Buscar

9 artigo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

150 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
Ana Caroline Garcia Fernandes
1
 
Cássia Cardoso
1 
Luana Araújo
1
 
Talita Aline de Almeida Bittencourt
1 
Vitor Pedro Pereira Neto
1
 
Cristiane Imenes de C. B. Zanin
2. 
Andréia Alves de Lima
2, 3
. 
 
 
1- Discentes do curso de Química Industrial do Centro Universitário Amparense. 
2- Docente do curso de Química Industrial do Centro Universitário Amparense. 
3- Coordenadora do curso de Química Industrial do Centro Universitário Amparense. 
 
 
 
RESUMO 
Em um laboratório químico é necessário que se adotem algumas medidas de precauções para 
as operações a serem realizadas. Atividades práticas realizadas em laboratórios apresentam 
riscos e estão sujeitas a acidentes, porém muitos acidentes podem ser evitados se o 
profissional que exerce suas funções neste local, tiver conhecimento sobre as normas de 
segurança e colocá-las em prática. Portanto, é com o intuito de conscientizar os 
laboratoristas sobre a importância do uso das normas de segurança no laboratório químico 
que desenvolvemos este trabalho. 
 
PALAVRAS – CHAVE: Laboratório químico, normas de segurança, riscos. 
 
ABSTRACT 
It is necessary to take some safety precautions while working in a chemistry laboratory. 
Laboratory activities possess risk and might lead to accidents, which can be prevented if the 
professional working at the laboratory has knowledge of and practices the safety norms. 
Therefore, the purpose of this work is to provide awareness about the importance of following 
the safety norms. 
 
KEY WORDS: Chemistry laboratory, safety norms, risk. 
 
 
 
151 
 
INTRODUÇÃO 
Os riscos existentes em um laboratório químico são diversos independentemente do tipo 
de atividade exercida, eles podem ser químicos, físicos, ergonômicos ou de acidentes. Esses 
riscos ocorrem principalmente pelas seguintes causas: falta de organização do local de 
trabalho; uso incorreto de equipamentos ou substâncias; estocagem e transporte inadequados 
de produtos químicos; uso de vidrarias defeituosas; desconhecimento ou negligência das 
técnicas corretas de trabalho; trabalhos realizados por pessoa não habilitada em determinadas 
técnicas; não observância das normas de segurança; utilização incorreta ou o não uso de 
equipamentos de proteção coletiva e individual adequados ao risco; manutenção inexistente 
ou inadequada do laboratório (UNICAMP). 
Esses riscos podem ser minimizados ou até mesmo eliminados mediante: O uso de 
proteção coletiva, fornecimento de equipamentos de proteção individual adequados ao risco. 
Treinamento se segurança para o laboratorista sobre o uso correto de equipamentos de 
proteção coletiva (EPC), uso de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados ao 
risco, prevenção e combates a princípios de incêndio, abandono de áreas, primeiros socorros, 
treinamentos sobre os perigos de estocagem, manuseio, derramamento e descarte de produtos 
químicos, treinamento e conhecimentos sobre o uso prévio da Ficha de Informação de 
Segurança de Produtos Químicos – FISPQ NBR- 14728 (edição atualizada) e atendimento de 
Ordens de Serviços de acordo com a Portaria 3.214 de 08/06/1978 MTE. Além do 
cumprimento do disposto na Instrução Normativa Nº1de 11/04/1994 (UNICAMP). 
Sendo assim, este artigo tem como objetivo proporcionar ao laboratorista um 
conhecimento sobre os riscos encontrados em um laboratório químico, facilitando a utilização 
de técnicas e práticas adequadas na redução dos mesmos. O que será descrito a seguir tem 
como finalidade promover o desenvolvimento de um trabalho mais seguro, aumentando os 
parâmetros de qualidade e eficiência. 
 
