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2
PEDAGOGO NA SALA DE AULA
Elisabete Padilha Severgnini
Jaqueline Mercedes Siveiro Kark
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Segunda Licenciatura em Artes Visuais (FLX1269) – Estágio I
04/04/2020
RESUMO
 Frente à atual conjuntura que vivemos e ao reconhecimento dos problemas e do desejo de atuar do pedagogo, se reconhece que o pedagogo deve estar sempre em busca de novos conhecimentos, em busca de novas perspectivas, novas fontes de informações. Não importa a turma/ano que irá atuar, importa o fato que ele terá que planejar. Terá que ter conhecimento sobre o conteúdo a ser ensinado, mas acima de tudo conhecer com quem vai trabalhar e buscar estratégias e ferramentas para que consiga fazer a ponte entre o objeto do conhecimento e o conhecimento. Nesta situação a pesquisa já estará presente para um bom diagnostico, para levantamentos de hipóteses e novamente para a solução dos problemas. O pedagogo além de saber fazer um bom planejamento deve se tornar um bom pesquisador, para estar sempre atualizado se tornando um agente de transformação, intervindo, mediando situações de construção de conhecimento, percebendo sempre a realidade que o rodeia, as necessidades atuais do grupo. Considerando que o processo de ensino não é somente em sala de aula que é um fenômeno social, o pedagogo busca inserir-se nesta sociedade, buscando conhecê-la, entende-la para poder interagir com ela e fazer a mediação entre o conhecimento. 
Palavras chaves :Pedagogia; Experiência; Educação; Fenômeno; Social. 
 1 INTRODUÇÃO 
Neste paper busco a reflexão sobre atuação de profissional de pedagogia na sala de aula em alguns níveis do ensino fundamental e na educação infantil, sua prática docente, as impressões, a experiência desenvolvida no tempo de sua regência, a prática educativa e havendo a prática falaremos também da ação pedagógica e sobre o papel do pedagogo e sua formação.
O pedagogo é um profissional que tem seu trabalho regulamentado nos termos das diretrizes curriculares nacionais e vem assumindo um caráter multidimensional como campo de conhecimento, e por isso a extensão do seu alcance nas diversas esferas da prática social.
 Considerando ampliação no campo de ação, este profissional deve se atualizar cada vez mais, estar sempre pesquisando, buscando novas alternativas e soluções para as hipóteses levantadas em sua área de atuação, e com isto estado sempre envolvido em pesquisas buscando novas fontes de informação. Portanto, refletir sobre o trabalho pedagógico na atual conjuntura é, por exemplo, repensar cuidadosamente o papel que os pedagogos têm no sentido de estarem buscando possibilidades de superação e inovação, é pensar formas de estar sempre se atualizando, buscando novas alternativas, pautada num repensar conjunto sobre a lógica da construção do conhecimento e sua aplicação na prática social.
2 PEDAGOGIA/ ATUALIZAÇÃO DO PEDAGOGO
A pedagogia é uma ciência que tem como objetivo a reflexão, a sistematização e a análise do processo educativo, e para isto o profissional da educação tem como desafio manter-se atualizado para desenvolver práticas pedagógicas competentes. Segundo Libâneo (2002), há uma diversidade de práticas educativas dentro da sociedade a qual se configura como uma ação pedagógica na área escolar e não-escolar, assim, ele considera que: 
O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. (2002 p. 68)
A atualização do pedagogo não é uma opção e sim uma necessidade, pois ele tem como objetivo algo muito mais importante que repassar conteúdos ajudar a escrever e ler ou determinar ações, ele quer formar cidadãos críticos capazes de mudar a sociedade que vivemos, por este motivo deve estar sempre aprendendo seja com o alunos, com seu companheiro de trabalho, família, amigos, através de pesquisas, leituras ou meio de comunicação ou novas formações. 
De acordo com Libâneo (1997, p. 132) a pedagogia “é uma área do conhecimento que investiga a realidade educativa no geral e no particular, onde a ciência pedagógica pode postular para si”, isto é, ramos de estudos particulares dedicados aos vários âmbitos da prática educativa, complementados com a contribuição das demais ciências ligadas a educação. 
