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TCC Administração

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PLANO DE NEGOCIOS COMO FERRAMENTA BASICA PARA O MICROEMPREENDEDORISMO
Celso Ricardo de Almeida Oliveira[footnoteRef:1] [1: Graduando do curso de Administração do Centro Universitário Estácio do Ceará.] 
Marcos Aurélio Alves[footnoteRef:2] [2: Orientador Professor Mestre, em Administração do Centro Universitário Estácio do Ceará.] 
RESUMO
O atual cenário econômico do país tem estimulado a abertura de milhares de empreendimento, no entanto uma boa parte destes tende a morrer antes dos 24 meses, isso ocorre na maioria dos casos por falta de um planejamento adequado. Uma das ferramentas da administração que ajuda no desenvolvimento de projetos e estratégias é o plano de negócios, no entanto uma grande parcela das microempresas não o possui. Este trabalho teve o objetivo de identificar as oportunidades geradas e expor dados e informações relevantes sobre a importância estratégica da elaboração de um plano de negócios para um microempreendimento. A pesquisa realizada tem caráter descritivo e qualitativo, bibliográfico e exploratório. Para o alcance dos objetivos apresentados, o procedimento metodológico contempla as seguintes etapas: referencial teórico, no qual são abordados conceitos de empreendedorismo microempreendedor individual (MEI), Ferramentas administrativas, planos de negócios e sua importância além de comprovações existentes na literatura a fim de se buscar a concordância, ou não, com os aspectos encontrados. Como resultado, constatou-se que o plano de negócios é uma das ferramentas mais importantes para qualquer empresa em início ou já consolidada no mercado uma vez que auxilia ao empreendedor a traças as melhores estratégias para abertura ou manutenção de qualquer empreendimento.
Palavras-chaves: Plano de negócios; microempreendimento; Empreendedorismo
ABSTRACT 
The current economic scenario of the country has stimulated the opening of thousands of enterprises, however a good part of these tend to die before 24 months, this happens in most cases due to the lack of proper planning. One of the management tools that helps in the development of projects and strategies is the business plan, but a large portion of micro companies do not have it. This work aimed to identify the opportunities generated and to expose relevant data and information about the strategic importance of developing a business plan for a micro enterprise. The research is descriptive and qualitative, bibliographic and exploratory. In order to achieve the presented objectives, the methodological procedure includes the following steps: theoretical framework, in which concepts of individual microentrepreneurship (MEI), administrative tools, business plans and their importance are addressed, as well as evidence in the literature in order to be seek agreement, or not, with the aspects found. As a result, it has been found that the business plan is one of the most important tools for any business startup or already consolidated in the marketplace that helps the entrepreneur map out the best strategies for starting or maintaining any business venture.
Keywords: Business plan; micro enterprise; Entrepreneurship
1. INTRODUÇÃO
O empreendedorismo no Brasil vem aumentando de maneira significativa nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada em 2019 pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor), o Brasil chegou a 38% na TTE (Taxa de Empreendedorismo Total), isso significa que em torno de 52 milhões de brasileiros possuem um negócio próprio, considerando os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil se encontra a maior taxa.
O empreendedorismo faz parte da cultura do brasileiro, considerado por diversas pesquisas como um dos povos mais empreendedores do mundo. Os micros e pequenos negócios sustentam grande parte da economia do país e geram milhares de empregos anualmente.
No entanto, no Brasil ainda existe muita burocracia para abrir uma empresa, além de fazer todo o planejamento e se preparar financeiramente, o empreendedor gastará bastante tempo até obter todas as licenças e registros necessários para que a sua empresa possa funcionar. Felizmente o governo brasileiro em meados de 2008 criou o Microempreendedor Individual (MEI), que contempla o microempresário individual com renda bruta de até 81 mil reais, podendo o mesmo abrir sua empresa em poucas horas e assim, escapando da burocracia.
