Buscar

Monografia

Prévia do material em texto

UFRRJ
INSTITUTO DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA 
CURSO DE AGRONOMIA
MONOGRAFIA
Um Estudo da Contribuição da Fixação Biológica do Nitrogênio em Cultivos de Café Consorciado 
Pascoal Pereira Rodrigues
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE AGRONOMIA
Um estudo da contribuição da fixação biológica do Nitrogênio em Cultivos de café consorciado
PASCOAL PEREIRA RODRIGUES
Sob a orientação do Doutor
Alexandre Porto Salmi
Seropédica, RJ
Novembro de 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE AGRONOMIA 
PASCOAL PEREIRA RODRIGUES
Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do grau no Curso Agronomia.
MONOGRAFIA APROVADA EM: 13/11/2017   
	Alexandre Porto Salmi
(Doutor em Fitotecnia/ UFRRJ)
(Orientador)
	
	Rafael Sanches Pacheco
 (Doutor em Ciência do Solo/ UFRRJ)
	
	Murilo Gonçalves Júnior
 (Mestre em Fitotecnia/ UFRRJ)
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos meus pais e a toda minha família, que sempre me apoiaram em todos os momentos de minha vida.
Ao orientador, Professor Salmi que deu todo o apoio durante a realização da Monografia.
Agradeço a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro pelas oportunidades oferecidas durante minha vida acadêmica. E também a todos aqueles que contribuíram com minha formação profissional direta ou indiretamente.
RESUMO GERAL
RODRIGUES, P. P. Contribuição da fixação biológica do Nitrogênio em Cultivos de café consorciado. 2017. 23f. Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do grau em Agronomia, Instituto de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. 2017.
O objetivo desse trabalho foi revisar temas relacionados ao cultivo do Coffea spp. O principal tema pesquisado é sobre como a fixação biológica do nitrogênio (FBN) pode contribuir para a nutrição de cafeeiros consorciados. A cafeicultura é uma atividade econômica importante para O Brasil, sendo o país o maior produtor e exportador dos grãos. O Coffea arabica é o mais cultivado no país, com destaque para a região Sul de Minas Gerais. Já, o Espírito Santo é o principal produtor de Coffea Canephora. A FBN é uma das formas mais baratas de adicionar nitrogênio (N) ao solo. Os adubos verdes quando estão em associações simbióticas com bactérias, são capazes de adicionar grandes quantidades de N ao solo, e também contribuem com a melhoria das propriedades do solo. Adubos verdes, quando em consórcio com cafeeiros, podem contribuir com o suprimento da demanda nutricional de N da cultura comercial. A produção de café em sistemas orgânicos busca atender às exigências dos consumidores em relação a melhor qualidade de vida. No sistema de produção orgânica do cafeeiro não é permitido a utilização de fertilizantes minerais de alta solubilidade, sendo permitido o uso de fontes alternativas (estercos de origem orgânica, compostos orgânicos, adubos verdes, cinzas, termofosfatos, farinha de ossos). Trabalhos demonstram que é possível produzir café em sistema orgânico obtendo boas produtividades. O café é uma espécie adaptada à sombra, podendo ser conduzido no sistema a pleno sol e sombreado. No Brasil predomina o cultivo a pleno sol, porém, trabalhos de pesquisa indicam que um sombreamento moderado (30 a 50%) traz vantagens, como um café de bebida melhor, sem prejuízos da produtividade. Em relação ao fornecimento de nitrogênio através da fixação biológica à cultura comercial, A leucena (Leucaena spp.) em consorcio com cafeeiro tem apresentado bons resultados, contudo é preciso que haja mais estudos indicando a melhor espécie arbórea a ser adotada no consórcio.
Palavras Chave: adubação verde, produção orgânica, café sombreado, Coffea arabica, Coffea Canephora. 
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 01: Ciclo do nitrogênio.....................................................................................03
Figura 02: Principais cultivares de café.......................................................................07
Figura 03: Produtividade do café ...........................................................................07 
SUMÁRIO
011. INTRODUÇÃO
022. REVISÃO DE LITERATURA
022.1. Fixação Biológica do Nitrogênio
2.2. Adubação Verde
04
2.3. Sistema de Produção Orgânica do Cafeeiro
06
2.4. Arborização de Cafezais
08
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
10
4. REFERÊNCIAS
11
1. INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2017), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2017), os Países maiores produtores de café, são: Brasil, Vietnan, Colômbia, Indonésia, Etiópia, Índia, Honduras, México, Uganda, Guatemala, Peru. De acordo com o MAPA, 2017 a produção mundial de café (ano-safra 2016/2017: outubro a setembro) é de 159 milhões e 100 mil sacas de 60kg beneficiadas. 
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, com estimativa de produção da safra 2016/2017 de 51,4 milhões de sacas beneficiadas de café (MAPA, 2017), cuja área em produção representa 1.870.900 hectares em produção, de acordo com o boletim da CONAB (2017). A produção do arábica está estimada em 35.426.600 sacas, com uma área de 1.472000 hectares em produção (83,1%). Para o conilon a estimativa é de 10.136.600 sacas cuja área de produção é de 441.400 hectares (90,4%). 
Os principais Estados produtores de café: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia, Rondônia, Rio de Janeiro, e Amazonas), que correspondem por volta de 99,6% da produção nacional de acordo com a CONAB, 2017. De acordo com o MAPA (2017) Minas Gerais produziu 25.369.200 sacas de café arábica beneficiadas. Sul de Minas Gerais, é a principal região do país produtora de café arábica (revista cafeicultura, 2017). E o Espírito Santo é o principal produtor de café robusta (CONAB, 2017).
De acordo com o MAPA (2017) o Rio de Janeiro produziu (safra 2016/2017) 249.000 sacas de café arábica.
