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Introdução ao TCC - Política de Redução de Danos

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
ANDRIELLY PEREIRA DE ASSIS – RA: D222AJ1
CARLOS HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUSA – RA: D38IIC1
LAURA RODRIGUES OLIVEIRA – RA: N19EJ9
LUCAS VIEIRA LEÃO – RA: D397605
POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS: IMPASSES E DEAFIOS 
GOIÂNIA
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
ANDRIELLY PEREIRA DE ASSIS – RA: D222AJ1
CARLOS HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUSA – RA: D38IIC1
LAURA RODRIGUES OLIVEIRA – RA: N19EJ9
LUCAS VIEIRA LEÃO – RA: D397605
POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS: IMPASSES E DEAFIOS 
Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção de nota na disciplina de Temática de Pesquisa em Psicologia, sob orientação da Professora Doutora Etiene Macedo.
GOIÂNIA
2020
INTRODUÇÃO 
Quando falamos sobre o conteúdo e conhecimento sobre as políticas de redução de danos, é como ser abrangente e não específico, pois há variações mais elaboradas: quanto a publico, histórico social, físico e cultural de uma determinada população, formação, até as mais simples, como – subjetivamente –, ‘falta de interesse’. Para isso, profissionais da saúde – e de outras áreas –, possuem dificuldade em garantir a seguridade dos próprios direitos humanos a saúde e a vida. Pessoas com alto índice de consumo de drogas acarretam a problemas físicos, mentais e sociais, pois a grande parte da população enfrenta tal realidade como marginalização dos usuários e não tem a cultura da prevenção de tal ato que, em maior parte das vezes, está ligado a escassez de informação e suporte familiar. 
Redução de Danos é uma política pública e um conjunto de princípios e práticas que objetivam a redução do consumo de drogas e ao uso moderado de drogas por parte do usuário, de forma menos danosa possível para ele o meio que o acerca. O que implica na defesa da cidadania de cada um deles, respeitando seus direitos e sua liberdade. Portanto, a Escola de Redução de Danos do SUS constitui-se como processo de capacitação profissional em serviço que procura viabilizar a atenção à saúde de populações marginalizadas ou excluídas e cerceadas de seus direitos sociais (MESQUITA; RIBERIO, 1998).
A inserção de uma política pública de saúde para os usuários de álcool e outras drogas se deu no Brasil, em 2003, incialmente. O que está fortemente influenciada pela experiência da reforma psiquiátrica, onde os indivíduos deixam de ser descartados pela sociedade, para centros psiquiátricos. O texto da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, marco legal da reforma psiquiátrica, ratificou as diretrizes básicas do Sistema Único de Saúde (SUS), para garantir aos usuários de serviços de saúde mental a universalidade de acesso e direito à integralidade da assistência, valorizar a descentralização do modelo de atendimento, permitir a configuração de redes de assistência atentas às desigualdades existentes na tentativa de ajustar, de forma equânime e democrática, as suas ações às necessidades da população (BRASIL, 2003; MACHADO, 2011).
Dessa forma, o foco permanece oscilando entre a ênfase na seguridade pública que reafirma o tráfico e a ênfase na saúde pública que está centrada nos danos individuais e coletivos. Sendo privilegiada a redução do papel do Estado à função de mero facilitador na esfera da provisão e em detrimento de sua legítima prerrogativa de garantia de direitos e valores sociais. Que se constituiu numa generalização da privatização das políticas sociais públicas. Essa estratégia tem como objetivo reduzir os danos e os riscos relacionados ao uso de drogas. Pautada no protagonismo do usuário, sem exigência de abstinência, ela se volta para a reinserção dos usuários em seus núcleos sociais com fins de melhorar sua qualidade de vida (ALVES, 2009).
O programa de redução de danos é realizado nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), contando com uma equipe multiprofissional - psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde, as comunidades terapêuticas são majoritariamente vinculadas a igrejas e organizações religiosas bem como não dispõem de aparato médico. 
Visto que, o maior grupo impactado pela falta de acesso a informação, o consumo de drogas é evidenciado, pois o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking dos países com a maior população carcerária do mundo e a maior parte dessa população acaba tendo o consumo de drogas como parte da rotina, contando com cerca de 730 mil pessoas em privação de liberdade, precedido apenas pelos Estados Unidos e a China. As questões ligadas ao uso e comercialização de drogas são um dos principais motivos de encarceramento no Brasil. Não coincidentemente, a maior parte da população carcerária do país é negra e jovem (entre 18 e 29 anos), tendo cursado ensino fundamental incompleto e advinda de camadas sociais menos favorecidas. (LIMA, 2019)
Um levantamento de Lima (2019) é interrogar é o motivo pelo qual o uso de psicofármacos não se constitui como interesse entre os pesquisadores. Durante o meu período de atuação em uma unidade prisional feminina, mais de 50% das mulheres faziam uso diário de psicofármacos, estando os ansiolíticos entre as drogas mais prescritas, especialmente em decorrência de queixas frequentes de insônia e ansiedade. A medicalização das pessoas que se encontram privadas de liberdade parece ser interpretada pelos profissionais que atuam no Sistema Prisional como uma assistência à saúde dessas, notadamente à saúde mental, sinalizando para uma compreensão biomédica e curativista acerca da saúde mental e do sofrimento decorrente do encarceramento.