Segundo estudos feitos pelo SEBRAE, a morte de microempresas individuais no Brasil é muito superior do que de empresas que não entram nessa categoria, isso pelo fato de muitas vezes não ser feito um planejamento bem feito ou mesmo nem existir um.
Diante deste cenário, o Plano de Negócios torna-se peça fundamental para o sucesso de um novo empreendimento, pois por meio dele as empresas poderão ter a oportunidade de competir com eficiência e eficácia nesse mercado altamente competitivo.
Assim, o presente artigo tem como objetivo identificar as oportunidades geradas e expor dados e informações relevantes sobre a importância estratégica da elaboração de um plano de negócios com o intuito de nortear ao microempreendedor, em todos os níveis, na busca da vantagem competitiva. Enfatizamos também a importância de utilizar o plano de negócios como uma ferramenta dinâmica de vendas e gerenciamento.
Justifica-se a realização do presente estudo pelo fato de poder enfatizar que o desenvolvimento de um plano de negócios permite a um empreendimento fazer uma autoanálise para possibilitar redefinir estratégias e ações, as quais consequentemente poderão lhe tornar mais competitiva no mercado em atuação.
O presente estudo encontra-se estruturado da seguinte forma: seção 1 introdutório, contextualiza o problema de pesquisa, apresenta os objetivos do estudo e justificativa do tema. Na seção 2, é explanado acerca do conceito de empreendedorismo, empreendedorismo no brasil, microempreendedor, plano de negócios, importância do plano de negócios. Na seção 3 discorre sobre a metodologia da pesquisa. Finalmente, têm-se a conclusão na seção 4 e referências bibliográficas.
2. REFERENCIAL TEORICO
2.1. Empreendedorismo
Durante os séculos XVIII e XIX, Jean Baptiste Say reformulou o conceito de empreendedorismo, esclarecendo que o empreendedor é aquele que assume riscos, mas que sempre busca direcionar os recursos para as áreas de maior produtividade e retorno econômico (GUIA PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS, 2002).
Para Oliveira (2012), apesar de ter um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo dos anos e ser um assunto recorrente aos veículos de comunicação, a definição do termo empreendedorismo ainda é tida como complexa por envolver inúmeros fatores, além de ter sofrido influência da psicologia e também da sociologia.
Para Schumpeter Yuki et al. (2009) empreendedorismo é um conjunto de atitudes que estão presentes em uma parte da população, essas atitudes que definem o tipo de empreendedor e a sua função empresarial.
De acordo com Joseph Schumpeter et al. Dornelas (2001, p.37), "O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.”. 
Para Dornelas (2008) o empreendedor deve ser considerado alguém capaz de criar um negócio a partir da identificação de oportunidades, somado ao fato de assumir os riscos ora calculados. Faz-se saber que alguns aspectos são fundamentais para este papel, como ter iniciativa na formação do negócio e/ou ideia, criatividade na execução dos recursos e submissão aos riscos existentes em todo negócio.
Por fim, para Oliveira (2012) o empreendedorismo costuma ser definido com o processo pelo qual as pessoas iniciam e desenvolvem os seus negócios. É um fenômeno complexo envolvendo o empreendedor, a empresa e o cliente, que fazem parte desse processo.
2.2. Empreendedorismo no Brasil
O empreendedorismo surgiu no Brasil na década de 1990 durante a abertura da economia quando algumas entidades foram formadas, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas(SEBRAE) um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio.
Segundo a pesquisa GEM Em 2018, no Brasil, a TTE (Taxa empreendedorismo total) foi de 38% (tabela 1), ou seja, em cada cinco brasileiros adultos, dois eram empreendedores. A partir dessa taxa, estima-se que, aproximadamente, 52 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos estavam liderando alguma atividade empreendedora, seja na criação e consolidação de um novo negócio, ou realizando esforços para a manutenção de.
Tabela 1 - Taxas (em %) e estimativas (em unidades) de empreendedorismo segundo o estágio - Brasil - 2018
	Estágio
	Taxas
	Estimativa
	Empreendedorismo total
	38
	51.972.100
	Empreendedorismo inicial
	17,9
	24.456.016
	Novos
	16,4
	22.473.982
	Nascentes
	1,7
	2.264.472
	Empreendedorismo estabelecido
	20,2
	27.697.118
Fonte: GEM Brasil 2018
Percebe-se também que no Brasil o empreendedorismo vem se tornando uma saída para o desemprego. Segundo Silva (2008), muitas pessoas buscam saídas na criação de negócios com o objetivo de gerar renda.
O empreendedorismo no Brasil é responsável por gerar expressiva ocupação e renda para empregados e/ou familiares. Analisando os dados fornecidos pelo Sebrae, é possível concluir que os empreendedores inicias, em 2018, empregam formal ou informalmente mais de 6,5 milhões de pessoas, 18,3% das microempresas tem pelo menos 1 empregado.
Para Costa (2009), sem dúvida o Brasil depende muito de sua população empreendedora. E é preciso dar suporte para que essas empresas possam crescer com consistências e oferecer mais oportunidades de trabalho. O grande desafio para o Governo no contexto atual é trazer para a formalidade grande parte dessas empresas, para isso terá que diminuir impostos e oferecer certas garantias para esses empresários.
2.3. Microempreendedor Individual – MEI
A figura do Microempreendedor individual apresentou-se efetivamente a partir da Lei Complementar nº 123 de 2006, modificada em 2008 pela Lei Complementar nº128, que alterou e introduziu a imagem do Microempreendedor Individual (MEI) para proporcionar a formalização dos trabalhadores que atuavam informalmente, sendo também uma opção para profissionais autônomos e microempresários. Por meio desta Lei Complementar, vários foram os benefícios concedidos aos microempreendedores individuais, como auxílio-maternidade, auxílio por acidente de trabalho, aposentadoria, entre outras condições que possibilitam melhorias que não seriam possíveis dentro da informalidade.
O microempreendedor que é o pequeno empresário individual que atende as seguintes condições relacionadas: a) tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano b) Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa; c) Contrate no máximo um empregado; d) Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI, da Resolução CGSN nº 140, de 2018,o qual relaciona todas as atividades permitidas ao MEI.
Segundo o § 1° em decorrência da Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha receita bruta, no ano anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta mil reais), tenha optado pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pelo sistema de acordo com o artigo (Redação dada pela Lei Complementar nº139, de 10 de novembro de 2011).
De acordo com dados do Portal do Empreendedor do governo federal, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país no ano de 2019 ultrapassou a marca de 9 milhões (gráfico 1) fechando setembro com 9.031.164 cadastros, nos últimos 5 anos, desde o período pré-recessão, o número de MEIs no país já cresceu mais de 120%. Somente nos 3 primeiros meses do ano, o Brasil ganhou 379 mil novos microempreendedores individuais.
Gráfico 1 - Crescimento do número de MEIs no Brasil
Fonte: Portal do Empreendedor
Segundo os números do IBGE, em julho de 2019 o desemprego atingiu 12,8 milhões de brasileiros, o que tem contribuído para o aumento do número recorde de trabalhadores por conta própria, categoria que inclui os MEIs. até fevereiro eram 23,8 milhões de trabalhadores nessa situação.
Segundo levantamento da Serasa Experian, do total de 2,5 milhões de novas empresas abertas em 2018 no Brasil, 81,4% foram MEIs. O número de microempreendedores cadastrados só não cresceu ainda mais no último ano porque no início do ano passado houve o cancelamento de 1,3 milhão de registros por inadimplência e não cumprimento das regras do programa.
Atualmente, são 502 atividades permitidas para o registro de MEI. Além da atividade principal, o microempreendedor pode registrar até 15 ocupações para atividades secundárias. A tabela 2 mostra as atividades com maior número de empreendedores até março de 2019.
