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Resolução da AD2

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Questão 1
A forma ativa do crime de corrupção, prevista no artigo 333 do Código Penal, se dá pelo
oferecimento de alguma forma de compensação (dinheiro ou bens) para que o agente público faça
algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer ou deixe de fazer algo que deveria fazer.
A corrupção ativa é sempre cometida pelo corruptor, que em geral é um agente privado. Um
exemplo de corrupção ativa é oferecer dinheiro ao guarda de trânsito para que ele não lhe dê uma
multa, ou seja, suborno. O simples ato de oferecer o suborno ao guarda já configura o crime de
corrupção ativa, independente de o guarda aceitar ou não tal oferta. A pena para o crime de
corrupção ativa é de dois a 12 anos de prisão, além de multa.
O Código Penal, em seu artigo 317, define o crime de corrupção passiva como o de “solicitar
ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.”
Se a corrupção ativa tem a ver com o ato de oferecer a compensação ilícita, então a modalidade
passiva está relacionada com o ato de receber essa compensação. Esse tipo de corrupção é cometido
pelo agente público corrompido. Um exemplo para deixar esse crime bem claro: um juiz que
insinua que você “pague um cafezinho” para ele, a fim de que ele acelere a análise de seu processo
na justiça.
Apesar de chamado de “passivo”, isso não significa que o corrompido não tenha algum papel
ativo, por assim dizer, na prática da corrupção. Afinal, muitas vezes ele solicita a compensação para
que ele deixe de fazer seu trabalho ou faça algo que não é condizente com as suas funções.
Da mesma forma como acontece com a corrupção ativa, o crime de corrupção passiva já é
configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário
que a pessoa solicitada atenda ao pedido. A pena para o crime de corrupção passiva varia de dois a
12 anos de prisão (reclusão), mais multa.
Questão 2
O poder constituinte pode se referir tanto quanto a criação ou a reformulação de normas legais.
Portanto ele é classificado em duas grandes categorias: O poder originário e o poder derivado, o
primeiro também denominado genuíno, primário ou de primeiro grau, é o poder de elaborar uma
constituição. No âmbito jurídico este poder não encontra limite no direito positivo anterior, sendo
caracterizado portanto, como inicial, incondicionado e autônomo.
O poder derivado também denominado instituído, reformador, secundário, constituído, ou de
segundo grau, é estabelecido na própria carta, pois decorre de uma regra jurídica constitucional, e é
sujeito a limitações expressas e implícitas. Esse poder apenas modifica dispositivos legais no texto
constitucional (competência reformadora). Portanto é derivado, subordinado e condicionado, o
poder constituinte derivado pode ser divido em: reformador, revisional e decorrente.
REFORMADOR: Tem o objetivo de criar condições permanentes para modificação do texto
constitucional, adaptando-o às novas necessidades sociais, políticas e culturais, esta modificação
está prevista na subseção II, da emenda à constituição, art. 60 da CF/88 e art. 3º do ADCT. Portanto
o poder reformador é o poder de reformar a redação de um artigo, existe exceções, como as
cláusulas pétreas. 
REVISIONAL: Tem por objetivo a reavaliação do texto constitucional após um determinado
período de vigência, visando a mudança de seu conteúdo por um procedimento
específico(estabelecido pelo poder constituinte originário) expressando-se mediante emendas
constitucionais(CF arts. 59 e 60 CF/88) prevista na própria constituição. 
DECORRENTE: Tem por referência os estados-membros da federação, respeitando os
princípios constitucionais. Este determina a autonomia da federação na forma de sua
constituição(dos estados, do distrito federal e até os municípios, estes na forma de lei orgânica) o
artigo 25 da CF assim determina (cap. III dos estados federados): “Os estados organizam-se e
regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta constituição”. 
Questão 3
Os direitos humanos, baseada na ordem histórica e cronológica em que estes direitos passaram
a ser constitucionalmente reconhecidos. Assim, os direitos são agrupados em gerações, eras ou
dimensões, sendo reconhecidas três delas, correspondentes ao lema da Revolução Francesa
(Liberdade, Igualdade e Fraternidade): os direitos de primeira geração que correspondem aos
direitos e garantias individuais e políticos clássicos (também conhecidos como liberdades públicas);
os direitos de 2ª geração, também chamados de metaindividuais, coletivos ou difusos, que
compreendem os direitos sociais; e os di-reitos de 3ª geração que são os chamados direitos de
solidariedade ou fraternidade. O tema, no entanto, tem sofrido novas abordagens que revelam novas
tendências que sugerem já termos hoje novas gerações de direitos. Segundo essas abordagens já
teríamos, pelo menos, uma quarta e uma quinta gerações de direitos.
Questão 4
A organização da República Federativa do Brasil está presente na Constituição Federal de
1988. Todo Estado precisa de uma correta organização para que sejam cumpridos os seus objetivos
dentro da administração pública. A divisão político-administrativa foi uma das formas encontradas
para facilitar a organização do Estado Brasileiro.
A divisão político-administrativa brasileira é apresentada na Constituição Federal, no art.18.
Ela surgiu no período colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditárias e
posteriormente foram surgindo outras configurações que proporcionaram maior controle
administrativo do país.
O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja capital é Brasília) e os
Municípios, sendo ele uma República Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia
financeira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituição Federal e
seus princípios constitucionais, além de ter sua Constituição própria; e também, cada município
(através de sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação.
Essa organização é formada pelos três poderes Poder Executivo, Poder Judiciário, Poder
Legislativo, adotando a teoria da tripartição dos poderes. A administração pública federal é feita em
três níveis: Nível Federal, Nível Estadual e Nível Municipal.
Nível Federal – a União realiza a administração pública, ela é um representante do governo federal,
composta por um conjunto de pessoas jurídicas de direito público.
Nível Estadual – os Estados e o Distrito Federal realizam a administração pública.
Nível Municipal – os Poderes Legislativo e Executivo realizam a administração pública nos
municípios.

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