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UNIP - teoria psicanalitica modulo 6

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25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/10
TEORIA PSICANALÍTICA
 
MÓDULO 6
A psicanálise na clínica
O surgimento da transferência
A descoberta do narcisismo.
 
Bibliografia:
FREUD, S. A dinâmica da transferência (1912). IN FREUD, S. Obras Completas de S. Freud, Rio de Janeiro: Imago
Editora Ltda; 1969.
______. Sobre o Narcisismo: uma introdução (1914). IN FREUD, S. Obras Completas de S. Freud, Rio de Janeiro:
Imago Editora Ltda; 1969.
______. Fragmentos da análise de um caso de histeria – O Caso Dora – Epílogo (1905). IN FREUD, S. Obras
Completas de S. Freud, Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda; 1969.
______. Recordar, repetir e elaborar - Novas recomendações sobre a técnica da Psicanálise II (1914). IN FREUD,
S. Obras Completas de S. Freud, Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda; 1969.
LAPLANCHE, J. Vocabulário da psicanálise - Laplanche e Pontalis. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
 
 
A Psicanálise na clínica e a transferência
Quando Freud (1915[1914]) diz que só o analista pode tratar a neurose que, do contrário, sem o tratamento adequado
(psicanalítico) está fadada a se repetir em seus sintomas ‘ad infinitum’, afirma que o psicanalista deve saber fazer algo
que nenhum outro profissional ou pessoa terá condições de fazer. Este algo a ser feito depende de quem o faz, precisa
ser feito no enfrentamento da neurose, e para isto é preciso que seja um psicanalista e refere-se diretamente à sua
formação. E este deve estar capacitado a suportar o peso da repetição. E, o faz, através do manejo da transferência. 
A associação livre abre caminho para a investigação e para o tratamento psicanalíticos e coloca para o analista um novo
horizonte a partir do qual poderá trabalhar e que diz respeito ao manejo da transferência. Para Freud, em seu
texto Recordar, repetir e elaborar (1914), há uma relação estreita entre a compulsão à repetição e a transferência,
afirmando uma estreita proximidade entre as duas: a transferência seria um fragmento da repetição e esta é uma
transferência do passado, seja para o analista seja para diferentes aspectos da vida atual do paciente. 
Mas o que se repete? Seguindo Freud nos textos citados trata-se justamente de um processo inconsciente no qual o
sujeito se sente compelido a repetir atos, ideias, pensamentos e sonhos que, na sua origem, foram geradores de
sofrimento e ao serem repetidos não perdem esta conotação, mas também não é possível abandoná-los por força da
vontade. E, como analistas, o que nos convoca a pensar, desde Freud, é justamente o caráter enigmático (ou sinistro)
desta necessidade de repetição ao ser confrontada com o princípio de prazer. E é particularmente no texto de
1914, Recordar, repetir e elaborar que podemos ver explicitada uma trama que liga repetição e transferência, na medida
em que coloca que a repetição é a forma de o paciente recordar, ainda que sob o signo da resistência, daquilo que lhe é
mais difícil, dado que está ligado às conotações sexuais que não passam pelo crivo da censura e, portanto, não podem
ser rememoradas. E, assim, será o manejo da transferência que permitirá que se transforme a compulsão à repetição
num motivo para recordar: A transferência cria, assim, uma região intermediária entre a doença e a vida real, através da
qual a transição de uma para outra é efetuada (Freud, 1914, p.201). 
25/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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EXERCÍCIO
O processo transferencial ocorrido durante a análise pode ser concebido como uma reatualização de experiências
significativas da vida do paciente. Com base nas observações de Freud acerca da transferência, escolha a alternativa
correta, assinalando-a. 
A. A transferência é a forma mais clara em análise da superação da resistência, pois viabiliza uma transmissão
consciente de conteúdos reprimidos de um sujeito para o analista.
B. A resistência transferencial cria a possibilidade de uma manifestação menos crítica do sujeito durante a
análise, especialmente pelo fato de que a relação com o terapeuta tem sempre referência do real.
C. A transferência torna-se recurso fundamental da análise, pois torna manifesto os impulsos eróticos esquecidos
pelo paciente.
D. A transferência é um fenômeno que prejudica o desenvolvimento favorável na análise, pois apresenta
significativa resistência, impedido clareza da dinâmica psíquica por parte do analista.
E. Sentimentos amistosos como confiança e amizade podem caracterizar uma forma de transferência positiva,
que são sempre vistos como muito positivos.
 
