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CASOS PRATICA III PENAL (1-9)

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Caso Concreto 2
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ.
                PEDRO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Niterói, Rio de Janeiro, RJ, vem, por seu advogado regularmente constituído, (endereço completo), conforme procuração em anexo, nos termos do art. 44 do CPP, no prazo legal, para oferecer
QUEIXA-CRIME
com fundamento nos art. 145 do CP em face de Helena (qualificação completa e endereço) pelos fatos a seguir aduzidos.
DOS FATOS
                No dia 19/04/2016 Pedro, ora querelante, publicou em determinada rede social postagem alusiva à comemoração de seu aniversário, que ocorreria na noite daquele mesmo dia. Enviou, então, convite para todos os seus contatos referentes à comemoração que seria realizada.
                No entanto, Helena, ora querelada, sua ex-namorada, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada aos contatos do querelante, soube por meio da supracitada publicação do aniversário do mesmo e, por meio do seu computador pessoal, instalado em sua residência publicou na referida rede social uma mensagem no perfil pessoal de querelante, com a vontade e consciência e com intuito de ofendê-lo. A mensagem diz o seguinte: “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha… ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”.
                O querelante, que estava em seu apartamento conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de querelada em seu perfil pessoal. Ficou, então, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, tentou disfarçar o constrangimento, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada.
                No dia seguinte o querelado procurou a delegacia de polícia especializada na repressão de crimes de informática e informou o ocorrido.
DOS FUNDAMENTOS
                É forçoso observar que, diante dos fatos acima narrados houve claramente a conduta típica descrita no art. 139 do CP. A querelada, com o objetivo de ofender e difamar o querelante, ofendeu-lhe a reputação imputando-lhe fatos notadamente com tal intuito.
                Sabe-se que, em nossa sociedade não é comum o uso de saia por parte dos homens, sendo tal fato publicado apenas para expor o querelante ao ridículo frente aos amigos e familiares. Do mesmo modo, publicar que o mesmo trabalha bêbado, além de ser fato grave perante o empregador.
Os fatos publicados pela querelada trazem a público questões eminentemente pessoais do querelado, não sendo da competência nem devido a ninguém a veiculação dos mesmos em rede social ou em qualquer local que seja.
De outro giro, a conduta da querelada coaduna-se também com o tipo descrito no art. 140 do CP, qual seja, o de injuriar, ofendendo a dignidade e o decoro.
É perfeitamente visível tal tipificação, pois de forma clara e límpida a exposição de fatos pessoais em rede social, local acessado por qualquer pessoa com conexão, expõe o querelante de forma totalmente ridícula, sem ao menos se preocupar com a verdade.
Ademais, é perfeitamente cabível a aplicação do previsto no art. 141, III do CP ao caso em comento, pois da forma e pelo meio como foi praticado, a conduta da querelada, qual seja, por meio da internet, em rede social, obviamente facilita a divulgação e expõe ao fato publicado uma quantidade sem fim de pessoas.
DOS PEDIDOS
                Diante de tais razões, espera respeitosamente de vossa excelência:
1. o recebimento da presente queixa;
2. a intimação do ilustre representante do Ministério Público, após a citação da querelada;
3. condenação da querelada;
4. a fixação do mínimo para indenização, na forma do art. 387, IV do CPP;
5. a notificação das testemunhas abaixo arroladas para prestarem esclarecimentos sobre os fatos ora narrados;
Assim, protesta por todos os meios de prova admitido em direito, em especial a oitiva as testemunhas abaixo elencadas.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Niterói, RJ/data
Advogado
OAB/UF
Caso concreto 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE XX
Processo n° ….
  
MATEUS, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, (já qualificado na denúncia oferecida pelo membro do Ministério Público), vem, por seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento legal em anexo, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
com fulcro nos artigos 396 e 396-A do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
Trata-se o caso de ação penal oferecida pelo Ministério Público em face do réu pela prática do crime previsto no art. 217-A c/c art. 234-A, todos do CP. 
