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PRINCIPAIS DOENÇAS ACOMETIDAS POR PROFISSIONAIS DE SAUDE EM ÂMBITO HOSPITALAR Ao longo de uma grande jornada de trabalho de um profissional da área de saúde, entre eles os enfermeiros, auxiliares e técnicos, ambos acabam sendo expostos á diversos tipos de agente químicos, físicos e biológicos. Ao praticar suas obrigações inerentes de sua função, sua rotina acaba – se tornando muito desgastante isso ocorre devido a necessidade de ficar exposto a diversas doenças ocupacionais em seu ambiente de trabalho durante sua jornada profissional. Pode estar relacionadas a problemas como riscos biológicos, ergonômicos, psicossociais, químicos, entre outros, devemos lembrar que existe outros pontos que contribui para aparecimento de tais doenças ocupacionais, como a falta de profissionais na área gerando uma sobrecarga de trabalho. Umas das razões do adoecimento do profissional são causadas por desconforto, conflitos, e estresse extremo, ocasionando situações preocupantes a sua saúde. O trabalho de enfermagem exercido dentro do campo da saúde tem como objetivo de cuidar e tratar dos seres humanos sejam individuais, em família ou em comunidade. Devemos apontar que um enfermeiro vive em seu ambiente de trabalho em media um terço da sua vida passando por constantes mudanças, no Brasil os profissionais da área da saúde que atuam em ambientes hospitalares passam por jornadas de trabalhos longas e cansativas havendo desgastes psicológicos e exaustão prejudicando sua atenção aos cuidados com os pacientes. A seguir podemos verificar algumas doenças ocupacionais acometidas por um profissional de saúde em seu âmbito hospitalar: Psicopatologias - São vários os fatores associados á ocorrência de psicopatologias do profissional da área da saúde, como a depressão, ansiedade, risco de suicídios entre outros, em decorrência da relação entre o trabalho hospitalar e a saúde mental do funcionário, ambos expõe os trabalhadores fisicamente aos riscos químicos, as radiações, as contaminações biológicas, ao excesso de calor / frio, aos plantões com excessiva carga horaria de trabalho, a sua rotina de organização referente ao trabalho de enfermagem e psiquicamente sobre a decorrente da convivência diuturna com o sofrimento, a doença, a dor e a morte do ser humano, assim tendo que lidar com ambas circunstancias paralelamente com seus problemas emocionais. Pesquisas mostram que a saúde mental dos profissionais da área da saúde pode ser influenciada por fatores internos ao ambiente e processo de trabalho e por fatores externos. Apesar da depressão não ser uma forma exclusiva de adoecimento entre os trabalhadores da área da saúde e de extrema necessidade direcionar estudos e para minimizar o máximo o problema. Doenças crônicas – As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias entre outras, ocorre com outros vários fatores de riscos relacionados, cuja sua prevenção poderia reduzir o aparecimento de novos profissionais da área da saúde doentes, amenizaria o aparecimento de lesões irreversíveis até mesmo complicações que levariam a graus variáveis de incapacidades, ou mesmo a invalidez permanente. As condições de trabalho refletem em regras e valores sociais, muitas das alterações de saúde pelas as quais os profissionais passam estão associadas as formas como reagem e respondem aos eventos dentro do seu âmbito profissional hospitalar, o processo de trabalho do enfermeiro e entre outros profissionais da saúde, os direcionam para inúmeras situações de exposições e ao desgaste contínuo. Os agravos à saúde do trabalhador da área da saúde são verdadeiros e devem ter destaque importante no trabalho hospitalar e no conjunto da saúde. Recomenda-se que deve ser incorporada ao cotidiano desses profissionais, a prevenção através do Serviço de Saúde Ocupacional do Hospital, podendo ser oferecido condições de reajustes na sua condição de vida e trabalho, com adaptação em funções, setores e horários, tornando assim menos estressantes para melhor enfrentamento dos estímulos externos e internos. Resistência bacteriana – As bactérias são parte integral e inseparável na vida de qualquer ser humano, podemos encontrar em qualquer lugar, revestem a pele, as mucosas e cobrem o trato intestinal dos homens como dos animais. Muitas das bactérias são inofensivas e benéficas ao seu hospedeiro, às bactérias tem um curto tempo de geração (minutos ou horas) podendo responder rapidamente as mudanças do ambiente. Assim, quando os antibióticos são introduzidos no ambiente, as bactérias respondem tornando-se resistentes àquelas drogas. Sua resistência aos antibióticos se desenvolve como uma natural consequência da habilidade da população bacteriana de se adaptar. A utilização incorreta dos antibióticos aumenta a pressão seletiva e a oportunidade da bactéria ser exposta aos mesmos, essa oportunidade facilita a aquisição de mecanismos de resistência. A resistência antimicrobiana tornou-se o principal problema de saúde pública no mundo, afetando todos os países, sendo desenvolvidos ou não. Não se podem impedir as consequências do uso incorreto de antibióticos em humanos e animais. Na Europa e na América do Norte, Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), Streptococcus pneumoniae não susceptível à penicilina (PNSSP), enterococos resistente à vancomicina (VRE) e Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamase de espectro ampliado (ESBL), tem crescido e se espalhado nos hospitais e nas comunidades. A infecção hospitalar é qualquer processo infeccioso que se manifesta quando da permanência do paciente no hospital, como também pode ser relacionado à hospitalização. Seria inocência acreditar que a única influência da hospitalização sobre a doença seria diminuir ou parar o seu progresso. Diferente do que as pessoas pensam a internação do paciente em um hospital não significa passaporte para sua saúde, mas constituindo uma grande fonte de infecções. Os hospitais são verdadeiras fortalezas