Resposta C.
 
No entanto, transferência e repetição não são uma e mesma coisa, ainda que se refiram exatamente àquilo que está na
visada principal do analista, a saber, o inconsciente. A primeira como uma técnica que serve de contrapeso ao que é
próprio das formações inconscientes, a compulsão à repetição. E também está na visada do analista e da direção da
análise trabalhar como isso pode ser “acolhido” na situação analítica de tal forma que, ao propiciar uma experiência
abrandada de seus efeitos, aquilo que era um movimento repetitivo dê lugar a algo, se não radicalmente novo, pelo
menos uma criação própria do sujeito na sua relação com seu inconsciente.
Transferência não é repetição e esta não aparece de um só jeito. Mas na transferência o lugar ocupado pelo analista
revigora o status ficcional da transferência na medida em que, ao encarnar uma abertura, o analista remete o sujeito à
sua própria errância, à suas infindáveis tentativas de criar algo a partir do nada, ou melhor, da falta – falta de sentido,
falta de norte ou de rumo, que não se cansa de se repetir. A técnica que serve de contrapeso a esta exigência pulsional
de repetição não exclui este movimento, mas permite que algo se produza, se crie nas movimentações possíveis a cada
momento, para cada um e chega-se a um pouco de verdade.
 
A descoberta do narcisismo
As primeiras considerações de Freud sobre o narcisismo surgem por volta de 1909, época da segunda edição dos Três
Ensaios..., em cartas (junho de 1913) e no artigo sobreLeonardo da Vinci (1910). Mas é somente com o texto de 1914
que a discussão sobre as relações entre o eu e os objetos externos culmina numa diferenciação entre duas formas
distintas de investimento libidinal: uma voltada para o próprio eu e outra voltada para os objetos. São desta mesma
época também as indagações de Freud sobre a escolha da neurose e será em 1914 que afirmará o narcisismo como um
conceito à parte, capaz de esclarecer uma forma de investimento libidinal que não diz respeito somente ao que podemos
ver nas perversões, estendendo-se à totalidade do curso regular do desenvolvimento sexual humano, ou seja, passa a
ser considerado como um estágio necessário entre o auto-erotismo e o amor objetal. Então, podemos situar o
narcisismo como um conceito que auxilia tanto na compreensão da etiologia das neuroses, das psicoses e das
perversões quanto na reformulação das noções anteriores sobre o curso dos investimentos libidinais.
 