Alega o MP que o réu praticou os referidos crimes contra Maísa, de 19 anos, conjunção carnal que resultou na gravidez da mesma. Ainda na acusação, o MP alega que a suposta vítima seria incapaz por tratar-se de pessoa doente mental.
Narra o MP que o réu, no mês de agosto de 2016, em dia não determinado, dirigiu-se à casa da vítima para assistir, pela televisão a uma partida de futebol. Nesse intento, aproveitando na situação momentânea, realizou conjunção carnal com a vítima, alegando o MP que a referida conjunção alí praticada se dera sem o devido consentimento da vítima, embora não empregado violência. Diz o MP que a vítima é incapaz, portanto, não teria condições de discernir, muito menos de consentir tal prática.
 No entanto, sabe-se claramente que a vítima apontada pelo Ministério Público não padece de incapacidade, muito pelo contrário. Certo é que a mesma já mantinha relações amorosas com o réu há algum tempo, sendo fato conhecido por diversas pessoas, quais sejam, a avó materna do réu, Olinda e sua mãe, Aida, que residem com e réu e sabiam do relacionamento e da capacidade da vítima.
Ademais, cabe ressaltar que  suposta vítima não tem o interesse no prosseguimento da ação penal em epígrafe, tendo, inclusive, manifestado tal desejo, no entanto, mesmo assim, o promotor, por conta própria deu prosseguimento ao feito.
Em final, sabe que a vítima não apresenta nenhum tipo de incapacidade mental, total nem relativa, não sendo plausível nem sustentável apontar-lhe como portadora de tal enfermidade. Sabe que a vítima é perfeitamente sã, podendo, inclusive, ser averiguado em depoimento pelo próprio juízo.
DOS FUNDAMENTOS
1. PRELIMINAR
	Sabe-se que em determinados crimes, para a propositura da ação penal em face do réu faz-se necessário o preenchimento de certos requisitos. No caso em comento, trata-se de crime de ação penal condicionada à representação, de modo que, para que haja a ação plenamente válida faz-se necessário, obrigatoriamente que o ofendido deve representar.
 Erra o MP ao apontar o crime como o previsto no art. 217-A do CP, tendo em vista que a suposta vítima não é pessoa incapaz, portanto, não sendo cabível a aplicação do referido tipo penal.
Ademais, mesmo se entendêssemos que trata-se apenas de caso de estupor, faz-se necessário a representação da vítima, o que não houve, agindo o MP por conta própria, em desacordo com as normas processuais vigentes.
Diante do exposto, não merece prosperar a acusação do MP, tendo em vista que não se trata de crime previsto no art. 217-A do CP ou, caso seja entendido que há tipo penal distinto previsto no art. 213 caput do CP, igualmente não merece prosperar tal intento, tendo em vista que não houverepresentação da ofendida, sendo este requisito obrigatório, na forma do art. 564,  III, a do CPP.
2. DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
	Como é sabidamente descrito pelos doutrinadores, para a averiguação do cabimento de um tipo penal, deve-se percorrer o iter criminis, devendo o fato imputado ao réu ser Típico, ilícito e culpável. No caso em comento, levando em consideração o arguido na preliminar desta peça, o fato de constituir conjunção carnal com parceiro de relação de modo algum constitui crime, sendo que tal ato não é ilícito, nem típico e muito menos culpável.
De outro giro, conforme descrito no art. 20 do CP e 397, III, do CPP, o erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo. Levando-se em consideração uma razoável interpretação do texto legal nos leva diretamente à não existência de crime na conduta do agente, tendo em vista que a ação praticada não constitui crime.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
1. A nulidade do processo movido face do réu, ante a ausência de suporte mínimo probatório, na forma do art. 564, III b e por falta de representação da ofendida, na forma do art. 564, III, a, todos do CPP;
2. A absolvição sumária do réu, na forma do art. 397, III do CPP;
3. A intimação as testemunhas ao final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento;
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Local/data
Advogado
OAB/UF
	Rol de testemunhas: 1. Ronaldo.