Já o consumo de café no Estado do Rio de Janeiro é de 2.689.000 sacas/ano, o que corresponde a 10,28% do consumo interno brasileiro. No Estado do Rio de Janeiro, destaca-se duas regiões produtoras; Região Noroeste (Varre-Sai, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Natividade, Itaperuna, Cambuci, Laje do Muriaé e Miracema) e Região Serrana (Bom Jardim, Duas Barras, São José do Vale do Rio Preto, Carmo, Trajano de Morais, Cantagalo e Petrópolis).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Fixação Biológica do Nitrogênio
O ar atmosférico é composto por 78% de nitrogênio (N) na forma gasosa (SILVA, 2007; RAVEN, 2014), contudo as plantas não são capazes de metabolizar o N e retirá-lo diretamente do ar (COLETTA, 2010;). Apesar de estar presente em quantidades elevadas na atmosfera, a escassez de nitrogênio no solo é frequentemente o principal fator limitante do crescimento das plantas (RAVEN, 2014). O nitrogênio é o 4º elemento mais abundante, presente nas plantas, em compostos bioquímicos nas células vegetais, como nos aminoácidos, proteínas, DNA, RNA (URQUIAGA, 2017).
O nitrogênio pode ser fixado industrialmente, fixado de forma biológica e também pode ser colocado ao solo através dos relâmpagos. Neste processo de fixação, vapor de água e oxigênio reagem formando hidroxilas (OH-), H+ e O- livres. Esses íons atacam a estrutura do N2 e quebram a tripla ligação que ligam os átomos, formando o ácido nítrico (HNO-3) que é precipitado com a chuva.
A fixação industrial ocorre através da energia de substâncias derivadas do petróleo, como o gás natural (CH4) que é uma fonte de energia não renovável. Este é o processo Haber-Bosch, que funciona a uma temperatura de 300 a 600ºC, com uma pressão de 200 a 800 atm. Além disso, estima-se um gasto de 6 barris de petróleo por tonelada de amônia (NH3) sintetizada (HUNGRIA et al., 2001). Os mesmos autores relatam a baixa eficiência de utilização pelas plantas (raramente ultrapassa 50%) dos fertilizantes sintéticos nitrogenados. Por outro lado, a fixação simbiótica, requer apenas uma fonte de energia renovável, que é a energia do sol. 
Existem processos relacionados à perda do N (Figura 1), contribuindopara sua deficiência em solos cultivados: desnitrificação; volatização da amônia; lixiviação de nitrato; destruição da cobertura vegetal pelo fogo (RAVEN, 2014).
O processo de desnitrificação é anaeróbico, onde o NO3- é reduzido a formas voláteis de nitrogênio: nitrogênio gasoso (N2) e óxido nitroso (N2O). Isso ocorre de forma predominante em locais onde o solo está saturado com água.
Ciclo do Nitrogênio
Figura 01: Ciclo do Nitrogênio. Fonte: Adaptado de RAVEN (2014)
DÖBEREINER (1990) afirma que a biologia do solo oferece alternativas para o desenvolvimento de novas biotecnologias cujo objetivo é substituir sistemas agrícolas tradicionais que tem como base a utilização crescente de fertilizantes químicos.
A fixação biológica do nitrogênio (FBN) é realizada por organismos procariotos (SILVA, 2007): as bactérias da família das Rhizobiaceae, bactérias de vida livre, cianobactérias e actnomicetos (NEVES et al., 2002). Esses organismos reduzem o N2 a NH3+ por ação da enzima nitrogenase. É o complexo enzimático necessário para transformar o N2 em amônia que é assimilada em aminoácidos e proteínas (NEVES et al., 1998). 
Bioquímica da Fixação Biológica do Nitrogênio:
N2 + 16 ATP + 8 e- + 8H+ ---> 2 NH3 + H2 + 16 ADP + 16 Pi
A taxa de fixação biológica do nitrogênio varia com a espécie vegetal de fabáceas utilizadas no sistema, sendo limitada pelas condições de clima e abióticas do solo, tais como: acidez do solo; tipo de solo; textura do solo; fertilidade do solo; temperatura do solo; umidade (ESPINDOLA, et al. 2005).
Plantas da família das fabáceas (COLETTA, 2010), como soja (Glycine max L), feijão (Phaseolus vulgaris), guandu (Cajanus cajan), leucena (Leucaena spp.), crotalária (Crotalária spp.) e gliricídia (Gliricidia sepium), entre outras, são capazes de gerar sinais químicos pela exudação de moléculas por suas raízes (flavonóides, isoflavonóides, chalconas e betaína), promovendo o processo de infecção. 
Diversos autores citam outros compostos exsudados pela planta hospedeira: aminoácidos, açúcares, ácidos carboxílicos, homoserina e flavonoides, atraindo o rizóbio (GAWORZEWSKA & CARLILE, 1982; KAPE et al. 1991.
Os rizóbios colonizam a rizosfera e multiplicam-se ao redor dos pêlos radiculares. O pêlo encurva-se envolvendo os rizóbios e, por meio da degradação de uma parte da parede celular do pêlo, plasmalema, começa a se invaginar. Ocorre a invasão do pêlo radicular pelos rizóbios utilizando o cordão de infecção, consequentemente a multiplicação dos organismos e a formação do nódulo (Figura 03). Antes de iniciar o processo de fixação biológica do Nitrogênio, células vegetais da região central do nódulo produzem a Leghemoglobina, um pigmento cuja função é transportar o oxigênio para a respiração dos bacterióides (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006;). 
A fixação simbiótica consiste na associação de plantas da família das fabáceas com bactérias da família Rhizobiaceae, principalmente as do Gênero Rhizobium. As bactérias conseguem quebrar a tripla ligação entre os átomos de N, através da ação da enzima nitrogenase.
No processo de simbiose a bactéria utiliza a energia resultante da fotossíntese da planta, e através de um sistema especializado de enzimas (nitrogenase), fixa o N2 atmosférico, transformando-o em amônia (NH3+) que é incorporado aos íons hidrogênio abundantes nas células das bactérias, ocorrendo a formação do amônio (NH4+) que é imediatamente transferido pelo bacterióides (rizóbios desenvolvido) e distribuídos para a planta, onde é incorporado ao ácido glutâmico, formando glutamina, ureídos e asparagina, que são transportados para todas as regiões da planta (HUNGRIA et al., 2001).