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Os dois narcisismos: primário e secundário
É certo que, num primeiro momento das investigações psicanalíticas, o narcisismo surge associado às disposições
patológicas, porém ao longo do tempo e dos progressos teóricos, o narcisismo encontrado nas disposições patológicas
seria mais adequadamente explicado como um fenômeno posterior a um ‘narcisismo primário’, este sim etapa
necessária no desenvolvimento da vida psíquica. A partir disto pode-se falar numa relação diferente entre esta nova
acepção de narcisismo e a constituição do psiquismo, pois com o texto de 1914, há um primeiro abalo nas construções
psicanalíticas no que diz respeito à clássica oposição entre pulsões sexuaise pulsões do eu.
Antes de formular esta sua teoria sobre o narcisismo, acreditava-se que os investimentos no eu eram tão somente
relacionados às necessidades de auto-conservação, ficando reservada a libido para as relações objetais. Porém as
investigações posteriores demonstraram que esta ‘libido do eu’ estava sendo ocultada por esta pressuposição. A
importância destas formulações acerca do narcisismo concentra-se no fato de estar diretamente vinculado à própria
constituição do eu, pois num primeiro momento – anterior ao descobrimento do narcisismo como etapa necessária na
formação da vida psíquica – acreditava-se que as pulsões do eu eram exclusivamente não-sexuais e que o auto-
erotismo, enquanto estágio inicial da sexualidade, não teria nenhuma finalidade de sobrevivência, assim como seria
anterior à formação do eu como uma unidade. Reconhecer que há um investimento libidinal no eu leva à ideia de que
estão presentes na constituição deste diferentes energias psíquicas e que a passagem do estado do auto-erotismo para
o narcisismo se dá quando se acrescenta ao auto-erotismo o eu, ou seja, quando este último passa a ser o objeto de
amor. Assim é que o narcisismo ganha o estatuto de primário, perde sua conotação patológica e passa a ser um
elemento fundamental na constituição da vida psíquica.
Porém esta libido dirigida ao eu é a mesma energia que se dirige para os objetos, trata-se nos dois casos da
manifestação da mesma pulsão sexual, só que agora compreendida como capaz de investir em diferentes objetos: o
próprio eu e os objetos externos. O eu seria então constituído por esta energia, estaria investido, desde o princípio da
sua constituição, de pulsões de auto-conservação e de pulsões sexuais, o que significa dizer que é um ‘reservatório’
destas pulsões: dele tanto partem quanto retornam os investimentos sexuais.
 
O retorno e o represamento da libido no eu, num grau mais elevado, são experimentados como desagradáveis pelo
sujeito, impelindo-o a ultrapassar os limites deste narcisismo e ligar-se a outros objetos – é assim que se processaria a
transformação da libido narcísica em libido objetal ou, a passagem do narcisismo primário para a relação objetal
propriamente dita. Portanto, o aparelho psíquico teria como tarefa elaborar as excitações para que não se tornem
aflitivas, o que pode ocorrer tanto na sua relação com objetos reais quanto com imaginários.
Esta libido do eu, ou mais especificamente este narcisismo primário, é um conceito que ajudará na reformulação das
disposições patológicas no tocante ao investimento do eu nele mesmo ou nos objetos, ou em outras palavras no modo
como as relações do eu com os objetos ficam comprometidas quando há um retorno a um investimento no próprio eu
que substitui o investimento objetal. Falar de narcisismo primário remete necessariamente à teoria da libido, podendo ser
considerado como uma extensão desta última. 
Poderíamos assim considerar a palavra ‘retorno’ como tendo um duplo sentido: primeiro porque a libido desloca-se dos
objetos para o próprio eu - se o seu destino natural e normal deve ser os objetos, a ideia de retorno tanto estaria ligada à
noção de patologia (uma perversão, por exemplo) quanto de um caminhar para trás, retorno igual a movimento na direção
contrária e esta conotação se referiria ao narcisismo secundário. Um segundo sentido tomaria a palavra retorno
focalizando o eu não só como seu ponto de partida, mas como também alvo inicial (original) deste investimento, este
seria o narcisismo primário. A distinção entre narcisismo primário e secundário está relacionada com a necessidade de
se distinguir entre o que seria um investimento no eu com ou sem conotação patológica, assim como com questões
referentes ao próprio estatuto destes conceitos ao longo da obra freudiana e de alguns de seus seguidores, mais
especificamente no que diz respeito à demarcação de modos de investimentos no eu, anteriores ou posteriores ao
estabelecimento de relações de objeto.
 
No que concerne à primeira tópica, Freud adota uma concepção de narcisismo primário comportando uma dose de
relação intersubjetiva, pois na medida em que o narcisismo dos pais é reavivado na relação com ‘sua majestade, o
bebê’, pode-se afirmar que este narcisismo incipiente e contemporâneo da constituição do eu, não está situado nem no
interior da criança, nem no interior dos pais, exclusivamente. Ele seria mais bem definido neste momento da teoria
freudiana como uma identificação (narcísica) com o objeto e, por parte dos pais, uma projeção de seu próprio narcisismo
decaído.
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Mas esta concepção não se mantém assim ao longo da obra freudiana - e mesmo os psicanalistas contemporâneos
estão divididos quanto a esta questão – pois com a segunda tópica o narcisismo primário seria descrito como uma fase
anobjetal, referindo-se a total ausência de intercâmbios com o meio e de indiferenciação entre o eu e o isso. Aqui, as
analogias mais pertinentes a este estado da vida psíquica seriam a vida intra-uterina e o sono. 
A confluência destes dois fatores – a imagem unificada que a criança passa a ter do próprio corpo e a revivência do
narcisismo dos pais incidindo sobre a criança – é que inaugura a constituição do Eu Ideal (Ideal Ich). É a imagem
idealizada do eu, é a experiência de um eu real que tem exatamente os mesmos atributos que são percebidos pelos
objetos de amor, no caso os pais.
Esta imagem unificada do próprio corpo tem o valor de passagem de um estado em que reinavam as pulsões parciais,
para um estado mais organizado, que coincide com a constituição do eu enquanto entidade autônoma, e isto só se dá
com a entrada no estágio do narcisismo, o narcisismo infantil que logo sofre um abalo, sua duração enquanto modo de
ligação com os objetos é limitada e o fator principal de sua ‘queda’ provém do complexo de castração e também de
outras situações que lhe são correlatas. A imagem idealizada de si mesmo não se mantém nos intercâmbios com o
meio, a percepção de si como totalmente adequada ao desejo do outro e o objeto reconhecido na justa medida da
identidade com o eu tem como destino, do ponto de vista psíquico, um refúgio, que ao mesmo tempo em que perpetua
esta representação, desloca-a para o que vem a se chamar instância ideal.
 
EXERCÍCIO
O narcisismo não é um vilão da história do sujeito, mas um elemento que abre o caminho para a constituição do sujeito
psíquico. Nesta perspectiva identifique a alternativa correta: 
A. O narcisismo primário resguarda em si certo grau de patologia.
B. O narcisismo secundário é produto do investimento libidinal dos pais na criança.
C. A descoberta do narcisismo como etapa necessária na formação da vida psíquica reforça a ideia de seu aspecto
patológico.
D. No narcisismo primário a criança toma a si mesma como objeto de amor, ao invés de escolher objetos exteriores.
E. No narcisismo secundário a criança investe sua libido nos objetos exteriores.
 
Resposta D.
 
 
 
 
 
 
Exercício 1:
Leia o que nos alerta Freud no texto “Fragmento da análise de um caso de histeria” de 1905 e responda... 
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"(...) o aprofundamento nos problemas do sonho é um pré-requisito indispensável para a
compreensão dos processos psíquicos da histeria e das outras psiconeuroses."
 "(...) este caso clínico pressupõe o conhecimento da interpretação dos sonhos ". (Freud, 1905:
22).
 
Este artigo nos apresenta novas formulações em relação ao método terapêutico proposto, dentre estas novas
formulações pode-se considerar como CORRETO o que se afirma em:
 
