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1 – PRÉ-HISTÓRIA PARAIBANA 1.1 – Indígenas A ocupação do território americano envolve várias discussões e teorias. Muitos autores defendem o seu estudo, mas basicamente quatro maneiras de ocupação são aceitas pela comunidade cientifica: Hipótese malaio-polinésia (Partiram da polinésia navegando pelas ilhas, chegaram à parte andina da América do Sul), Hipótese australiana (Saindo da Austrália, habitaram a região andina ou através do continente antártico), Hipótese autóctone (O homem teria surgido na própria América), a ultima e mais aceita é a hipótese asiática ou do estreito de Bering. “Em um passado longínquo, que corresponde ao final do período que os arqueólogos e historiadores denominam idade paleolítica, e os geólogos chamam de plistoceno, a Ásia e a América encontravam-se unidas por uma faixa de terra que, desaparecida, deu lugar ao estreito de Bering. É tarefa ainda impraticável precisar rigorosamente uma data para a achegada dos povoadores asiáticos a América.”. (AQUINO, p.29,2005) Segundo Gabriela Martins, os indígenas que habitaram o nordeste brasileiro são descendentes do citado estreito de Bering. Na Paraíba, antes da chegada do colonizador, ocupavam o território os indígenas do litoral, denominados de TUPI. Dividiam-se em tribos: Potiguaras, Caetés, Tabajaras, Tupinambás, Tupiniquins, Tamoios, Cariris e Tapes). No território paraibano, subdividiam-se em dois: Potiguaras e Tabajaras. Os potiguaras chegaram primeiro que os tabajaras vindos do Rio Grande do Norte. Aqui expulsaram os Cariris por volta de 1500, que habitavam onde atualmente corresponde: Conde, Mamanguape, Baia da Traição, João Pessoa e Gramame. Os tabajaras habitaram o território paraibano, entre ou inicio de 1585 e vieram da região do Rio São Francisco (Bahia), fugindo da violência Portuguesa. Os problemas entre os lusos e tabajaras começaram quando Piragibe e sua tribo mataram Francisco Gaspar e Gaspar de Freitas (Portugueses). “Primitivamente localizados as margens do Rio São Francisco, na Bahia, onde auxiliaram os portugueses, em algumas campanhas, os tabajaras foram vitimas de cilada dos reinós, em seguida ao que, fugindo, alcançaram as nascentes do rio Paraíba, subindo o Paraíba, esses indígenas chegaram ao litoral, engajando-se em luta contra os colonizadores, em Itamaracá (...)” (MELLO,1994,p.25) No que se referem à base econômica, os indígenas do litoral repartiam a terra, utilizavam a cultura de subsistência: milho, batata-doce, mandioca, fumo, goiaba, maracujá, caçavam, pescavam e coletavam raízes. No social, homens e mulheres, tinham suas atribuições, os primeiros: caçavam, pescavam, fabricavam armas, preparavam o roçado e guerreavam. Já as mulheres: plantavam, fabricavam farinha e bebida, cuidavam da casa e dos meninos. Nos rituais religiosos, predominava a antropofagia, segundo José Octavio “mediante a qual se sacrificavam os inimigos”. Eram supersticiosos, acreditavam em espíritos bons e maus, e em entidades maléficas, como exemplo: anhangá, caapora. Os mais velhos eram respeitados (Gerentocracia) como forma de preservar os antepassados e os costumes, por isso caciques como Zorobabe e Piragibe governaram com idade avançada. O território interiorano foi ocupado pela nação TAPUIA, subdivididos em: cariris (Chocos, Paratios – Monteiro e Teixeira), (Carnaios – Cabaceiras e Boqueirão), (Bodopitas – Próximo de campina Grande), (Bultrius – Pilar, Alagoa Grande e Esperança), (Icos – Rio do Peixe e Conceição), (Coremas – Região de Piancó) e Tarairius (Arius – Sabugy e Seridó), (Pegas – Pombal), (Sucuru – Bananeiras, Cuité), (Paiacus – Fronteiras do Rio Grande do Norte e Ceará). Segundo a professora Eliete Gurjão, os Cariris viviam no estágio da pedra polida com características semelhantes ao grupo já citado, tendo como tipo físico uma estrutura mediana, cor abronzeada, nariz grosso, rosto redondo, cabeça chata e corpo robusto, sendo hábeis guerreiros. Na colonização do interior, os tapuias se caracterizaram por serem fortes e resistirem à dominação, na chamada Guerra dos Bárbaros.
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