			 2. Geralda.	
Caso concreto 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA 
CRIMINAL DO ESTADO DE CURITIBA/PR.
Processo nº. ...
JORGE, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, através do seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, no termos do art. 57, caput da lei 11.343 c/c art. 403, §3° do CPP, tempestivamente, no quinquídio legal, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas;
DOS FATOS
            Jorge, com 21 anos de idade, conheceu Analisa em um bar, linda jovem, por quem se encantou. após um bate-papo informal, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge.
            Ambos trocaram telefone e contato de redes sociais. No dia seguinte, ao visitar o perfil da jovem Jorge descobre que embora com aparência de adulta, Analisa tem apenas 13 anos. Imediatamente Jorge entra em choque, pois Analisa não aparentava ser menor de idade.
            Pouco tempo após o ocorrido, chega em sua residência a notícia da denúncia movida pelo Ministério Público, pois o pai de Analisa havia descoberto o ocorrido e noticiado às autoridades.
            Em suas alegações finais, o Ministério Público pede a condenação do réu nos termos propostos na exordial.
            No entanto, os fatos alegados pelo Ministério Público não devem prosperar.
DOS FUNDAMENTOS
1. DO ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL 
JORGE ao conhecer ANALISA em uma balada onde se frequenta maiores de 18 anos, e ANALISA, linda jovem com formas de mulher e não de menina, não tinha como saber inequivocamente sua idade, posto que deduziu ser maior devido ao ambiente e comportamento da jovem, que de forma voluntária praticaram sexo oral e vaginal.
Nos moldes do art. 20, CP, o erro DE TIPO ESSENCIAL gera a atipicidade da conduta, o que no caso em tela gera absolvição.
2. DA EXISTÊNCIA DE CRIME ÚNICO 
Subsidiariamente, não sendo aceita, a tese de atipicidade da conduta do réu, deve-se considerar a existência de crime único e não concurso de crimes, posto que o art. 217-A do Código Penal tem como tipo ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. Para o STJ prevalece a tese de crime único, por ser um tipo penal misto alternativo (e não cumulativo), assim sendo deverá ser afastado o concurso material de crimes para o caso em tela.
3. DO AFASTAMENTO DA AGRAVANTE DE EMBRIAGUES PRE-ORDENADA 
Não há que se falar em embriagues pré-ordenada, posto que JORGE não estava embriagado ao conhecer ANALISA. 
As testemunhas de acusação não viram os fatos e não houve prova pericial para comprovar a embriagues de JORGE, sendo assim justa a medida de afastamento da agravante caso não seja reconhecida a atipicidade da conduta. 
 
4. DA PENA BASE NO MINIMO LEGAL 
JORGE, réu primário, possuidor de bons antecedentes, com residência fixa, com boa conduta social, e no caso em tela não teve o animus necandi do tipo penal em que é acusado, posto não agir com má intenção de se aproveitar da suposta ingenuidade de ANALISA, fará jus a pena base no mínimo legal como medida necessária de reprovabilidade do ato.
5. DA APLICAÇÃO DO REGIME SEMI ABERTO 
Ainda que o crime de estupro de vulnerável, artigo 217-A do CP, estar elencado como infração hedionda na lei 8.072/90, conforme artigo 1º, IV, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º desta lei, sendo certo que o juiz ao fixar o regime inicial para o cumprimento de pena deve analisar a situação em concreto e não o preceito em abstrato. Sendo assim, diante da ocorrência de crime único, cuja pena no mínimo legal deverá ser fixada em 8 (oito) anos de reclusão, sendo o réu primário e de bons antecedentes, o regime semiaberto é a melhor solução para o réu, pois o artigo 33, §2º, alínea “a”, do CP, impõe o regime fechado para crimes com penas superiores a 8 (oito) anos, o que não é o caso.