A)
A substituição da importância da análise dos sonhos pela análise da transferência.
B)
A descoberta da transferência que se tornou, neste caso, o principal elemento da eficácia terapêutica.C)
A consolidação da análise dos sonhos como importante recurso terapêutico da psicanálise da época.
D)
A descoberta da transferência como o único elemento a desvendar os principais traumas em conjunto com sua
paciente.
E)
A descoberta da transferência como fenômeno independente dos sonhos que quando analisada promoveu uma
recuperação imediata na paciente.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 2:
A escuta psicanalítica não é uma simples forma de desenvolver a clínica psicanalítica, mas uma intrincada forma de
entendimento da singularidade do sofrimento humano, pois apoia-se em um referencial teórico, metodológico,
concepção de sujeito e em uma ética que pressupõe:
A)
Que o conflito íntimo e intrasubjetivo têm que ser combatidos pela racionalidade presente na existência do homem.
B)
Que a existência do homem deve buscar a ampliação da supremacia racional em detrimento da recusa ao inconsciente.
C)
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Que os conflitos íntimos e intersubjetivos, bem como da ambivalência nas relações do sujeito consigo e com outros,
devem ser suprimidos na busca de padrões de adaptação à moral e costumes vigentes.
D)
Que o conflito íntimo e intersubjetivo, bem como a irracionalidade persistem ao longo da existência do homem, pautados
por um outro interno e desconhecido do próprio homem.
E)
Que devem persistir os estados de consciência, enquanto os estados de inconsciência devem ser evitados, a fim de
tornar o homem mais previsível e menos influenciado pelo inconsciente. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 3:
Se em um momento da análise o paciente passa a concordar sistematicamente com as interpretações do analista, este
comportamento provavelmente se deve a uma postura de submissão e servidão do paciente em relação ao analista.
Provavelmente, o paciente transfere impulsos e fantasias inconscientes do passado para o processo analítico, revivendo-
os em relação à pessoa do analista. Pode-se afirmar deste momento, no qual se intensifica a transferência, que:
 
A)
É um momento fundamental da análise, pois o paciente está muito suscetível às sugestões do analista e pode ser
bastante influenciado por ele, por isso cabe ao analista exercer esta influência.
B)
Apesar de a transferência servir como resistência ao trabalho analítico, é um momento fundamental da análise, pois, se
bem interpretada, quando desfeita, a transferência produzirá no paciente a convicção da realidade do conteúdo reprimido
(impulsos e fantasias de submissão). 
C)
Este momento expressa um mau manejo terapêutico do analista, pois, o analista deve alertar o paciente de que ele é
uma pessoa diferente das pessoas com que o paciente conviveu situando-o na realidade e condenar suas fantasias. 
D)
Como toda resistência, este momento da análise interrompe, ou no mínimo atrapalha, o trabalho analítico. 
E)
Trata-se de mais uma mentira contada pelos neuróticos, por isso o analista deve ignorar este comportamento para não
reforçá-lo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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B) 
Exercício 4:
Imagine uma situação em que um jovem analisando declara o seu amor por sua analista. A ética da Psicanálise,
conjugada aos pressupostos teórico-metodológicos da mesma, recomenda: 
Assinale a alternativa CORRETA:
 
A)
Que a analista lembre ao paciente os padrões de moralidade socialmente aceitos e destaque que a paixão nutrida por
ele é prejudicial à análise.
B)
Que a analista interprete a demanda do paciente e suas angústias subjacentes, sem desmerecer o seu desejo.
C)
Que a analista acolha e satisfaça a demanda de amor do paciente, pois ele se encontra carente.
D)
Que a analista observe nela mesma se há reciprocidade de sentimentos amorosos em relação ao paciente e,
caso haja esta reciprocidade, comunique isto ao paciente. 
E)
Que a analista exponha ao paciente as causas da transferência e o instrua acerca da teoria psicanalítica do Complexo
de Édipo. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 5:
Que garantias temos, como analistas, de que nossas intervenções estão “corretas”? Será que é possível prever o efeito
de uma intervenção no paciente? Até que ponto as reações do paciente às intervenções do analista podem ser tomadas
como “prova” de que estamos fazendo um bom trabalho de escuta? As questões levantadas no artigo “Construções em
análise”, de 1937, são inúmeras e de primordial importância para o debate da clínica psicanalítica.
Considere as afirmativas abaixo e diga quais delas estão CORRETAS:
 
