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2 ↓ progesterona ↑ estrogênio Dilatação do colo do útero ↑ prolactina DIVISÃO DIDÁTICA DA PEDIATRIA DE CÃES E GATOS 1) Período pré-natal (antes nascimento) 2) Período neonatal (cão: até 14d / gato: até 10d) 3)Período de transição(cão: 2-4 sem / gato: 10-20d) 4) Período de socialização (cão 4-12 sem / gato: 3-8 sem) 5) Período juvenil (cão 12 sem / Gato: 8 sem - puberdade) 3 1- Pré-natal Antes da Concepção Idade Saúde Doenças congênitas Comportamento Compatibilidade Após a concepção 4 * 3 últimas semanas = produção de leite Fêmea selecionada para reprodução deve estar em boas condições corpóreas: Magras – não supre as próprias necessidades - fetos leves, maior mortalidade, perda de peso na lactação ◦ Sobrepeso – fetos muito grandes e distocias 5 1- Pré-natal Antes da Concepção Após a concepção Ganho de peso Alimentação Exercícios moderados MV 6 Peso do feto (g) x tempo de gestação (dias) 7 Primeiras 5 semanas: < 30% crescimento fetal CADELAS Ganho de peso durante a gestação ≈ + 25% do peso inicial 8 Necessidade nutricional x gestação, lactação e desmame Nascimento Desmame Gestação Lactação CADELAS Manutenção GATAS Ganho de peso linear durante a gestação ≈ + 40% do peso inicial PARTO Data estimada Lugar tranquilo, limpo “Caixa de parição” ≈ 7-10 dias antes do parto Com o dono observando se vai precisar ou não do veterinário. Cadelas TºC ↓1ºC 6-18h antes do parto Gatas recusa em se alimentar 24-48h antes do parto Toda a ninhada / mãe deve ser examinada em 36 horas após o parto em casa, de preferência!!! 10 PARTO – CESÁREA (INDUÇÃO PROGRAMADA) Fetos grandes Raças braquicefálicas Patologias que dificultem o parto (fraturas de bacia) Emergências Esfregar o tórax do neonato gentilmente com uma toalha macia aplicando pressão positiva e oxigenioterapia através de máscara pequena acoplada ao ambú ou fonte de oxigênio são métodos efetivos para estimular a ventilação do recém-nascido 11 PARTO – CESÁREA (INDUÇÃO PROGRAMADA) Remoção das placentas ao redor da cabeça, especialmente aquelas que comprometem a abertura das narinas Pronta desobstrução das vias aéreas e posicionamento do filhote com a cabeça estendida Sucção delicada da área orofaringeana com um bulbo Fricção do tórax com uma compressa seca Pressão positiva de oxigênio via máscara facial bem adaptada 12 APGAR O sistema de pontuação Apgar é um método fácil e confiável para avaliar recém-nascidos humanos e animais. O sistema de pontuação de Apgar não tem sido amplamente usado para avaliar filhotes recém nascidos No entanto, o valor econômico de cães de raça pura, bem como o aumento no envolvimento emocional dos proprietários com seus animais de estimação fez aumentar o interesse em melhorar a sobrevivência de filhotes dessa espécie 13 APGAR Frequência cardíaca Esforço respiratório Irritabilidade reflexa Motilidade Coloração das mucosas 14 APGAR – FREQUÊNCIA CARDÍACA Taxa > 220 bpm são pontuadas como 2; Entre 180 e 220 bpm são pontuados como 1; 15 APGAR – ESFORÇO RESPIRATÓRIO Choro limpo associado à frequência respiratória > 15 movimentos por minuto (mpm) são pontuados como 2; Choro leve e frequência respiratória entre 6-15 mpm são pontuados como 1; Ausência de choro com taxa respiratória < 6 mpm são pontuados como 0 (Veronesi, 2009) 16 APGAR – IRRITABILIDADE REFLEXA Este parâmetro não é facilmente induzível e detectável no cão recém-nascido. É realizado através da compressão suave na extremidade de uma pata, avaliando-se então o grau de reação do recém-nascido: Choro e retração da pata rapidamente são classificadas como 2; Retração fraca da pata e nenhuma vocalização ou apenas vocalização são classificadas como 1; Não retração da pata e não vocalização são classificadas como 0 (Veronesi, 2009). 