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CONTEÚDO 14 - DEFORMIDADES ANGULARES E ROTACIONAIS DOS MEMBROS INFERIORES

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1 QUADRIL
1.1 ACETÁBULO E CABEÇA DO FÊMUR
Os músculos do quadril com anatomia transversal, que apresentam a mesma direção do colo femoral representam papel importante e essencial na estabilidade do quadril, por aprese
fêmur no acetábulo. Igualmente, os músculos pélvi-trocanterioanos (piramidal; obturador externo; glúteos pequeno e médio; são denominados músculos sustentadores do quadril, po
acetábulo, favorecendo essa coaptação (FIGURA 1) (KAPANDJI, 1990)
Figura 1. Flecha (1) Músculo Piramidal; Flecha (2) Músculo Obturador Externo; Flecha (3) Músculo Glúteos Pequeno e Médio. Flechas pretas: componentes coaptadores do quadril. Mo
48.
Ao contrário dos músculos com fibras transversas, os músculos no sentido longitudinal agem no sentido de luxar a cabeça femoral do acetábulo, ao empurrarem a cabeça femoral par
pela seta (4), na Figura 2. Isso ocorre principalmente nos acasos de má formação do acetábulo, cujo formato do teto do acetábulo estará aplainado, como ocorre na má formação con
observado no RX do quadril com incidência antero-posterior, através do traçado do ângulo de Hilgenreiner, formado entre a linha horizontal que passa pelas cartilagens em Y, “linhas d
acetábulo (FIGURA 2). No recém-nascido este traçado apresenta angulação de 25º, sendo que ao término do primeiro ano de vida ele será de 15º. As medidas ultrapassam os 30º sã
formação congênita do acetábulo. Este diagnóstico é inferido mediante a presença do sinal de Putti, quando a cabeça do fêmur se localiza acima da linha do Y. E pelo sinal de Wiberg 
Figura 2: Representação de RX antero-posterior. Ângulo de Hilgenreiner (Linhas dos Y). Quadril direito normal (25); quadril esquerdo patológico (35). Fonte: KAPANDJI, 1990. PAG 48
O sinal de Wiberg também pode revelar a anatomia perfeita entre acetábulo e cabeça femoral, e seu encaixe biomecânico, bem como suas alterações patológicas. Com o posicioname
acetábulo, a cabeça do fêmur exerce sua maior força de compressão no teto do acetábulo. O ângulo de cobertura W¸ ou sinal de Wiberg pode ser observado no estudo tomográfico, a
(vértico-frontal), quando a parte superior do acetábulo ultrapassa a cabeça femoral, em 30º a 40º, com o plano frontal (FIGURA 3) (KAPANDJI, 1990. Pag. 26).
Figura 3. Ângulo de Wiberg; ângulo de cobertura W. Imagem de Tomografia Computadorizada, no corte vértico-frontal . Lc: lábio do acetábulo; Fa: fossa acetabular; B: borda do acet
26).
No corte horizontal (FIGURA 4), em uma visão superior da articulação, o eixo do acetábulo forma um ângulo de 30º a 40º, com o plano frontal.
Figura 4. Ângulo de Wiberg ou ângulo de cobertura W. Corte horizontal. Lc: lábio do acetábulo; Fa: fossa acetabular; B: borda do acetábulo; Me: meia lua articular; Pr: plano tangent
KAPANDJI, 1990. PAG. 26).
 
1.2 DESALINHAMENTO ÓSSEO: COXA EM VALGO (COXA VALGA), COXA EM VARO (COXA VARA)
As deformidades encontradas na coxa são denominadas de coxa em valgo (coxa valga) e coxa em varo (coxa vara). Ambas as deformidades, consideradas patológicas, são decorrent
cabeça e colo do fêmur em relação a diáfise do fêmur, chamado de ângulo de inclinação. O ângulo de inclinação interfere significantemente na estabilidade do quadril, podendo ser no
(KAPANDJI, 1990. Pag. 48).
No plano frontal, observado na vista anterior, o ângulo de inclinação fisiológico mede entre 120º a 125º, na pessoa adulta (FIGURA 4a., 4b.) e aproximadamente 150º, na criança (KA
Pag. 149).
Alterações no ângulo de inclinação provocam mudanças na relação comprimento-tensão dos grupos musculares que agem na articulação do quadril, e resultam em desalinhamentos d
desalinhamentos: coxa em valgo (coxa valga) e a coxa em varo (coxa vara) (KAPANDJI, 1990. Pag. 40) (KONIN, 2006. Pag. 149). Pode ocorrer unilateral ou bilateral, de forma congê
 