I. Freud propõe as construções como intervenções possíveis quando o paciente não pode lembrar de uma
parte de sua história.
II. As construções são hipóteses, inferências, a serem confirmadas ou refutadas ao longo de uma análise. 
III. As construções são certezas às quais um analista pode chegar através dos fragmentos de lembranças
trazidas pelo paciente. 
IV. As construções fazem parte da tentativa de buscar representação para o que se coloca como
irrepresentável. 
V. As construções podem operar como instrumento importante para tentar elaborar o que antes não podia ser
colocado em palavras.
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Identifique abaixo qual das alternativas é CORRETA:
A)
É correto o que se afirma em I, II, IV e V.
B)
É correto o que se afirma em I, II e IV.
C)
É correto o que se afirma em I e II.
D)
É correto o que se afirma em III e V.
E)
É correto o que se afirma em I e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
No artigo “Construções em Análise”, de 1937, Freud fala de um tipo específico de intervenção que o analista pode lançar mão
em uma análise. De acordo com o debate levantado em tal artigo, está correto dizer que:
A)
A psicanálise é uma prática que visa preencher todas as lacunas da memória, uma vez que ao lembrar do que foi recalcado,
os sintomas desaparecem.
B)
Fazer uma construção é o mesmo que fazer uma interpretação.
C)
A reação do paciente à construção feita pelo analista não deve ser levada em conta pelo analista para confirmar ou não se este
está no caminho certo.
D)
O “sim” ou o “não” do paciente em relação a uma construção do analista não servem de confirmação de que tal construção
está certa ou errada. No entanto, há certas reações indiretas do paciente que podem servir como um guia neste sentido.
E)
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Quando o paciente não consegue lembrar-se de nenhum conteúdo recalcado a partir de uma construção feita pelo analista,
isso significa que tal construção está errada e não tem serventia clínica.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 7:
No texto Construções em análise (1937), Freud postula uma visão dos delírios, identifique-a nas alternativas abaixo:
A)
No mecanismo do delírio dois fatores são exercidos: o afastamento do mundo real e suas forças motivadoras, por um
lado, e a influência exercida pela realização de desejo sobre o conteúdo do delírio, de outro.
B)
O impulso ascendente do reprimido força seu conteúdo à consciência, enquanto as resistências despertadas por esse
processo e a inclinação à realização de desejo partilham da responsabilidade pela deformação e pelo deslocamento do
que é recordado.
C)
No mecanismo do delírio há um retorno à fantasia, o que leva ao afastamento do mundo real e impede a realização do
desejo.D)
Os delírios consistem em uma história imaginada para proporcionar o alívio das angústias internas.
E)
A crença compulsiva que se liga aos delírios deriva dos traumas atuais, não passíveis de elaboração psíquica.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 8:
No texto “Sobre o Narcisismo: Uma Introdução” Freud (1914) postula que o narcisismo se situa entre o autoerotismo e o
amor objetal, sendo, portanto, decorrente do desenvolvimento psíquico humano, por isso nunca desaparecerá por
completo de nossa personalidade. O conceito de narcisismo redefine aspectos do desenvolvimento do ego, bem como
da constituição do sujeito psíquico, pois:
A)
O narcisismo primário retira o indivíduo do autoerotismo, por uma determinação biológica. 
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B)
Todo ideal ao ser cumprido decorre do enraizamento no narcisismo secundário, produto da identificação primária com a
mãe.
C)
A representação de si tem como base a criança imaginária, amada incondicionalmente pelos pais.
D)
A imagem de si que é construída pelo narcisismo primário corresponde ao Eu ideal numa etapa que corresponde ao
amor objetal.
E)
No processo evolutivo o Eu ideal, pelas exigências da realidade, corresponderá ao Ideal do eu, pois representam
sinônimos de uma mesma condição.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C)