Nesta perspectiva o pedagogo se torna um pesquisador e “sujeito da sua própria pesquisa” como ressalta Silva (1990. p 14). Com isto os pedagogos de hoje têm a consciência de que cada vez mais necessita de ir em busca de aperfeiçoamento e atualização aumentando seu conhecimento e suas competências se tornando um professor pesquisador, aquele que abdica de posturas tradicionais e adquire competências permeadas por muitos conhecimentos e aprendizagens.
O professor que se propõe a pesquisar tem uma gama imensa e pouco explorada de questões que envolve o conhecimento da realidade nas suas relações com “o que”, o “para que”,”o como”, o “porque”, o “para quem” ensinar.[...]a prática cotidiana do professor é um desfio permanente que resiste a formulas, modelos, soluções externas, e um convite para um ensino criativo, experimental e para uma pesquisa na ação ( Silva.1990.p 67).
O constante processo de atualização é algo que se faz necessário para o bom desempenho profissional, para que possa desenvolver um bom trabalho ele deve ir em busca de informações sobre o que, para quem e como vai fazer seu trabalho. É nestas situações que o nível de conhecimento apresentado por um profissional determina o grau de complexidade de suas atividades; é através destes conhecimentos adquiridos e aprendizagens que tem sobre a sua área de atuação que lhe dá autonomia para implementar as ideias que idealiza possibilitando com isso quebrar paradigmas existentes na atividade que desenvolve. No entanto, isso tudo só é possível se o profissional desenvolver constantemente um processo de reflexão e atualização sobre a prática que desenvolve buscando sempre melhorar o trabalho que realiza.
Como nos diz Freire (1996, p.34): “A formação é um fazer permanente que se refaz constantemente na ação. Para se ser, tem que estar sendo". Por isso, os pedagogos de um modo geral precisam a todo instante estar procurando manter-se informados sobre as discussões na área da educação e na sociedade em geral e tornando pesquisadores uma vez que isso faz parte de suas atividades profissionais. 
O pedagogo em geral é um profissional comprometido com sua profissão e com a necessidade constante de se renovar. A Pedagogia estimula nos futuros pedagogo o gosto pelo conhecimento, fazendo com que reflitam sobre seu papel dentro do grupo de trabalho que estiver inserido, buscando sempre através de pesquisas o conhecimento necessário para realização competente de sua função.
Diante desta perspectiva de que o pedagogo deve ser um pesquisador, Demo (2000, p.38) relata que: 
 
É condição fatal da educação pela pesquisa que o professor seja pesquisador. Mas que isto, seja definido principalmente pela pesquisa. Não precisa ser um “profissional da pesquisa” como seria o doutor que apenas ou, sobretudo produz pesquisa cientifica, mas precisa ser como um profissional da educação um pesquisador. Tratando do ambiente escolar, prevalece à pesquisa como princípio educativo, ou questionamento reconstrutivo voltado para a educação do aluno.
A pesquisa para o pedagogo funciona como um complemento importante de trabalho, tanto o no trabalho em espaço escolar ou não-escolar, tornando-os profissionais mais preparados para ter domínio da produção tanto de seu conhecimento específico a diversas áreas quanto ao conhecimento pedagógico tornando-os profissionais reflexivo através das informações obtidas em pesquisas, assim assumindo a perspectiva da qualificação da ação docente para atuação crítica e transformadora em contextos complexos da prática educativa. 
Pesquisa é vista aqui sob dupla face complementar, numa comoprincípio científico, noutra como princípio educativo. No espaço da educação básica prepondera a segunda face, por que não está em jogo produzir ciência propriamente, mas construir s metodologia do aprender a aprender. (DEMO. 1995. p 97)
Acredito que a pesquisa seja uma ferramenta que temos para auxiliar no desenvolvimento competente de nossa profissão nos dando autonomia de buscar o nosso conhecimento. O pedagogo não deve ter medo de ir em busca de algo diferente, não deve ter insegurança diante do novo, cabe aos pedagogos mudar esta visão, sair desta educação tradicional e fornecer subsídios para um novo aprendizado, trazer a realidade do cotidiano do aluno ou de seu grupo de trabalho para completar seus projetos, mudar a sua atitude assumindo a pesquisa como uma forma continua de aprendizado, tendo-a como uma fonte de informação permanente, onde o seu conhecimento seja construído e não meramente memorizado.
