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Aps De Dislipidemia

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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA- APS
UNIVERSIDADE FACULDADE DOS GUARARAPES- UNIFG
BIOMEDICINA- 
ATIVIDADE 1: Caso clínico – Dislipidemia
Leia com atenção o caso a seguir:
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 55 anos, cor branca, procedente de Mostarda, casado, escriturário, encaminhada pelo Posto de Saúde para avaliação cardiológica.
QUEIXA PRINCIPAL: Colesterol alto
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Refere que em avaliação prévia apresentara níveis altos de colesterol e alteração de exame das carótidas. Sedentário, dieta rica em gorduras animais e tabagista no passado (1 maço/dia, durante 20 anos), deixando de fumar há 30 dias quando soube dos exames alterados.
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças da infância - sarampo e cachumba.
HISTÓRIA FAMILIAR: Pai e tio paterno com IAM antes dos 55 anos, ambos falecidos por complicações vasculares. Dislipidemia familiar em dois irmãos, sendo que um deles, com 58 anos, apresentou quadro de angina e foi submetido à Cirurgia de Revascularização Miocárdica.
EXAME FÍSICO: Peso: 78 Kg, Altura: 1,65 m, IMC: 28,7 Kg/m2, PA: 135/90mmHg, FC: 82bpm, FR: 20mrpm. Ictus invisível e impalpável. Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros. Extremidades: Pulsos de MsIs palpáveis, mas de amplitude reduzida.
EXAMES COMPLEMENTARES: Glicemia- 99 mg/dL, Creatinina-1,2 mg/dL, Ácido Úrico –7,1 mg/dL, Colesterol total – 278 mg/dL, HDL-colesterol- 40 mg/dL, LDL-colesterol-208 mg/dL, Triglicerídeos –150 mg/dL. ECG: ritmo sinusal, FC: 74 bpm, alterações primárias de ST-T, Ecografia de Carótidas: Espessamento da íntima –média (> 0,9 mm) e placa lipídica na bifurcação da carótida esquerda (20%). Índice Tornozelo-Braquial (ITB) < 0,8.
Adaptado de (http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/famed/curr3304/cardiodislipidemia.pdf).
Com base em ATUALIZAÇÃO DA DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE – 2017 (http://www.scielo.br/pdf/abc/v109n2s1/0066-782X-abc-109-02-s1-0001.pdf), responda:
a) qual a classificação da dislipidemia apresentada pelo paciente? Classificação laboratorial: Hipercolesterolemia isolada (aumento do colesterol total-CT e/ou LDL- colesterol) 
b) Além da dislipidemia o paciente possui outros fatores de risco cardiovascular? Quais? Descreva-os. 
Sim. Como idade (paciente apresenta uma idade mais avançada), hereditariedade (paciente com histórico família, com perda do pai e tio por conta de doença cardiovascular), sedentarismo (paciente relata ser uma pessoa sedentária) e dieta inadequada (paciente costuma ingerir alimentos derivados de gordura de animais). 
c) Como a PCR-us vem sendo utilizada para avaliação do risco nesses pacientes? A PCR tem sido o marcador de inflamação crônica mais utilizado na prática clínica, sendo considerado como fator de risco independente de Doenças cardiovasculares. A PCR é sintetizada principalmente pelo fígado, como também em menor proporção, por adipócitos e tecido arterial. É regulada por níveis circulantes de interleucina-6, porém, não é considerada um mero marcador de atividade inflamatória, pois participa diretamente no processo de aterogênese, modulando a função endotelial e atuando como regulador da produção de óxido nítrico no endotélio. Desta forma, vários trabalhos têm recomendado a utilização da PCR na avaliação de pacientes com doença cardiovascular prévia ou fatores de risco
d) quais os dois fatores relacionados a fase pré-analítica mais importantes para avaliação laboratorial dos parâmetros lipídicos e das apolipoproteínas? Descreva-os. O primeiro fator é a anamnese feita corretamente com o paciente e o profissional que está aplicando. O segundo fator é o histórico de doença familiar do paciente, assim o médico saberá se o paciente é pré-disposto a ter alguma doença de nível genético. 