17 APGAR – MOTILIDADE É avaliada observando-se a força de movimento espontâneo do recém-nascido: Movimento forte é pontuado como 2; Movimento leve como 1; Movimento fraco ou ausente são pontuados como 0 (Veronesi, 2009). 18 APGAR – MUCOSAS Membranas róseas são pontuadas como 2; Membranas pálidas que podem estar relacionadas a vários problemas cardiovasculares são classificadas como 1; Cianose deve ser considerada como a expressão mais grave de insuficiência respiratória e, portanto, classificada como 0 (Veronesi, 2009). 19 APGAR Atribuindo uma taxa de 0 a 2 para cada parâmetro, a soma total destes indica o escore Apgar para cães neonatos. Os escores são utilizados para identificar três níveis de angústia: 7-10, ausência de angústia; 4-6, angústia moderada 0-3, risco de morte (Veronesi, 2009). 20 NEONATOS Raça Idade Sexo Preocupações ou reclamações do proprietário Nutrição do filhote e da mãe Número de animais da ninhada afetados Tratamento administrado pelo proprietário Passado reprodutivo da cadela 21 NEONATOS Superfície aquecida Estado geral do filhote Atividade mental Postura Locomoção Padrão respiratório Temperatura corporal Peso 22 NEONATOS Mucosas devem ser róseas claras e úmidas. malformação do crânio lábio leporino narinas estenóticas fenda palatina. presença de feridas estado de hidratação integridade na cobertura do pelo condição dos coxins 23 NEONATOS O umbigo deve ser cuidadosamente inspecionado, investigando existência de infecção ou anomalias da parede abdominal. Os membros, cauda, ânus e órgãos genitais devem ser normais em aparência Descida dos testículos Urina clara 24 2- PERÍODO NEONATAL Causas de Mortalidade Fetal: a) Anomalias cromossômicas e malformações b) Agentes infecciosos (vírus, bactérias, protozoários) c) Patologias endócrinas (ex: diabetes) d) Traumas e) Medicamentos f) Distocias 25 2- PERÍODO NEONATAL Cães: até 14 dias Gatos: até 10 dias Hipoglicemia (convulsões + apatia) Hipotermia (termorregulação deficiente) Desidratação (imaturidade da filtração renal, ambiente, aleitamento, diarreias) Infecções 26 2- PERÍODO NEONATAL Olhos fechados Principais sentidos: Olfato, Tato e Paladar Termotropismo Reflexo de tremor (≈ 6 dia) 2-3 dias: queda do cordão umbilical 27 2- PERÍODO NEONATAL Reflexos de posicionamento táctil MT (≈2-4d) e MP (≈ 5-9d) Apoio sobre os MT (≈ 8-10d) e MP (≈ 12-15d) Conduto auditivo abre Gatos: 6-14d Cães: 14-17d Testículos presentes na bolsa escrotal Gatos: ao nascer/em poucos dias Cães: 3ª-4ª semana de idade 28 2- PERÍODO NEONATAL Início da colonização intestinal conforme mamam Evolução do peso cão: 2x em 10-12d gato: 2x em 14d Abertura dos olhos Cão: 12-15d Gato: 8d 29 2- PERÍODO NEONATAL – PRINCIPAIS PATOLOGIAS Hipóxia (↓FC; ↑FR) principalmente durante o parto Processos congênitos ou hereditários (fenda palatina, atresia anal...) Fatores ambientais – TºC, higiene... Hipoglicemia (pouca reserva e glicosúria até 14d) Hipotermia Imunodeficiências / Infecções bacterianas e virais Falha na conduta materna (traumas, canibalismo, rejeição...) 30 2- PERÍODO NEONATAL - LACTAÇÃO Prolactina + ocitocina Ato de mamar/massagem dos mamilos = estímulo Produção proporcional ao nº de filhotes e apetite Colostro (produção 24-72h após o parto) Absorção de anticorpos (15-36h após o nascimento) Imunidade passiva (até aprox. 