso das potencialidades educativas do conteúdo e, na base deste, ao planificar as suas aulas incorporar objectivos educativos (do saberser e estar, ou seja, do domínio afectivo) e instrutivos (do saber fazer, isto é, respectivamente dos domínios cognitivo e psicomotor).
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Indique, dentre as opções seguintes, aquelas que recomendam a um professor como estratégia pedagógica:
a) Ensinar aos alunos um conjunto de conhecimento para que estes possam estar habilitados de resolver as questões do exame, mesmo que isso ponha em causa a preocupação de educar convenientimente aos alunos; 
b) Considerar a educação inseparavel da instrução;
c) Aproveitar – se de todas as potencialidades e condições para educar os alunos, conforme as boas prácticas sociais e exigências de desenvolvimento da personalidade de cada um dos alunos;
d) Não agir nem dizer coisa alguma que ponha em causa a educação das crianças;
e) Preocupar-se com a educação dos alunos, mesmo que isso não signifique para o professor apresentar-se como unico modelo em termos do saber ser e estar para os alunos;
f) Quando se trata de Matemática, Quimica e muitas outras disciplinas, o acento deve ser posto na instrução dos alunos, para que o educador fique a responsabilidade de disciplina como “ educação moral e civica, educação partiótica e/ou politica “.
Unidade N0 10-A0008
Tema: Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem
Introdução
Depois de termos falado na unidade anterior sobre o carácter educativo do PEA. Nesta unidade iremos discutir sobre a relação dialéctica e fundamental do PEA. O Professor ao planificar suas aulas, apresenta-se-lhe um dilema de ter que cumprir o programa, de progredir ao mesmo passo que os seus colegas, professores doutras turmas, de modo a que seus alunos não sejam surpreendidos com perguntas de avaliação geral que o professor ainda não teve a oportunidade de os abordar; e isso pesa igualmente na avaliação do professor pelos seus superiores: o atraso do cumprimento do programa pode ser interpretado como inércia e mau desempenho pedagógico do professor. Quer dizer, o professor tem, diante de si, o programa (conteúdo), objectivos, meios, métodos de ensino, para além do aluno. Como deve relacionar – se com estes elementos todos (aluno, conteúdos, objectivos, meios e métodos) Com qual se deve operar a relação fundamental.
No PEA a relação dialéctica fundamental é a relação entre o ensino (ensinar) e aprendizagem (aprender). Posto isto, a questão que se levanta sempre é saber se o professor deve agir predominantemente em função do que ele sabe, dos seus objectivos ou em função dos alunos, mesmo reconhendo que esta última posição não nega a anterior.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Explicar porquê o ensino deve ser realizado em função do aluno;
· Descrever as tarefas do professor e do aluno na relação dialéctica entre eles;
· Identificar as razões que podem ocasionar a desproporção entre o ensinado e o aprendido pelos alunos numa aula.
Sumário
Relação Dialéctica e Fundamental do PEA 
Tente imaginar as suas aulas, a sua experiência como aluno ou professor e, na base disso, a que conclusão chega: é ou não o aluno o elemento principal na relação entre professor e aluno? Porquê?
Concordamos plenamente consigo ao concluir que o professor existe em função dos alunos, porque, este tende a garantir a comunidade e desenvolvimento da geração futura, tendo em conta as particularidades dos alunos, pois a aprendizagem é algo intrínseco, que se passa no interior do indivíduo, levando em conta suas capacidades, suas aptidões, seu desenvolvimento neuropsíquico e, ainda, seus interesses, motivações e suas necessidades. Por isso mesmo, de nada serve ao professor desenvolver aulas interessantes e bem planificadas se elas não atenderem ao “ estado” do aluno.
Deste modo, no PEA o aluno e o professor são necessários, mas o professor só existe em função dos alunos, daí que o aluno seja mais importante no PEA. Vejamos então algumas das actividades do professor e do aluno no âmbito da relação dialéctica entre eles.
Entretanto, nota-se que tudo quanto se ensina, apenas uma parte é verdadeiramente aprendida.
Fazendo uma auto-análise da nossa própria experiência docente e, sobretudo, observamos os nossos colegas, seus alunos e, inclusive, os nossos próprios alunos podemos concluir que as razões para este facto podem dever-se aos factores que intervem no PEA. 
1. Existe uma relação intríseca entre ensinar e aprender; não há ensino se não haver aprendizagem; o ensino existe para motivar a aprendizagem, orientá-la, dirigi-la; ele é o factor de estimulação intelectual. Assim, para haver ensino e aprendizagem é preciso:
· Uma comunhão de propósitos e identificação de objectivos entre professor e o aluno;
· Um constante equílibrio entre o aluno, a matéria, os objectivos do ensino e as técnicas/ métodos de ensino.
1. Na relação entre (ensinar) e aprendizagem (aprender), registam-se as seguintes contradições:
· O docente tende a levar os discentes a atingir um nível a ponto de já não precisar dele, quer dizer a independência;
· O discente a querer agir por si próprio, quer dizer, independentimente, mas a depender da ajuda do docente.
Mesmo o professor planifique e realize “ correctamente “ as suas aulas, se não hover aprendiazgem, então diz-se que não houve ensino. Esta afirmação nos sugere que qualquer preperação de uma aula, assim como a sua realização deve ser feito tomando em conta a realidade do aluno: seus interesses, motivações, progressos, dificuldades levando-o a ter uma atitude positiva para com o professor e a disciplina em causa, como condições para conseguir-se a activação do aluno para a realização das actividades principais que determinarão o progresso deste aluno na sua aprendizagem.
O que estamos a dizer é que, por exemplo, se o professor nota que os seus alunos precisam de muito mais tempo para exercitar um conceito ou uma operação, talvez seja melhor fazer desta maneira em vez de continuar com a matéria com vista ao simples cumprimento da matéria, mas ao mesmo tempo poderá ser que, em certa matéria, não haja necessidade de gastar todo o tempo previsto no programa para os alunos aprenderem-na devido a nível baixo de complexidade em função do aluno “ real “ que está diante do professor: é uma questão de ponderação, colocando sempre o aluno no centro do processo, como critério fundamental para decidir sobre as actividades a realizar, o tempo a acordar, as estratégias a adoptar, a avaliação a realizar, etc; mas sempre com o propósito final de que todos e cada um dos alunos atinja o seu nível mais elevado de aprendizagem em conformidade com as suas potencialidades cognitivas, afectivas e psicomotoras.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Aos seus colegas, aos professores das nossas escolas, você recomendaria ou não o seguinte:
a) Cumprir linearmente o programa, antes que seja sancionado pela administração da escola (Nao)
b) Parar, progredir, repetir a matéria tendo em conta as dificuldades e progresso dos alunos na aprendizagem (Sim)
c) Agir sobretudo como facilitador da aprendizagem e não como simples transmissor de conteúdos de aprendizagem (Sim)
d) Cultivar-se menos, desde que se preocupa mais em cultivar os alunos (Não)
e) Considerar os alunos como sujeitos da sua aprendizagem, portadores de sentimento e emoções (Sim)
f) Desenvolver, na aula, um clima afectuoso que favoreça ao aluno a aceitação do professor e do que ele ensina (Sim)
Unidade N0 11-A0008
Tema: Estrutura da aula – funções didácticas
Introdução
Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade de estrutura e dinamica do PEA. A educação especialmente organizada realiza-se, nas escolas, sobretudo através das aulas que em si, constituem um conjunto de condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos. Por outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria do ensino, preparada didácticamenteno plano de ensino e nos planos de aula. A realização de uma aula ou conjunto de aulas requere uma estrutura didáctica, isto é, etapas ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a sequeência do ensino de acordo com a matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e situações didácticas específicas; é neste sentido que nesta unidade vamos discutir sobre a estrutura da aula, como forma de organização do processo de ensino e aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Explicar o papel das funções didácticas; 
· Identificar as principais funções didácticas 
Sumário
Estrutura e Dinamica do Processo de Ensino e Aprendizagem 
As diferentes etapas serão apresentadas sucessivamente e, ao mesmo tempo, chamaremos atenção sobre a interligação existente entre elas.
Trata-se das etapas, também chamadas funções didácticas passemos a apresentar as funções didácticas:
· Função Didáctica de Introdução a Motivação;
· Função Didáctica Mediação e Assimilação;
· Função Didáctica de Dominio e Consolidação;
· Função Didáctica de Controlo e Avalição.
 As funções didacticas como já referimos, são etapas ou fases do PEA que, na sua essência realizam-se não rigidamente de forma sequenciadas, mas sim interligada. 
De certeza que já deu ou assintiu aulas e deve ter ficado com a impressão de que a indicação das etapas ou funções didacticas não significa que todas devem seguir um esquema rígido. A opção pela qual etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectos da matéria, das caracteristicas dos alunos, dos recursos didácticos disponiveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica etc.
Por exemplo, ao iniciar ua aula sobre “ As caracteristicas dos rios de Moçambique “, por causa da relação que esse conteúdo tem com o “Relevo e o Clima de Moçambique “, o professor poderá fazer uma breve revisão destes conteúdos e, neste sentido, pode se entender como sendo Introdução e Motivação por cumprir a função de (re) activação dos pré-requisitos, mas ao mesmo tempo pode ser uma consolidação (envolve repetição, exrcitação ou sistematização do (já aprendido), assim como avaliação por ajudar a verificar o nivel de compreensão e aprendizagem que os alunos tiveram nesta matéria (relevo e clima de Moçambique).
Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica criatividade e flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que fazer perante a situações didacticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsivel.
Devemos entender, portanto, as funções como tarefa do PEA relativamente constantes e comuns a todas as matérias, considerando-se que não há entre elas uma sequência necessariamente fixa, e que dentro de uma etapa se realizam simultaneamente outras. Elas estão em interacção reciproca, tal como se pretende ilustrar na figura abaixo.