DOS PEDIDOS
Face ao exposto requer: 
1. Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CP P, por ausência de tipicidade; 
2. Caso não seja esse o entendimento para absolvição, que seja concedido o afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único; 
3. Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade; e 
4. Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, §2º, alínea “b”, do CP, diante da inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º, da lei 8.072/1990. 
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Curitiba/PR e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF
Caso concreto 5
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL DO JÚRI DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO ...
 
 
Processo nº...
 
TÍCIO, já devidamente qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe que lhe move o Ministério Público, por suposta infração com base no Artigo125 do Código Pen al, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, respeitosamente, interpor: 
 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
nos termos do Artigo 403, §3 º do Código de Processo Penal pelos motivos de fato e de direito aduzidos: 
DOS FATOS
            Tício, em solidariedade frente a situação de gravidez da sua colega de trabalho Maria, lhe oferece carona após mais um dia de trabalho. No entanto, Tício, de forma imprudente, imprime velocidade excessiva, sem observar seu dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de assistir ao jogo do time do seu coração, que seria transmitido naquela noite.
            Assim, Tício, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do carro e capotou. Logo em seguida, os bombeiros prestaram socorro e encaminharam desde logo Maria ao hospital mais próximo, onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião constatou-se que havia sido interrompida a sua gravidez em razão da violência do acidente, conforme consta no laudo do IML, acostado às fls. 14 deste processo.
DOS FUNDAMENTOS
            Como já sabido, Tício foi denunciado pelo MP pela prática do crime previsto no art. 125 do CP, qual seja, o crime de aborto, no entanto, com o máximo respeito, o entendimento do Ministério Público mostra-se claramente equivocado.
            Sabe-se que o crime de aborto não admite tentativa, ou seja, só é cabível a tipificação no referido crime quando há dolo, ou seja, vontade e consciência do agente em atingir o resultado, o que não é observado no caso narrado.Certo é que não houve consciência, muito menos vontade do agente em dar cabo ao prosseguimento do feito. Logo, se não há dolo na conduta do denunciado, não há que se falar em acusá-lo do crime do art. 125 do CP, tendo em vista que neste crime não é cabível a modalidade culposa. Na mesma esteira está o entendimento da jurisprudência:
PROCESSUAL PENAL - ABORTO PROVOCADO - AUSÊNCIA DE DOLO - IMPRONÚNCIA - LAUDO ASSINADO POR UM ÚNICO PERITO - POSSIBILIDADE. 1. Diante dos princípios ""pas de nullité sans grief"" e da instrumentalidade das formas, previstos nos artigos 563 e 566, do CPP, não se decreta a nulidade de nenhum ato processual que dele não resulte prejuízo para a acusação ou para a defesa, bem como o que não tenha influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. 2. De acordo com a jurisprudência sedimentada nos Tribunais Superiores, bem como na Súmula 28 deste Tribunal, não é nulo o exame pericial realizado por um único perito oficial, pois a exigência de dois peritos aplica-se aos casos em que a perícia for realizada por peritos leigos. 3. Diante da ausência do elemento subjetivo do dolo específico na conduta do agente, denunciado por crime de aborto provocado sem o consentimento da gestante, ainda que o médico faça opção por procedimento pouco recomendável para o caso, não há elementos para se afirmar que agiu dolosamente, com intenção de provocar o aborto da gestante e a morte do feto, impondo-se, nos termos do art. 409, do CPP, a sua impronúncia. Preliminares rejeitadas. Recursos desprovidos.
(TJ-MG 104700502364420011 MG 1.0470.05.023644-2/001(1), Relator: ANTÔNIO ARMANDO DOS ANJOS, Data de Julgamento: 04/03/2008, Data de Publicação: 09/04/2008)
Desse modo, não houve na conduta de Tício o dolo de provocar o acidente e gerar o resultado aborto, tornando, desse modo fato atípico, afetando negativamente a denúncia do MP, na forma do art. 415, III do CPP.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
1. A absolvição sumária do réu com base no art. 415, III do CPP.
Nestes termos, pede deferimento.
loca, data
Advogada
OAB/UF
Caso concreto 6
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL DO ESTADO DE … 
 
Auto de prisão em flagrante nº... 