2.1 Experiência e vivencia do pedagogo na sala de aula
Possuo formação superior em pedagogia há 7 anos e atuo há 9 anos como regente de classe, pós graduada em educação especial e inclusão e buscando uma segunda licenciatura em Artes Visuais, já atuei em turmas de 2ª ano e educação especial, porém minha atuação atual é na educação infantil (há 5 anos) e orientação pedagógica (2 anos). Procuro basear-me um pouco em cada teoria, Piaget, Vygotsky e de Emília ferreiro. Trabalho a matemática baseando-me em Cristina Rangel seguindo uma linha mais construtivista, acredito na importância do aluno efetivar-se enquanto sujeito do seu processo de aprendizagem, deixando de ser visto como mero receptor de conhecimento e passando a ser considerado agente da construção de sua estrutura cognitiva. Para tal, elaboro meu fazer pedagógico baseando-me nas características de minha turma atual.
Tenho meu planejamento elaborado com base no Referencial Curricular de Ensino da Rede Municipal de Farroupilha, isto é, a aula é organizada sempre a partir do conteúdo proposto para o nível/série considerando o ano letivo. As turmas que atuei e atuo são heterogêneas no que diz respeito ao ritmo, organização, comportamento, na autonomia e na capacidade de refletir logicamente. A turma deste ano letivo tem uma boa capacidade de estabelecer relações, é muito ativa e participativa, levantando sempre muitos questionamentos, porém tem alguns com muita dificuldade em se expressar oralmente e argumentar sobre sua opinião.
Nas turmas de segundo ano alguns alunos não tinham iniciativa de buscar por conta próprio o seu conhecimento, a pesquisa era algo que não estava incluindo no seu cotidiano, gostavam da resposta pronta, não questionavam. Tinham boa noção de espaço, tempo e cálculos, mas muitas dificuldades de interpretação. De forma geral, os alunos relacionavam-se harmoniosamente com os colegas, e com a professora. Não eram agressivos; o grupo era receptivo às atividades propostas. Durante as aulas, tenho por hábito circular constantemente entre os alunos, sanando suas dúvidas, ajudando-os e instigando-os a pensar e criar. 
Já nas turmas de educação infantil os alunos são participativos, gostam e participam de todas as atividades propostas com entusiasmo, são criativos e amigos; um auxilia o outro a fazer a atividade. Conversam bastante, mas nada que perturbe o andamento das atividades; mostram-se bastante curiosos. Busco sempre realizar as aulas com várias atividades durante o turno, pois como são pequenos sua concentração é curta. Minha interação com os alunos acontece de forma afetiva, existi um vínculo de confiança e uma relação amigável. 
Os conflitos que se apresentam no dia a dia são resolvidos com conversas e reflexão. Em casos extremos é encaminhado à direção e notificado na agenda. As famílias de um modo geral são de baixa renda, porém percebe-se que se preocupam com os filhos, pois todos os alunos tem sua mochila organizada, vem ordenadamente vestidos e limpos, os pais participam de reuniões atendem solicitações quando chamados à escola. Alguns pais até vem espontaneamente saber de seus filhos, mostrando assim interesse e responsabilidade sobre os mesmos.
Procura oportunizar aos meus alunos momentos que sejam significativas dentro de um contexto. Procura sempre fazer relação com aquilo que ele já sabe ou conhece, para que se tornem mais significativas sua aprendizagem, penso que seja mais fácil aprender, quando se dá significado para o aprendizado. 