1. PROJETO E LAYOUT DE UM LABORATÓRIO 
Atualmente o laboratório torna-se cada vez mais importante na política de “Qualidade 
Total”, muito almejada pela maioria das empresas, pois, se não cuidarem do controle de 
qualidade das matérias primas e do seu produto final não obterão sucesso (VERGA FILHO, 
2009). 
152 
 
O projeto tem que se enquadrar nas normas internacionais do tipo estabelecidas pela 
Organização Internacional de Padronização, série ISO-9000, que requerem procedimentos de 
fabricação e de controle de qualidade perfeitamente definidos (VERGA FILHO, 2009). 
O planejamento de segurança e o layout de um laboratório possuem vários aspectos que 
devem ser levados em consideração ainda no projeto, para obter melhores resultados e evitar 
gastos desnecessários e soluções improvisadas. Abaixo serão citados alguns itens que deverão 
ser levados em consideração para a construção de um laboratório seguro (CIENFUEGOS, 
2001). 
 
1.1 Projeto Civil 
O laboratório deve ser localizado próximo da produção para facilitar o recebimento de 
amostras e o envio de resultados (VERGA FILHO, 2009). 
Os sistemas de exaustão dos gases das capelas no telhado devem estar localizados de 
maneira que as correntes de ar não os conduzam para janelas de outros prédios 
administrativos ou de produção ou, ainda em direção ao ponto de captação de ar condicionado 
do próprio laboratório (VERGA FILHO, 2009). 
As capelas não devem ser instaladas onde há grande circulação de pessoas, por ser um 
local passivo de acidentes, os corredores deverão ter uma largura mínima de 1,5 a fim de 
evitar colisões entre pessoas que estejam transportando vidrarias ou até mesmo amostras, o 
laboratório deve conter duas ou mais saídas de emergência (VERGA FILHO, 2009). 
O projeto civil deve levar em consideração fatores primordiais em um ambiente de 
trabalho no laboratório, pois, por mais que se tome todos os cuidados na manipulação de 
produtos químicos, haverá exalação de vapores, névoas, partículas, etc. Portanto, no projeto, o 
sistema de exaustão, as capelas e os sistemas de ar condicionado (VERGA FILHO, 2009). 
O sistema de ar deve realizar de 10 a 60 trocas por hora, dependendo da volatilidade e 
toxidade dos produtos manuseados (VERGA FILHO, 2009). 
O piso do laboratório deve ser antiderrapante, lavável, com o mínimo de juntas 
possíveis, e que não sofra ataques de produtos que serão manipulados (VERGA FILHO, 
2009). 
A iluminação, o tipo de lâmpadas e a localização dos pontos de luz podem causar 
doenças ocupacionais caso o projeto não seja bem dimensionado (CIENFUEGOS, 2001). 
153 
 
A localização do chuveiro de emergência, lava-olhos, mantas, extintores e demais EPCs 
devem estar situados em lugares de fácil acesso e visualização de todos que trabalham no 
laboratório (CIENFUEGOS, 2001). 
O laboratório deve conter um local apropriado para o descarte de despejos especiais, 
materiais que não devem ser descartados em latas de lixo comum, tais como resíduos de 
petróleo, cacos de vidro, resinas, polímeros, etc (CIENFUEGOS, 2001). 
A altura das bancadas também devem ser levadas em consideração, pois tem alguns 
equipamentos que são altos e o uso dos mesmos envolvem situações de risco. É o caso de 
fornos, que em uma bancada mais baixa evitará que o analista recorra a bancos para poder 
utilizá-los, reduzindo assim a probabilidade de acidentes (CIENFUEGOS, 2001). 
 
