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Filosofia e seus pensamentos pedagogocos

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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E PENSAMENTO PEDAGÓGICO CONTEMPORÂNEO | 1º termo
Aluno: Nathalia Araujo Pinheiro 
Curso:	 Pedagogia				 	
1º semestre/2020
ATIVIDADE 03
O Movimento Escola sem Partido surgiu em 2004, através da iniciativa do então procurador do Estado de São Paulo, Miguel Nagib. 
O projeto surgiu como uma reação a um suposto fenômeno de instrumentalização do ensino para fins político ideológicos, partidários e eleitorais, que em seu ponto de vista representam doutrinação e cerceamento da liberdade do estudante em aprender. O procurador entende que muitos professores sob o pretexto de despertar a consciência crítica dos estudantes acabam deixando o processo educativo de lado em prol da disseminação de propaganda partidária e de ideais de esquerda.
O movimento reivindica a imparcialidade e a objetividade do professor em sala de aula alegando que, caso contrário, será negado ao aluno o acesso a outras explicações e abordagens alternativas para os fenômenos estudados 
Em 2014 o Deputado Estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, convidou o procurador Nagib para escrever um projeto de lei (PL 2974/2014) para ser apresentado à Assembleia Legislativa daquele Estado. No mesmo ano, Carlos Bolsonaro, irmão do Deputado e vereador no Rio de Janeiro lançou o PL 864/2014 para apreciação da Câmara Municipal.
Miguel Nagib disponibilizou no site do movimento os dois projetos, municipal e estadual, que tem servido de inspiração para a disseminação de projetos do mesmo tipo em Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas de vários Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Alagoas, Ceará, Amazonas e o Distrito Federal e Paraíba (dados de julho/ 2016).Em âmbito federal, o PL 867/2015 e outros quatro projetos de lei tramitam na Câmara com propostas também inspiradas no movimento Escola sem Partido.
No início de 2015, a cidade de Santa Cruz do Monte Castelo, no Estado do Paraná, tornou-se o único município do país a adotar a legislação, que chegou a ser aprovado em Campo Grande (MS) e Picuí (PB), mas foram vetados após protestos de estudantes e professores. No caso do Estado de Alagoas a lei chegou a ser aprovada, mas acabou contestada pela Advocacia Geral da União por considerar que o Estado estaria legislando em área de competência da União, especificamente no que tange ao artigo 206 da Constituição Federal onde é assegurada a pluralidade de ideias nos ambientes de Ensino.
A grande polêmica em torno desses projetos gira em torno da suposta perseguição e censura que se empreenderia junto ao trabalho docente, abrindo espaço inclusive para a perseguição política. Um dos pontos chave da proposta é a instalação de cartazes nos corredores e salas de aula elencando quais são os deveres do professor e o que não deve ser abordado em sala de aula. Na visão dos críticos ao projeto, ao se de impor limites ao trabalho do professor ele automaticamente deixaria de ser um mediador da aprendizagem e passaria a ser um mero transmissor de conteúdos disciplinares. Para os defensores do movimento, no entanto, a imparcialidade e a neutralidade em sala são fundamentais para que a formação do aluno ocorra sem influências ideológicas e partidárias, uma vez que toda ideologia atrapalha a compreensão da realidade e é dever do professor ensinar as coisas como realmente são independentemente de convicções pessoais.
Abaixo está uma imagem que mostra os deveres dos Professores:
 
ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR DO PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO
Foto: Agora que você já sabe o que é o Projeto Escola sem Partido, vamos ver o que dizem seus defensores e seus críticos:? Confira os argumentos contra e a favor da EsP em seus seis pontos principais: neutralidade na educação, influência do professor sobre uma audiência cativa, prioridade dos valores familiares sobre a educação escolar, promoção da ideologia de gênero, constitucionalidade do projeto e, por fim, a liberdade de cátedra.