A professora, ao mediar o encontro da criança com objetivos, atua privilegiando propósitos instrucionais, destacando temas e buscando estabilizar significados, focos e momentos de elaboração. Os tópicos instrucionais são priorizados em relação às condutas ocorrentes ou às qualificações de atributos pessoais. Nas trocas dialógicas são sinalizados incentivos ou censuras a formas de ser ou comportar-se, regras de convivência e critérios de organização das relações nas atividades. (Góes. 1997. p16)
A educação infantil tem como objetivo “estimular e criar condições para o desenvolvimento integral do educando: uma imagem positiva de si, descobrir e reconhecer-se, estabelecer vínculos afetivos, ampliando relações sociais e respeitando as manifestações culturais, oportunizando atividades lúdicas e prazerosas”. Elaboro meu planejamento na minha hora-atividade ( hora-atividade: momento de planejamento semanal), isto é a aula é elaborada sempre uma vez na semana para a semana inteira, busco atividades, jogos, dinâmicas em cima daquele conteúdo a ser desenvolvido no semestre, e busca sempre adaptar o conteúdo as necessidades dos meus alunos, visando ampliar o seu conhecimento.
Os alunos sempre se sentam e trabalham em grupos de 04 ou no grande grupo, o que propicia uma maior interação entre eles, está interação é incentivada em todas as atividades proposta em sala de aula.
Durante as atividades em sala de aula, as crianças focalizam as relações interpessoais em ocorrência e também orientam a atenção para outras vivências não restritas ao “aqui-e-agora”. Há muitos momentos em que elas se reportam a suas experiências, trazendo como tópico de elaboração atributos pessoais e de conduta, ou acontecimentos que envolvem a si e a outras pessoas... a criança busca inserir suas experiências anteriores, recorrendo a uma abordagem eminentemente narrativa, apoiada na memória.(Góes.1997.p17)
 A turma adora ouvir historinhas infantis, histórias de príncipes, princesas, animais falantes, bruxas; pois tudo isso faz parte do seu mundo imaginário, de sua fantasia. A leitura de histórias, textos, poemas além do lúdico e criatividade nas criações de novas histórias, aproxima a criança do universo letrado e da escrita. Por isso, é importante favorecermos a familiaridade das crianças com as histórias e a ampliação de seu repertório. Isso só é possível por meio do contato regular dos pequenos com os textos, desde cedo, e de sua participação frequente em situações diversas de conto e leitura, é o momento que todos prestam mais atenção e amam construir novos finais para a história. No livro “Literatura na escola”, de Juracy Assmann Saraiva (2006, p. 18) lê-se que a literatura deve sim formar leitores, mas leitores “preparados para o exercício consciente da cidadania, a convivência saudável consigo mesmo e com os outros, a experiência lúdica com o imaginário”. O livro, a história lidam mexe com o imaginário das crianças, fazendo-as levantar várias hipóteses, fazendo-as descobrir sentido na história.
Após a leitura instigo-os a fazer comentários pertinentes a ela, uma reflexão do que aconteceu e porquê. Utilizo uma linguagem clara, objetiva e interativa, pois as crianças além de ouvirem a história, interagem espontaneamente com o livro e com a professora. 
Ao ler nos transportamos para espaços não conhecidos, vivemos as emoções que a nossa existência circunscrita a um local e um tempo não nós permitiríamos, além de a leitura do texto literário ser uma atividade altamente exigente, pois, o leitor precisa mobilizar toda sua existência para significar o texto, ou seja, o leitor atua como coautor do texto.Com a leitura da literatura a gente se alegra, a gente sofre, a gente chora, a gente conhece ao outro e a si mesmo, enfim, a gente vive (RAMOS, 2010. p. 100).
As crianças participaram ativamente da leitura do texto, respondendo questionamentos feitos por mim para que possam ser o sujeito que “age sobre o seu objeto de conhecimento” (BRASIL.1997, p.29).
Compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, inferindo as intenções de quem produz; (BRASIL.1997, p.41).