O nitrogênio fixado é transferido para as fabáceas na forma de aminoácidos e os carboidratos produzidos pelas plantas no processo de fotossíntese, são fornecidos às bactérias, servindo como fonte de energia (FREIRE, 1992). 
Para melhorar o processo de fixação biológica do nitrogênio pelas fabáceas é necessário realizar a inoculação das bactérias nas sementes no momento do plantio (ESPÍNDOLA, 1997). O inoculante contém bactérias específicas para cada espécie de leguminosa.
A melhoria da fertilidade do solo por meio da complementação de N através da utilização de plantas com a capacidade em fixar N2, pode levar a produtividades satisfatórias, diminuindo o custo de produção e elevando o nível de sustentabilidade (PARTELLI et al. 2011).
2.2. Adubação Verde
A adubação verde é uma prática de cultivo onde se colocam plantas em rotação de culturas ou em consórcio com alguma cultura de interesse econômico (COSTA, 1993; ESPINDOLA, 1997). A finalidade é de elevar a produtividade do solo através da biomassa, que pode ser incorporada ou depositada sobre a superfície do solo (CALEGARI et al. 1993, citado por RICCI, 2002). 
As espécies de adubos verdes podem apresentar ciclo anual ou perene, possuindo a capacidade de cobrir o terreno. Podem ser cultivadas espécies de várias famílias botânicas, mas as plantas da família das Fabáceas (leguminosas) são as que apresentam melhores resultados, podendo destacar a associação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio (ESPÍNDOLA, et al. 2005). Como resultado da simbiose, as plantas conseguem fornecer nitrogênio para culturas de interesse econômico. 
Recomenda-se realizar a inoculação nas sementes das leguminosas, para aumentar a contribuição do nitrogênio fixado simbioticamente, visto que geralmente algumas leguminosas não nodulam com as estirpes nativas. 
De acordo com a EMBRAPA (2017) as principais espécies de leguminosas, são: crotalária (Crotalária spp.), feijão de porco (Canavalia ensiformis), mucuna (Mucuna spp.), guandu (Cajanus cajan). 
A adubação verde com leguminosas é uma das alternativas para adicionar nitrogênio ao solo de forma sustentável. Os adubos verdes melhoram as propriedades físicas químicas e biológicas do solo, controlam plantas daninhas, auxilia no controle da erosão do solo (ESPINDOLA et al. 2005) e o enriquece com nitrogênio, evitando despesas com aquisição de nutrientes (MOREIRA et al. 2002). A adubação verde contribui para a estabilidade dos agregados, aumenta a porosidade do solo, melhora o desenvolvimento radicular e atua no controle de nematoides (NEVES et al. 2002). 
Os adubos verdes podem ser utilizados em pré-cultivo ou rotação de culturas e em consórcio. Outra forma é plantar o adubo verde na fase final do ciclo da cultura. Ele se desenvolve na parte final e após o ciclo da cultura, beneficiando a cultura seguinte. 
Pode-se realizar o cultivo de fabáceas perenes ou semiperenes em faixas, separando talhões de culturas. Neste método as fabáceas são podadas periodicamente para fornecer nutrientes à cultura principal. As fabáceas herbáceas tem sido as plantas mais utilizadas como adubos verdes, principalmente pela capacidade em fixar o N2 em associação com bactérias (ESPINDOLA, J. A. A. et al. 2005). Os cultivos dessas plantas podem reduzir a utilização de adubos minerais para o fornecimento de nitrogênio para culturas de interesse comercial, como por exemplo a cultura do cafeeiro. Além disso, a adubação verde através de sua biomassa possibilita elevar o teor de matéria orgânica do solo melhorando suas propriedades físicas, tais como: estabilidade dos agregados, redução da densidade do solo e aumenta a infiltração de água (ESPINDOLA et al. 2005). 
A utilização de adubos verdes em consórcio pode-se realizar com o plantio da cultura de interesse comercial e do adubo verde. O corte dos adubos verdes ocorre no período onde a planta acumula a maior quantidade de nitrogênio na parte aérea. Isso coincide com o período de florescimento (ANUNCIAÇÃO, 2010).
Após o corte, resíduos vegetais são incorporados ou deixados sobre a superfície do solo (ESPINDOLA et al. 2005). Ocorre sua decomposição, liberando de forma gradual os nutrientes para a camada superficial, tornando-os disponíveis para a cultura subsequente. 
Entre os principais adubos verdes, destaca-se o feijão de porco (Canavalia ensiformis), pela capacidade em adaptar ao sombreamentopromovido pelas árvores, às condições de baixa fertilidade do solo (ESPINDOLA, 1997), também pela capacidade em tolerar a acidez do solo (ABBOUD, 1986), ainda suporta o clima árido e seco das regiões semiáridas e o clima de regiões com florestas tropicais (TEODORO, 2011). 
Em experimento conduzido no campo experimental da Embrapa Acre, em um latossolo a 160 m de altitude; precipitação anual entre 1800 e 1900 mm; temperatura média de 25ºC e umidade relativa média de 85%, a Flemingia congesta proporcionou aos cafeeiros uma produtividade média de 9,56 sacas de 60 kg/ha (BERGO, 2006). 
A Flemingia (Flemingia macrofila) é uma leguminosa exótica, perene, porte arbustivo, podendo atingir 4m de altura, possui a capacidade de proporcionar sombra em plantações consorciadas, proteger o solo da erosão, adapta-se a solos de baixa fertilidade e elevada acidez, tolera a seca, apresenta boa capacidade de rebrota e ainda produz lenha em pequena escala e serve para alimentação animal (ANDERSSON et al., 2006).
CHAVES (2001) conduziu durante 10 anos na estação experimental do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em uma lavoura de cafeeiro, cultivar Mundo Novo cujo espaçamento foi 4,0 x 2,0 m, foram testadas leucenas (Leucaena leococephala) em duas densidades: 1 linha por rua do cafeeiro e 2 linhas por rua do cafeeiro. A biomassa foi produzida pela leucena em 3 cortes anuais, sendo podada sempre que atingia 1,8 e 2 m de altura e deixada sobre a superfície do solo. 