Defensores do Projeto Escola sem Partido: os professores impõem aos alunos sua própria visão de mundo, doutrinando ideologicamente os estudantes. Com o pretexto de transmitir aos alunos uma “visão crítica” sobre o mundo, os docentes acabam se prevalecendo da liberdade de cátedra para promover suas crenças particulares nos espaços formais de ensino. Por isso, reforçam que os professores devem guardar suas posições pessoais para si e trazer diferentes pontos de vista sobre um tema, com equilíbrio.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: não existe educação neutra. Estamos inseridos em sociedade e por isso expressamos nossas concepções sempre que nos comunicamos, sendo essencial o convívio com pessoas de diferentes convicções. Os professores possuem, como todos nós, suas próprias concepções morais e ideológicas. Assim, os docentes devem passar aos alunos diferentes percepções sobre um mesmo assunto – promovendo a pluralidade. 
O erro do Escola sem Partido é partir do princípio de que a neutralidade na educação é algo possível.
Note que ambos os lados do debate defendem que a educação escolar deve ser feita de forma plural, explorando sempre diferentes pontos de vista. A diferença entre eles é que o Escola sem Partido acredita ser possível uma educação neutra, enquanto seus críticos defendem que a não ideologia na educação é algo inexistente. Além disso, enquanto ambos os lados reconhecem a possibilidade de professores imporem sobre os alunos suas convicções pessoais, críticos ao EsP afirmam que esses casos são uma exceção nas escolas brasileiras. Por outro lado, os defensores da EsP afirmam que a doutrinação ideológica é um fenômeno amplamente difundido nas instituições escolares do país.
Influência do professor sobre uma audiência cativa:
Defensores do Projeto Escola sem Partido: os alunos são audiência cativa do professor – ou seja, são obrigados a ouvi-lo dentro da sala enquanto durar sua aula. Por ser uma autoridade, os alunos estão sob influência do professor, de suas considerações e tendem a aceitá-las como verdade, sem condições de criar pontos de vista autônomos. Além disso, muitos estudantes se sentem constrangidos ao expressar opiniões divergentes daquelas proferidas pelos docentes.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: os estudantes não formam uma audiência cativa facilmente influenciável e incapaz de refletir sobre o que é ensinado em sala de aula. Os alunos possuem seus próprios pontos de vista, construídos em suas diversas relações – com a família, amigos, mídia, igrejas, escola e vários outros espaços sociais. Comparando as diversas mensagens recebidas nesses grupos é que definem aquilo em que acreditam ou não.
Valores familiares sobre a educação escolar:
Defensores do Projeto Escola sem Partido: a escola deve respeitar os valores da família e não deve ensinar sobre temáticas que são de responsabilidade da esfera privada, como a educação moral, sexual e religiosa. Os valores familiares devem ter precedência (prioridade) sobre a educação escolar.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: a escola é um espaço frequentado por alunos de distintas convicções morais e religiosas. Por isso, é impossível que o professor evite contradizer as convicções vindas das mais diversas famílias, sem comprometer o caráter educativo da escola.
Ideologia de gênero:
Defensores do Projeto Escola sem Partido: afirmam que as escolas promovem uma ideologia de gênero que vai contra os valores familiares (morais e/ou religiosos). Temem que o debate sobre educação sexual e questões de gênero acabe menosprezando as crenças familiares e gere intolerância religiosa, além de incentivar a homossexualidade entre crianças e adolescentes. Defendem que discussões sobre gênero e sexualidade devem se restringir à esfera privada (a casa e a família) e não discutidas no espaço escolar.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: negam que exista uma ideologia de gênero nas escolas brasileiras. O que se promove são discussões sobre orientação de gênero e educação sexual, que buscam prevenir abusos, gravidez na adolescência e Doenças Sexualmente Transmissíveis(DSTs). Além disso, essas discussões são importantes para combater preconceitos como homofobia, machismo e outras formas de discriminação em função de gênero, já que a perpetuação desses problemas se deve principalmente à falta de informação e reflexão sobre o assunto.