Tabela 2 - Atividades com o maior número de microempreendedores em número de MEIs cadastrados em março de 2019
	atividade
	Nº de registros
	cabeleireiro, manicure e pedicure
	 639.353 
	varejo de vestuário e acessórios
	 637.802 
	obras de alvenaria
	 354.724 
	lanchonetes, casas de chá e de sucos
	 217.258 
	promoção de vendas
	 216.453 
	minimercados, mercearias e armazéns
	 197.599 
	fornecimento de alimentos para domicílios
	 183.590 
	estética e cuidados com a beleza
	 170.360 
	Bares
	 160.239 
	instalação e manutenção elétrica
	 157.610 
	ambulantes de alimentação
	 155.296 
Fonte: Sebrae 2019
.	Os principais fatores que torna o título de microempreendedor atraente são o baixo custo e a burocracia reduzida em comparação com micro e pequenos empresários, passa a ter um CNPJ e, com ele, acesso a uma série de serviços e produtos exclusivos, como linhas de crédito, além de poder emitir notas fiscais. O MEI ainda tem acesso a apoio técnico do Sebrae e direitos como aposentadoria, auxílio doença, auxílio-maternidade e pensão por morte para os dependentes. Outra grande vantagem dessa categoria é o pagamento simplificado de tributos, através do Simples Nacional, pagando uma taxa única que varia de R$49,90 a R$ 55,90. 
O lado negativo do Empreendedorismo é que os índices de mortalidade das Pequenas e Médias Empresas no Brasil são elevadíssimos: segundo um estudo realizado em 2013, o SEBRAE nacional apontou que, o número de empresas que fecham suas portas chega a 24,4% nos primeiros 2 ano de operação, esse percentual pode chegar a 50% nos estabelecimentos com menos de quatro anos. 
2.4. Ferramentas administrativas que podem auxiliar o MEI.
Com um mercado cada vez mais concorrido e consumidores cada vez mais exigentes, não há margem para se cometer erros em um empreendimento e para isso muitas ferramentas administrativas foram criadas ao longo dos anos para auxiliar o empreendedor. A seguir serão abordados os mais utilizados atualmente.
2.4.1 Analise SWOT
Também conhecida como Matriz SWOT, Análise FOFA ou ainda Matriz FOFA, é uma das técnicas de administração mais utilizadas da atualidade. Foi desenvolvida por Albert Humphrey, Professor da Universidade de Stanford na década de 1960 , a Análise SWOT é uma ferramenta simples e ao mesmo tempo útil que analisa os pontos fortes e fracos, e as oportunidades e ameaças de um negócio e assim ajuda a definir os seus diferenciais competitivos no mercado em que está inserido e também a encontrar e corrigir todo o tipo de falha que possa vir a ameaçar o negócio a curto, médio ou longo prazo.
Segundo Martins (2006), a análise SWOT é uma das práticas mais comuns nas empresas voltadas para o pensamento estratégico e marketing, é algo relativamente trabalhoso de produzir, contudo a prática constante pode trazer ao profissional uma melhor visão de negócios, afinal de contas, os cenários onde a empresa atua estão sempre mudando.
2.4.2. Diagrama de Pareto
Também conhecido como curva ABC ou gráfico de Pareto, o Diagrama dePareto é um recurso utilizado na visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes dentro de um empreendimento possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos. foi desenvolvida por um importante consultor da área da qualidade, chamado de Joseph Moses Juran, que identificou que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos fatores.
Para Paladini (1994) o Diagrama de Pareto tem como objetivo classificar os problemas que causam os maiores efeitos em ordem decrescente e resolve-los a priori. Desta forma, a solução é direcionada primeiramente aos problemas mais importantes. 
O diagrama de Pareto é uma forma de descrição gráfica onde se procura identificar quais os itens que são responsáveis pela maior parcela dos problemas (SOUSA et al., 2008).
Segundo Meneses (2007), o Diagrama de Pareto é uma ferramenta que permite fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos (Menezes, 2007).
De acordo com o Diagrama de Pareto, os processos podem ser classificados como: Poucos-Vitais: processos que representam poucos problemas, mas que resultariam em grandes perdas;
Muitos-Triviais: processos que representam muitos problemas, mas que resultariam em poucas perdas.