Com base na produção dos tratamentos testemunha, adubação mineral e adubação verde, estimou-se que o cafeeiro aproveitou 130 kg de nitrogênio proveniente da adubação verde. A matéria seca representou 30% do total da biomassa produzida. Os resultados da análise química da parte aérea (ramos e folhas) apresentou elevado teor de nitrogênio e potássio e baixa relação C/N. 
Segundo RIBEIRO et al. (1999) citado por RICCI et al. 2002, o teor de nitrogênio adequado nas folhas do cafeeiro está dentro da faixa de 2,6 a 3% e que para atingir esses teores é necessário aplicar doses de N que se situam na faixa de 175 a 300 kg/ha/ano, para produções de café que variam entre 20 e 60 sacas.ha-1. Segundo ANDRADE (2001) citado por JAEGGE (2017) os teores de nitrogênio considerados ideais presente nas folhas do cafeeiro, estão entre 2,7 a 3,2%. As exigências nutricionais do café predominam de setembro/outubro de um ano agrícola até fevereiro/março do outro ano, ocorrendo a absorção de 70 a 80% dos nutrientes (TOZANI & OLIVEIRA, 2006). 
De acordo com RICCI et al. 2002, em um experimento realizado no Estado do Rio de Janeiro, utilizando o cultivo de crotalária nas entrelinhas do cafeeiro, ocorreu um aporte de 16 t.ha-1 de matéria seca, e a entrada no sistema de produção orgânica de 444 kg.ha-1 de nitrogênio. Os autores ainda afirmaram que no mesmo experimento, a adubação verde com guandu e crotalária nas entrelinhas do café proporcionou teores de nitrogênio nas folhas, superior ao nível crítico estabelecido para a cultura. Porém, ao comparar os tratamentos com guandu, utilizando o mesmo espaçamento, houve uma redução na produtividade do cafeeiro em 63,4%. 
Em um experimento desenvolvido por Paulo et al. (2001), no Núcleo de Agronomia da Alta Paulista, no período de 1991 a 1993, com a cultivar Apoatã IAC 2258. Foram semeadas leguminosas a 50 cm da projeção da copa do cafeeiro em sulcos espaçados de 50 cm entre si, sem o fornecimento de adubos. Tratamentos: mucuna-anã (Stizolobium deeringeanum), Crotalária espectabilis (Crotalária spectabilis), guandu (Cajanus cajan), soja (Glycine max), plantadas em consórcio com a cultura do café e uma testemunha. Incorporou os adubos verdes no momento do florescimento. Os pesquisadores concluíram que o consórcio do cafeeiro com a soja, a mucuna-anã e crotalária não diminuiu a produção. 
2.3. Sistema de Produção Orgânica do Cafeeiro
A produção de café orgânico no Brasil teve seu impulso apartir de 1998, sendo que no ano de 2000 foi realizada em Machado, MG, a primeira Conferência Internacional sobre Mercado justo e Café Orgânico, um evento marcante para a cafeicultura, de acordo com a associação dos produtores de café orgânico do Brasil (ACOB, 2017). Segundo a ACOB, Com a crise do café convencional, muitos produtores migraram para o cultivo em sistema orgânico. Porém, apartir de 2004 houve um desestímulo à produção do café orgânico no país, visto que ocorreu uma recuperação dos preços do café convencional. Além disso, associa-se outros fatores, tais como: nutrição da planta, manejo do “mato”, manutenção da produtividade adequada e falta de investimento em pós colheita. 
De acordo com a (ACOB, 2016), a estimativa para os maiores produtores mundiais de café orgânico foram: México (243.000 ha), a Etiópia (154.000 ha) e o Peru (89.000 ha). Já, a estimativa para o Brasil foi de 5.000 ha. 
A produção de café em sistemas orgânicos busca atender às exigências dos consumidores em relação a melhor qualidade do produto e consequentemente, a qualidade de vida (MALTA et al. 2008). 
Os autores destacam que para obter lavouras bem nutridas e produtivas sob sistema orgânico necessita-se de um monitoramento do estado nutricional do cafeeiro, realizando-se análise do solo, análise foliar e análise da produção a ser alcançada.
No sistema de produção orgânica do cafeeiro não é permitido a utilização de fertilizantes minerais de alta solubilidade, sendo permitido o uso de fontes alternativas (estercos de origem orgânica, compostos orgânicos, adubos verdes, cinzas, termofosfatos, farinha de ossos) (RICCI et al. 2002). 
Estes autores relatam que o cultivo de adubos verdes além de atender as necessidades nutricionais do cafeeiro em sistema de produção orgânica, também contribui para diminuir a necessidade de capinas nas lavouras, visto que neste sistema não se pode utilizar de herbicidas.
MALTA et al. 2008, realizaram um levantamento de características agronômicas do sistema de produção de café orgânico em 21 lavouras no município de Poço Fundo, Sul de Minas Gerais, safra 2004/2005. Nesse período a média nacional situava-se em 15 sacas/ha. Em relação a avaliação sensorial 36% (minoria) apresentou bebida dura, o restante bebida mole, apenas mole e estritamente mole. Os autores concluíram que os resultados demonstraram que há um potencial na região estudada para produzir cafés de boa qualidade em lavouras conduzidas sob o sistema de produção orgânica.
A cultivar predominante é o catuaí vermelho (Figura 2). A colheita foi realizada no pano (100%). Em relação a produtividade das lavouras, houve predomínio entre 10 a 20 sacas/ha (Figura 3). 
	
	
Figura 2: Principais cultivares de café Figura 3: Produtividade do café Adaptado de MALTA et al. 2008 Adaptado de MALTA et al. 2008 
Na implantação de cafezais sob manejo orgânico, o produtor deve-se preocupar com a doênça ferrugem (Hemileia vastratrix), ao optar pelo cultivo do café arábica (RICCI et al. 2002). Os autores citam que as principais cultivares de arábica resistentes à ferrugem, que podem ser utilizadas no sistema orgânico são: Catuaí, Obatã e Icatu. 