Para estes momentos das atividades literárias trabalho também com fantoches. O teatro de fantoches revela aspectos do desenvolvimento da criança que não são observados em outras atividades. Através dos fantoches a crianças expressa sua própria emoção, alivia a tensão e age espontaneamente, além de estar trabalhando já a construção de textos. Utilizo também de atividades para colorir, desenhos livres de acordo com história ouvida, onde as crianças tem a possibilidades de usufruir de diferentes recursos pedagógicos, como lápis de cor, giz de cera, cola colorida, papeis coloridos, fazendo uso da sua criatividade nos seus trabalhos artísticos. A arte é uma forma para expressar sentimentos e ideias, neste sentido Duarte Júnior (1991, P.73) noz diz:
Pela arte, no entanto o indivíduo pode expressar aquilo que a inquieta e o preocupa. Por este pode elaborar seus sentimentos, para que haja uma evolução mais integrada entre o conhecimento simbólico e seu próprio “eu”. A arte coloca-o frente a frente com a questão da criação de um sentido pessoal que oriente sua ação no mundo.
Através do desenho também a criança começa a criar e recriar, forma encontrada por ela de expressar seus medos, angustias ou até mesmo uma maneira de representar algo bom e especial que ela viu. Diante de um desenho feito pela criança acredita-se ser possível conhecer seu mundo inteiro e sua personalidade. Perante os desenhos consigo conhecer mais profundamente cada aluno. A criatividade também é estimulada com objetos simples da sala de aula onde a criança tem oportunidade de criar, inventar, usando sua imaginação.
Trabalho também com levantamento de conhecimentos prévios (conversação através de rodinhas de conversa); Observação e formulação de hipóteses acerca dos temas abordados; Analises; Dinâmicas; Atividades com Músicas; Contação de histórias; Dança; Mensagens; Dramatização; Representação de animais; Movimentos imaginários; leitura através de imagens; Elaboração de texto coletivo(oral); Modelagem ; Jogos cooperativos; jogos de mesa; brincadeiras livres e dirigidas, fantasias. Procuro em cada aula trabalhar muitos jogos dinâmicas, atividades lúdicas e interativas.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa. Assim, para as crianças o jogo pode ser um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual, porém mais importante que isso é definir os objetivos que se deseja alcançar, para que este momento seja, de fato, significativo. O professor das fases iniciais deve mediar ações dentro das brincadeiras, jogos que levem o aluno do seu nível real de aprendizagem para o seu nível potencial, a zona de desenvolvimento proximal é uma forma de promover o crescimento de seu aluno.
Baseando-se nisto os jogos e brincadeiras são vivências, experiências, práticas que fundamentam um processo de ensino-aprendizagem, onde os alunos adquirirem informações enriquecedoras, prazerosas e significativas. É através do jogo que a criança interage e estabelece relações com as coisas que o rodeia, como o mundo em que vive.
O renascimento vê a brincadeira como uma conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao entender necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares. (KISHIMOTO, 2007.p 28) 
Piaget (1998) também acredita que os jogos são essenciais na vida da criança, que não são apernas uma forma de entretenimento, mas que contribuem e muito para o desenvolvimento intelectual.
Portanto o jogo seria uma estratégia que uso para aproximar o aluno do conteúdo de forma mais atrativa, onde que a criança se sinta motivada a pensar desenvolva sua inteligência, supere desafios, ficando assim mais ativo mentalmente e constatei que também fica mais calmo e aceita melhor as regras e combinados.
Segundo Brougére a criança relaxa através dos jogos, fica mais tranquilo “mais eficiente em seus exercícios e em sua atenção” sendo o jogo usado como “artificio pedagógico”, permite ao professor (pedagogo)” explorar a personalidade infantil”. (1998, p 54). O professor é responsável pela criação de possibilidades de aprendizagem do aluno.
... Ele continua tendo papel central na aprendizagem do aluno, mas de forma a possibilitar que esses cenários sejam criados em sala de aula; é o professor que cria as oportunidades para a aprendizagem-seja na escolha das atividades significativas e desafiadoras para seus alunos, seja na gestão de sala de aula: nas perguntas interessantes que faz e que mobilizam os alunos ao pensamento, a indagação... (Nacarato. 2009.p.35)
Repensando sobre estas teorias podemos afirmar que não é a disciplina em si que chama a atenção do aluno, mas os métodos que o professor utiliza como ferramenta para que isto aconteça. Busco em todas as aulas e atividades propostas instigar todos os meus alunos a participarem mobilizando os saberes prévios dos alunos, fazendo-os estabelecer relação entre o lúdico e a realidade e uso a observação o registro do desenvolvimento da criança como forma de avaliação, sem o objetivo de realmente avaliar a criança, mas sim de ajudar a se desenvolver. 