1.2 Projeto Hidráulico e Elétrico 
No Projeto hidráulico devem ser levados em consideração os produtos que serão 
manipulados, visando principalmente o projeto de esgoto. O consumo de água, vapor e GLP 
dependerá dos instrumentos que serão utilizados (VERGA FILHO, 2009). 
Todas as utilidades altamente perigosas, como é o caso do GLP, oxigênio, acetileno e 
hidrogênio, devem possuir válvulas gerais que bloqueie rapidamente o fluxo dos mesmos em 
caso de vazamento ou acidente no laboratório (CIENFUEGOS, 2001). 
No projeto elétrico deve ser levado em conta o consumo de energia que os 
equipamentos, aquecedores, fornos, etc., irão requerer, inclusive o sistema de ar e exaustão. 
Deve-se prever a instalação de chaves elétricas para o desligamento parcial das bancadas, sem 
que seja desligado o sistema de iluminação do laboratório (VERGAFILHO, 2009). 
Interruptores, cabos flexíveis, fusíveis, isolamentos e aterramentos de dispositivos 
fechados devem ser inspecionados regularmente, devendo ser registradas todas as inspeções 
realizadas. Os aterramentos e tomadas também devem ser checados (devido à corrosão 
atmosférica) (CIENFUEGOS, 2001). 
 
2. RISCOS 
Risco é toda possibilidade de acontecer um acidente ou doença profissional. Os riscos 
envolvidos em um laboratório são muitos e alguns difíceis de prever. Nós devemos seguir as 
normas e as boas práticas para se portar corretamente em um laboratório. Toda pessoa 
154 
 
devidamente treinada e trajada pode trabalhar em um ambiente laboratorial, mas isso só 
diminui as chances e não abstém a pessoa dos riscos. 
Primeiramente saber o que e quais são os riscos que estão presentes em locais assim são 
fundamentais. 
A NR-9, atualizada estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados 
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais- PPRA, visando à saúde e integridade dos 
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da 
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (ARAUJO, 
2009). 
De acordo com essa legislação, os riscos existentes podem ser divididos em cinco tipos, 
sendo eles: riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos, riscos ergonômicos e riscos de 
acidente. 
Todos os tipos de riscos estão presentes em um laboratório e alguns deles dependem 
muito da estrutura do laboratório. Outros já envolvem a relação com reagentes e 
equipamentos laboratoriais e podem ser avaliados para verificação de sua importância na 
garantia da segurança. 
De uma forma mais ampla e para que fique mais fácil a visualização desses riscos, nós 
temos a ajuda do mapa de riscos que é uma modalidade simples de avaliação dos riscos 
existentes nos locais de trabalho. 
Para elaborar o mapa de riscos é realizada uma avaliação no ambiente e através dessa 
avaliação vão ser definidos os riscos, a proporcionalidade deles para os trabalhadores bem 
como o número de trabalhadores expostos a cada tipo de risco. Esse tipo de avaliação é muito 
importante na tomada de ações preventivas em um ambiente que contém riscos. 
 
2.1 Boas práticas de laboratório 
Em um laboratório são indispensáveis os cuidados com a segurança e há medidas que os 
trabalhadores e operadores precisam tomar que fazem parte de uma rotina diária de quem 
trabalha nessa área. Podemos citar aqui algumas das mais importantes, tais como: 
 Uso correto e ininterrupto dos EPI’s e EPC’s necessários; 
 Treinamento e orientação para uso dos equipamentos; 
155 
 
 Ter atenção aos rótulos de reagentes e obedecer às especificidades descritas no 
mesmo; 
 Qualquer acidente avisar ao responsável pelo laboratório; 
 Não correr, nem realizar movimentos bruscos após adentrar ao laboratório; 
 Estar trajado corretamente com jaleco, calça comprida e sapato fechado; 
 Não comer nem beber nada nas dependências do laboratório. 
De maneira geral essas são as principais orientações para se trabalhar com excelência 
em um laboratório de forma correta podendo surgir orientações específicas conforme a 
variação de laboratórios e/ou empresas. 
 
3. ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS 
O processo de armazenamento de produtos químicos exigem cuidados como: não 
armazenar produtos químicos sem seu devido símbolo, que represente qual o risco este 
apresenta a quem irá utilizá-lo (DAVID, 2012). 
Os problemas de armazenamento desses produtos ocorrem devido à quantidade de 
produtos químicos que são armazenados. O armazenamento de forma errônea junto com o não 
planejamento e controle propiciarão acidentes pessoais e prejuízos materiais. Entretanto, um 
almoxarifado planejado com cuidado e supervisionado pode evitar muitos acidentes. Os 
produtos químicos que necessitam ser armazenados podem ser sólidos, líquidos e gasosos, e 
serem contidos em embalagens de papel, plástico, vidro ou metal que podem ser caixas, 
garrafas, cilindros ou tambores (DAVID, 2012). 
Um meio de facilitar o armazenamento é agrupar os produtos químicos nas seguintes 
categorias gerais: Inflamáveis; Tóxicos; Explosivos; Agentes Oxidantes; Corrosivos; Gases 
Comprimidos; Produtos sensíveis à água; Produtos incompatíveis (DAVID, 2012). 
 
3.1 Área de armazenagem 
O local de armazenamento de produtos químicos deve estar afastado da parte 
operacional do laboratório, evitando-se assim o contato frequente do laboratorista com as 
substâncias que possam causar intoxicações e acidentes do trabalho. No local deve haver 
ventilação local exaustora em constante operação (UNICAMP). 
 
3.2 Armazenamento de produtos químicos 
156 
 
É indispensável conhecer todas as informações dos produtos químicos que serão 
armazenados. Ter no laboratório, almoxarifado e segurança do trabalho todas as fichas de 
informações de segurança de produtos químicos FISPQ e MSDS, dos produtos químicos 
armazenados. Ter conhecimento das informações de segurança referente ao armazenamento 
dos produtos químicos. Todas as embalagens devem estar devidamente rotuladas, 
identificadas e em perfeito estado de conservação. 
Para o armazenamento de produtos químicos é fundamental a redução do estoque ao 
mínimo, estabelecer segregação adequada e isolar ou confinar certos produtos (UNICAMP). 
 
3.3 Redução de estoque 
O laboratório deve ter um ágil sistema de controle de estoque, se possível adquirir os 
produtos químicos somente de acordo com as necessidades, embora isso exija um trabalho 
burocrático maior, mas subsidiará um armazenamento mais seguro (UNICAMP). 
 
3.4 Segregação 
Separação segundo as características inerentes as substâncias e suas incompatibilidades. 
A separação poderá ser feita através de estantes, dependendo das dimensões do estoque e do 
espaço do almoxarifado (UNICAMP). 
 
3.5 Características das estantes 
Estantes: metálicas devidamente aterradas eletricamente (exceto para produtos 
corrosivos), alvenaria e madeira. Todas as prateleiras devem ser devidamente afixadas (solo, 
teto e parede) ter sistemas de anteparo tanto frontal como laterais de 0.10m, para evitar quedas 
de frascos, é recomendável que tenham sistemas de contenção de líquidos e altura não 
superior a 2m (UNICAMP). 
 
3.6 Armários 
Armários protegidos, especiais para armazenamento de inflamáveis com resistência ao 
fogo, prateleiras com sistema de contenção de derramamento, aterramento elétrico, tela corta 
chama, sistema de exaustão local e sinalizado corretamente (UNICAMP). 
 
3.7 Refrigeradores 
157 
 
Apesar de ser comum, é incorreto o uso de refrigeradores domésticos em laboratórios 
para armazenamento de solventes e demais produtos químicos, esses refrigeradores não 
possuem sistemas elétricos à prova de explosão, exaustão, boa estabilidade, além de seus 
compartimentos não serem devidamente resistente para suportar as embalagens de produtos 
químicos. O ideal é o uso de refrigeradores com segurança específica apropriada para o 
armazenamento de produtos químicos (UNICAMP). 
 