Constitucionalidade do Projeto Escola sem Partido:
Defensores do Projeto Escola sem Partido: o programa não é inconstitucional, pois apenas reforça os direitos e obrigações já existentes na legislação, sem criar nenhum novo. A exceção é a regra que obriga a afixação de cartazes em sala de aula que mostrem os deveres e direitos dos professores. Assim, se o Projeto Escola sem Partido é considerado inconstitucional, as leis que lhe servem de fundamento também serão.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: não existindo ensino neutro (sem visão do mundo), qualquer ação que busque coibir a manifestação de ideias em sala de aula é inconstitucional. O projeto também coloca em vigilância constante os docentes, ferindo a liberdade de ensinar. Além disso, o EsP fere princípios constitucionais como a laicidade do Estado, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a proteção contra a censura.
Liberdade de cátedra:
Defensores do Projeto Escola sem Partido: os professores possuem liberdade de ensinar, mas se aproveitam da liberdade de cátedra para cometer abusos e impor suas convicções sobre os alunos.
Críticos ao Projeto Escola sem Partido: o EsP fere a liberdade de cátedra e cria insegurança entre os professores, que temem ser denunciados como doutrinadores ao trabalhar assuntos controversos e polarizados, mesmo que a discussão seja essencial para a formação dos alunos.
Meu ponto de vista sobre a escola sem partido: e um pouco do pensamento de Paulo Freire:
No meu ponto de vista o professor está exercendo seu trabalho da melhor forma possível sendo que teve um preparo para ensinar os seus alunos sabendo das origens dos seus alunos no meio da sociedade sendo esse preparo maneira pra que ele possa entender o seu aluno e como pode aplicar o seu conhecimento para com ele.
A respeito do aluno, o aluno está na sala de aula para aprender para vivenciar o que o professor passou para ele, mas também não vejo problema em o aluno trazer um assunto para debater com o professor, porque daquele ensino que foi dado que vai forma um cidadão. 
Os pais sem devem saber que os alunos seus filhos estão ali para aprender e devem sim compartilha o que o filho está aprendendo e si possível aplicar em casa, claro não que não desrespeite seus costumes sua ideologia porem sabendo que o professor está ali para ensinar da melhor maneira possível em todos os sentidos.
Pra mim tudo é uma forma de se conversar e mostra o que é passado ou não nas escolas hoje em dia respeitando todas as ideologias de cada família.
Os Pais devem sim saber o que é passado para seus filhos para pode saber ajuda-lo com a atividade em casa e pode explicar da maneira que lhe convém, mas é claro que o ensino não ensine nada imoral para seus filhos.
Segundo Paulo Freire é fundamental, em sua opinião, que as propostas pedagógicas incorporem os indivíduos em suas totalidades. “Precisamos entender as crianças que chegam às escolas em diversos contextos, o da família negra, o da favela, como filhos de mulheres trabalhadoras. Que saberes e lutas eles trazem consigo para a educação?”, indaga.
“Essas são experiências reais, totais, que exigem uma proposta plural, integrada”, problematiza. Para ele, é urgente pensar que a educação, o currículo diversificado e os saberes prévios podem dar conta de devolver a humanidade roubada das crianças e adolescentes oprimidos. “A função da escola só é integral se ela passa a ser um espaço digno, justo, capaz de recuperar o que lhes roubam”, conclui.
Bibliografia:
https://www.infoescola.com/educacao/escola-sem-partido/
https://www.politize.com.br/projeto-escola-sem-partido/
https://educacaointegral.org.br/reportagens/paulo-freire-em-seu-devido-lugar/?gclid=Cj0KCQjwmdzzBRC7ARIsANdqRRkAFdJLEWov8v6qll9zh6Q3QNLlPMSWgjCrG20e9ZT-IwuclYtU570aAjhAEALw_wcB

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