Figura 1- A interdependência entre as funções didácticas
Introdução e Motivação
Controlo e Avaliação 
 Mediação e Assimilação
Dominio e Consolidação
Como pode imaginar, a função didactica Introdução e Motivação teoricamente é a primeira função didactica, aquela que faz iniciar a aula, mas que, como vimos anteriormente, pode estar associada a outras funções didacticas. Para este caso, o importantente é o professor reconhecer a importância da motivação no PEA e, de seguida, procurar encontrar as formas práticas para conseguir a motivação dos alunos nesse PEA.
No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo: mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suiscitamento do interesse e ligação da matéria nova em relação a anterior.
Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a actividade cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel educativo e formativo.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Seleccione, dentre as estratégias a seguir, aquelas que darão bom sentido a actividade de um professor:
a) Iniciar a aula cumprimentando os alunos (Sim)
b) Preocupar-se em desenvolver nos alunos uma aprendizagem consciente e activa, através da motivação dos alunos (Sim)
c) Os propositos do trabalho didactico, em princípio, devem ser apenas do dominio do professor (Não)
d) O professor deve forçar os alunos a aprender qualquer que seja o conteudo, o importante é que esteja previsto no programa (Não)
e) A aula deve partir de um ponto em que os alunos participem, para não ficarem naquela atitude passiva.(Sim)
Unidade N0 12-A0008
Tema: Funções didácticas – introdução e motivação
Introdução
Na aula procuramos desenvolver um entendimento comum sobre a importância da motivação no PEA e, sobretudo, para a aprendizagem dos alunos, tendo em conta a natureza de que a aprendizagem dos alunos deve ser consciente e activa, integrando os novos conhecimentos na estrutura mental do aluno. Fizemos isso antes de apresentarmos a relação dialéctica entre as funções didácticas de que falamos na unidade anterior.
E na sequência disso, devido a grande importância da motivação no PEA, iremos nos debruçar sobre as tarefas didácticas que o professor deve realizar para conseguir a motivação dos alunos, falarenos de forma resumida a motivação inicial, a motivação contínua e a motivação final.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto nesta unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir Recapitular o objectivo principal da actividade do professor na FD “ I + M”
· Explicar as tarefas do professor para conseguir a motivação no PEA.
Sumário
Introdução e Motivação
Actividade 1
Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para conseguir a mobilização psiquica e fisica dos alunos para a aprendizagem do (não) novo conteudo?
Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o objectivo principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos alunos para a aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por exemplo, serem realizadas as seguintes tarefas:
a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir opiniões próprias sobre o que aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a cousas ou eventos do cotidiano. A correcção dos trabalhos de casa trona-se importante factor de reforço e consolidação. As vezes haverá necessidade de uma breve revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de conceitos ou habilidades insuficientimente assimilados. 
b) Estabelecer a ligação entre noções que oa alunos ja possuem com a matéria nova, bem coo estabelecer vinculos entre a prática cotidiana e o assunto. Para isso, o melhor procedimento é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas e troca de experiências, colocação de possíveis soluções, estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando para se tronarem também problemas para os alunos em suas vidas práticas.
c) Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem. Para isso é necessario: 
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade; 
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem recursos ao medo, ao castigo, mas sim com base na persuação e envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).
2. Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem interessados, não estiverem atentos, então, não há aprendizagem.
Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:
· A orientação para objectivosconcretos atingiveis pelos alunos, que se encontrem na zona de desenvolvimento próximo.
· A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da turma e de cada 
Motivação contínua e final
Antes de a aula iniciar a motivação inicial põe os alunos em condições de poderem querer aprender, ou seja, dispostos para realizarem as actividades requeridas nesse PEA e ao mesmo tempo, gradualmente o professor trabalha para manter essa motivação ao longo de todo PEA, daí a pertinência da motivação contínua. Mas os alunos devem também serem/estarem preparados, motivados, para as tarefas ou actividades seguintes parecidas ou semelhantes a estas.
A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir o bjectivo de uma tarefa, de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem uma função motivadora. Por isso, dada a sua importância dos objectivos na actividade do professor e dos alunos, eles devem ser recordados e verificados em todas as etapas do ensino.Esse cuidado auxilia a avaliação permanente do PEA, assim como evita a dispersão, impedindo que aspectos secundários tomem conta do essencial no desenvolviemrnto, etc.
Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente devem permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para garantir a manutenção do nível optimal por muito mais tempo, fazendo permanecer a capacidade de recepção, assimilação do conteúdo, ao mesmo tempo que fará com que os alunos se inventam nas actividades em virtude de estarem “despertados “, com alto nível de actividade neurofisiologiaca “. É uma questão de princípio didáctivo, mas também de garantia de que o professor não estará a agir para com individuos ” amorfos “, “inactivos “ e “ incenssiveis “ as actividades que estão sendo desenvovidas na aula.
De igual modo, surge, a partir do que vimos nesta unidade, o imperativo de que as aulas sejam realizadas de tal forma que todos e cada um dos alunos atinja os objectivos preconizados, isto é, sinta que está a aprender, a progredir, visto que isso será condição para que encontrem energia psíquica necessária para as aprendizagens seguintes, partindo duma relação/atitude positiva para com as matérias/disciplnas (e respectivo professor) em que os alunos atingiram niveis satisfatorios de aprendizagem aluno individualmente. Esse parágrafo explica a pertinência da motivação final. Assim como nas funcoes didácticas aprendidas, a diferenciação da motivação deve ser entendida no sentido didáctivo, pois nenhum professor será capaz de identificar a motivação inicial, contínua e final nos seus alunos; além de que a motivação criada na fase inicial pode não exigir outra movivação para certos alunos, mesmo assim ao propósitos da aula serem atingidos.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1- Explique algumas acções que o professor pode desenvolver para garantir a motivação dos seus alunos.
R% Algumas actividades do professor para esse propósito são: Explicar os objectivos da aula, esclarecer a importância da temática para a vida dos alunos; relacionar o conteúdo da aula com a vida prática dos educandos, lembrar ao longo da aula, sempre que possível, o que pretendem com a aula.
Unidade N0 13-A0008
Tema: Função didáctica – Mediação e Assimilação
Introdução
Nesta unidade, importa discutirmos sobre o propósito da função didáctica Mediação e Assimilação, os seus aspectos perticulares (nomeadamente a “mediação e a “assimilação”) e as considerações importantes a ter em conta na sua concretização.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir o objectivo principal da actividade do professor na função didáctica “ Mediação e Assimilação”
· Explicar as tarefas do professor para conseguir a concretização desta no PEA.Mencionar as implicações educativas inerentes ao adulto.
Sumário
Lembramos mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente relacionadas, de modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da matéria nova começa inclusive na função didáctica Introdução e Motivação. Mas na função didáctica mediação e assimilação há o propósito de maior sistematização, envolvendo a transmissão-mediação/assimilação activa dos conhecimentos. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectivos e fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocinio dos alunos. Neste sentido o professor nesta etapa coloca os alunos em contacto com a “matéria nova”.
Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado a atmosfera propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é feita a reactivação do nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na qual se realiza uma parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou seja, para a etapa em que o profesor medeia um novo conteúdo e, na sequência disso, os alunos assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc, contribuindo para o desenvolvimento de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e estar. 
Importa clarificar que, pela sua designação, a função didáctica Mediação e Assimilação compreende, de um lado a actividade do professor (mediação do novo conteúdo) e do aluno (assimilação do novo conteúdo).
Rlembrando o que discutimos na FD I+M, sobre tudo em termos de reactivação do nível inicial, podemos entender o processo de mediação/assimilação como um caminho que vai do “não saber” para o saber, admitindo-se que o ensino consiste no domínio do “saber absoluto”, pois os alunos são protadores de conhecimentos e experiências, seja da sua prática quotidiana, seja aquelas obtidas no processo de aprendizagem escolar ou não. Portanto, para a realização desta FD, o professor deve ter em conta algumas considerações:
· Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da reactivação)?
· Quais são os objectivos a atingir?
· Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem ser atingidos?
· Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser mediados e os objectivos atingidos?
· Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos objectivos definidos, ao conteúdo, aos métodos escolhidos e as características do professor, de maneira a atingir uma assimilação activa por parte dos alunos?
Através destas questões pretende-se chamar particular atenção ao facto de que na FD M +A o professor não deve concentrar a sua atenção exclusivamente para o conteúdo que está a ser mediado, mas também sobre todas as outras categorias didacticas numa relação dialéctica (aluno, professor, métodos e meios de ensino-aprendizagem, objectivos), de modo a tornar efectiva a aprendizagem dos alunos; e, analizando a interligação entre as categorias, na FD M+A, o professor determinará se os métodos de ensino adoptadas/ou a adoptar estão mais variados para:
· A assimilação de novos conhecimentos (saber)
· O desenvolvimento de habilidades, métodos, habitos e técnicas de trabalho (saber fazer)
· O desenvolvimento de entidades, convicções e comportamentos (saber se e estar)
· Ou a interligação, conexão entre esses processos parciais.
Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e aprendizagem a empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários para atingir a assimilação de um determinado conteúdo nas suas potencialidades cognitivas, instrutivas e educativas “.
E porque o PEA é uma sequência lógico-didáctica de actividades planificadas e sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa pergunta, também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor necessárias para desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos objectos e conteúdos?”; e como resultado desta questão, vê-se que a qualidade das actividades do professor determina em larga medida a qualidade das actividades dos alunos.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1- Explique algumas acções que o professor pode desenvolverpara garantir a mediação e assimilação dos conteúdos.
R% Algumas actividades do professor para esse propósito são: explicar aos alunos os conteúdos, sistematização dos conteúdos, explicar aos alunos a essência do conteúdo através de exemplos, da experiência dos alunos, trabalhar com as percepções e ideias dos alunos. Neste sentido pode se optar pela exposição, observação ou discussão da matéria.