2.4.3 Ciclo PDCA
“O Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização (WERKEMA, 1995)”.
Este método foi desenvolvido pelo físico norte-americano Walter Andrew Shewart na década de 1920, mas somente na década de 1950 que ele foi popularizado pelo professor, também americano William Edwards Deming, nesta época o método foi empregado com sucesso nas empresas japonesas para o aumento da qualidade de seus processos (CICLO PDCA, 2005).
O ciclo é composto pelas seguintes etapas: Planejamento (P - Plan), Execução (D - Do), Verificação (C - Check) e Atuação Corretiva (A - Action).
Este método diferente de outras ferramentas foi desenhado para ser utilizado de forma continua como estratégia do empreendimento, assim ajudando ao empreendedor na melhoria da qualidade de seus produtos os serviços. 
2.4.4. 5W2H
Behr et al. (2008, p. 39) definem esta ferramenta como sendo "uma maneira de estruturarmos o pensamento de uma forma bem organizada e materializada antes de implantarmos alguma solução no negócio”.
De acordo com o SEBRAE (2008) O nome desta ferramenta é formado pelas iniciais de cada uma de suas diretrizes em inglês utilizadas neste processo. 
1 – What (o que)
2 – Who (quem)
3 – When (quando)
4 – Where (onde)
5 – Why (por que)
1 – How (como)
2 – How Much (quanto)
Segundo Costa (2013), O método consiste em responder às sete perguntas de modo que todos os aspectos básicos e essenciais de um planejamento sejam analisados. Para Franklin (2006) a ferramenta 5W2H é entendida como um plano de ação, ou seja, resultado de um planejamento como forma de orientação de ações que deverão ser executadas e implementadas, sendo uma forma de acompanhamento do desenvolvimento do estabelecido na etapa de planejamento.
2.4.5 Plano de negócios 
O plano de negócio é um documento que mostra ao empreendedor o reflexo de seu empreendimento de forma que ele possa prever, de maneira eficaz futuros problemas que podem ocorrer durante a existência de seu empreendimento nele mostra o que deve ser feito e como deve ser feito para que os objetivos almejados pela empresa sejam conquistados, de modo que não sejam cometidos erros no mercado.
Para ROSA (2014), um plano de negócio é um documento que descreve (por escrito) quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que estes objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
Segundo o SEBRAE (2013), um plano de negócio trata-se de um documento no qual os objetivos do negócio são descritos. Além disso, tem-se os passos que devem ser tomados para que os mesmos sejam atingidos, reduzindo então os riscos. O plano de negócios permite a clara identificação de potenciais erros ainda na fase de maturação da ideia.
De acordo com Cesar Simões Salim (2005), o plano de negócios é um documento que contém as características do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros.
O Plano de Negócio é um documento vivo, que deve ser revisto constantemente, muitas vezes ele pode passar por várias mudanças no decorrer do percurso, estas mudanças devem estar de acordo com o ambiente econômico, tecnológico ou ambiente interno ao empreendimento (LACRUZ 2008)
Maximiano (2011), afirma que o plano de negócio é: "uma descrição detalhada da empresa, de seu funcionamento e do que é necessário para sua instalação". Ou seja, o plano de negócio é a definição da empresa, antes mesmo da sua existência.
De acordo com SENAR (2016), o plano de negócio apresenta três funções principais:
 Como instrumento de planejamento, avalia o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro e organizacional e possibilita uma visão prévia do funcionamento do negócio.
 Como instrumento de diagnóstico, avalia a evolução da empresa para cada aspecto definido no plano e possibilita um acompanhamento comparativo entre o que foi planejado e o que está sendo realizado; isso permite que o empreendedor tome medidas para corrigir os desvios que venham a ocorrer.
Como ferramenta de financiamento, facilita a obtenção de empréstimos e financiamentos.