4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA 
Equipamentos de proteção Coletiva, os EPCs, são equipamentos utilizados para a 
segurança dos trabalhadores, protegendo todos ao mesmo tempo de determinados riscos. 
 
4.1 Capelas e Exaustores 
Funcionam como um sistema de exaustão de gases que, utilizada de forma adequada, 
evita a inalação ou exposição do operador as substâncias manipuladas, que representam riscos 
a saúde. Ao usar a capela mantenha sempre o frasco do reagente na parte de dentro e em 
hipótese alguma ponha a cabeça dentro da capela para examinar o andamento de uma reação. 
Não use o local para a estocagem de reagentes, a não ser aqueles que estejam sendo usados,e 
nunca utilize capelas comuns para ácido perclórico, somente em capelas revestidas com aço 
inoxidável. O sistema de exaustão da capela deve ser desligado após 10 a 15 minutos do fim 
dos trabalhos (MAGALHÃES, 2006). 
 
4.2 Chuveiros de emergências e lava olhos 
Estes equipamentos devem ser usados em caso de respingo de reagente sobre o corpo ou 
o rosto. Eles devem ser examinados periodicamente e seu acesso nunca deve estar bloqueado. 
Segundo o CRQ-VI (Conselho Regional de Química VI Região), “O chuveiro de emergência 
deve ter o crivo de aproximadamente 30 centímetros de diâmetro e seu acionamento ser por 
meio de alavancas (acionadas pelas mãos) ou pelo sistema de plataforma”(2007, pag.17). O 
sistema conjugado também não deve ter degraus e sua água tem que ser de boa qualidade 
(MAGALHÃES, 2006). 
 
4.3 Extintores de Incêndio 
É preciso identificar bem o incêndio que se vai combater antes de escolher o extintor ou 
outro equipamento de combate ao fogo. São classificados em: 
158 
 
 Classe A: Incêndios em materiais sólidos fibrosos, como madeira, papel, 
tecido, etc. 
 Classe B: Incêndios em líquidos e gases inflamáveis, como a gasolina. 
 Classe C: Incêndios que envolvem equipamentos elétricos como motores, 
cabos, etc. 
 Classe D: Incêndios em metais combustíveis, como magnésio, potássio, zinco, 
entre outros. 
Os incêndios, em seu início, são muito fáceis de controlar, quanto mais rápida a ação, 
menos riscos à danos maiores (MAGALHÃES, 2006). 
 
5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
São dispositivos de uso pessoal, destinados à proteção da saúde e integridade física do 
trabalhador. O uso dos EPIs no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 
da Portaria 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. As instituições de saúde 
devem adquirir e oferecer EPIs novos e em condições de uso aos trabalhadores sem nenhuma 
cobrança por seu uso. Igualmente, devem proporcionar capacitação para o uso correto dos 
mesmos e, caso o trabalhador se recuse a utilizá-los poderá exigir a assinatura de um 
documento no qual dará ciência e especificará detalhadamente os riscos aos qual o trabalhador 
estará exposto (SKRABA, 2004). Os EPIs deverão ser cuidados e higienizados para prolongar 
sua vida útil, quando forem descartáveis não deverão ser reaproveitados. Os EPIs não podem 
provocar alergias ou irritações, devem ser confortáveis e atóxicos. 
 
5.1 Equipamentos de proteção individual/EPI utilizado no laboratório 
5.1.1 Jaleco 
Protege a parte superior e inferior do corpo, como os braços, tronco, abdômen e parte 
superior das pernas. Devem ser de mangas longas, usados sempre fechados sobre as 
vestimentas pessoais (não usá-lo diretamente sobre o corpo), confeccionados em tecido de 
algodão, impermeabilizados ou não. Os jalecos descartáveis devem ser resistentes e 
impermeáveis. Auxiliam na prevenção da contaminação de origem biológica, química e 
159 
 
radioativa, além da exposição direta a sangue, fluídos corpóreos, borrifos, salpicos e 
derramamentos de origens diversas (LIMA E SILVA, 1998). 
 
5.1.2 Luvas 
São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos do 
trabalhador. Protegem o trabalhador dos riscos biológicos, químicos e físicos como, por 
exemplo, queimaduras químicas por substâncias corrosivas, inflamáveis, irritantes; calor 
(fornos e muflas) ou frio (materiais congelados e em Nitrogênio líquido) extremos; choques 
elétricos; manuseio de culturas microbiológicas, materiais biológicos (sangue, tecidos 
infectados etc); material radioativo (GUIMARÃES, 2005). 
As luvas devem ser confeccionadas com material resistente e maleável, anatômicas, 
devem ter baixa permeabilidade e compatibilizadas com as substâncias manipuladas 
(SKRABA, 2004). Alguns trabalhadores são alérgicos as luvas de borracha natural ou látex 
ou, também, ao talco utilizado em seu interior. Estes trabalhadores deverão utilizar luvas de 
Vinil, PVC ou Nitrílicas. 
 
 5.1.3 Luvas de látex 
Protegem o trabalhador dos materiais potencialmente infectantes como: sangue, 
secreções, excreções, culturas de microrganismos, animais de laboratório etc. são divididas 
em estéreis as luvas cirúrgicas e não estéreis as luvas de procedimento, descartáveis ou não. 
 
5.1.4 Luvas para o manuseio de produtos químicos 
Podem ser confeccionadas em: borracha natural (Látex), Butíl, Neoprene®, Cloreto de 
Polivinila (PVC), Acetato de Polivinila (PVA), Viton® (MC GILL, 2005). O tipo de luva 
usado durante o processo de trabalho deverá corresponder à substância química a ser 
manipulada, por exemplo, luvas de PVC para o manuseio de drogas citostáticas (LIMA e 
SILVA, 1998). 
 
5.1.5 Luvas de proteção ao calor 
Para os trabalhos com autoclaves, fornos e muflas recomendam-se o uso de luvas de lã 
ou tecido resistente revestida de material isolante térmico. Para trabalhos que envolvem o 
manuseio a altas temperaturas, por exemplo, acima de 350o C luvas Zetex®; abaixo de 350º 
160 
 
C luvas Kevlar®; acima de 100º C luvas de couro curtido com sais de cromo (MC GILL, 
2005). 
 
5.1.6 Óculos de segurança 
Protegem os olhos do trabalhador de borrifos, salpicos, gotas e impactos decorrentes da 
manipulação de substâncias que causam risco químico (irritantes, corrosivas etc.), risco 
biológico (sangue, material infectante etc.) e, risco físico (radiações UV e infravermelho etc.). 
Pode ter vedação lateral, hastes ajustáveis, cinta de fixação. 
As lentes devem ser confeccionadas em material transparente, resistente e que não 
provoque distorção, podem ser de policarbonato, resina orgânica, cristal de vidro, além de 
receber tratamento com substâncias antiembaçantes, anti-risco e, resistentes aos produtos 
químicos (SKRABA, 2004). 
 
5.1.7 Máscaras faciais ou protetores faciais 
Utilizados como proteção da face e dos olhos em relação aos riscos de impacto de 
fragmentos sólidos, partículas quentes ou frias, poeiras, líquidos e vapores, assim como 
radiações não ionizantes. Resguardam a face dos respingos de substâncias de risco químico 
como, por exemplo, substâncias corrosivas, irritantes e tóxicas; gotículas de culturas de 
microrganismos ou outros materiais biológicos. Protegem contra estilhaços de metal e vidro 
ou outro tipo de projeteis. São confeccionadas em materiais como: propionato, acetato e 
policarbonato simples ou recobertos com substâncias metalizadas para absorção de radiações 
(SKRABA, 2004). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Atualmente, as pessoas pressupõem que o uso dos EPIs e outros artigos de segurança é 
algo obsoleto ou uma exigência das empresas somente para isenção de multas ou penas 
quanto à fiscalização e cumprimento de normas. Mas esse tipo de segurança é um dos mais 
importantes, é a proteção em prol da vida e o trabalhador precisa ser o primeiro a fazer as 
exigências para sua segurança, pois quando algo acontece ele é o mais afetado. Há muitas 
coisas perdidas em acidentes por negligência que nenhum processo ou indenização repõe. 
161 
 
Através de treinamentos, pequenos cuidados, uso correto dos equipamentos e uma 
equipe devidamente preparada, muitas coisas podem ser evitadas de modo a garantir a 
qualidade do trabalho. 
Nós buscamos desenvolver esse artigo de forma a esclarecer o quanto temos 
participação e responsabilidade na segurança em um laboratório e trazer informações 
relevantes que instruem e edificam ainda mais o conhecimento de quem o lê. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
UNICAMP, Segurança em Laboratórios Químicos, Diretoria de Segurança do Trabalho – Instituto 
de Química. Disponível em http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/seg_lab_quimico.pdf. 
Acesso em: 23 mai. 2015. 
 
DAVID, L.C. et al. Manual de Biossegurança, IMS/CAT-UFBA, Programa Permanecer. Disponível 
em http://www.ims.ufba.br/wp-content/uploads/downloads/2012/09/Livro-biosseguranca-IMS1.pdf. 
Acesso em: 23 mai. 2015. 
VERGA FILHO, F.A. Segurança em Laboratório Químico,Conselho Regional de Química – IV 
Região (SP). Disponível em http://www.crq4.org.br/sms/files/file/mini_seg_lab_2009.pdf. Acesso em: 
25 mai. 2015. 
CIENFUEGOS, F. Segurança no Laboratório. Rio de Janeiro: Interciência,2001. 
SKRABA I, NICKEL R, WOTKOSKI SR. Barreiras de Contenção: EPIs e EPCs. In: MASTROENI 
MF. Biossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde. São Paulo: Editora Atheneu; 
2004. 
Biosafety Manual. Mc Biosafety Manual. Mc Gill University. Disponível em: 
http://www.mcgill.ca/ehs/laboratory/biosafety/. Acesso em 23 de maio 2015. 
LIMA E SILVA, Francelina. H. A. Barreiras de contenção. In: ODA, Leila Macedo; ÁVILA, 
Suzana (Orgs) et al. Biossegurança em laboratório. Rio de Janeiro: Fiocruz. 1998. Pag. 304. 
MAGALHÃES, F.; COSTA, C.S.; FIGUEIREDO, E.C. et al. Equipamentos de Proteção Coletiva e 
Suas Utilidades nos Laboratórios, Comissão de Riscos Químicos UNIFAL-MG. Disponível em: 
http://www.unifal-mg.edu.br/riscosquimicos/node/72. Acesso em 21 de mai. 2015. 
DEL REY, M; MELLO, M.A.; BERGAMO, M.E. et al. Guia de Laboratório para o Ensino de 
Química, Conselho Regional de Química IV Região (SP-MS). Disponível em: 
http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf. Acesso em 21 de mai. 2015. 
http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/seg_lab_quimico.pdf
http://www.ims.ufba.br/wp-content/uploads/downloads/2012/09/Livro-biosseguranca-IMS1.pdf
http://www.crq4.org.br/sms/files/file/mini_seg_lab_2009.pdf
http://www.unifal-mg.edu.br/riscosquimicos/node/72
http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf
162 
 
ARAÚJO, S. A. Manual de biossegurança: Boas práticas nos laboratórios de aulas práticas na área 
básica das ciências biológicas da saúde - Universidade Potiguar, Natal, 2009. Disponível em: 
http://unp.br/arquivos/pdf/institucional/docinstitucionais/manuais/manualdebiosseguranca.pdf acesso 
em 27 de mai. 2015.

Outros materiais