Unidade N0 14-A0008
Tema: Funções didácticas – domínio e consolidação
Introdução
Depois de realização da função didáctica “mediação e assimilação”, assim como ao longo deste processo, considera-se importante envolver na actividade do professor e os alunos acções com vista a conseguir nos alunos o domínio e consolidação da matéria; veremos, mais adiante, que correr na apresentação das novas matérias apenas para cumprir o programa não é satisfatório no PEA, porque nesta função didáctica, falaremos de dois aspectos principais:
· As razões que justificam a necessidade de realização da função didáctica “dominio e consolidação”
· As acções didácticas para a realização de “ dominio e consolidação”.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir o objectivo principal da actividade do professor na função didáctica “ Domínio e Consolidação”
· Explicar as tarefas do professor para conseguir a concretização desta no PEA.
Sumário
Se olharmos para o PEA, como tendo o objectivo de conseguir que os alunos, efectivamente aprendam, vemos que o trabalho com a nova matéria não se deve reduzir a simples exposição e explicação dessa matéria e colocá-la a disposição dos alunos. Mas deve, ao mesmo tempo, ir tratando de conseguir apuramento desse (ja não) novo saber nos alunos, visto que o trabalho docente consiste em provar as condições de assimilação e compreensão da matéria, incluindo já exercícios e actividades prácticas para solidificar a compreensão. Entretanto, o processo de ensino não pára por aí. É preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos, a fim de que estejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo de vida. Do mesmo modo, e em consonância com os conhecimentos, é preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos conhecimentos.
Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no PEA uma etapa, uma FD essencialmente destinada ao domínio, consolidação e fixação da matéria. Alias, os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados, quando se atingiu a capacidade de operar com elas nas várias tarefas de aplicação teóricas e práctica; e para tal, são necessários na continuidade do trabalho com os conteúdos novos, etapas, fases ou componentes do PEA que tem por objectivo directo a consolidação e o domínio dos conteúdos: no PEA é preciso proceder-se a uma constante consolidação dos resultados da aprendizagem.
Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA como unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores são habilidosos na” Introdução e Motivação”, outros podem expor o novo conteúdo de modo impressionante e astimular os alunos para a autoactividade criadora. Mas nem todos estes professores têm habilidades para terminar o processo de ensino-aprendizagem: não só é interessante a motivação, a exposição do prblema e do conteúdo que desperta o entusiasmo e a viva conversação na sala de aulas, integram também no PEA a repetição e sistematização planificadas, a prática intensiva e a aplicação variada dos conhecimentos e habilidades.
A consolidação, neste sentido, pode dar-se em qualquer etapa do processo didáctico: antes de iniciar matéria nova, recorda-se, são realizados exercícios em relação a matéria anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente as actividades de assimilação e compreensão. Mas constitui também, um momento determinado do processo didáctico, quando é posterior a assimilação inicial e compreensão da matéria.
A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. Estes três tipos, diferenciam-se no seguinte:
Consolidação reprodutiva
Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço para a criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os exemplos que o professor usou na explicação da matéria.
Consolidação criativa
Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos exemplos do professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas experiências, ligadas a matéria estudada. Não usam necessariamente as expressões utilisadas pelo professor, mas sim suas próprias palavras.
Consolidação generalizadora:
· Inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua sistematização;
· Implica a integração de conhecimento de forma que os alunos estabeleçam a relação entre os conceitos, analisem os factos e fnómenos variados sob varios pontos de vista, façam a ligação dos conhecimentos com novas situações e factos da prática social
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1- Explique algumas acções que o professor pode desenvolver para garantir a função didáctica de domínio e consolidação.
R% os resumos (orais ou escritos), fichas de exercícios podem contribuir para a sistematização da matéria.
Unidade N0 15-A0008
Tema: Funções didácticas: controle e avaliação
Introdução
O controle e a avaliação são muito importantes no processo de ensino-aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Controlar a aprendizagem dos alunos;
· Avaliar os alunos.
Sumário
Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e forma, ao mesmo tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades temáticas). No geral, podemos destinguir:
· Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de FD C+A
· Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as outras funções didácticas.
Nesta primeira aula sobre a FD “C+A”, vamos nos ocupar sobre o conceito, objecto e caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes trataremos de outros aspectos, tais como os tipos e funções da avalação, os instrumentos de avaliação e a utilização dos resultados de avaliação.
Conceito de Avaliação 
Definir a avaliação, não é uma tarefa fácil, se tivesse consultado bibliografia da área pedagógica de certeza teria visto que na literatura pedagógica existem muitos conceitos sobre avaliação dos alunos; mas de modo geral ela pressupõe classificar os alunos, determinar em que medida cada um dos objectivos foi atingido e as qualidades dos métodos e os meios de ensino e dos próprios professores, selecionar os alunos, etc. Para INDE/MINED (2008), a avaliação “e um instrumento que permite visualizar o andamento do processo de ensino-aprendizagem, permitindo adequar, ou melhorar estratégias de ensino face aos objectivos propostos, sendo assim deve ser concebida no sentido dinâmico, contínua e sistemática.
A principal missão é permitir uma imagem possível do desempenho dos alunos e a retroalimentação do PEA (processo de ensino-aprendizagem). De acordo com o mesmo autor, cumpre a avaliação:
Aos alunos
- Consciencializa-los sobre os pontos fortes e fracos da sua aprendizagem;
- Estimular o gosto pela aprendizaem de modo a superar as dificuldades encontradas no PEA;
- Desenvolver atitude crítica e activa no PEA.
Aos professores
- Identificar o nível de desempenho dos alunos;
- Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;
- Informar regularmente os pais sobre o progresso.
Aos pais e encarregados de educação
Sugerir junto dos pais e professores formas de melhorar o processo de ensino-aprendizagem.
A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o PEA. Através dela os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos professores e dos alunos são comparados com os objectivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para ascorrecções necessárias. Deste modo, podemos afirmar que a valiação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor, dos pais e encarregados de educação, como dos alunos. 
Portanto, avaliar é:
a. Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.
b. A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho desenvolvido pelo professor para ver se é ou não necessário uma revisão do PEA. 
Como pode ver, graças a valiação é possivel saber se a aprendizagem está a efectuar se conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a realimentação pela avaliação permitirá saber se de facto deve-se:
a. A inadequação dos objectivos.
b. A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.
c. As deficiências individuais relacionadas com pré-requisitos de aprendizagem.
d. A inadequação da orientação do PEA por parte do professor devido aos métodso e meios de ensino ou outros factores.
Objecto da Avaliação
Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse caso, é evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos resultados de aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo. 
Características Básicas do Controle e Avaliação
O controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser simultaneamente meio didáctico e meio pedagógico. E o que significa? Você concordará connosco ao afirmar que a avaliação é um meio didáctico e pedagógico por causa das suas finalidades. Assim, a avaliação é:
1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:
· Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com os objectivos pretendidos
· Avaliar o nível de aprendizagem atingido
· Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento
· Descobrir sobre a continuação do processo
2. Meio Pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:
· Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
· Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
· Desenvolver a capacidade de auto-avaliação
· Desenvolver a auto-confiança
· Influenciar a auto-avaliação
· Desenvolver a capacidade de autocorecção.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Qual o propósito da função didáctica Controlo e avaliação?
R% Ao começarmos a aula propomos objectivos que devem ser atingidos por nós, de nada serve terminar a aula sem saber o que realmente aprenderam os alunos, que dificuldades tiveram e que avanços. Essas informações servem para direccionar melhor o processo de ensini-aprendizagem.
Unidade N0 16-A0008
Tema: Tipos e funções da avaliação
Introdução
Colaborando com autores como Cortesão e Torres (1990), Nérici (1989) Piletti (1990), Libâneo (1992) e outros, podemos destinguir três tipos de avaliação no PEA, nomeadamente avaliação Diagnóstica, Formativa ou continua e Sumativa. Vamos ver, nesta unidade, o conceito de cada um destes tipos de avaliação, as suas funções, os momentos do PEA em que se devem realizar e as formas da sua realização.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto nesta unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Caracterizar a avaliação Diagnóstica, formativa sumativa, indicando o momento em que se realizam e os seus objectivos/funções
· Reconhecer a avaliação diagnóstica, formativa e sumativa como instrumentos para (re) orientação do PEA.
· Mencionar as formas através das quais se pode realizar a valição diagnóstica, formativa e sumativa.
Sumário
Tipos e Funções de Avaliação
Avaliação Diagnóstica
A avaliação Diagnóstica realiza-se no ínicio do curso, do ano lectivo, do semestre, da unidade ou dum novo tema. A valiação diagnóstica tem como objectivo verificar o dominio de pré-requisitos necessários para a aprendizagem posteriores (=nível dos alunos). Estes pré-requisitos constituem o ponto de partida para estabelecer uma estratégia do PEA adequado para os alunos, de forma que o professor possa ajudar todos os seus alunos a terem o domínio do saber, saber fazer e saber ser/estar correspondentes a objectivos considerados fundamentais. Deste modo é possível que se faça:
· Organização de aulas de recuperação
· Simplificação dos conteúdos programáticos que serão estudados, reduzindo-os ao essencial
· Acompanhamento contínuo dos alunos individualmente ou em grupo.
· Elaboração constante de trabalhos pelos alunos e sua correcçào regular pelo professor.
· Testagem regular dos progressos e resultados de aprendizagem.
.
Portanto a avaliação diagnóstica tem uma função formativa, pois tem como finalidade, através de conhecimento do nível inicial dos alunos, elevar a aprendizagem para atingir os objectivos educacionais propostos.
Avaliação Continua ou formativa
Este tipo de avaliação, como o nome já diz, realiza-se continuamente ao longo das aulas Também tem uma função formativa, uma vez que dá a conhecer ao professor e ao aluno se os objectivos estão a ser alcançados, identifica os obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, estabelecendo estratégias que ajudem os alunos e os professores a ultrapassar as dificuldades detectadas.
Esta actividade (avaliação contínua) vai revelar problemas de aprendizagem colectivos (da turma) ou individuos. Por exemplo, o facto de uma noção não ter sido adequada por grande número de alunos na turma pode significar que ela é dificil ou que o professor não actua de forma adequada.
Consequentimente, há um diagnóstico do PEA, e em caso de os resultados serem negativos, exige-se a replanificação que consiste em:
· Rever os objectivos traçados e os conteúdos por parte do professor
· Rever os métodos e os meios de ensino e aprendizagem utilizados na aula 
· Alongar o tempo previsto inicialmente de modo a fazer compreender os conteúdos eficazmente.