1.2.1 COXA EM VALGO
No plano frontal, com o aumento do ângulo de inclinação entre a cabeça e o colo do fêmur em relação a diáfise femoral é possível ver a coxa em valgo (FIGURA 5) (KONIN, 2006. Pag
Figura 5: Alinhamento do colo em relação à diáfise do fêmur: coxa em valgo. Fonte: KONIN, 2006. Pag.150.
Neste caso, quando ocorre o aumento do ângulo de inclinação a relação comprimento-tensão dos músculos abdutores do quadril é afetada, tornando os músculos menos eficientes. A
obrigados a realizarem mais força, à fim de vencerem a gravidade durante o apoio unipodal, do membro inferior de apoio, o que acarreta também, o aumento das forças compressiva
coxa em valgo ocorre a diminuição da amplitude de movimento da cabeça e do colo do fêmur em relação a diáfise femoral, comprometendo a estabilidade do quadril (KONIN, 2006. P
Na luxação congênita do quadril o ângulo de inclinação estará aberto, com coxa em valgo, e pode chegar a 140º; e no movimento de adução o eixo do colo femoral se deslocará 20º,
uma adução de 30º no quadril patológico (P) será correspondente à uma adução de 50º em relação ao quadril normal. Esta adução patológica “reforça o componente luxante dos adu
luxação patológica do quadril (KAPANDJI, 1990. Pag. 48).
LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL (LCQ)
Nesta condição o recém-nascido terá um quadro em que a cabeça femoral estará deslocada para fora do acetábulo. É frequentemente bilateral, mas pode ocorrer unilateralmente, se
meninos (CIPRIANO, 2005. Pag. 340). De origem congênita, presente ao nascimento, por alterações na vida intrauterina, por posições extremas do quadril durante o desenvolviment
articular (KONIN, 2006. Pag. 152), a fossa do acetabulo se encontrará rasa ou mais vertical que o normal (CIPRIANO, 2005. Pag. 340) e a cabeça do fêmur poderá não ter a forma es
de rotação e consequente alterações dos movimentos que modelam o acetábulo (KONIN, 2006. Pag. 152). Na maioria das vezes o fêmur estará deslocado, com a capsula articular fro
sinal positivo para o Teste de Luxação de Ortolani, limitação da abdução e encurtamento do membro inferior do lado afetado. Com o passar do tempo e crescimento da criança o quad
de redução da luxação estará diminuída. Para as crianças que se colocam de pé, com sustentação do peso, o Teste de Trendelemburg será positivo, por fraqueza do músculo glúteo m
sintomas observáveis na LCQ são: flexibilidade reduzida do quadril, abdução limitada, claudicação indolor, dor no quadril e encurtamento do membro inferior (CIPRIANO, 2005. Pag. 3
No tratamento da luxação congênita do quadril é utilizado o posicionamento do quadril em abdução de 90º (KAPANDJI, 1990. Pag. 48).
 
TESTES DE LUXAÇÃO CONGÊNITA DE QUADRIL
Teste do Estalido de Ortolani: (FIGURA 6a. e 6.b)
Indicação: Detecção da luxação congênita do quadril (LCQ) (CIPRIANO, 2005. Pag. 341) (HOPEENFELD, 2001. Pag. 174).
Posicionamento: Criança em supino (decúbito dorsal) sobre a mesa de exame, desnudar a criança (sem roupa e sem fralda), em ambiente agradável e aquecido. Mãos do examinado
os polegares sobre o trocânter menor do fêmur (CIPRIANO, 2005. 341).
Ação/Manobra: Flexione e abduza as coxas bilateralmente (CIPRIANO, 2005. Pag. 341), e rode lateralmente (HOPEENFELD, 2001. Pag. 174-176).
Achados: A articulação coxofemoral acometida não será capaz de abduzir tanto quanto a articulação contralateral e poderá apresentar um estalido palpável, ou audível quando a cabe
durante a manobra (CIPRIANO, 2005. Pag. 341) (HOPEENFELD, 2001. Pag. 174-176).
Figura 6a: Teste do Estalido de Ortolani. Posição Inicial (HOPPENFELD, 2001. PAG. 176).
Figura 6a: Teste do Estalido de Ortolani. Posição Inicial (CIPRIANO, 2005. PAG. 341).
Teste de Telescopagem: (FIGURA 7a. e 7b.)
Indicação: Auxiliar no diagnóstico da LCQ (HOPPENFELD, 2001. PAG. 174-176) (CIPRIANO, 2005. PAG. 342).
Posicionamento: Criança em decúbito dorsal sobre a mesa de exames, membro inferior (MI) do lado testado com quadril e joelho fletidos à 90º; em crianças menores uma de suas m
com seu polegar sobre o trocânter maior, enquanto a outra mão posicionará o MI e realizará a manobra (HOPPENFELD, 2001. PAG. 174-176). Em crianças maiores as duas mãos pod
quadril e joelho à 90º, estando uma das mãos na porção distal da coxa e a outra na porçãoproximal da tíbia (CIPRIANO, 2005. PAG. 342).
Ação/Manobra: Empurre e tracione a coxa, várias vezes e perceba o movimento em seu polegar, sobre o trocânter maior (HOPPENFELD, 2001. PAG. 174-176) (CIPRIANO, 2005. PAG
Achados: Presença de movimento do trocânter maior, na sua porção distal durante a tração e pressão do fêmur. A cabeça do fêmur sai e volta do acetábulo. Este movimento é chama
2001. PAG. 174-176) (CIPRIANO, 2005. PAG. 342).
 