16ª semana de vida) Produção de leite ≈ 6 semanas Perdade peso na lactação não pode exceder 10% do peso antes da reprodução 31 2- PERÍODO NEONATAL - LACTAÇÃO 32 Colostro (24-72h) Leite (≈ 4-5 semanas) Mãe regurgita alimentos (desmame até ≈ 6 sem) Composição do leite: Espécie Raça 2- PERÍODO NEONATAL - LACTAÇÃO Fêmeas em boas condições para produção de um leite rico em nutrientes Pico da lactação: 3 a 4 semanas Necessidade: 2 a 3 vezes a manutenção (nº filhotes) Densidade energética muito alta Alimentos com elevada gordura (>20%) Água à vontade Quantidade de alimento necessário pode ultrapassar a capacidade gastrointestinal – várias refeições ou consumo livre (mas com controle de ingestão) 33 34 Composição nutritiva de diferentes leites 3- PERÍODO DE TRANSIÇÃO Cão: 2ª - 4ª semana Gato: 10º - 20º dia Ruptura dos incisivos e caninos de leite Cães: a partir da 4ª sem Gatos: a partir da 2ª sem Início do desmame fisiológico (4ª sem) Amadurecimento sensorial Filhotes mais ativos; surge a “personalidade” 35 3- PERÍODO DE TRANSIÇÃO Estímulos sonoros e visuais com CAUTELA Reflexos, controle das garras (gatos –14-21d) Testículos (cães) –3-4 sem Detecção do sexo (gatos) Movimento de cauda (3-4 sem) Início da vocalização (latidos, uivos) 36 3- PERÍODO DE TRANSIÇÃO Filhotes podem ser mais susceptíveis à toxicidade por drogas e metabólitos devido sua limitada capacidade para eliminá-los – Rins em desenvolvimento Reflexo de estimulação do focinho (≈ 15d) Reflexo de sucção (≈ 21d) Reflexo anogenital (≈ 16d) Após a 3ª sem, os animais urinam e defecam sozinhos, mas o estímulo permanece até 4ª – 6ª semana de vida apesar de não ser mais necessário 37 3- PERÍODO DE TRANSIÇÃO Gato: Reflexo pupilar ~21d (cão + tardio) Pigmento da íris – Gato ~ 23d Reflexo de endireitamento no ar - Gato ~ 25-30d até 7 sem 4 sem: surdez (dálmata, dogue argentino) 38 3- PERÍODO DE TRANSIÇÃO 3x peso (3ª semana) e 5x peso (4ª semana) Menor receptividade pela mãe Comportamentos de castigo maternal / inibição de mordedura Mudança na alimentação (líquida sólida) diarreia é comum durante 3-4dias, mas deve acompanhar se tem desidratação. Endo e ectoparasitoses, micoses, viroses (parvovirose, cinomose, calicivirose, herpesvírus) animal começa a explorar 39 PERÍODO DE TRANSIÇÃO - MÃE Fluxo vulvar ≠ lóquio (até 2ª semana) Estado nutricional (perda máxima: 10% peso) Comportamento de regurgitação p q filhote comece a comer ração mastigada é normal! 40 PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO Cães: 4-12 semanas Gatos:3 – 8 semanas Aumento da atividade exploratória Aquisição de experiência Consolidação da “personalidade” Desapego cães:8sem gatos:6sem 41 PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO 4-6 sem: desmame completo 3 sem: Caixa sanitária para gatos 4-6 sem: Fim do reflexo anogenital 5-8 sem: Janela imunológica (↓ ac maternos) 12 sem: Timo maduro Vacinação definitiva 42 PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO 6 sem: Tendência a dormir isolado Filhote já tem sentidos desenvolvidos, estão com certa autonomia Até 12ª sem: Mãe mostra o que representa perigo, são mais receptivos a novas espécies, estímulos, pessoas, etc. Gestos de monta 5 sem: Resposta de medo / traumas 8-10sem: Função renal completa 43 PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO 6 sem: Audição madura e retina madura Até 8 sem: Estrabismo divergente em gatos 