· Acompanhar de perto o trabalho dos alunos ou exigir mais esforço com vista a compreensão da matéria.
Avaliação Sumativa
No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre, semestre, ano ou curso) chegou o momento de se “medir a distância” a que o aluno ficou da méta pré-estabelecida, ou seja, avaliar se os objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos. Esta distância é quantificada, isto é, classificada. A função desta avaliação é, pois, emitir um juízo de valor final.
Mas classificar pressupõe que haja um critério de como fazer uma comparação com o que está a ser classificado num determinado quadro de referência, e nosso caso temos a escala de valores, de notas, surgindo daí as classificações de Muito Bom, Bom, Sufciente, Mediocre e Mau.
Contudo, a avaliação sumativa para além de função de classifica ção pode também assumir a função formativa e orientadora do percurso de aprendizagem na medida em que será um instrumento que permitirá ao professor:
· Decidir da possibilidade de passar ou não para uma nova unidade didáctica.
· Medir a posição de cada aluno, tendo em conta os objectivos estabelecidos na planificação e toda a avaliação que o aluno foi evidenciado.
· Decidir da possibilidade de os alunos transmitirem para o ano seguinte, apoiando-se também, como é óbvio, em todas as informações recebidas sobre aluno.
· Constatar se porventura houve folha no seu próprio trabalho, identificar as causas, a fim de as ultrapassar posteriormente.
A avaliação acompanha todo o PEA; alias, juntamente com planificação e realização do PEA, construem os ciclos docentes, ou seja, o ciclo de actividades fundamentais do professor: planificar, realizar e avaliar o PEA. E não se trata de uma avaliação “fim” em sim mesmo, mas de uma avaliação que inicia com o processo para o diagnóstico das particulardades individuais dos alunos e da turma, para ajustar as actividades ao aluno e, depois, a medida que se vai realizando o PEA o professor e o aluno requerem uma informação sobre como está a decorrer a aprendizagem para reorientação da actividae do ensino tendo em conta o rítmo da aula e da aprendizagem dos alunos. E, finalmente, após a conclusão de uma unidade, semestre ou curso,faz-se a avaliação sumativa para classificação dos alunos.
O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao que fazem muitos professores, não deve servir apenas para “ dar notas “ aos alunos, classificá-los, mas sim como um instrumento valioso para condução do PEA. Para o efeito, se impõe ao professor a realização, não apenas da avaliação sumativa, mas cada vez mais da avaliação diagnóstica e formativa.
Auto-avaliação
Indique as proposições verdadeiras, dentre as que se seguem:
a. Quando se realiza a avaliação diagnóstica temos em vista aferir o nível inicial dos alunos para a aprendizagem do novo conteúdo. (verdade)
b. Despois da realização a avaliação diagnóstica, quando se verificar que os alunos não têm os pré-requisitos , o professor deve reprogramar a recuperação dos alunos antes de avançar com a nova matéria. (verdadeira)
c. A recupração dos alunos pode acontecer tanto no início de uma aula com nova matéria ou numa aula inteira especificamnte reservado para o efeito. (Verdadeira)
d. A avaliação sumativa serve essencialmente para diagnosticar as dificuldades dos alunos em termos do seu progresso na aprendizagem. (Falso)
e. A avaliação formativa não é realizável nas nossas escolas por causa do número elevado de alunos e da extensão dos programas (Falso)
f. O que é mesmo importante é que cada um dos alunos percebe, através da avaliação, os seus progressos e as suas dificuldades para, a partir dai, esforçar-se no que for necessário. (verdadeira) 
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1- Elabora uma avaliação usando as possibilidades aprendidas.
Unidade N0 17-A0008
Tema: Objectivos de Ensino
Introdução
Imagine que sai de casa vai passear mas não sabe efectivamente onde vai. Um amigo seu, pára e lhe dê uma carrona, certamente que aceitarias. Mas se você não definiu para onde vai passear, acha que a boleia será lhe benéfica? Um certo pensador, escreveu: nenhum barco se beneficiará do vento se não saber para onde deseja embarcar. Esse episódio ilustra o quanto é pertinente fixar metas na nossa vida. Assim também na aprendizagem é necessário, se souber o que pretende com um texto, saberá escolher os métodos apropriados para conseguir atingir os objectivos, saberá dizer se cumpriu com os objectivos ou não (avaliação). Bem já percebeu que os elementos didácticos actuam de forma interdependente. Nesta Unidade temática vamos tratar dos objectivos de ensino.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir o conceito objectivo de ensino;
· Explicar a importância destes no processo de ensino-aprendizagem;
· Distinguir objectivos de ensino das actividades de ensino.
Sumário
Objectivos de Ensino
Os objectivos de ensino também designados por objectivos comportamentais ou objectivos operacionais, são listagem de resultados específicos do ensino, indicadores do comportamento e da capacidade de execução dos alunos (Hannah, 1985 apud Golias, 1999:220). 
Objectivos como a descrição da aprendizagem
Os objectivos são formulados no sentido do comportamento esperado, aliás a aprendizagem em última instância culmina com a modificação do comportamento, mas nem todo o comportamento em mudança é resultado da aprendizagem, dai a necessidade de clarificar o comportamento esperado em forma de objectivos. De facto dissemos na unidade anterior que ao ensinar o professor visa suscitar aprendizagem nos seus alunos, essa aprendizagem que se traduz em mudança de comportamento previsto, veja o esquema proposto por Golias (1999) a seguir:
Observe o esquema:
ENSINO ( APRENDIZAGEM ( OBJECTIVOS 
 (
	Descrição dos resultados esperados da aprendizagem do aluno
 Fonte: Extraído de Manuel Golias (1999)
Observando o esquema é fácil de compreender que os objectivos são especificações de resultados de aprendizagem expressos em forma de conduta, vamos entender comportamento no sentido dos comportamentalistas que aprendeu em Psicologia Geral, isto é, de condutas expressas.
Em síntese
	Os objectivos de ensino especificam resultados esperados como consequência do ensino. Tais resultados constituem expressão de condutas resultantes da aprendizagem.
Vantagens de formulação de objectivos de ensino
Autores como Hannah e Michaelis (1985) citados por Golias (1999) que sintetizam algumas destas vantagens:
· Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os objectivos que vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
· As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais dos grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e avaliadas;
· As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser seleccionados e utilizados de modo a alcançar resultados claramente definidos.
· Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é especificada num comportamento observável ou um produto desse comportamento;
· É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino desejado;
· A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são especificados os objectivos claramente definidos;
· A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do ensino. (Golias, 1999 & Schmitz, 1993).
Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do ensino” 
 Não menos verdade, os professores confundem, de facto, os objectivos e as actividades a serem desenvolvidas pelos alunos, a seguir passamos a síntese de Golias (1999) na especificação deste equívoco:
	· Os objectivos de ensino descrevem e especificam os resultados de aprendizagem;
· Os objectivos de ensino descrevem condutas do aluno, não actividades do ensino a realizar pelo professor ou pelo aluno para conseguir aqueles;
· Os objectivos de ensino constituem condutas que se esperam que os alunos consigam, não enunciados de itens de avaliação.
· Os objectivos de ensino não são objectivos temáticos, simples especificações de conteúdos, mais sim o conjunto de conteúdos e habilidades e actividades que desejamos que se desenrolem nos alunos ao estudar o seu conteúdo.
Lembre-se que os objectivos gerais expressam intenções a serem alcançadas no fim da aula ou da aprendizagem, não são facilmente mensuráveis pois não indicam uma conduta manifesta, já os específicos, instrucionais ou comportamentais, indicam uma conduta manifesta que se espera verificar como resultado da aprendizagem. Gostaríamos de decifrar um possível equívoco: nem tudo na aprendizagem é possível prever, mas vale apenas estabelecer alguns critérios para conseguir verificar se o aluno aprendeu ou não. 
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1-Explique a importância da definição dos objectivos de ensino.
· R% Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os objectivos que vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
· As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais dos grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e avaliadas;
· As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser seleccionados e utilizados de modo a alcançar resultados claramente definidos.
· Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é especificada num comportamento observável ou um produto desse comportamento;
· É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino desejado;
· A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são especificados os objectivos claramente definidos;
A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do ensino
	
	
	
	
Unidade N0 18-A0008
Tema: Métodos e Técnicas de Ensino-aprendizagem
Introdução
A nossa intenção nesta unidade é, priomeiro discutirmos sobre os conceitos de métodos e de técnicas de ensino-aprendizagem, para de seguida apresentarmosua classificação dos métodso de ensino-aprendizagem, na esperança de que desta forma você possa compreender o imperativo de uso de variados e multifacetados métodos de ensino-aprendizagem com o propósito de conseguir a aprendizagem dos alunos. Assim, esta unidade falaremos do Conceito de Método e de Técnica de Ensino-aprendizagem.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir os métodos de ensino-aprendizagem
· Diferenciar métodos de técnicas de ensino-aprendizagem.
Sumário
Métodos e Técnicas de Ensino-Aprendizagem 
Conceito de Método de Ensino 
Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer dizer “ caminho para chegar a um fim “. Representa a maneira de conduzir o pensamento ou acções para alcançar um objectivo.É, também forma de disciplinar o pensamento e as acções para obter maior eficiência no que se deseja realizar.
Existem várias definições sobre os métodos de ensino, alguns autores partem essencialmente da actividade do professor, outros integram a actividade do professor e dos alunos; alguns definem com uma via para alcançar os objectivos de ensino, outros como um conjunto de procedimentos metodológicos. Assim os métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos (Libâneo, 1992). 
A par das dificuldades de se encontrar unanimidade na definição dos métodos, o professor na actividade docente tenta estabelecer uma diferenciação entre método e técnica de ensino. No entanto, não é fácil estabelecer fronteiras bem definidas entre estas duas componentes essenciais da formação.Na literatura sobre o assunto não encontramos unanimidade. Alguns autores consideram como método que outros reduzem a simples técnicas, sendo o contrário igualmente verdadeiro.
Assim, tendo em conta o carácter necessariamente “elástico” e “permeável” da actividade pedagógica, talvez não seja muito conveniente estabelecer fronteiras rígidas; é necessário, todavia, definir conceitos que consideramos essenciais e igualmente compreender a relação entre métodos e técnica.
A técnica de ensino ou pedagógia é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos de formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o audiovisual, a informática, etc. Deste modo, autilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de facto, a sua função de gestão de situação de formação. 
Exemplificando, se, ao fazer uma exposição de determinido assunto, o formador não é conhecedor das técnicas de exposição ou não as emprega de forma correcta, é evidente que o método utilizado, Expositivo - não pode cumprir a sua função e deste modo a relação de formação é claramente prejudicada.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1-Diferencie os métodos das técnicas de ensino.
R% Os métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos, já a técnica de ensino ou pedagógia é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos de formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o audiovisual, a informática, etc.
Unidade N0 19-A0008
Tema: Classificação dos métodos de ensino-aprendizagem
Introdução
Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da aula, provavelmente o professor se pergunta sobre que método utilizar. Para responder a esta questão importa, pois, do lado do professor ter um inventário geral sobre as possibilidades de métodos que se podem utilizar no PEA.
De certeza que esta seria também uma questão que você iria se colocar. De facto, não pretendemos que, para cada situação, lhe daremos indicações sobre os métodos que deveria utilizar, senão alistarmos as variedades destes métodos, conforme os diferentes tipos de classificações de métodos de ensino-aprendizagem que temos a disposição na literatura pedagógica e de acordo com as circunstâncias de ensino saberá escolher o método ou técnica adequada.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	Distinguir as diferentes classificações dods métodos de Ensino
Explicar a vantagem e desvantagem da aplicação de alguns métodos no PEA.
Sumário
Classificação segundo as vias lógicas de obtenção de cohecimento:
· Métodos Indutivos
· Métodos Dedutivos
· Métodos analitico-sintético
Classificação segundo as fontes de obtenção dos conhecimentos:
· Métodos orais (os que se centram na palavra como fonte essencial de aquisição de conhecimento. Ex: conversação, exposição, conto, narção, etc)
· Método e percepção sensorial (os que centram nas fontes visuais. Ex: Ilustração, demonstração, etc.)
· Métodos práticos (os que fundamentam no uso de exercícios escritos e gráficos, nos trabalhos em laboratórios, nos ateliers.etc)
Classificação dos Métodos, tendo em conta aspectos em realção as posições do professor, do aluno, da disciplina e organização escolar:
a. Método quanto a forma de raciocínio:
b. Método Dedutivo
· O professor procede do geral para o particular;
· O professor apresenta conceitos ou princípios, definições ou afirmações, dos quais se extraem conclusões ou consequências;
· Permite tirar consequências, prever o que pode acontecer, ver a riqueza de um princípio ou de uma afirmação; 
Método indutivo
· O assunto é estudado por meio de casos particulares, sugerindo-se que se descubra o princípio geral que os rege;
· Começa com a apresentação de elementos que originam generalizações por parte dos alunos com ou sem ajuda do professor
· Basea-se na experiência, na observação, nos factos.
Método analógico, comparativo ou transdutisco
· Utiliza-se quando os dados particulares apresentados permitem comparações que levam a concluir por semelhança
· O pensamento procede do particular para o particular. Por isso, este método pode conduzir o aluno a analogias entre o reino vegetal e mesmo animal, com relação a vida humana.
Métodos quanto a coordenação da Matéria
Método Lógico
· Os dados ou factos são apresentados em ordem de antecedência e conseqência;
· A estrutura da matéria, dos factos ou elementos é do menos para o mais complexo, ou da origem a actualidade
· Principalmente faz a ordenação partindo da (s) causa (s) para o (s) efeito (s).
Método Psicológico
· A ordem dos elementos segue-se mais egundo os intereses, necessidade e experiências dos alunos;
· Segue mais a motivação do momento do que um esquema rígido previamente estabelecido;
· Atende a idade evolutiva dos alunos ao invés de determinações da lógica do adulto.
Método quanto a relação do Professor com aluno
Método individual
· Destina-se a educação de um só aluno/formando
· Trata-se do caso em que o professor está para um aluno;
· É recomendável em casos de recuperação para alunos que, por qualquer motivo, tenham-se atrasado nos seus estudos. Também pode ser usado em casos de alunos excepcionais, que requerem um tratamento individualizado, exigem maior atenção e muito tempo por parte do professor.
· Procura ajustar o ensino a realidade de cada aluno, o que é vantajoso no sentido de que: o aluno passa a ser o centro de acção educativa; o ensino é adequado realmente as condições pessoais doas alunos; possibilita a motivação, o que favorece o crescimento pessoal; propicia o desenvolvimento da criatividade.
· Entretanto: não favorece a sociabilização do aluno, quando a aluno trabalha sozinho; não oferece situações de estudo compatíveis com a realidade; é mais caro.
Método de ensino colectivo
· Dirigem-se ao mesmo tempo e sub mesmas condições para todos os educandos;
· De modo geral, o professor actua com base no aluno médio
· As tarefas a serem desenvolvidas individualmente são asmesmas para todos os alunos;
· Exemplo destes métodos: método expositivo, de Arguição, de leitura, etc.
Método quanto a actividade dos alunos 
Método Passivo
· Enfatiza a actividade do professor, ficando os alunos em atitude passiva;
· Suas formas de realização podem ser os ditados, a exposição oral, lições do livro, perguntas e respostas, etc.
Métodos activos
· A aula decorre com a participação dos alunos;
· Se desenvolve na base de realização da aula por parte do aluno, em que o professor torna-se um orientador, um incentivador e não um transmissor do saber, um ensinador 
Métodos quanto a abordagem do tema
Método analítico
· Implica análise, a separação de um todo em suas partes ou em seus elementos constitutivos;
· Basea-se na concepção de que, para compreender um fenómeno, é preciso conhecer-lhe as partes que o constituem.
 Método Sintético
· Implica a sintese, a união de elementos para formar um todo; 
· Postula que para compreender um objecto ou fenómeno, é preciso realizar um trabalho de associação das partes até chegar-se ao objecto ou fenómeno.
Para além das classificações de métodos de ensino que acabamos de aprender na aula anterior, existe o segundo o tipo de interações entre o professor e o aluno que é proposto por Klingberg (1972), a qual considera existirem três variantes métodicas básicas a destacar;
· Método Expositivo
· Elaboração conjunta
· Trabalho Independente
Vendo esta classificação de Klingberg, lembremos a questão colocada sobre “porque a classificação de métodos de ensino-aprendizagem tem sido a mais utilizada pelos professores particularmente em Moçambique”. E em jeito de resposta, e analisando todas as outras classificações anteriores, pode observar-se que esta classificação de Klingberg tem sido largamente utilisada em virtude de nela poderem-se incluir o resto dos métodos e técnicas de ensino indicadas pelos outros autores, mas também parece-nos ser de fácil uso no processo e ensino – aprendizagem. Por outro lado, devemos notar que a utilização dos métodos de ensino no PEA não ocorre nem deve ser de forma que se utiliza preferencial e exclusivamente um determinado método de ensino; a combinação e a alternância dos métodos de ensino é uma das estratégias pedagógicas importantes na utilizção dos métodos de ensino. Ela enriquece o conjunto das relações entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar uma possível sensação de monotonia.
Características das Variantes Metódicas do PEA (Método expositivo, Elaboração conjunta e Trabalho Independente)
1. Método de ensino Expositivo 
Características: Caracteriza-se por uma maior actividade visível do professor, e por uma atitude de aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor expõe a matéria e os alunos “ recebem-na “. Isto acontece quando se sabe que as “exposições” do professor só são “recebidas” pelos alunos se o professor conseguir estimular a actividade independente destes.
Quando se aplica 
· Quando se deseja transmitir muita matéria de modo sistemático e em tempo relativamente curto;
· As possibilidades de conduzir directamente os alunos aos factos e fenómenos que se desejam transmitir.Quer dizer, quando os conteúdos só podem ser medeados indirectamente;
· Quando os conteúdos são complexos /abstractos
· Quando os alunos não têm bases suficientes em termos de pré-requisitos.
Potencialidades
· Tem potencialidades educativo-emocionais, quer dizer, tem grande possibilidade de poder tornar afectiva a força educativa da palavra do professor;
· Desenvolvimento nos alunos da capacidade de concentração e da actividade mental na aprendizagem receptiva;
· Mediação racional e eficiente dos conteúdos;
· Permitir a transmissão da informação em pouco tempo.
Perigos/incoveniência
· Perda de atenção/concentração, resultando em baixa qualidade de aprendizagem;
· Sobrecarregamento da memória de curta duração;
· Demasiada informação;
· Passos de raciocínio demasiado grandes (obrigando a recorrência a de longa duração, perdendo-se deste modo o fio de exposição;
· Aprendizagem limitada ao nível reprodutivo.
· Comodismo do professor, ou seja, menos esforça na preparação das aulas, resultando na acumulação de todos os factores negativos no PEA.
Algumas orientações gerais
· Dar indicações prévias, orientando a atenção para os pontos essenciais da exposição;
· Controlar continuamente a atenção e concentração dos alunos;
· Dosear bem a quantidade da informação;
· Conseguir a atenção involuntária inserindo elementos interessantes, emotivos, motivadores;
· Fazer perguntas de controlo durante a exposição;
· Fazer repetir/resumir o essencial no fim da exposição;
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. A seguir se apresenta uma lista de abordagem dos métodos de ensino aprendizagem, da qual se pede que diga quais são as afirmações com as quais concorda e com as que não concorda:
a) Ao designarmos métodos de ensino-aprendizagem, da-se a ideia de que as actividades de ensino condicionam fortemente as de aprendizagem (de acordo)
b) O trabalho do professor de planificação das aulas, desde que sejam excelentes, os métodos que forem a utilizar pouco importa para a qualidade d aprndizagem (discordo)
c) Na questão sobre os métodos de ensino-aprendizagem, temos que ver a actividade do professor, dos alunos como sendo interdependentes (de acordo)
d) A utilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de facto, a sua função de gestão da sua situação de formação (de acordo)
Unidade N0 20-A0008
Tema: Meios de ensino-aprendizagem
Introdução
A unidade de estudo de meios de Ensino e Aprendizagem, mesmo mesmo que seja tradicional, apoia-se em meios ou recursos; aliás, esta é uma participação inerente a todas actividades humanas que, para a sua realização, um mínimo de recursos materiais e humanos (para além de financeiros, em certos casos) serem indispensavel.
No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que se devem utilizar para dispertar e motivar as actividades dos alunos, ao mesmo tempo que poderam representar forma através da qual os conteúdos são representados e concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos dos alunos. Portanto, são estes meios de ensino que iremos tratar nesta unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir meios de ensino-aprendizagem
· Classificar os meios de ensino-aprendizagem
· Explicar a importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem 
Sumário
Meios de Ensino e Aprendizagem
Conceito
Dissemos anteriormente que em qualquer situação de ensino-aprendizagem se usam meios ou recursos didácticos. Trata-se de uma variada gama de dispositivos materiais e humanos, naturais e artificiais que o professor utiliza para facilitar o seu trabalho didáctico. Quer dizer, os meios de ensino são usados com determinados fins pedagógicos.
Por outras palavras, os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno (Piletti, 2004). Esses componentes podem ser, o profesor, os livros, os mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos materiais e assim por diante. Para Libâneo, (1994), meios de ensino são meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a realização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem.
O material didactico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a fim de torná-lo concreto e intuitivo. 
Importa desde já esclarecer os quívocos frequentes no estudo dos recursos de ensino, são eles sinónimos de materiais didácticos, recursos didácticos, meios didácticos ou de ensino? Ou referem amesma coisa? Certamente, vários autores ao usarem esses termos, em algum momento parece diferentes, deu para entender nas definições apresentadas acima. Seja como for, esses conceitos são sinónimos, referem-se a mesma coisa, dito de outro, a designação desses recursos, mudou ao longo do tempo, do materialdidáctico, hoje falamos de recursos didácticos, incluindo deste modo o aluno, professor (recursos humanos), os recursos materiais (correspondem aos antigos materiais didácticos). Ao tratar de recursos de ensino seja qual for a designação, não olhemos para a definição, mas sim para a finalidade, aí que vamos compreender que são todos recursos de aprendizagem.
Finalidades do uso dos meios de Ensino-aprendizagem.
A partir dos conceitos de “meios de ensino- aprendizagem”, que vimos anteriormente, facilmente podemos chegar a conclusão de que os meios de ensino-aprendizagem são usados com vista a determinadas finalidades, dentre as quais:
· “Aproximar o aluno a realidade;
· Desenvolver a capacidade de observação;
· Desenvolver a experimentação concreta;
· Visualizar, ou concretizar os conteúdos de aprendizagem;
· Permitem a fixação da aprendizagem.” (Schmitz, 1993:47)
Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico mais do que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e a construir, pois é neste sentido que ele aprende. Assume assim, aspecto funcional e dinâmico, proporcionando oportunidade de enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade e oferendo-lhe oportunidade de actuação.
Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve obedecer as seguintes condições:
· Ser adequado ao assunto da aula
· Ser de facil apreensão e manejo
· Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de aparelhos.
E por outro lado, a utilização dos recursos de ensino de acordo com Piletti (2004:154) deve ter em conta alguns critérios e princípios, nomeadamente:
· S”Seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem alcançados.
 Nunca se deve utilizar um recurso de ensino so porque esta na moda. 
 Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido sificientimente de forma a poder empregar correctamente. 
 A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos”. 
Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.
Classificação dos Meios de Ensino-aprendizagem
Existem muitas classificações de meios de ensino-aprendizagem e, de igual modo, constata-se que cada disciplina exige também seu material específico, como ilustrações, gravuras, filmes, mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros, enciclopedias, dicinários, revistas, album seriado, manuais e livros didácticos, etc, ao mesmo tempo que temos equipamentos ou meios de ensino gerais necessários para todas as disciplinas (exemplo, carteiras ou mesaz, quadro - negro, projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo etc.).
Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em visuais (projecções, cartazes, gravuras) auditivos (radio, gravação) e audiovisuais (cinema, televisão), apesar de se reconhecer que, na paratica, as expressões verbais, sonoras e visuais se complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma complementar. Uma outra classificação de meios de ensino considera existirem:
Meios/recursos humanos
· Porfessores
· Alunos
· Pessoal escolar
· Comunidade
Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as eguintes categorias de meios de ensino-aprendizagem:
	 Categoria/tipo
	 Exemplos
	Meios simples de trabalho
	Cadernso, lapis, esferografica, régua, escantilhão, compasso, giz, apagador, etc.
	Móveis e equipamento geral das salas de aula
	Carteiras e mesa do professor, armarios/estantes, etc.
	Objectos originais/naturais
	Partes de seres vivos ou na sua totalidade, vivos ou mortos, exemplos minerologicos, matérias-primas, etc.
	Reprodução ou imtações tridimencionais
	 Modelos didácticos: modelo do sistema solar, máquinas simplificadas
	Aparelhos e aparelhagens para experiências e produção
	 Aparelhos de demonstração e mediação, máquinas e ferramentas de produção, estojos de dissecação, microscopios, aparelhos em vidro (tubos de ensaio, pipetas, provetas, buretas, alambique, etc)
	Meios visuais, auditivos e audio-visuais
	Veja a classificação anterior
Importancia dos meios audiovisuais
Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos destacar aqueles cuja acção se faz mediante o uso da visão (meios visuais), da audição (meios auditivos) e, finalmente, aqueles que estmulam simultneamente a visão e audição (meios audiovisuais, colaborando para aproximar a aprendizagem de situações reais.
Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter presente que o homem toma conheciemento do mundo exterior através de cinco sentidos. Pesquisas revelam que aprendemos:
· 1 % - Através do gosto
· 1.5 % - Do tacto
· 11 % - Através do ouvido
· 83 % - Através da vista
E retemos:
· 10 % Que lemos
· 20 % Que escutamos
· 30 % Que vemos
· 50 % Que vemos e escutamos 
· 70 % Que ouvimos e logo discutimos
· 90 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156)
A partir destes dados concluimos que os cinco sentidos não tem a mesma importância para a aprendizagem.Concluimos também que a percepção através de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos. Por isso é importante utilizar método e ensino que utilizem simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta importância dos recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustra de que retêm mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido assimilados através de método de ensino que combinem a estimulação da visão e da audição dos alunos.
	Método de Ensino
	Dados retidos depois de três horas
	Dados retidos depois de três dias
	Somente oral
	 70
	 10
	Somente Visual
	 72
	 20
	Visual e Oral Simultaneamente
	 85
	 65
Fonte: Piletti (2004), Didáctica Geral
De facto, a partir destes dados surge a ideia de que, o professor para tornar a aula mais dinâmica e com maiores potencialidades de atingir os objectivos, deve conbinar os meios auditivos com os visuais, evitando, quanto possivel, utiliza-los separadamente
Sumário
Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o so de meios de ensino-aprendizagem. Será com base nestes meios que o professor facilmente guiará as experimentações, a observação e a manipulação dos alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenómenos representados pelos meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles constituem um grande suporte para a actividae do professor, no sentido de, através da intuição, dos orgãos de sentido, aproxima-se o aluno a realidade do que se pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um conteudo específico.
· Com este procedimento, do uso de meios de ensino, os alunos estarão em condições de estar cada vez mais dispertos e aptos para a aprendizagem. Entretanto, resta, para um aproveitamento integral dos meios de ensino, reconhecermos que eles não se utilizam e nem devem ser utilizados com finalidade em si mesmos, senão virados para a aprendizagem dos alunos, eis porque, o professor precisa de ter domínio exaustivo sobre a finalidade com que usa os meios, recorrendo, ao mesmo tempo, a principios e critérios fundamentados sob ponto de vista didactico. Lembra-nos Schmitz (1993), que autilização dos recursos didácticos dependerá do tipo de aluno, o seu interesse, os objectivos, os conteúdos, os métodos, e muitos outros factores ocasionais ou ambientais. 
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Estando diante da conversa entre dois professores, cujo profesor A aconselha o B nos termos que se seguem, assinala apenas aquelas que considera possuirem afirmções correctas:
a) Os meios de ensino estimulam a actividade dos alunos (certo)
b) A eficáciados meios de ensino na sala de aula está condicionada a capacidade de mobilizar a atenção, observaçào, manipulação dos alunos. (Certo)
c) Para cada aula, todos os meios de ensino são válidos, é só uma questão do professor ver -os que estão próximos, evitando assim “dar” aulas sem auxílio de quasquer que sejam os meios de ensino (Negativo)
d) A palavra do professor, o professor ele mesmo, nunca pode ser um meio de ensino a explorar; por isso antes de cada aula que cada professor faça o esforço de olhar seu exterior, aos recursos materiais disponíveis. (Negativo)
e) Meios modernos, aqueles que atraem mais a curiosidae dos alunos por causa da novidade que inspiram são muito mais funcionais que os conhecidos, mesmo que o professor não tenha dominio suficiente sobre o funcionamento daqueles.(Negativo)
Um ensino em que se faz uso diversificado de meios desde que sejam adequados e utilizados eficazmente, facilitam a fixação do conteúdo pelos alunos. (certo)
Unidade N0 21-A0008
Tema: Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Introdução
O processo de ensino aprendizagem é uma actividade intencional e, nesta condição, requere uma planificação, a começar pelo nivel central, da escola e da aula. Neste sentido, a palnificaçao do ensino-aprendizagem assume caracter de obrigatoriedade para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e o conteúdo a mediar e ademais, algumas caracteristicas fundamentais da estruturação didáctico-metodológica e organização de ensino. É, pois, pela importância que a planificação do PEA tem, de seguida iremos nos debruçar sobre ela, focalizando, conceito e importância da planificação do PEA.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Definir a planificação do Processo de Ensino-aprendizagem;
· Explicar importância da planificação do PEA
Sumário
Planificação do Processo de Ensino Aprendizagem
Caro estudante, se tivéssemos pedido para listar o que fará hoje? Diria-nos que vai ao cinema, a praia, no grupo de estudo, ou seja um monte de possibilidades, mas porquê não deixa essas actividades para outro dia? O nosso dia – a – dia exige uma organização, preparação ou simplesmente antevisão de acções para não nos surpreender ou surpreendidos. Vejamos a seguir que a semelhança das actividades quotidianas, a educativa, exige uma preparação, um nível de organização para garantir o cumprimento das suas finalidades.
CONCEITO E IMPORTÂCIA DA PLANIFICAÇÃO DO PEA
A Planificação é uma práctica corente em todas as actividades humanas, especificamente as que são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil para você concluir que o plano de aula (ou seja, a planificação do PEA) é a previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para coduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos.
A Planifiação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
Se terá facil definirmos a planificação do ensino, não parece tão simples falar da importância da palanificação do ensino, sobretudo com uma parte dos nossos professores que trabalham nas nossas escolas a relativamente muito tempo; referimo-nos a aqueles (muito experientes) que pensam ser dispensável o plano de aula, como acontece também com alguns recém-formados ou contratados que não devolveram ainda nem hábito, nem suficiente capacidades para fazer a planificação das aulas.
Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tende em vista alcançar determinadas metas, torna-se importante fazer uma previsão básica da acção a ser realizada, previsão essa, que funcione como um fio condutor susceptível de orientar a acção. Com efeito, na medida em que a acção educativa põe em causa o presente e o futuro da criança, do adolescente e do jovem, pondo consequentemente em causa a própria comunidade, não se pode permitir que ela se desenrole ao sabor dos acasos da improvisão. Com a planificação da aula, o professor determina objectivos a alcançar ao término do processo de ensino- aprendizagem, os conteúdos a serem aprendidos, as actividades a serem relizadas pelo professor e aluno, a distrubuição do tempo, etc, ou seja, a planificação permite visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em dia lectivo. 
Assim a planificação da aula é a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no periodo de tempo em que o professor e aluno interagem numa dinâmica de ensino e aprendizagem. Mas porquê é importante planificar as actividades de ensino-aprendizagem? Para responder essa questão solicitamos a visão de Piletti (2004:75), para este autor a planificação,
“- Evita a rotina e a improvisão;
-Contribui para a realização dos objectivos visados;
-Promove a eficiência do ensino;
-Garante maior segurança na direccao do ensinoi;
-Garante economia de tempo e energia”
A Planificação do PEA, por parte do professor afigura-se como uma etapa necessária se admitirmos que se trata de prever o conjunto de actividaes (do professor e dos alunos) que estarão ao centro do PEA, incluindo conteúdo, meios, selecionados tendo em conta os objectivos que se pretendem atingir e as condições em que se irá realizar o PEA.
Ao falarmos da planificação das aulas, sobretudo da ausa importância, compreendemos porquê a aula não pode ser um improviso, cada aula enquadra-se dentro de um universo do sitema de saberes que se pretendem sejam propriedade dos alunos mediante o PEA, os quais estão interligados e respodem a interesses curriculares. Estamos, portanto cientes que cada aula dada, significa aula planificada, não que isso signifique que o que vai acontecer na sala de aulas é uma simples reprodução mecânica do plano. O plano de aula é um intrumento flexivel, aliás, o momento de aula é dinâmico por envolver uma relação dialéctica entre alunos e destes para com o professor, o que suscita reacções, inter-relações, a ajustar /equilibrar, istos mas que para que o PEA respeite o rítimo do que se passa efectivamente na sala de aula: Dificuldade de aprendizagem dos alunos, perguntas e contribuições dos alunos, recursos existentes na sala de aula antes não previstos mas que têm grande potencialidae para a aprendizagem dos alunos, tempo (disponibilidade e escassez), etc.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Nas nossas escolas temos vários professores, cada um com seus hábitos particulares. Entretanto, a escola é uma organização, sobretudo entidade responsável por realizar o PEA, uma actividade com carácter sistemático e planificado como vimos na aula sobre as características do PEA. Nesse sentido, você concordaria ou não com o professor que:
a) As suas aulas, apesar de serem planificadas, ocorrem espontaneamente, ao curso do que acontece na aula (Sim)
b) Minunciosamente planificado ao ponto de nas suas aulas não se tratam, nem se discutem assuntos, tarefas, problemas que não estavam previstos no plano de lição. (Não)
Orienta aulas atrativas “ movimentadas”, cujo dinamismo é sustentado por aquilo que se passa na sala, mas sem deixar a parte seu plano de aula. (Sim)
Unidade N0 22-A0008
Tema: Níveis de planificação do processo de ensino-aprendizagem
Introdução
A prática do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nivel, classe ou tipo de ensino.
O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o papel quem operacionaliza e concretiza no tereno uma planificação anteriormentefeita a niveis acima dele. Isto, em parte orienta o professor, mas ao mesmo tempo, como vimos anteriormente, nenhum plano do PEA pode considerar-se proposição rígida, acabada, o que faz com que da sua parte, o professor planifique, a sua maneira, as suas aulas.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa o tema proposto na unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores
· Definir os diferentes níveis de planificação no PEA
Sumário
Niveis de Planificação do PEA
A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois niveis fundamentais: central e do professor, passando por um nível intermediario, o da planificação pela escola.
 A nivel central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saida do nível/grau, curso, disciplina, ano, etc a partir do qual se faz:
· A definição dos objectivos, conteúdos e métodos gerais
· A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e pelas unidades do PEA.
· A elaboração dos programas detalhadas por disciplina
· Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor e outros meios de ensino-aprendizagem.
Actividade
1. Depois da planificação central, em que vai consistir a panificação ao nivel do professor?
2. Quais são os modelos existentes para a elaboração do plano de aula?
Como podemos ter atravês da experiência de educação em Moçambique, por exemplo, a planificação do professor começa, juntamente com outros colegas, com a elaboração do plano anual da disciplina, geralmente denominada “ “dosificação “, na qual o grupo de disciplina faz a distribuição das unidades de ensino em semanas, prevendo momentos de aula, da avaliações, para além doutras que mereçam destaque na planificação anual ou semestral. E, a seguir a isso, o professor individualmente (principalmente) ou em grupo faz plano de aula (s), ou seja, a previsão do desenvolvimento do conteúdo para aula ou conjunto de aulas, tendo em conta um carácter bastante específico em termos do tema (conteúdo), métodos e técnicas de ensino, objectivos, meios, isto é, das condições concretas em que se realizará o ensino-aprendizagem.
Em termos de modelos para a planificação das aulas, convé realçar que existem muitos, em função do autor que os propõe. Por iso, nos parece marginal a discussão sobre qual é o melhor modelo, desde que se chegue ao ponto de incluir os elementos que simbolizam a dinâmica do processo de ensino-aprendizagem.
Assim, por uma questão meramente elucidativa, incluiremos a seguir alguns modelos de plano de aula, deixando ao critério do professor, em grupo de disciplina ou nivel da escola, e em função da disciplina que lecciona adoptar este ou aquele modelo, ou ainda a combinação entre eles. 
A planificação do professor tem como base a planificação curricular que, por sua vez orienta a planificação a nivel da escola. Deste plano da escola, que reflecte o curriculo, o professor se serve para planificar as suas aulas.
A planificação das aulas, uma etapa essencial da actividade do professor como podemos ver nas aulas anteriores, é realizada, regra geral obedecendo a determinados modelos. Em todo caso, mesmo com esta diversificação de modelos de planificação de aulas, parece haver algum consenso de que ele comporta actividades do professor e dos alunos (traduzindo os métodos “ variantes métodicas básicas “ de ensino a utilizar), os meios de ensino, o tempo, o conteudo, os objectivos e as funções didacticas (na sua integralidade, incluindo momentos de introdução e motivação, mediação assimilação, dominio e consolidação e, finalmente, controlo e avaliação).
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Coloque V ou F as afirmações que são, respectivamente, verdadeiras ou falsas:
a. A planificação do nivel central é importante por orientar ao professor sobre as experiências educativas que deverá organizar para os seus alunos (V)
b. Em função das condições concretas, o professor, pode incorporar ou enriquecer o curriculo para poder ajustar as condições da sua escola e as particularidades dos seus alunos. V
c. O plano central, portanto, o curriculo deve ser cumprido sequencialmente e de forma linear. F
Unidade N0 23-A0008
Tema: Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem
Introdução
Prezado estudante, ao completar esta unidade, você será capaz de: A tentativa de apresentação dos modelos de plano de lição ja foi um bom passo para visualização dos componentes (ou elementos) que orientam a elaboração da planificação do PEA e, quiçá, em todos os níveis de planificação do PEA. Estes componentes, em parte, devem ser cuidadosamente analisados, visto que qulquer plano de ensino para ser funcional deve, por exemplo, ajustar-se aos alunos, aos conteúdos, aos meios existentes e outros componentes que a seguir nos debruçaremos deles
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	· Identificar os componentes que se devem ter em conta para a planificação do PEA;
· Explicar, em que medida, é util se ter em conta cada um desses componentes.
Sumário
COMPONENTES DE PLANIFICAÇÃO DO PEA 
a. O meio ambiente
Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos não são considerados nas propostas de aprendizagem, corre-se risco de não interessarem ou de serem inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a que se vão propôr, as motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E evidentimente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito, as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não se tomar em consideração. E assim, frequentimente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possivel concretiza-la com o material e que dispõe.
b. Recursos/meios de ensino existentes 
É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto a árvore do patio da escola, a mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações mineiras, etc, abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de estratégias. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui um excelente reurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da natureza e da qualidade de relação pedagogica investida no processo educativo”. O professor ao planificar a sua acção tem, pois de estar bem conciente dos seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido possivel.
c. O aluno 
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber, cujo aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado assunto é muitas vezes mais facil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor), e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistasdesse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nso outros. 
