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AP2 PSICOPATOLOGIA E CULTURA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA-UNINTA
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE PESQUISA QUALITATIVA EM PSICOLOGIA 
PROFESSORA: ISABELA CEDRO
JULYANA RAYLA DE AZEVEDO BEZERRA
MARIANA TORRES CAVALCANTE
RAILA MARIA DE JESUS PEREIRA
REFORMA PSIQUIÁTRICA 
Sobral-Ceará
2020
No trabalho presente iremos abordar um pouco sobre a Reforma Psiquiátrica, na qual foi amparada pela Lei N° 10.216/2001, assim trazendo direitos para pessoas portadoras de transtornos mentais.
No artigo A Reforma Psiquiátrica no Brasil: Uma (re) visão, podemos entender profundamente alguns marcos Políticos, Teóricos e Práticos. Como o setor de saúde mental, possibilitador de mudanças ao nível do Ministério da Saúde, foi a Conferência Regional para a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica realizadas em Caracas, em 1990.
A Reforma Psiquiátrica é entendida como um conjunto de iniciativas políticas, sociais, culturais, administrativa e jurídicas, que tem como finalidade transformar a relação da sociedade com o doente mental, assim fazendo com que o portador de transtornos mentais tenha uma vida mais livre perante a sociedade.
A Luta Antimanicomial vem com o intuito de humanizar a individualidade do sujeito que se encontra em sofrimento psíquico, tentando das mães variáveis forma de fazer com que o indivíduo não se sinta excluído da sociedade, fazendo com que o mesmo se encontre com suas habilidades na sociedade que tento lhe vê com desdém e inferioridade. É a ideia literal de resgate para a sociedade.
18 de maio é o dia da visibilidade da luta contra a volta dos manicômios, CFP (Conselho Federal de Psicologia) veio com o lema esse ano: “Trancar não é cuidar. Manicômio nunca mais.”, com isso percebemos que os direitos são iguais, que não podemos ferir o direito de uma pessoa com sofrimento psíquico, trancar não é a solução, trancar não é cuidar de alguém que precisa de uma atenção especial, não precisa abrir mão da dignidade do sujeito. Podemos contextualizar com a situação que o mundo se encontra nesse momento, todas as pessoas com o direito de “ir e vir” suspenso, e a maioria das pessoas não estão mais aguentando, estão sofrendo por se sentirem presos na sua própria casa, com seu direito de liberdade limitado, o mundo está sentindo na pele o que é a sensação de estar trancado, agora se imaginarmos o que uma pessoa com sua singularidade passa estando trancado com desconhecidos, e pior, sofrendo como péssimos cuidados, ou até mesmo sendo obrigado a passar por práticas inadmissíveis onde o ambiente é totalmente opressor, sim, os pacientes eram tratados com total desumanidade antes da reforma psiquiátrica, dormir sobre capins, em meio a fezes e urina era algumas das situações humilhantes.
Trancar não é solução para nenhum sujeito, é que bom que a vitória da reforma está viva, consolidar a interação e inserção do indivíduo tem trazido resultados positivos, não podemos retroceder. Infelizmente o atual governo incentiva a volta dos manicômios, inclusive, o governo também incentiva os maus tratos, com opor exemplo o eletrochoque, um verdadeiro desrespeito com o ser humano e com a democracia.
Charlie Brow Jr. cantou: “Os loucos sabem, só os loucos sabem...” ninguém além do que aquele que passa sabe o que passa, só aquele sujeito que viveu o cenário da loucura de forma desumana sabe que não é a forma correta de ajudar, não é a forma correta de viver. O sofrimento psíquico deve ser vivenciado de uma forma sem desmerecimento, só os loucos sabem, e a normalidade das pessoas “normais” que veem a volta dos manicômios como uma boa saída, não podem ser considerados tão normais assim.
Sabendo que a reforma psiquiátrica foi um passo fundamental para a incansável busca de dignidade para as pessoas com transtornos psiquiátricos, e que tudo isso foi transpassado de desafios, obtendo avanços significativos como a abertura de serviços como o CAPS, residências terapêuticas, mas apesar de tudo isso ainda vivemos em luta. Em fevereiro de 2019 o atual governo publica uma nota incentivando a volta manicomial e equipamentos como eletrochoques, percebemos um retrocesso, uma mudança de toda a lógica de atenção psicossocial. 
Com tudo, percebemos que estamos em constante desenvolvimento, pois se faz necessário muitas mudanças sociais e política, como a construção de um novo olhar para o louco, um olhar como alguém que sofre, sente, pensa e que também sonha.
REFERÊNCIAS
Hirdes, A. Reforma Psiquiatrica no Brasil: Uma (re)visão. Universidade Luterana do Brasil, Unidade Universitária de Gravataí. Av. Itacolomi 3.600, São Vicente. 94170-240 Gravataí RS.
https://site.cfp.org.br/

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