Figura 7a.: Telescopagem no recém-nascido (HOPPENFELD, 2001. PAG. 176).
Figura 7b.: Telescopagem em crianças maiores (CIPRIANO, 2005. PAG. 342)
Sinal de Trendelemburg (KONIN, 2006. PAG 151) ou Teste de Trendelemburg (HOPPENFELD, 2001. PAG. 172) (CIPRIANO, 2005. PAG 350)
Indicação: Indica patologia da articulação do quadril (CIPRIANO, 2005) e a detecção da força do músculo glúteo médio, do lado oposto ao quadril flexionado (KONIN, 2006) (CIPRIAN
Posicionamento: paciente em pé, examinador posicionado à suas costas (KONIN, 2006) (CIPRIANO, 2005) (HOPPENFELD, 2001). Você poderá colocar as suas mãos na cintura do pac
espinhas ilíacas póstero superiores (IEPS) (FIGURA 8) (CIPRIANO, 2005. PAG 350).
Ação/Manobra: Solicite que o paciente flexione o quadril oposto do lado testado, tirando o pé do chão, de forma que ele ficará em apoio unipodal sobre o membro inferior testado (FIG
adução, no lado do pé que saiu do chão é sinal positivo para fraqueza de glúteo médio, responsável pelo nivelamento da pelve (KONIN, 2006) (CIPRIANO, 2005) (HOPPENFELD, 2001
indicativo de resposta positiva para patologia da articulação do quadril (CIPRIANO, 2005).
Achados: O quadril do lado que o pé saiu do solo, com a flexão do quadril irá descer. (FIGURA 9 e 10) Isto ocorrerá pela hipotonia, fraqueza do músculo glúteo médio (HOPPENFELD, 
PAG. 342).
FIGURA 8. Polegares sobre as espinhas ilíacas póstero superiores. (CIPRIANO, 2005. PAG. 350)
FIGURA 9. Posicionamento no Teste de Trendelemburg. Vista posterior (HOPPENFELD, 2001. PAG. 172)
Figura 10. Sinal de Trendelemburg. Descida da pelve do lado oposto ao lado do apoio unipodal (KONIN, 2006. PAG. 148)
COXA EM VARO
A coxa em varo ou coxa vara é resultante da diminuição do ângulo de inclinação, que aumenta a estabilidade do quadril, pela melhor relação do comprimento-tensão dos músculos ab
menor esforço dos músculos contra a gravidade, durante o apoio unilateral e maior movimento de inclinação da cabeça femoral e do colo sobre o fêmur, predispondo-o à fraturas de c
(KONIN, 2005).
Figura 11: Alinhamento do colo em relação à diáfise do fêmur: coxa em varo
Fonte: KONIN, 2006. Pag.150.
Mudanças no ângulo de inclinação e consequente desvio do eixo de orientação do colo femoral (A), acarretam coxa vara, quando diminuído (B) e coxa valga quando aumentado (C) (
Figura 12. Ângulo de inclinação. Eixo entre fêmur e acetábulo. (A) Ângulo Normal. (B) Ângulo diminuído - coxa vara. (C) Ângulo aumentado - coxa valga. