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@veterinariando_ Neonatos • O animal é considerado neonato a partir do dia do nascimento até a segunda semana de vida • Esse período é onde ocorre as maiores taxas de mortalidade, devido a imaturidade do sistema imunológico, circulatório e respiratório. Além disso, não regulam bem sua temperatura e nem a glicose no sangue e sua metabolização hepatica e concentração urinária são ineficientes nesse estágio • Animais que nascem com más formações correm maiores risco de morte A mãe geralmente faz todo o trabalho de parto sozinha É necessário cuidado ao manusear o filhote Cuidado com o estresse causado a mãe (térmico, barulho, local diferente, primeira vez vendo o filhote) Em caso de cesária ou rejeição da mãe ao filhote: retirar o envoltório fetal, fazer o corte do cordão umbilical (2cm de distância do umbigo e realizar hemostasia), desobstruir as vias aéreas (massagear o focinho com gaze, usar a pêrinha de sucção infantil ou utilização de seringa para retirada da secreção), estimular a respiração com massagem torácica Frequência cardíaca Ausente Bradicardia <180 bpm Normal 180- 250 bpm Esforço respiratório Ausente Irregular <15 mpm Regular + vocalização 15-40 mpm Motilidade Flacidez Alguma flexão Movimentação ativa Irritabilidade reflexa Ausente Algum movimento Hiperatividade Coloração de mucosa Cianose e palidez Cianose Rósea • Um animal que se mantém abaixo de 3 pontos sem serem observadas melhoras no estado clínico, tem grandes chances de vir a óbito • Grande parte das avaliações são visuais (a primeira ocorre após o nascimento, a segunda 5 min após e a última após 15 min) • Os partos distócicos são mais preocupantes e requerem maior atenção do que os partos naturais • Além da avaliação apontada na escala, é importante avaliar também: 1. Cavidade oral – observar se há alguma anomalia (mais comuns são a fenda palatina e lábio leporino) 2. Retais – observar se há alguma anomalia anorretal (como a atrésia anal) 3. Urinária – observar se há alguma anomalia que afete o sistema urinário Termotropismo positivo – o filhotes segue naturalmente para direções onde há mais calor Em caso de abandono de neonato esse termotropismo pode ser feito com bolsas de água quente, tapete térmico ou qualquer outra coisa que produza calor, é importante se atentar a temperatura, pois neonatos não possuem reflexo rápido de retirada Realizar o estímulo do focinho Verificar se há reflexo de sucção (importante para amamentação) Verificar o tônus muscular do animal Que o neonato se alimente a cada 1- 3h Normalmente passam 70% do tempo dormindo Permanecem em agrupados uns aos outros Cuidado com os gatos e com a “mama de estimação” – eles tendem a permanecer mamando no mesmo teto em que mamaram a primeira vez Importante manter o neonato aquecido – eles não possuem capacidade termorreguladora adequada, então é importante manter a temperatura do ambiente entre 27 e 32ºC (exceto em animais de raças de regiões geladas), animais abaixo de 34ºC podem apresentar hipomotilidade intestinal Importante fazer com que o neonato ingira o colostro – é de extrema importância que a ingestão seja feita nas primeira 24h de vida do animal, para que ocorra a melhor absorção. A absorção das imunoglobulinas declina após 8h em relação ao nascimento e o tempo máximo para que ocorra ingestão de colostro é de 48-72h após o nascimento Importante fazer o controle de peso do neonato – é esperando que o animal ganhe de 10 a 100g por dia, dependendo do porte Avaliação do neonato no consultório 1. Identificação do filhote 2. Higiene e manejo 3. Idade estimada 4. Sexo 5. Peso 6. Apetite e eliminação de urina e fezes 7. Exame físico → 7 a 9mm de distância entre o ânus e a vulva → 10 a 13mm de distância entre o ânus e o pênis Filhotes • Ocorre a partir da 2ª a 3ª semana de vida do neonato • É o período que corresponde entre neonato e o típico filhote • Nesse período começam a responder a estímulos auditivos, fotomotor e ambiental • Começam a defecar e urinar sem a necessidade de estímulos maternos • A partir do 15º dia já podem ser vermifugados • Ocorre a partir da 3ª a 12ª semana de vida do animal • Nesse período os animais já possuem a capacidade