7 sem: Gatos com reflexo de endireitamento no ar Erupção do último molar: Cão: 8 sem Gato: 6 sem 44 CASA NOVA A partir da 7 sem: educação na nova casa 12 sem: animal socializado e educado pelo criador 45 PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO Processos infecciosos, especialmente virais, devido à exploração e à janela imunológica. Endo e ectoparasitas Riscos ambientais (choque, corpo estranho, intoxicações...) Hipoglicemia (raças pequenas tem metabolismo mais rápido) 46 PERÍODO JUVENIL Cão: 12 sem até puberdade; Gato: 8 sem até puberdade Puberdade Machos: Capacidade de cópula e ejaculação, levanta a pata para urinar”, espículas penianas em gatos, marcação de território – Cães: 5-12m Gatos: 6-10m Fêmeas: 1º cio – Cadelas: 6-10mm Gatas: 4-12m 47 PERÍODO JUVENIL Desenvolvimento motor e comportamental Crescimento ósseo – relação com nutrição e exercícios Alimentação (animais gigantes x super premium) 4-5m; 7-8m; 10-11m – Ensaios de dominância Maior intolerância a outras espécies Autonomia e independência Boa resposta imunológica 48 PERÍODO JUVENIL Estrutura física Gatos: 8 sem - Pigmentação definitiva da íris e fim do estrabismo divergente Parâmetros vitais ~ adultos Dentição definitiva: Gatos: 5-7meses Cães: 8meses 49 50 Gato ~2 sem Cão ~6-8 sem PERÍODO JUVENIL Doenças infecciosas Parasitismo Desenvolvimento físico (crescimento - alimentação) Riscos ambientais (traumatismo, intoxicação, choque, queimaduras...) Impuberismo (18-20 meses) – cio silencioso / distúrbios hormonais 51 CRESCIMENTO O crescimento ideal dos animais é LENTO, para que ocorra uma perfeita harmonia entre o desenvolvimento ósseo e muscular. Cães de pequeno porte crescem mais rapidamente do que cães de grande porte. Cães de grande porte crescem lentamente até os 6 meses de idade, depois há uma explosão de crescimento, podendo ocasionar problemas articulares. 52 CRESCIMENTO Durante os períodos de crescimento rápido: Controlar a alimentação por porções (2-4x/dia) Acompanhar a quantidade diária de ração / peso animal 53 ANIMAIS DE RAÇAS GRANDES E GIGANTES Alimentos de qualidade Formato de ração adequado para o tamanho de seus dentes e estômago Cuidado com predisposição a doenças articulares (Consultar MV sobre necessidade de suplementação): Genética + Manejo 54 CRESCIMENTO – ALIMENTO IDEAL Alto valor proteico Boa digestibilidade Proteína de alta qualidade Valor energético equilibrado Gatos: Ração com taurina e controle de pH urinário 55 56 FILHOTE EM CASA NOVA NÃO TROCAR A ALIMENTAÇÃO BRUSCAMENTE Risco de alterações intestinais = Diarreia! Mudança de ração em 7 dias GRADATIVAMENTE: 90% do alimento antigo + 10% do novo 70% do antigo + 30 % do novo 50/50 Até 100% do novo alimento 57 Comparativo com diferentes tamanhos de raças de cães 58 GATOS Maturidade sexual ≈ 6 meses Maturidade esquelética ≈ 10 meses Ganho de peso adicional ≈ 12 meses A partir dos 12 meses Controlar peso do animal! Carnívoros essenciais 2-3x/dia 59 SENESCÊNCIA / CRESCIMENTO Processo fisiológico do nascimento até a morte Refere-se às disfunções que ocorrem com o avançar da idade Grandes/gigantes ~ 5 anos: geriátrico Pequenos/médios ~ 7 anos: meia idade 60 SENESCÊNCIA / CRESCIMENTO Alterações metabólicas Alterações hormonais Alterações comportamentais: Ansiedade da separação, agressão às pessoas e entre outras espécies, vocalização excessiva, controle inadequado das necessidades fisiológicas, fobias a barulho, compulsão e dificuldade para dormir à noite 61 62 63 64 65 66 67 68