e) quais são as principais recomendações para o preparo do paciente para a coleta? Recomenda-se que o paciente faça um jejum de 6 horas, assim os valores analisados não sofrem alterações por fatores externo como alimentação.
f) Através de qual método a maioria dos laboratórios clínicos fazem dosagem de CT, do HDL-c e dos triglicerídeos? Utilizam-se de método automatizados.
g) quais são os critérios utilizados para o cálculo do LDL-c através da fórmula de Friedewald? Se você fosse o responsável técnico/administrativo por um laboratório como vocês iria liberar a dosagem do LDL-c: método calculado ou mensurado? Justifique. Para o uso da formula de Friedewald utiliza-se a fórmula LDL-C = CT - HDL-C - TG/5, onde TG/5 representa o colesterol ligado à VLDL ou VLDL-colesterol (VLDL-C), ou diretamente mensurado no plasma. Em pacientes com hipertrigliceridemia (TG>400mg/dL), a equação é imprecisa. Nestes casos, o valor do LDL-C pode ser obtido por dosagem direta. Como o uso da fórmula de Friedewald é adequado à maioria dos pacientes e tem custo muito menor, seu uso foi considerado como padrão por essa diretriz. Particularmente utilizaria o método calculado. 
h) quais as vantagens e desvantagens na utilização da metodologia de punção capilar (POCT, sigla to inglês Point-of-Care Testing) ou Teste Laboratorial Remoto (TLR). Podemos citar como vantagem da punção nervosa o fato de como ela auxilia no efeito farmacológico, controla a dose, aceita grandes volumes e permite ph diferente dela no sistema. Com relação a desvantagem as opções acima podem ser prejudiciais se o profissional não prestar atenção na hora da punção. O teste remoto tem suas vantagens onde a resposta é rápida e o procedimento é eficiente, a amostra não necessita ser transportada até o laboratório, na maioria dos testes a amostra não necessita ser centrifugada e eles permitem o uso de pequena quantidade de amostra.
i) quais os efeitos relacionados a mutações nos genes LDLR e ApoB?
As alterações dos genes LDLR causam deficiência na síntese do receptor, originam proteínas incapazes de serem transportadas entre o retículo endoplasmático e o Complexo de Golgi ou produzem proteínas capazes de serem transportadas mas em quantidades muito baixas, originam proteínas que alcançam a superfície da célula, mas não têm capacidade de ligação, produzem receptores que podem ligar LDL, mas não são interiorizadas, produzem receptores que têm a capacidade de ligação à LDL, são internalizados, mas não liberam as LDL nos endossomos, impedindo a reciclagem dos receptores.
Já as alterações da ApoB interferem na conformação do domínio de ligação da ApoB com o receptor B/E, reduzindo a afinidade da LDL (lipoproteína de baixa densidade) por esse receptor, elevando assim os níveis circulantes de LDL. Provocam uma forma de dislipidemia conhecida como apo B-100 defeituosa familiar.
j) quais as principais abordagens não medicamentosas utilizadas para esses pacientes? Recomenda-se, que o paciente por ser considerada uma pessoa sedentária, que comece a ter uma rotina de atividades físicas diárias que possam a ajudar na redução do colesterol acompanhado de um profissional de educação física. Uma modificação na alimentação do paciente é essencial, pois o mesmo ingere diferentes alimentos ricos em gorduras animais, trocando por uma alimentação mais saudável recomendada por um nutricionista e que o paciente deixe de fumar para melhora de sua saúde. 
k) quais as principais classes de drogas utilizadas no tratamento farmacológico desses pacientes? São utilizadas as vastatinas ou estatinas ou inibidores da HMG-CoA redutase, resinas de troca, fibratos, ácido nicotínico, ômega-3, ácido acetil salicílico, inibidores da enzima de convenção, betabloqueadores.

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