O plano de negócios é fundamental para a criação de qualquer empresa, mas ainda não é obrigatório, o que influencia no índice de mortalidade das organizações, tornando um número relevante para as médias e as pequenas empresas (FERNANDES 2010).
Para Greatti (2004) o plano de negócios assume papel estratégico, pois é tido como uma ferramenta que orienta o gestor na implantação do negócio, assim como pode assinalar potenciais parcerias, esclarecer objetivos, definir metas e acompanhar o crescimento da organização de forma geral.
Desta forma Zimmerman (2012) cita que o plano de negócios tem como função o mapeamento de riscos, podendo também calcular o retorno do investimento feito de forma clara e objetiva, e que, segundo Bernardi (2008) quando bem elaborado potencializa as chances de sucesso do negócio em questão.
2.4.5.1 Estrutura de um plano de negócios 
De acordo com RAYOL (2007), Como o plano de negócios é um documento usado para descrever seu negócio, as seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. No entanto para HOMSI (2011), A estrutura do plano de negócios vai depender das particularidades de cada negócio. Não existe uma estrutura fixa para se escrever um plano de negócios, sendo assim não é possível definir um modelo padrão para o mesmo, que seja universal e aplicado a qualquer negócio.
Segundo Dornelas (2008), o plano de negócio deve seguir a seguinte sua estrutura:
I – Sumário Executivo;
II – Descrição da Empresa;
III – Produtos e Serviços; 
IV – Mercado e competidores; 
V – Marketing e vendas; 
VI – Análise estratégica; 
VII– Plano financeiro; 
VIII – Anexos.
O Plano de Negócios deve ajudar a responder questões importantes relativas ao negócio antes mesmo de seu lançamento, que são:
• o que é o negócio;
• quais os principais produtos e/ou serviços; 
• quem serão seus principais clientes; 
• onde será localizada a empresa; 
• o montante de capital a ser investido; 
• qual será o faturamento mensal;
• que lucro espera obter do negócio; 
• em quanto tempo espera que o capital investido retorne
2.4.5.2 Vantagens de um plano de negócios para o microempreendedor
Segundo a Universidade de São Paulo as principais vantagens para se fazer um plano de negócios são os seguintes:
· Orientar o empreendedor ou empresa a iniciar uma nova atividade ou expandir o negócio existente.
· Obter recursos e investimento na busca de empréstimose financiamentos ou até mesmo de novos sócios.
· Analisar corretamente um possível novo negócio/produto, verificando sua viabilidade, de forma a diminuir os riscos de insucesso.
· Avaliar de uma forma estruturada as vantagens competitivas de um negócio ou produto, analisando seu desempenho financeiro quanto a investimentos e o retorno do capital investido.
· Definir de uma forma clara e objetiva o novo negócio e/ou produto mostrando seus principais atributos diferencial de mercado.
· Conhecer o mercado em que o novo negócio e/ou produto irá entrar, bem como as estratégias de marketing a serem empregadas.
3. METODOLOGIA
A pesquisa realizada tem caráter descritivo e qualitativo, pois estabelece relações entre as variáveis empreendedorismo/Planos de Negócios com o objetivo de analisar a importância que a elaboração de um plano de negócios pode causar na organização de uma microempresa individual quanto a sua fundação, duração no mercado, seus objetivos e, até mesmo, no futuro da empresa. “As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.” (GIL, 2008, p. 28).
Para Honorato (2014), as pesquisas quantitativas e qualitativas devem ser complementares e não consideradas de maneira isolada, quando for o caso.
Quanto aos meios, a pesquisa é classificada em bibliográfica a qual segundo Gil (2002) é realizada com embasamento em materiais já preparados principalmente por artigos e livros científicos.
No que se refere aos objetivos, esta pesquisa é exploratória. Segundo Selltiz et al. (1965), enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios todos aqueles que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado. ante para permitir a análise dos vários aspectos relacionados com o fenômeno. De forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
Para Aaker, Kumar & Day (2004), a pesquisa exploratória costuma envolver uma abordagem qualitativa, tal como o uso de grupos de discussão; geralmente, caracteriza-se pela ausência de hipóteses, ou hipóteses pouco definidas.