2.2 Educação fenômeno social. 
“A educação é um fenômeno social. Isso significa que ela é parte integrante das relações sociais, econômicas, políticas e culturais de uma determinada sociedade.” (Libâneo.1994. p 18). É preciso sempre analisar o mundo das pessoas com as quais vamos trabalhar, partindo do conhecimento de sua realidade, ajudá-lo a encontrar meios para desenvolver a sua capacidade de organizar o pensamento e compartilhar suas ideias, de se constituir enquanto grupo, “de compreender a força da ação coletiva, de liderar, de pensar criticamente a realidade social, de filtrar da história oficial a história de sua classe, de se capacitar a se tornar sujeito de sua própria história”. (VALE, 1982, p. 35).
A educação é feita a partir de objetos e conhecimentos socialmente produzidos, desde a infância sofre estímulos exteriores. Montessori (Pilleti, 1997) afirmava que o raciocínio de uma criança nos seis primeiros anos de vida se formava a partir dos estímulos exteriores captados pelos sentidos. Daí a sua proposta de valorização do sensorial na educação infantil. Entretanto, todos os sons, aromas, imagens, ruídos e sensações táteis percebidas, mesmo quando relacionadas a aspectos da natureza (como calor, frio, vento, etc.) são captadas em um contexto imerso em uma cultura que, por sua vez, influência sobre o modo e a intensidade de tais percepções. E toda cultura é, por definição, uma construção social.
 Libâneo (1994.p 43) cita David Ausubel;
 Um psicólogo da educação, David Ausubel, escreveu que: “O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já conhece; descubra-se o que ele sabe e baseie nisso seus ensinamentos”. Ora, o que o aluno conhece depende da sua vida real.
Vygotsky (2000) entende que todos os objetos que interagem com o ser humano foram imaginados, construídos, apropriados ou modificados a partir de uma interação com a sociedade. Por isto a importância da intermediação do educador para conhecer a utilidade social de cada objeto e ter o conhecimento do mundo que o cerca, podendo assim ajudar o indivíduo na obtenção de novos conhecimentos e formulação de novos conceitos. 
Embora os autores apresentados focalizem suas análises na infância, entendemos que tais observações sobre influência dacultura no modo de percebermos os objetos e fenômenos que nos circundam podem ser aplicadas também à adolescência e adultos. Nesta perspectiva a educação tem o objetivo social de preparar o indivíduo para a vida. 
Como percebemos as atividades educativas acontecem nas diferentes faces de da vida e grupos sociais. Libâneo (1994) a pedagogia tem um papel importante nestas aprendizagens.
 A pedagogia é um campo de conhecimentos que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade, bem como os meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo em vista prepará-los para as tarefas da vida social. Uma vez que a prática educativa é o processo pelo qual são assimilados conhecimentos e experiências acumulados pela prática social da humanidade, cabe à Pedagogia assegurá-lo, orientando-o para finalidades sociais e políticas, e criando um conjunto de condições metodológicas e organizativas para viabilizá-lo. (p. 24)
 O trabalho de um pedagogo faz parte do processo educativo da sociedade como ressalta Libâneo (1994. p 16).
 O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global pelo qual os membros da sociedade são preparados para a participação na vida social. A educação- ou seja, a prática educativa- é um fenômeno social e universal, sendo uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de todas as sociedades. Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliar no desenvolvimento de suas capacidades físicas e espirituais, prepará-los para a participação ativa e transformadora nas várias instâncias da vida social. Não há sociedade sem prática educativa nem prática educativa sem sociedade.
 Nesta perspectiva o pedagogo quanto profissional comprometido com a transformação social, deve pensar em conhecer bem o meio em que vai atuar, este é um ponto estratégico, pois a partir daí, inicia-se o movimento de buscar compreender o meio em que o indivíduo com o qual se está trabalhando vive, seus desafios, seus anseios, suas contradições e seus limites. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ensinar, transmitir um conhecimento é algo enriquecedor tanto para o aluno quanto para o professor, principalmente quando se trabalha com algo que se ama que tem significado para ambos, algo que seduz e encanta tanto as crianças quanto o professor. 
