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AV1%20-%20Filosofia%20da%20Ciência

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CAMPUS OURINHOS
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA
DOCENTE: PROF. MESTRA LUCIANA CARVALHO
DISCENTE: 
RA: 
Boa Noite!!! 
O tema desta Avaliação é CONSCIÊNCIA!!
Antes de iniciá-la, faça um breve momento para relembrar seu caminho até aqui. O que te trouxe até aqui? Quais eram as suas expectativas?
Como você está se sentindo agora?
Nessa jornada em busca do conhecimento, você teve um encontro com a Filosofia e com a Ciência. A Filosofia e a Ciência são duas armas poderosas para orientar nossa existência e nossa jornada, nos possibilitando compreender como aqueles que vieram antes de nós responderam questões um tanto quanto parecidas com as nossas. 
A primeira preocupação dos filósofos era compreender a physis, a natureza das coisas, a matéria do qual tudo seria originário.
Chamados de filósofos da natureza ou pré-socráticos foram os primeiros sábios gregos a formular uma explicação racional para o mundo sem recorrer ao sobrenatural.
Alguns aspectos comuns entre eles podem ser apontados: em primeiro lugar, eram estudiosos da natureza (physis). Por buscarem entender a organização racional do universo, a partir de princípios e leis que o regem, dizemos que eram voltados para a cosmologia, ou seja, a busca por entender a razão que rege o universo. Em segundo lugar, tentavam encontrar uma relação de causalidade entre os fenômenos da natureza. Por fim, todos buscavam um princípio ou elemento primordial a partir do qual explicariam os fenômenos naturais.
1- Se você tivesse que encontrar um elemento na natureza que fosse o princípio de tudo, qual seria? Escolha um dos filósofos da PHYSIS e apresente a maneira como ele concebeu o elemento primordial. 
 O elemento primordial para mim seria a água. O filósofo escolhido é Anaxímenes (585. – 528 a.C.): Para Anaxímenes o ar ou o sopro de ar era a substância básica de todas as coisas. Para ele, a água era o ar condensado (de menos volume). Podemos observar que quando chove, o ar se comprime até virar água. Acreditava ainda que se a água fosse mais comprimida ela se transformaria em terra.
2- Sócrates é um dos personagens mais conhecidos e influentes do pensamento ocidental. Embora não tenha deixado nada escrito, suas ideias foram redigidas por um de seus discípulos, Platão, que lhe atribui a seguinte máxima: “a única coisa que sei é que nada sei”. 
O método de Sócrates apresentava duas características bastante marcantes: a IRONIA e a MAIÊUTICA.
EXPLIQUE NO QUE CONSTIAM.
Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem. A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o entendimento. Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira, Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido, cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada (discurso falso, errôneo).
Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho para os católicos, viveu entre a segunda metade do século IV e a primeira metade do século V. Ele não pode ser considerado um filósofo medieval, não só pelo período no qual viveu, mas pela posição assumida em sua filosofia. 
	Agostinho se aproxima mais da filosofia antiga, do neoplatonismo do que do pensamento medieval.
Já Tomás de Aquino, que viveu no XIII, também buscou na Antiguidade uma possibilidade de explicação e elaboração de sua filosofia. Mas foi em Aristóteles que ele encontrou essa possibilidade.
3- Discuta as ideias filosóficas desses dois homens da Igreja Católica e suas influências recebidas da Filosofia Antiga. Encontre as diferenças e semelhanças entre suas posições.
Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1227-1274) foram, respectivamente, os maiores pensadores da Patrística (recebeu esse nome por abrigar os primeiros padres, "pais", da Igreja Católica) e da Escolástica (assim chamada em razão dos professores das universidades medievais, os escolásticos). Agostinho valeu-se da filosofia de Platão, enquanto Santo Tomás de Aquino da de Aristóteles. Com isso, cada qual, em sua época, pode influenciar não só a religião católica como muitos pensadores cristãos que lhes sucederam.
Tanto Santo Agostinho como Santo Tomás de Aquino afirmam que Deus, sendo eterno, transcendente, todo bondade e toda sabedoria, criou a matéria do nada e, depois, tudo o que existe no universo. Para Santo Agostinho, as idéias ou formas estavam no Espírito de Deus. Santo Tomás de Aquino acrescenta a noção dos universais em seus raciocínios. Dizia que Deus é a causa da matéria e dos universais. Além disso, Deus está continuamente criando o mundo ao unir universais e matéria para produzir novos objetos.
A linha de pensamento de Santo Agostinho girava em torno de dualismos, herança de Platão e dos maniqueístas orientais. Bem e mal, corpo e espírito eram totalmente separados. O filósofo condenava os pecados da carne e alegava que a fé era o essencial para a vida.
São Tomás de Aquino ia na contramão de Santo Agostinho, colocando a razão em primeiro lugar. Tentava até mesmo explicar a fé por meios racionais, alegando que podia provar a existência de Deus. Argumentava que tudo está em movimento e todo movimento é causado por alguém; desse modo, é preciso que haja uma causa inicial, um “primeiro motor”, como chamava. Além disso, constatou que é preciso que haja um Deus para que o universo esteja em tão perfeita harmonia.
. Esse primeiro momento do cristianismo, com caráter profético, deixou contribuições essenciais para o que conhecemos como ética. Cristo pregava a igualdade, a solidariedade, valorizava a simplicidade. 
A educação brasileira tem bases claras no cristianismo, já que os primeiros educadores do país foram os jesuítas. Até o início do século XX, a escola trabalhava com a mesma dualidade de Santo Agostinho, menosprezando o corpo e valorizando apenas a mente. São Tomás de Aquino também deixou sua contribuição ao instaurar a razão como uma das principais bases da filosofia.

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