Por outro lado, uma componente importante na palnificação do PEA é a sua adequação ao aluno. Realmente, para além da compreensão das caracteristicas próprias do nível etário do aluno e das caracteristicas da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é fundamental que o professor conheça as caracteristicas pessoais do aluno.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de trabalho que se irá propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas que canalizam aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente competitiva terá de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo.
d. Conteúdos 
 Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas conseptuais que os presidem e os temas organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Este facto poderá aparentemente não ser importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente oa alunos se encontrarão ao enfretarem os exames, naturalmente, a nivel da classificação.
Neste sentido, o importante conciste em perceber que para além da organização do conhecimento em si, com base nas sua regras, o conteudo abrnge todas as experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e fases do desenvolvimento do aluno.
e. Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da familia, da escola, da disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).
f. Procedimentos de ensino 
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os objectivos da aprendizagem dos seus alunos: compreende método e técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para estimular a aprendizagem do aluno.
g. Avaliação 
A avaliação se justifica como componente esencial do palno de ensino pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos. Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos presistos para o ano lectivo, para aquela unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se se ter de atender a qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a proxima etapa são avalir o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia, o seu rendimento e optimização, a sua maximização
O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento fortemente a considerar para a planificação do PEA. O Professor, qualquer disciplina que seja, não poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta u naquela escola, neste ou naquele ponto do pais, soretudo em função das condições de que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de adequação as condições locais, para que, efectivamente o palno seja funcional sob o ponto de conseguir levar oa alunos a atingirem os objectivos de aprendizagem que se desejam.
Igualmente diriamos para o caso doutros componentes de que acabamos de retratar: meios ou recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como poderemos ver na aula que se segue, o exercicio tem que ser sempre o mesmo em relação a outros componentes, nomeadamente objectivos, procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano de ensino.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	1. Seleccione apenas as afirmações verdadeiras do conjunto das seguintes frases:
a. Para além da organização do conhecimento em si, com base nas suas regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionado e organizado pela escola (em grupo de professores da esma disciplina ou classe)
b. Nenhum plano de aula teria spaço para acomodar os vários aspectos do ambiente envolvente: o que interessa é que ele se restrinja ao que consta no programa.
c. A verdadeira aprendizagem é sempre o produto da actividade pessoal de cada um, razão pela qual, o papel do professor conciste em tentar criar soluções que favoreçam em cada aluno a mobilização optima de todos os seus recursos, particilarmente dos seus pré-requisitos.
d. O que se disse na alinea anterior obriga o professor a planificar as suas aulas em função das particularidades dos seus alunos.
e. Se pudéssemos com a riqueza cultural das pessoas existentes a volta da escola para servirem de meios de ensino, isso iria atrasar ainda mais o cumprimento do programa.
Unidade N0 24-A0008
Tema: Etapas do processo de planificação
Introdução
Ao definirmos a planificação como sequência de actividades a serem desenvolvidas na sala de aula, remete-nos a ideia de uma sequencialidade dessas acções didácticas/pedagógicas. Nesta unidade vamos analisar as diferentes etapas que orientam o processo de Planificação
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
	
Objectivos
	Identificar as etapas do processo de Planificação
Explicar a essência de cada etapa no processo de planificação.
Diferenciar o plano da planificação 
Sumário
Vamos começar coma abordagem das etapas do processo de planifição, são principalmente quatro etapas: a sondagem, a elaboração, a execução do plano e a avaliação do mesmo. Vejamos detalhadamente essas etapas.
Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a pertinência desta etapa, Schmitz (1993:105), observa que “conhecendo o aluno em seu ambiente, com seus elementos integrantes, com suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades pode-se planificar para ele. A falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação deste autor é importante para a compreensão da necessidade de olhar sempre para o destinatário desse processo de planificação, incluindo as condições ambientais e materiais, bem como os métodos, os recursos didácticos necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem planificadas.
Repare que voltamos a falar do diagnóstico como etapa fundamental para se começar a actividade educativa e de aprendizagem em especial. Esse exercício, minimiza as imprecisões e incuprimento das actividades, pois a planificação assenta-se numa realidade concreta. Imagine um professor que vai ao Distrito, pensa em usar um recurso didáctico, o retroprojector ou datashow, o que exige a utilização de energia, ele não sabe se no Distrito tem energia ou não. Será que esse vai cumprir com as actividades de aprendizagem planificadas? Certamente que não, porque não observou as condições concretas do terreno, faltou aqui a sondagem, o diagnóstico ou simplesmente o conhecimento da realidade, o plano tem que ser realista, uma das suas característas. 
Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo em que o professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que prevém o que deverá acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos alunos, nas condições da sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que será trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentosa empregar, na forma de avaliação, isso tudo faz parte da planificação. Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma de um documento escrito, a esse documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o outro é produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu a diferença, agora vamos explicar em que consite a elaboração do plano. 
A partir das informações obtidas na sondagem, agora estamos em condições de decidir se levamos o retroprojector ou datashow, ou ainda nada disso? Para não cairmos numa simples repetição, repare nas actividades descritas quando explicamos a planificação no parágrafo anterior, essas corespondem a esse processo de elaboração, olhar para os objectivos, condições de realização, formas de avaliar e todas actividaes descritas nesse parágrafo.
Execução
Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a concretização das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque em causa os objectivos planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma das características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em conta a avliação dessas actividades.
Avaliação
Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993), importa referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também estabelecimento de critérios claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe de cumprir com os objectivos previstos. 
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem ser consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e interligadas, quer dizer o processo não pára na avaliação, pois a avaliação vai permitir a replanificação, tornando um ciclo vicioso.
Exercícios
	
Auto-avaliação
	Apesar do dinamismo reconhecido no processo de planificação, a sondagem é considerada uma etapa crucial deste processo. Explique porquê?
R% vamos ser sintético na resposta, a falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não interessa, ou até o que já foi alcançado, todas etapas para a sua melhor execussão, dependem essencialmente do conhecimento da realidade.
EXERCÍCIOS PARA RESOLVER
EXERCÍCIOS PARA RESOLVER
Em cinco (5) páginas no mínimo, faça uma redação dos seguintes sub-temas do tema :
· Trabalho1 para primeira sessão presencial – Código: T-F.E-01
A Questão dos Objectivos Educacionais: 
: 
(a) Formular objectivos educacionais a partir de um dos temas da educação.
(b) Importancia da formulação dos objectivos educacionais.
· Trabalho2 para segunda sessão presencial – Código: T-F.E-02
A Questão da Planificação do processo de Ensino -aprendizagem: 
(a) Elaborar o plano de Aula com o tema: utilização dos recursos audiovisuais.
(b) Relevancia da planificação na educação.
· Trabalho3 para terceira sessão presencial – Código: T-F.E-03
A Questão dos recursos didácticos: 
(a) Procura os recursos disponíveis na sua zona que podem ser aproveitados na sala de aula, fundamente pedagogicamente.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CORTESÃO e TORRES. Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Mudança na Avaliação; Porto Editora, Porto, 1990
GOLIAS, Manuel. Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo, 1999.
HAIDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo, 2006.
KLINGBERG, Lothar. Itroducción a la didáctica general.Editorial Pueblo y educacion; Ciudad de la Habana, 1972.
LEMOS, V.O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem; 4edição; Texto editora.,Portugal,1990.
 LIBANEO, J. Didáctica; Cortez editora; SP, 1992
__________. Pedagogia e Pedagogos para quê? Cortez Editora, 8ª edição, SP, 2005.
MARAFON, Maria Rosa Carvalho. Pedagogia crítica: uma metodologia na construção do conhecimento. Editora Vozes, RJ, 2001.
PIAGET, Jean. Pedagogia. Horizontes Pedagógicos, Lisboa. 1998
PILETTI, C. Didáctica; Cortez editora; SP, 1990
POUW, L. Conferência de Didáctica Geral; ISP, Maputo, 1993
SANTOS, Vivaldo Paulo dos. O quefazer na sala de aula: didáctica, metodologia ou nada disso? Dialogia, v.2 2003: pp, 137-148
SCHMITZ, Egídio Francisco. Fundamentos da Didáctica, São Leopold, RS: Ed.UNISINOS, 1993.
UNESCO. Carta escolar y microplanificação de la educacion; Division de políticas y planeamento de la educacion; IIPE; Paris, 1985
VV. Pedagogia; Editorial Pueblo y Educacional; Habana, 1981
Instruções para o estudo dos conteúdos do manual
· Como podera notar os conteúdos apresentados no manual, oferecem a ti caro estudante, um entendimento básico e fundamental para o desenvolvimento de determinadas competências específicas, mediante a resolução dos exercícios e tarefas de auto-avaliação
· Sugerimos que faça um aprofundamento dos conteúdos apresentados no manual, recorrendo as bibliografias apresentadas no Manual e outras que estiverem a seu disponível.
· Esta obra está disponível na Biblioteca do CED, podendo ser fotocopiada ou consultada.
· A referida obra também contêm exercícios, sugerimos que resolva esses exercícios, ainda que não seja para entregar, contudo podem constituir matéria de avaliação para testes e outros.
Critérios de avaliação das tarefas do manual.
· Vocé deverá entregar todos exercícios indicados para serem entregues, a não entrega implica diminuição na nota.
· A quantificação total dos exercícios correctos é a de 20 valores.
· Os exercícios que exigem maior reflexão e trabalho de campo por parte do estudante são os de maior cotação.
· Deve ser evitado o plágio de respostas.
· Procure ser mais criativo na apresentação das respostas, priorize o estabelecimento da relação entre a teoria e a prática, bem como a resolução de situações concretas.
· A apresentação técnica e coerência textual devem ser algo a ter em conta.
· O grau de cientificidade das respostas com recurso a termos de natureza científica e técnica deve constituir aspecto a considerar.
· A apresentação de conclusões e recomendação de forma clara e objectiva deverá ser potenciada.
Last updated/Issued on 05 October 2012

Mais conteúdos dessa disciplina