Já para MALTA et al. (2008), no Brasil, em sistema de produção orgânica do cafeeiro ocorre o predomínio da cultivar Catuaí Vermelho (71%), Catuaí Amarelo (24%) e Mundo novo (5%). Os autores afirmam que ambas as cultivares são susceptíveis à ferrugem.
2.4. Arborização de Cafezais
O café é uma espécie cuja origem são as florestas caducifólias da Etiópia, onde as árvores dos extratos mais altos perdem as folhas durante os meses de julho a setembro, período em que o cafeeiro mais necessita de luz para a floração. 
De acordo com essas informações, o café é considerado uma espécie adaptada à sombra (RICCI, 2002), podendo ser conduzido a pleno sol e sombreado.
Em países como Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala e México, o cultivodo cafeeiro é geralmente sombreado, visto que cultivá-lo a pleno sol nestes países, em altitudes menores do que 1200m, apresenta um maior risco econômico e diminui a sustentabilidade (VAAST et al. 2005, citado por MORAIS et al. 2009). Já no Brasil, o cafeeiro é cultivado predominantemente a pleno sol porque o melhoramento genético selecionou as cultivares adaptadas a essas condições (LUNZ, 2006). Há carência de resultados científicos para a recomendação de cultivares promissoras para o cultivo sombreado (Da MATTA et al. 2007b, citado por CAVATTE et al., 2017)
A arborização tem sido mais difundida para o café arábica do que em cultivos de café Conilon (PEZZOPANE et al., 2010, citado por CAVATTE et al., 2017). Porém no Estado do Espirito Santo, a arborização do café Conilon tem se tornado frequente. Três espécies têm sido bastante utilizadas: cedro australiano (Toona ciliate), seringueira (Hevea brasiliensis) e teca (Tectona grandis) (SALES & ARAÚJO, 2005). 
A arborização é recomendável em locais muito quentes e em locais onde ocorrem geadas (CARAMORI & FILHO, 1993). A arborização com Grevílea robusta, em Varginha-MG, protegeu totalmente as plantas de cafeeiro da geada severa (MATIELLO et al. 1994, citado por LUNZ, 2006). 
A presença de árvores, a diversidade de espécies e o cúmulo de biomassa favorecem a ciclagem de nutrientes, contribuindo para o aumento da sustentabilidade do sistema (LUNZ, 2006). Neste contexto, as espécies arbóreas fornecem sombra, promovem o aumento da biodiversidade, contribui com a conservação do solo, a produção de madeira, e se pertencer a família das fabáceas são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico. Ingá (Inga vera Willd.), Erythrina (Erythrina sp) e Gliricídia (Gliricidia sepium), são leguminosas arbóreas que têm sido usadas com sucesso no sombreamento do café (NEVES et al. 2002). 
Consórcio de árvores com cafeeiros é uma prática de manejo antiga e comum em países tropicais, utilizando principalmente uma espécie arbórea da família das leguminosas (BAGGIO et al. 2007). As folhas do café estão sujeitas a fotoinibição e fotorrespiração sob elevada radiação, o que impede a fotossíntese e pode causar danos permanentes para o aparelho fotossintético (CHAVES et al. 2008). 
As radiações saturantes variam entre 300 a 700 micromoles de fótons m-2s-1 dependendo das condições climáticas (MONTAGNINI et al. 2015). A fotossíntese do café não se reduz em condições de sombra abaixo de 55% (MORAIS et al. 2009). 
Em um experimento desenvolvido no Instituto Agronômico do Paraná (MORAIS et al., 2008), em Londrina, Paraná, com altitude de 610m e clima subtropical úmido com verão quente (classificação de Koppen). Temperatura média anual de 21 ºC, média de janeiro 24 ºC (mês mais quente) e média de junho 17 ºC (mês mais frio). A precipitação média anual é de 1500mm, sendo maior nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e com ocorrência de períodos mais secos nos meses de julho e agosto (CAVIGLIONE et al., 2000, citado por MORAIS et al., 2009). O sombreamento foi realizado por “sombrite” com 50% de sombreamento e dimensão de 12m de comprimento, 7,5m de largura e 2,5 m de altura, e mantendo um tratamento sem cobertura. Neste sistema foram avaliados cafeeiros da espécie Coffea arabica do cultivar IAPAR 59, plantados em junho de 1993 cujo espaçamento foi 2,5m entre linhas e 1,5m entre plantas, contendo 2 plantas por cova. As avaliações foram feitas em 2004 e 2005, por meio de observações visuais externas em relação ao tamanho, quantidade e coloração dos frutos. De acordo com MORAIS et al. nesse experimento, com um nível de 50% de sombreamento sobre o cafeeiro em diferentes épocas do desenvolvimento de gemas florais: não houve alteração no crescimento, na maturação, na produção e no tamanho dos grãos do café. Corrobora com esses dados CARELLI et al. (1999) citado por LUNZ, 2006, afirmando que não observou diferenças significativas na taxa de assimilação de CO2, na altura, na área foliar total, no número de pares de folhas por ramo ortotrópico e na massa foliar específica, entre cafeeiros conduzidos a pleno sol e com 50% de sombreamento. 
Em experimento de oito anos na região serrana de Pernambuco, observou-se a eficiência do sombreamento em relação a ação do vento e estiagens prolongadas. A produtividade média de 6 anos foi superior nos cafeeiros com 50 e 75% de sombreamento (MATIELLO et al., 1989, citado por LUNZ, 2006). 
Na Colômbia, verificou-se maior produtividade dos cafeeiros manejados sob 45% de sombreamento (FARFAN & MESTRE, 2004, citado por BOTERO, 2006). 