Compreendi que para ministrar uma boa aula, é necessário que o professor esteja seguro em relação ao conteúdo a ser tratado, isto é, que conheça o assunto de modo a conduzir discussões produtivas e orientar processos de descoberta por parte dos alunos, incentivá-lo a fazer a buscar seu conhecimento, é também importante ressaltar a importância de um bom diagnóstico da turma para o planejamento de um bom plano de ensino, onde que possamos constatar a situação problema daquela turma e objetivo que queremos alcançar. O planejamento nos conduz de uma situação atual para uma situação futura e prevê no o quê, como, onde, quando e o porquê se quer realizar tal objetivo. O planejamento é um processo que exige organização, sistematização, previsão, decisão e outros aspectos na pretensão de garantir a eficiência e eficácia da ação, tornando o ensino produtivo e a aprendizagem garantida.
E para que o professor consiga fazer um bom planejamento além dele conhecer o conteúdo ele deve estar sempre em busca de uma formação continuada, de novos conhecimentos e estratégias a serem utilizadas em seu planejamento. A riqueza do momento de regência em sala de aula, as vivências experimentadas durante este tempo de regência de classe ultrapassaram, e muito a teoria estudada durante a minha formação pedagógica. 
Neste tempo entendi que o professor não necessita somente planejar, mas também refletir sobre sua ação, pensar sobre o que faz, antes, durante e depois da execução de suas atividades. Deve ficar entendido que o planejamento é um processo, um ato político-pedagógico. No planejamento, deve-se levar em conta o cotidiano dos alunos e uma metodologia globalizada e qualquer registro deve ser visto apenas como um registro, porém, jamais conseguirá retratar toda a riqueza da dinâmica do momento de uma sala de aula.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Fundamental, 1997. v.2. 144 p.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Tradução: Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 218 p. ISBN 8573073187.
DEMO, Pedro (1995): Educar pela pesquisa. Autores Associados, São Paulo.
_____, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 7. ed. São Paulo: Cortez,2000. 120 p.
DUARTE, João Francisco júnior. Porque Arte-Educação?6ª ed. São Paulo: Papirus, 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GÒES, Maria Cecília Rafael de. As relações intersubjetivas na construção de conhecimentos. In: GÓES, Maria Cecília Rafael de; SMOLKA, Ana Luiza Bustamante (Orgs.). A significação nos espaços educacionais: interação social e subjetivação. Campinas: Papirus, 1997. 179 p. (Coleção Magistério).
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007. 183 p. ISBN 8524906170.
LIBÂNEO, José Carlos. Ainda as perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de Pedagogia. In. PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002, p. 59- 97.
________. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 2ª edição.
NACARATO, Adair Mendes, A matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender. Belo Horizonte, Editora Autêntica, 2009.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
PILETTI, Nelson. Filosofia da educação. 8. São Paulo: Ática, 1997. 182 p. ISBN 8508035861.
RAMOS, Flávia Brochetto. Literatura infantil: de ponto a ponto. Curitiba: CVR, 2010. 141 p. ISBN 9788562480867.
SARAIVA, Juracy Assmann; MÜGGE, Ernani. Literatura na escola: propostas para o ensino fundamental. Porto Alegre: Artmed, 2006. 344 p. ISBN 85-363-0736-6.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Elementos de pedagogia da literatura. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 140 p. (Coleção Texto e Linguagem). ISBN 8533608594.
_____, Teresinha Maria Nelli. A construção do currículo na sala de aula: o professor como pesquisador. São Paulo: EPU,1990. 74 p. (Temas Básicos de Educação e Ensino). ISBN 8512306408.
VALE, J. M. F. do. O Diretor de Escola em Situação de Conflito. In: Caderno Cedes. Especialistas do Ensino em Questão. São Paulo, n º 6, 1982.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes,2000. 191 p.

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