das bactérias antibiótico-resistentes. O meio ambiente hospitalar aloja uma grande variedade de micro-organismos em especial as bactérias. Esse fato da resistência bacteriana não é um problema individual, mas coletivo e mundial, seu impacto da resistência bacteriana aos antibióticos representa uma ameaça para a continuidade da vida humana, principalmente para o profissional da área da saúde, ao cuidar da vida presente o profissional da área da saúde não pode esquecer-se da dele, sempre- se atentando sobre o controle de doenças infeciosas , através de imunizações, dos cuidados de higiene , das medidas de assepsia, particularmente na lavagem das mãos e o uso correto de antibióticos. Esses passos é uma obrigação de todos, mas em particularmente dos profissionais. Infecções respiratórias- Por estarem constantemente expostos á fatores de riscos, os profissionais da área de saúde podem ser levados não só a doenças ocupacionais, mas também as respiratórias. Isso ocorre pelo fato de estarem sempre expostos a vírus, fungos, bactérias e outros agentes biológicos. O profissional da saúde deve buscar tratamento apropriado e seu afastamento o quanto antes, pois, além de estarem incapacitados de realizarem seus deveres no âmbito em que trabalha, corre o risco de contagio aos outros pacientes e colegas no ambiente hospitalar. HIV (síndrome da imunodeficiência humana )- Não só as infecções respiratórias, outros agentes biológicos também colocam os profissionais da área da saúde em risco no ambiente hospitalar, como a HIV. O surgimento da infecção pelo vírus da HIV entre o profissional da área da saúde foi se tornando algo preocupante, onde os mesmos eram isentos de fatores de risco na vida pessoal, ou seja, não apresentavam comportamentos sexuais inseguros, e nem tinham sido expostos a fatores que envolviam avia sanguínea ou transmissão vertical. Esses profissionais tinham sido expostos apenas ocupacionalmente a sangue de pacientes infectados, esses tipos de acidentes acontece com materiais perfuro cortante potencialmente contaminado, principalmente com agulhas infectadas. A prática de enfermagem precisa continuar cada vez mais tendo como alvo um cuidar humanístico, porém agora com orientações e normas que visam á execução de medidas profiláticas que protejam o profissional. Essas precauções são medidas preventivas, que devem ser tomadas por todos que lidam ou têm contato com pacientes, independente do diagnóstico ou estado pressuposto de infecção, Aplicam-se não só ao sangue, mas com todos fluidos corpóreos, secreção, excreções, pele não intacta, mucosa, contendo ou não sangue visível. As precauções padrão e composta em: • Lavagem das mãos antes e após o contato com o paciente e entre diferentes procedimentos no mesmo paciente, após o contato com sangue e outros fluidos corpóreos, equipamentos ou artigos contaminados, e após a remoção das luvas. • Uso de luvas para prover uma barreira protetora e prevenir contaminação das mãos ao contato com sangue e outras feridas corpóreas. • Uso de aventais limpos, não estéreis, para proteger roupas e superfícies corporais, sempre que for prevista contaminação com sangue e outros fluidos corporais. • Uso de máscara e protetor ocular, visando à proteção respectivamente do nariz e boca e olhos durante procedimentos e situações com pacientes onde é provável gerar jatos, respingos de fluidos corporais. • Proteções contra objetos perfuram cortantes, no sentido de não reencapá-los após o uso, descartá-los em recipiente de paredes duras, próprio para o descarte e localizado o mais próximo possível do leito, não desconectar agulha da seringa para desprezar. • Equipamentos utilizados na prestação de cuidados aos pacientes, que contenham sangue e outros líquidos corporais, devem ser manuseados com cuidados e sua utilização em outro paciente deve ser precedida de limpeza e/ou desinfecção. A implementação e o planejamento com orientações específicas e posto à equipe de enfermagem se fazem necessários e urgentes para que ambos os profissionais da área da saúde possam adotar um exercício mais seguro em seu local de trabalho. Essas doenças ocupacionais são apenas algumas das que mais atingem os profissionais da área da saúde, com um campo tão amplo á outras tão comuns quantas essas que podem vim gerar a incapacidade destes profissionais. BIBLIOGRAFIA A enfermagem frente a acidentes de trabalho com material potencialmente contaminado na era do HIV. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0080- 62341998000300009.Acesso em: Rev. esc. enferm. USP vol.32 no.3 São Paulo out. 1998. Doenças ocupacionais dos enfermeiros: 5 casos comuns. Disponível em: https://koetzadvocacia.com.br/as-5-doencas-ocupacionais-que-atingem-os- enfermeiros/.Acesso em: 14 jun. 2018. Fatores associados à depressão relacionada ao trabalho de enfermagem. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2007000100010.Acesso em: Estud. psicol. (Natal) vol.12 no.1 Natal Jan./Apr. 2007 Enfermeiros com doença crônica: as relações com o adoecimento, a prevenção e o processo de trabalho. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0080- 62342009000200022 .Acesso em: Rev. esc. enferm. USP vol.43 no.2 São Paulo June 2009 A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072004000500007.Acesso em: Texto contexto - enferm. vol.13 no.spe Florianópolis 2004 http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62341998000300009 http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62341998000300009 https://koetzadvocacia.com.br/as-5-doencas-ocupacionais-que-atingem-os-enfermeiros/ https://koetzadvocacia.com.br/as-5-doencas-ocupacionais-que-atingem-os-enfermeiros/ http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2007000100010 http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200022 http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000200022 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072004000500007.Acesso
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