Em um experimento de cafeeiro, cultivar Obatã IAC 1669-20 (Coffea arabica L.) sob o sombreamento de seringueira, conduzido entre janeiro de 2002 a agosto de 2005 na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP, em Piracicaba-SP, altitude de 556m. O clima local apresenta verão chuvoso e inverno seco (Koppen). A temperatura média anual é de 21,4 ºC e médias mensais de 24,8 ºC no verão e 17,1 ºC no inverno, com precipitações de 1278 mm (média anual). LUNZ (2006), chegou à seguinte conclusão: O crescimento e a produtividade do cafeeiro e a qualidade do café foram modificados pelo sombreamento. O crescimento do cafeeiro aumentou com a diminuição do sombreamento, sendo que menor que 30% não foi constatado alteração no acúmulo de massa seca da parte aérea. Já, as plantas com maior percentual de sombreamento apresentaram modificações morfofisiológicas, como aumento do tamanho dos internódios, da folha, da área foliar específica (AF/MSfolha), e da razão de área foliar (AF/MStotal), capazes de garantir sua sobrevivência em tais condições; contudo apresentando crescimento bastante reduzido. Em relação a produtividade, houve aumento com a diminuição do sombreamento, havendo pouca modificação com um sombreamento de aproximadamente a 40% e estabilizando-se com um sombreamento próximo de 30%. Porém, com um sombreamento de 75%, a produtividade média de café, nos dois anos (2004 e 2005), foi muito baixa: 9% da obtida em relação a pleno sol. Em relação a qualidade do café, houve uma melhoria com o aumento do sombreamento, com frutos presentando-se maior uniformidade na maturação, grãos de maior tamanho e bebida de melhor qualidade (LUNZ, 2006). 
A arborização do cafeeiro com seringueira (Hevea brasiliensis) e grevílea (Grevillea robusta) teve efeito positivo em relação à produtividade, quando comparado ao tratamento a pleno sol. Este trabalho foi avaliado ao longo de seis anos por SOUZA et al. (2009). Segundo estes autores, a diminuição da produção de frutos em sistemas arborizados pode estar relacionada com a menor assimilação de carbono, devido a diminuição da luminosidade provocada pelo sombreamento excessivo do cafeeiro.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em relação aos temas pesquisados, há uma carência de informações sobre a produção de café sombreado. Contudo, é possível analisar de forma positiva a contribuição da revisão de temas relacionados à cafeicultura, com a formação científica do Engenheiro Agrônomo. 
4. REFERÊNCIAS
ABBOUD, A. C. S. Eficiência da adubação verde associada a fosfato natural de Patos de Minas. Itaguaí: UFRRJ, 1986. 296p. 
ANDERSSON, M. S.; SCHULTZE-KRAFT, R.; CANSA, M.; HINCAPIE, B.; LASCANO, C. E. Morphological, agronomic and forag quality diversity of the Flemingia macrophylla world collection. Field Crops Research, v.96, p. 387-406, 2006. 
ANDRADE, C. E. Calagem e adubação do café. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. Arantes, E. M.; CARVALHO, J. A. G. M. Principais leguminosas utilizadas como adubo verde. Cuiabá: EMPAER-MT, 995. 130p.
ANUNCIAÇÃO, G. C. F. Influência da adubação verde na fertilidade do solo cultivado com Coffea arábica L. e análise dos macronutrientes. Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Cafeicultura – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas – Campus Muzambinho. Muzambinho, 2010. Disponível em: <http://dev.muz.ifsuldeminas.edu.br/portal/attachments/732_GERUZA%20DA%20ANUNCIA%C3%87%C3%83O.pdf.>. Acesso em 19/07/17. 
ARAÚJO, A. S. F. de;TEIXEIRA, g. m.; CAMPOS, A. X. DE; SILVA, F. C.; AMBROSANO, E. J.; TRIVELIN, P. C. O. Utilização de nitrogênio pelo trigo cultivado em solo fertilizado com adubo verde (Crotalaria juncea) e/ou uréia. Ciência Rural, Santa Maria, v. 35, n.2, p. 284-289, 2005.
Associação de Cafeicultura Orgânica do Brasil (ACOB). Disponível em: <http://www.cafeorganicobrasil.org>. Acesso em 17/07/2017.
BAGGIO, A. J.; CARAMORI, P. H.; FILHOS, A. A.; MONTOYA, L. Efeitos de diferentes espaçamentos de grevílea em consórcio com cafeeiros. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR. Boletim Técnico 56, 24 p.; 2007.
BERGO, C. L.; PACHECO, E. P.; MENDONÇA, H. A. de.; MARINHO, J. T. S. de. Avaliação de Espécies Leguminosas na Formação de Cafezais no Seguimento da Agricultura Familiar no Acre. ACTA AMAZÔNICA, v.36, p. 19-24, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59672006000100004>. Acesso em 12 de junho de 2017.
BOTERO, C. J.; MARTINEZ, H. E. P.; SANTOS, R. H. S. Características do café (coffea arabica L.) sombreado no norte da América Latina e no Brasil: Análise comparativa. Coffee Science, Lavras, v. 1, n. 2, p. 94-102, 2006.
CALEGARI, A.; MONDARDO, A.; BULISANI, E. A.; WILDNER, L. P.; COSTA, M. B. B.; ALCÂNTARA, P. B.; MIYASAKA, S.; AMADO, T. J. C. Adubação verde no sul do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: AS-PTA, 346p, 1993.
CARAMORI P.H.; MANETTI FILHO, J. Proteção dos cafeeiros contra geadas. Londrina: IAPAR, 1993. 27 p.
CARELLI, M. L. C.; FAHL, J. I.; TRIVELIN, P. C. O.; VOLTAN, R. B. Q. Carbon isotope discrimination and gas exchange in coffea species grown under different irradiance regimes. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Campinas, v. 11, n. 2, p. 63-68, 1999.
CAVATTE, P. C.; RODRIGUES, W. N.; AMARAL, J. F. T.; PEREIRA, S. M. A.; VENANCIO, L. P. Arborização em café Conilon: aspectos microclimáticos, fisiológicos e nutricionais. In: Tomaz, M. A.; AMARAL, J. F. T.; OLIVEIRA, F. L.; COELHO, R. I. (Org.). Tópicos especiais em produção vegetal IV. Alegre: CAUFES, 2013. P. 421-444.
Disponivel em: <http://phytotechnics.com/content/files/livro07-01.pdf>. Acesso em 07/08/17. 