Neste ínterim, apesar de órgãos competentes, leis bem elaboradas e sistemas de saúde planejados, a verbalização dos presos que se encontram em sofrimento psíquico parece não se constituir como prova suficiente para demonstrar a necessidade de assistência à saúde, muito menos à saúde mental. O que se garante com todo esse estudo, é que o direito à assistência à saúde está muito longe de ser efetivado dentro das unidades prisionais. Isso é demonstrado, pelos inúmeros estudos detalhados neste artigo, que se fez presente em mais de 130 artigos similares. Onde, normalmente é um verdadeiro descaso com a saúde física e emocional com os internos, em conjunto não só com a privação da liberdade, mas também a dignidade. 
O encontro das (os) psicólogas (os) com o campo das Políticas Sociais exige o reconhecimento dos modos com que nos produzimos nesses espaços, tanto quanto a reflexão sobre as estratégias provisórias que esses espaços demandam da nossa profissão. Ou seja, são campos que pedem um profissional que circule por entre os espaços da comunidade: ruas, becos, esquinas, casas, praças, etc. Portanto, uma profissão que possa se misturar com o cheiro, o suor e o sol impiedoso da rua... captar/cartografar os mais ínfimos e invisíveis movimentos em nossos territórios afetivos e psicossociais, que seja sensível às variações das formas e fluxos da vida, bem como de seus espaços de luta – devir clínico-político. (MACEDO; DIMENSTEIN, 2012).
Pensar a mudança a partir desse foco requer considerar que o problema das drogas seja prioridade do Estado, o que permite pensar a reafirmação da sua responsabilidade na condução das políticas. Estabelecer políticas públicas sobre drogas é considerar a formulação e execução, pois sem ações, sem resultados, não há garantia de sua efetivação. É exigir que o Estado implantasse um projeto de governo, através de programas e de ações voltadas para setores específicos envolvidos com a temática. Entre as expectativas de mudanças, espera-se: uma política que articule uma proposta de prevenção ampla, preservadora dos direitos humanos, permanente e realista; que dê atenção aos usuários de drogas, reduzindo os danos à sua saúde e à sociedade (doenças como AIDS e Hepatites, overdoses, dependência e mortes violentas, acidentes de trânsito e de trabalho, entre outros); que promova a inserção de grandes setores da sociedade, proporcionando alternativas de vida e evitando deixá-los à mercê do tráfico como forma de subsistência (MESQUITA, 2004).
Dizemos retóricas reformistas porque,fundamentalmente, os usuários abusivos de drogas permanecem nas mesmas condições de ilegalidade e clandestinidade. Desassistidos e relegados a serviços de atenção principalmente extraoficiais; os usuários ocasionais seguem desinformados e desorientados sobre boas práticas de manejo e uso das drogas; crianças e adolescentes seguem sem ter acesso a um debate consubstanciado e pautado pelas condições de saúde; o mercado de drogas lícitas segue se beneficiando da complacência do Estado e suas instituições, pois a ele recolhe vultosos tributos e dele recebe a permissividade necessária. (LOPES, 2019)
REFERÊNCIAS
ADADE, M; MONTEIRO, S. Educação sobre drogas: uma proposta orientada pela redução de danos. Educação e Pesquisa. São Paulo, 2014. 
ALVES, V. S. Modelos de atenção à saúde de usuários de álcool e outras drogas: discursos políticos, saberes e práticas. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, 2009. 
ARAÚJO, J. C. A. de; GOMES, L. G. A. Redução de danos: um novo olhar da Psicologia para uso abusivo de álcool e outras drogas. TCC-Psicologia, 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde. A política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
COSTA, B. A. T; BRANCO, T. C. O processo de escuta na redução de danos: contribuições de Rogers e Kierkegaard. Rev. Abordagem Gestalt. [online], 2017
GARCIA, M. L. T; LEAL, F. X; ABREU, C. C. A política antidrogas brasileira: velhos dilemas. Psicologia e Sociedade, 2008.
LIMA, S. S. O cuidado aos usuários de drogas em situação de privação de liberdade. Revista de Saúde Coletiva, 2019.
LOPES, F. J. O. Proibicionismo e atenção em saúde a usuários de drogas: tensões e desafios ás políticas públicas. Psicologia & Sociedade, 2019.
MACEDO, J. P. S. & DIMEINSTEIN, M. O trabalho dos as (os) psicólogas (os) nas políticas sociais no Brasil. Avances en Psicologia Latinoamericana, 2012.
MACHADO, A. R. Políticas públicas para o uso prejudicial de álcool e outras drogas: avanços e retrocessos. In: SEMINÁRIO “O uso prejudicial de drogas: a lógica de cuidado no SUS.” Anais... Belo Horizonte, 2011. Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, 2011 
MESQUITA, F. & RIBEIRO, M. M. As Estratégias de Redução de Danos junto a Usuários de Drogas Injetáveis (a troca de seringas): aspectos médicos legais. Atualidades em DST/AIDS: redução de danos. São Paulo: Secretaria Estadual da Saúde, 1998. 
PASSOS, E. H; SOUZA, T. P. Redução de danos e saúde pública: construções alternativas à política global de “guerra às drogas". Psicologia & Sociedade, 2011.
SILVIA, R. B; CARVALHAES, F. F. de. Psicologia e Políticas Públicas: impasses e reinvenções. Revista Psicologia & Sociedade, 2016
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