 
 
ALBERTO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, vem por seu advogado regularmente constituído conforme instrumento de mandato em anexo, perante Vossa Excelência requerer a sua 
 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
Com base nos artigos 5º, LXVI, da Constituição da República, 310, III e 321, do Código de Processo Penal, alegando o seguinte: 
DOS FATOS
            Alberto e Benedito foram presos em flagrantes por agentes policiais do 4° Distrito Policial, na posse de um veículo automotor marca Fiat, tio Uno, que haviam acabado de furtar. O dr. Delegado de polícia que presidiu o APF capitulou os fatos como incursos no art. 155, § °, IV, do CP, motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando, desde logo recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa.
            Cópia do APF foi remetida ao juiz da 4ª Vara Criminal da Capital.
DOS FUNDAMENTOS
O requerente está sendo acusado pela prática do crime de furto, prevista no art. 155, § 4°, IV do CP, cuja pena é de 2 a 8 anos e multa. Logo, na forma do art. 325, § 1°, I do CPP, trata-se de crime afiançável, não cabendo o motivo alegado pelo Dr. Delegado para o não arbitramento da mesma.
            De outro giro, a manutenção da prisão do requerente se mostra ato totalmente desnecessário, posto que mesmo não oferece nenhum perigo à ordem pública nem ao regular andamento do processo. Não restam cumpridas os requisitos da prisão preventiva, descritos no art. 312 do CPP.
            Ainda com relação à manutenção da prisão, pesa contra a mesma o fato do requerente ser pessoa de bons antecedentes, ter residência fixa, emprego fixo e não há demonstrado nenhum perigo ao regular andamento do processo, nem perigo à ordem pública, muito menos ainda forte clamor social, que caso houvesse, não seria motivo mantenedor da ordem que aqui se espanca.
            Corroborando o acima escrito, a jurisprudência dos tribunais segue a mesma linha de pensamento. Senão vejamos:
LIBERDADE PROVISÓRIA -  FURTO QUALIFICADO -  ACUSADO PRIMÁRIO COM BONS ANTECEDENTES
 Inexistência de qualquer dos requisitos motivadores da prisão preventiva. Concessão. Possibilidade. É possível a concessão da liberdade provisória ao acusado por furto qualificado, primário com bons antecedentes quando não for preenchido nenhum dos requisitos dispostos no art. 312 do CPP, sendo insuficientes para manutenção do
encarceramento os indícios ou provas da existência do crime e de sua autoria.” (TACRIMSP –
 HC 374256/8 – 5ª C.– Rel. Juiz Luís Ganzerla - DOESP 08.01.2001) JCPP. 312
Na doutrina, conforme os ensinamentos do ilustre Júlio Fabrini Mirabete, in Código de Processo Penal Interpretado, 8ª edição assim nos ensina:
“ Inseriu a lei n° 6.416, de 24-5-77, outra hipótese de liberdade provisória sem fiança com vínculo para a hipótese em que não se aplica do preso em flagrante qualquer das hipóteses que se permite a prisão preventiva. A regra, assim, passou a ser, salvo exceções expressas, de que o réu pode defender-se em liberdade sem ônus econômico, só permanecendo preso aquele contra o qual se deve decretada prisão preventiva. O dispositivo é aplicável tanto às infrações afiançáveis como inafiançáveis, ainda que graves, a réus primários ou reincidentes, de bons ou maus antecedentes, desde que não seja hipótese em que possa decretar a prisão preventiva. Trata-se, pois, de um direito subjetivo processual do acusado, e não uma faculdade do juiz, que permite ao preso em flagrante readiquirir a liberdade por não ser necessária sua custódia. Não pode o juiz, reconhecendo que não há elementos que autorizariam a decretação da prisão preventiva, deixar de conceder a liberdade provisória.” Destaquei.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, nos termos do art. 310, § único do CPP a concessão da LIBERDADE PROVISÓRIA, comprometendo-se, desde logo, a comparecer a todos os atos do processo, postula-se após parecer do MP, que seja arbitrada fiança para o referido caso. 