CAVIGLIONE, J. H.; KIIHL, L. R. B.; CARAMORI, P. H.; OLIVEIRA, D. Cartas climáticas do Paraná. Londrina: IAPAR, 2000. CD. Disponível em: http://www.iapar.br/pagina-677.html 
Centro de Comércio do Café do Rio de Janeiro. <http://www.cccrj.com.br/rio/producao.htm>. Acesso em 19/08/17.
CHAVES, J. C. D. Contribuições adicionais da adubação verde para a lavoura cafeeira. II Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, 2001. Disponível em: <http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio2/solos22.pdf>.
CHAVES, R. M.; TEN-CATEN, A.; PINHEIRO, H. A.; RIBEIRO, A. C. F.; DAMATTA, F. M. 2008. Seasonal changes in photoprotective mechanisms of leaves from shaded and unshaded field-grown coffee (Coffea arábica L.) trees. Trees 22:351-361. 
COLETTA, L. D.; Estudo da fixação biológica do nitrogênio em leguminosas (família Fabaceae) arbóreas tropicais através do enriquecimento isotópico do 15N. Dissertação de Mestrado. Piracicaba – USP, 2010. 99f.: il.
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Disponível em: 
<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/17_05_18_15_37_37_boletim_cafe_-_maio_2017.pdf. 2º levantamento da safra de café>. Acesso em 19/08/17.
COSTA, M. B. B. da. Adubação verde no sul do Brasil. Rio de Janeiro: AS-PTA,
1993. 346 p.
Da MATTA, F. M.; RONCHI, C. P.; SALES, E. F.; ARAÚJO, J. B. S. O café Conilon em sistemas agroflorestais. In: FERRÃO, R. G.; FONSECA, A. F. A.; BRAGANÇA, S. M.; FERRÃO, M. A. G.; DeMUNER, L. H. Café Conilon. Vitória: Incaper, 2007b. p. 375-389.
DÖBEREINER, J. Avanços recentes na pesquisa em fixação biológica de nitrogênio no Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, v. 4, n. 8, p. 144-152, apr. 1990. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/8549>. Acesso em 30 maio 2017. 
ESPINDOLA, J. A. A.; GUERRA, J. G. M.; DE-POLLI, H.; ALMEIDA, D. L.; ABBOUD, A. C. S. Adubação verde com leguminosas. Embrapa Agrobiologia. Informação Tecnológica 49p.: il, 2005. Disponível em: www.infoteca.cnptia.embrapa.br. Acesso em 30/05/ 2017. 
ESPÍNDOLA, J. A. A.; GUERRA, J. G. M.; ALMEIDA, D. L. de. Adubação verde: Estratégia para uma agricultura sustentável. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 1997. 20p. (Documentos, 42).
Empresa brasileira de pesquisa agropecuária (EMBRAPA): adubação verde com leguminosas.
https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/90/adubacao-verde-com-leguminosas. Acesso em 01/12/2017.
FARFAN, V. F.; MESTRE, M. M. Respuesta del café cultivado en un Sistema agroforestal a la aplicación de fertilizantes. Cenicafé, v.55, n. 2, p. 161-174, 2004.
FREIRE, J. R. J. Fixação do nitrogênio pela simbiose rizóbios/leguminosas. CARDOSO, E. J. B. N.; TSAI, S. M.; NEVES, M. C. P. (Ed). Microbiologia do solo. Campinas: Sociedade Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1992. P. 121 – 140.
HUNGRIA, M.; CAMPO, R. J.; MENDES, I. C. Fixação biológica do nitrogênio na cultura da soja. Embrapa soja, Londrina, 2001. (Circular Técnica/Embrapa Cerrados, n. 13). 
JAEGGI, M. E. P. C. Desempenho do café Conilon consorciado com adubos verdes em área de transição agroecológica. Campos dos Goytacazes, RJ, 2017. 57f.: il. 
LUNZ, A. M. P. Crescimento e produtividade do cafeeiro sombreado e a pleno sol. Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 94p.; il. 2006.
MORAIS, H.; MARUR, C. J.; CARAMORI, P. H.; KOGUISHI, M. S.; GOMES, J. C.; RIBEIRO, A. M. Desenvolvimento de gemas florais, florada, fotossíntese e produtividade de cafeeiros em condições de sombreamento. Pesq. Agropec. Bras, v.43, n.4, p.465-472, 2008. 
Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-18072006-141012/. Acesso em 12 set. 2009.
MONTAGNINI, F.; SOMARRIBA, E.; MURGUEITIO, E.; FASSOLA, H.; EIBL, B. 2015. Sistemas agroforestales. Funciones productivas, socioeconômicas y ambientales. Série técnica. Informe técnico 402. CATIE, Turrialba, Costa Rica. Editorial CIPAV, Cali, Colombia. 454p. 
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Disponível em: <http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/informe_estatistico/SumarioExecutivoCafe.pdf>. Acesso em 17/09/2017. 
MALTA, M. R.; THEODORO, V. C. A.; CHAGAS, S. J. R.; GUIMARÃES, R. J.; CARVALHO, J. G. Caracterização de lavouras cafeeiras cultivadas sob o sistema orgânico no Sul de Minas Gerais. Ciência agrotec., Lavras, v. 32, n. 5, p. 1402-1407, 2008. 
MATIELLO, J. B.; DANTAS, F. A.S.; CAMARGO, A. P.; RIBEIRO, R. N. C. Níveis de sombreamento em cafezal na região serrana de Pernambuco. In: Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, 15., Maringá, p. 182, 1989.
MATIELLO, J. B.; MIGUEL, A. E.; ALMEIDA, SR.; CAMARGO, A. P.; GUIMARÃES, E. S. Arborização com grevílea em variados espaçamentos, no controle às geadas, em cafezais. In: Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, 20., Guarapari, p. 4-5, 1994.
MORAIS, H.; CARAMORI, P. H,; SEI, K. M.; GOMES, J. C.; ARRUDA, R. A. M. Sombreamento de cafeeiros durante o desenvolvimento das gemas florais e seus efeitos sobre a frutificação e produção. Ciência Rural, Universidade Federal de Santa Maria, vol. 39, n. 2, p. 400-406, 2009. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/331/33113639013.pdf>. Acesso em 02/08/17. 