Segundo Mattar (2001), os métodos utilizados pela pesquisa exploratória são amplos e versáteis. Os métodos empregados compreendem: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências, estudos de casos selecionados e observação informal.
Para este trabalho, inicialmente, foram analisados dados de natureza secundárias, ou seja, pesquisas e seus resultados em artigos acadêmicos, livros, revistas, encontrados em bibliotecas físicas e virtuais, além de sites como do IBGE, SEBRAE e GEM Brasil também foi pesquisado planos de negócios, de diferentes segmentos, com o objetivo de conhecer suas estruturas, etapas e coletas de dados.
Em um segundo momento, foi realizado uma revisão bibliográfica, buscando fundamentos teóricos para aprimorar, embasar toda a estrutura deste trabalho. Segundo CERVO (2017), “A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses.
4. CONCLUSÃO
O plano de negócios é uma das ferramentas mais importantes para qualquer atividade econômica com ele é possível conhecer as possíveis dificuldades que poderão ocorrer e assim planejar as melhores estratégias para contorna-los.
Este artigo foi um breve estudo que abordou de maneira geral a importância de se fazer um plano de negócios, principalmente para o microempreendedor individual que é a parcela dos empresários que tem menos conhecimento em relação a essa ferramenta.
Segundo estudos do SEBRAE cerca de 60% dos microempreendedores individuais não possuem plano de negócios, isso se reflete na alta taxa de morte de empresas dessa categoria.
De acordo com Juliano (2016), antes de começar qualquer empreendimento é essencial que o empreendedor elabore um plano de negócios, assim facilitando o entendimento e deixando a ideia de maneira mais clara, desta forma cria a necessidade de buscar mais informações que facilitarão o alcance dos objetivos propostos.
Na revisão bibliográfica deste artigo, na seção 2, nota-se que foram apresentados resultados de vários estudos e opiniões de importantes autores em relação ao assunto estudado. Esta pesquisa permitiu explanar os principais conceitos relacionados a plano de negócios e microempreendedoríssimo, bem como seus objetivos e funções, restrições e desafios.
Observa-se a importância do assunto estudado do qual foi suficiente para chegar aos objetivos gerais e específicos propostos. Podendo ainda, gerar novos estudos futuros como analise do perfil do microempreendedor individual.
Pode-se concluir, portanto, que o sucesso de um empreendimento está diretamente relacionado a existência de um plano de negócios bem feito, uma vez que ele direciona o microempreendedor para tomada de decisões mais eficazes diminuindo riscos relacionados ao negocio e mostrando sua potencialidade.
Por fim, fica evidente a importância do plano de negócio para o microempreendedor individual uma vez que o mesmo em posse desta ferramenta tem a capacidade de prever o futuro de sua empresa em curto, médio e longo prazo e assim poder elaborar com precisão o melhor plano estratégico possível.
REFERÊNCIAS
GREATTI, L. O uso do plano de negócios como instrumento de análise comparativa das trajetórias de sucesso e de fracasso empresarial. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2004. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2004/ECE/2004_ECE2007. pdf Acesso em: 11 out. 2019.
BERNARDI, L. A.. Manual de plano de negócios: fundamentos, processos e estruturação. São Paulo: Atlas, 2008.
ZIMMERMAN, J.. Using Business Plans For Teaching Entrepreneurship. American Journal of Business Education (AJBE), v. 5, n. 6, p. 727-742, 2012.
GUIA PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS. Como montar seu próprio negócio. Guia PEGN. São Paulo: Editora Globo, 2002.
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Em número de microempreendedores individuais com registro
2009	2010	2011	2012	2013	2014	2015	2016	2017	2018	43738	44188	771715	1656953	2655605	3659781	4653080	5680614	6649896	7738590	7739452	9031164

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