Requer a expedição do competente alvará de soltura para o cumprimento imediato pela autoridade policial que mantém sua custódia, como medida da mais legítima justiça.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF
Caso concreto 7
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE INQUÉRITOS CRIMINAIS DA COMARCA DA CAPITAL.
MATIAS, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, vem por seu advogado regularmente constituído conforme instrumento de mandato em anexo, perante Vossa Excelência requerer a sua 
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Com fulcro no artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal e art. 310, I do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
O requerente foi preso em 15/11/2016, por volta das 22 horas pela Polícia Militar e levado à sede policial, pela suposta prática do crime previsto no artigo 180 do CP.
O requerente, na data acima mencionada, conduzia o veículo automotor de marca volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, na Av. Brasil, nesta Capital quando foi abordado pela guarnição da polícia militar e por eles constatado que o veículo conduzido pelo requerente se tratava de produto de crime.
Ato contínuo, o requerente foi conduzido à delegacia. Lá, a sra. Miranda, suposta proprietária do veículo apontou Matias como autor do crime de roubo, ocorrido 2 dias atrás, ou seja, em 13/11/2016.
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em flagrante, uma vez não ter ocorrido flagrante delito de nenhum crime. Frise-se que nenhuma evidência de crime foi encontrada.Mesmo assim, o delegado responsável pelo inquérito realizou a prisão em flagrante do requerente, sem que houvesse qualquer motivo técnico e justo para tanto.
Pelo exposto, resta clarividente que a prisão do Requerente é ilegal e deve, portanto, ser relaxada imediatamente por força do disposto no artigo 648, incisos I e VI do Código de Processo Penal, haja vista não haver justa causa para a prisão em flagrante do Requerente, e pela acusação quanto ao mesmo ser totalmente infundada e não haver nenhuma prova de que tenha sido flagrado praticando qualquer delito.
DOS FUNDAMENTOS
Prender em flagrante é capturar alguém no momento em que comete um crime. Flagrante é o delito; a flagrância é uma qualidade da infração: o sujeito é preso ao perpetrar o crime, preso em (a comissão de) um crime flagrante (atual). É o delito que está se consumando. Prisão em flagrante delito é a prisão daquele que é surpreendido cometendo uma infração penal.
Não obstante seja esse o seu preciso significado, certo é que as legislações alargaram um pouco esse conceito, estendendo-o a outras situações.
Daí dizer o artigo 302 do CPP que se considera em flagrante delito, quem:
a. está cometendo a infração penal;
b. acaba de cometê-la;
c. é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido, ou por qualquer pessoa, em qualquer situação que faça presumir ser o autor da infração;
d. é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis, que façam presumir ser ele o autor da infração.
As duas primeiras modalidades são consideradas flagrante próprio, a terceira, flagrante impróprio ou quase flagrante e, finalmente, a última, flagrante presumido.
Todavia, MM. Juiz, nenhuma das modalidades acima expostas ocorreu no caso em tela, conforme pode-se observar do auto de prisão em flagrante.
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, o ato de conduzir veículo automotor, por sí só, não caracteriza o fato ao mesmo imputado.
Ademais, de acordo com a autoridade policial o requerente teria praticado o crime de roubo, contudo, não houve provas claras da autoria.
Nesse diapasão, resta clarividente que o requerente está sofrendo coação por parte da Autoridade Policial, uma vez que o mesmo não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 302 do Código de Processo Penal.