MOREIRA, A. MALAVOLTA, E. Variação das propriedades químicas e físicas do solo e na matéria orgânica em agroecossistemas da Amazônia Ocidental (AMAZONAS). Relatório de Pesquisa. Piracicaba: USP, 2002. 79 P.
NEVES, M. C. P.; DE-POLLI, H.; PEIXOTO, R. T. G.; ALMEIDA, D. L. Por que não utilizar ureia como fonte de nitrogênio na Agricultura Orgânica. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 19, n.2, p.313-331, 2002.
NEVES, M.C.P. & RUMJANEK, N.G. Ecologia de bactérias diazotróficas nos solos tropicais. Jaguariúna: Embrapa-CNPMA, 488p. 1998.
PARTELLI, F. L.; VIEIRA, H. D.; FERREIRA, E. P. B.; VIANA, P. A.; ESPINDOLA, J. A. A.; URQUIAGA, S.; BODDEY, R. M. Fixação biológica de nitrogênioe ciclagem de nutrientes por plantas de cobertura e seus efeitos sobre café Conilon orgânico. Semina: Ciências Agrárias, v. 32, n. 3, p. 995-1006, 2011. 
PAULO, E. M.; BERTON, R. S.; CVICHIOLI, J. C.; BULISANI, E. A.; KASAI, F. S. Produtividade do café Apoatã em consórcio com leguminosas na região da Alta Paulista. Bragantia, Campinas, 60 (3), 195-199, 2001. 
PEZZOPANE, J. R. M.; MARSETTI, M. M. S.; SOUZA, J. M.; PEZZOPANE, J. E. M. Condições microclimáticas em cultivo de café Conilon a pleno sol e arborizado com nogueira macadâmia. Ciência Rural, v. 40, n.6, p. 1257-1263, 2010. 
 RAVEN, P. H. Biologia Vegetal, 8ª edição- Rio de Janeiro, 2014. 
Revista cafeicultura. Disponível: <http://revistacafeicultura.com.br>. Acesso em: 19/08/2017.
RIBEIRO, A. C.; GONTIJO, P. T. G.; ALVAREZ, V. V. H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais, 5ª aproximação. Viçosa, MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 359p, 1999.
RICCI, M. S. F.; FERNANDES, M. C. A.; CASTRO, C. M. Cultivo orgânico do café: Recomendações técnicas. Brasília: EMBRAPA, Informação tecnológica, p. 101, 2002. http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/111700/1/CNPAB-CULT.-ORG.-DO-CAFE-02.pdf. Acesso em 26/07/17.
RICCI, M. S. F.; ALVES, B. J. R.; AGUIAR, L. A.; MANOEL, R. M.; SEGGES, J. H.; OLIVEIRA, F. F.; MIRANDA, S. C. Influência da adubação verde sobre o crescimento, estado nutricional e produtividade do café (Coffea arabica) cultivado no sistema orgânico. Seropédica: Embrapa Agrobiologia (Documentos, 153), p. 29, 2002. Disponível em: <http://www.sbicafe.ufv.br/handle/123456789/5680>. Acesso em 26/07/17.
SALES, E. F.; ARAÚJO, J. B. S. Levantamento de árvores consorciadas com cafeeiros no Estado do Espírito Santo. In: congresso Brasileiro de Agroecologia, 3., Florianópolis, 2005. CD-ROM.
SILVA, G. T. A.; RESENDE, A. S.; CAMPELLO, E. F. C.; DIAS, P. F.; FRANCO, A. A. O papel da fixação biológica de nitrogênio na sustentabilidade de sistemas agroflorestais. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2007. 36 p. (Documentos, Embrapa Agrobiologia, ISSN 1517-8498; 231). Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/629386/o-papel-da-fixacao-biologica-de-nitrogenio-na-sustentabilidade-de-sistemas-agroflorestais>. Acesso em 12 de junho de 2017.
SOUZA, P. S.; GALLO, P. B.; ROLIM, G. S.; CAMARGO, M. B. P.; PEZZOPANE, J. R. M. Produtividade do cafeeiro em sistema arborizado nas condições de Mococa, SP. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, 6., Vitória, 2009. CD-ROM.
URQUIAGA, S. O nitrogênio e as plantas. <www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_31_711200516717.html> Acesso em 14 junho de 2017. 
VAAST, P. et al. Fruit thinning and shade improve bean characteristics and beverage quality of coffee (Coffea arabica L.) under optimal conditions. Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 86, n.2, p. 197-204, 2005.
TEODORO, R. B.; OLIVEIRA, F. L.; SILVA, D. M. N.; FÁVERO, C.; QUARESMA, M. A. L. Aspectos Agronômicos de Leguminosas Para Adubação Verde no Cerrado do Alto Vale do Jequitinhonha. Revista Brasileira de Ciência do Solo, vol. 35, n.2, p. 635-643, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=180218547032>. Acesso em 31/08/17.
TOZANI, R. & OLIVEIRA, N. G. Café Rural: Noções da Cultura. Ed: EDUR, Seropédica-RJ, UFRRJ. 280p, 2006.
Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do grau no curso Agronomia.
 Pereira, Pascoal, 1974-
Monografia do curso de agronomia/ Pascoal Pereira – 2017.
 15f.: il.
	Orientador: Alexandre Porto Salmi. 
 Monografia (Graduação) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Agronomia.
	Referências: f. 11-15
1. Fixação Biológica do Nitrogênio. 2. Adubos verdes. 3. Arborização de cafezais. I. Salmi, Alexandre. II. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Agronomia. III. Graduação. 
N2
 - Raios
 
 - Indústria
Bactérias:
- Vida livre;
- Simbióticas;
 Actnomicetos
NO3-
Solo
NH4+
NH4+
Plantas
NH3
NH3
 Nitrificação 
Fungos e bactérias 
N2
Volatização
Desnitrificação
NO3-
Lixiviação
N2O

Continue navegando