de orientação espacial e resposta a estímulos sonoros e visuais • Já são capazes de controlarem sozinhos a temperatura corporal • Período em que há desenvolvimento social (apresentação para outros animais, pessoas e novos ambientes) • Para gatos é importante oferecer alimento diferentes • É um fase muito suscetível ao desenvolvimento de traumas (é importante retirar o estímulo que incomoda o animal imediatamente) • Olhos e ouvidos fechados – animal com menos de 15 dias • Olhos e ouvidos abertos, mas sem dentes – entre duas e três semanas Incisivos Caninos Molares • Começam a trocar a dentição, há início da erupção dos dentes permanentes • Observar se há persistência dos decíduos (dentes de leite) – se ocorrer é necessário realizar a extração, uma vez que pode interferir na alimentação e ocasionar má oclusão da mordida • Nesse período raças de pequeno porte começam a entrar na puberdade • Período em que raças de grande porte começam a entrar na puberdade • Pode ser observadas alterações congênitas do sistema locomotor Manejo nutricional de neonato O ideal é que ocorra o aleitamento materno (colostro) Em casos de rejeição do filhote, o aleitamento pode ser feito com: leite de cadela doadora ou sucedâneos É importante fornecer 25kcal a cada 100g por dia 1kcal = 1ml (maioria dos leites comerciais) Lembrar que o estômago de um neonato suporta pouca quantidade, é estimado que tolerem 4ml a cada 100g por refeição (dividir a quantidade de alimento que precisa ser fornecido por dia pela quantidade em ml ofertada por refeição) → Fases de desmame Precoce – 2 a 3 semanas Normal – 3 a 5 semanas Tardio – acima de 6 semanas → Durante essa fase de desmame pode ser ofertado> papinha de desmame ou ração seca umidificada (diluída e ir aumentado a textura gradativamente), realizar a transição gradual em 1 a 2 semanas, dentição pode atrapalhar Vermifugação Pode ser iniciada a partir do 15º dia de vida do animal É importante fazer o uso de vermífugo em mãe e filhotes Em grandes infecções realizar esquema quinzenal de vermifugação: 2, 4, 6, 8 e 12 semanas de vida Os principais parasito que acometem filhotes, são: toxocara e ancilostoma Em infecções maciças é possível fazer a vermifugação fracionada para evitar toxemia verminótica Vacinação de cães e gatos • Essenciais – são aquelas que todos os animais devem receber para proteger contra doenças de significado global ou que seja imposta pela legislação • Não essenciais – são aplicadas de acordo com a localização geográfica, estilo de vida e risco de exposição • Não recomendadas – pouca justificativa cientifica para uso → É obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinado. Com poucos indivíduos vulneráveis, a circulação do agente que causa a doença cai, protegendo de forma indireta aqueles que não estão imunizados Vírus vivo modificado ou atenuado Vírus inativado Recombinantes Bacterinas (bactérias mortas) Hipervacinação – risco de doença autoimunes Protocolo vacinal em cães → Cinomose → Hepatite Infecciosa Canina → Parvovirose → Tosse do Canis → Leptospirose → Leishmania → Coronavírus → Giárdia Primeira dose – 12 semanas de idade Feita em animais que vivem em regiões de alto risco Revacinar com2 a 4 semanas É uma vacina anual Vacinação entre 6-8 semanas: vacina sem efeito, neutralizado pelos anticorpos maternos Vacinação com 12 semanas: vacina sem efeito, neutralizado pelos anticorpos maternos Vacinação com 16 semanas: produção de anticorpos após a vacinação, já não há mais proteção dos anticorpos maternos Vacinação com 6 meses: garantia de imunização → As vacinas não essenciais são indicadas para animais com alto risco de exposição ao agente (animais de canil, aos que possui acesso a rua) → Leishmaniose – estimula os linfócitos T da pele a eliminarem o parasito, 3 doses a cada 21 dias para estimular resposta imune Protocolos vacinais em gatos → Panleucopenia felina → Rinotraqueite → Calicivírus → Clamidiose → FelV → Peritonite Infecciosa Felina → Giárdia Mesmo tomando as vacinas essenciais e com titulação alta, os gatos podem adquirir a doença. A sintomatologia é mais branda e com menor eliminação As vacinas não essenciais são indicadas para animais que vivem em regiões de alto risco de exposição