Pelo exposto, requer seja decretado o relaxamento da prisão de Matias, expedindo-se o competente alvará de soltura, por ser medida de JUSTIÇA.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência o reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante delito, com consequente RELAXAMENTO DA PRISÃO expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, por ser medida da mais salutar justiça.
Por fim, o Requerente firma compromisso de comparecer a todos os atos de persecução penal, ocasião que provará sua inocência.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF
Caso Concreto 8
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DA ... DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
ALBERTO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, vem por seu advogado regularmente constituído conforme instrumento de mandato em anexo, base no art. 5º, LXVIII, CRFB, e nos artigos 647/667, CPP, perante Vossa Excelência, impetrar o presente
 
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO 
Em favor do paciente MICHAEL DA SILVA, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, indicando como autoridade coatora o MM. JUIZ DA 22 ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL, alegando o seguinte. 
DOS FATOS
MICHAEL DA SILVA foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06. No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão.
Michael fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua mulher Angelina afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com numeração raspada e isso a assustava. 
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três revolveres de calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram um papelote contendo 0,9 deci gramas de cocaína.
Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto a maconha disse que era para seu uso pessoal.
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao Juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida as sua liberdade provisória, que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir três revolveres com numeração raspada em sua residência e em razão do depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo.
Não há notações na folha de antecedentes de Michael.
DOS FUNDAMENTOS
DA DESNECESSIDADE DA PRISÃO EM DECORRÊNCIA DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 
 	A prisão do paciente não preenche os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal necessários para prisão preventiva. 
 	Ausentes portanto Periculum libertatis requisito da cautelar.
DOS PEDIDOS
Por esses motivos, o impetrante pleiteia a concessão da ordem, revogando a prisão preventiva decretada, com a consequente expedição de alvará de soltura. 
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF
Caso concreto 9
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DE ...
  
NOME DO ADVOGADO, nacionalidade, advogado, estado civil, regulamente inscrito na OAB/UF de nº..., com endereço eletrônico ..., com endereço profissional em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência com fundamentos 5º, LXVIII, CRFB/88 com fulcro nos artigos 647 e 648 do CPP, impetrar
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR
Em favor de SARAJANE, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da identidade de nº. ..., inscrito no CPF de nº..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado em Rua, nº. Bairro, Estado, UF, pelos fatos e fundamentos a seguir.
DOS FATOS
	O delegado do Distrito Policial da Capital determinou aos seus agentes, a prisão de todas as garotas de programa que atuam na região pois pretende restabelecer os bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local.
	Algumas horas após a ordem, os agentes de Polícia realizaram as primeiras prisões. SARAJANE que atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário que realiza seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los.
DOS FUNDAMENTOS
	No entanto, a determinação do Delegado de polícia constitui abuso de autoridade impondo a Paciente a restrição indevida em seu direito de ir e vir, pois como é sabido, não constitui fato típico a prostituição.
	Cabe também ressaltar a inconstitucionalidade do fato, por contrariar direitos fundamentais previstos na Carta Magna. Como prevê o art. 5, XV da CRFB/88, locomoção dentro do território nacional é livre, quando isto não infringir a Lei, ora, como já exposto anteriormente, a prostituição não constitui fato típico, desta forma não há por que o cerceamento da liberdade de SARAJANE.
	Ainda há contrariedade disposto no art. 5º, LIV da CFRB/88. A ordem de prisão se deu a um mero capricho do Delegado, que ignorou a ordem e sucumbiu a sua prorpria vontade , sem se importar com a norma, sem seguir o devido processo legal, pois como prevê o artigo supramencionado a “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens, sem devido processo legal”.
DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, é a presente impetração para requerer a autoridade coatora, a fimde que esta preste informações, intimando-se o membro do MP para que se manifeste, assim como a concessão da EXPEDIÇÃO DE SALVO CONDUTO, em favor de SARAJANE, com o fim de que seja mantido o seu direito constitucional de locomoção, com fundamento legal no artigo 648 do CPP, inciso III.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB/UF

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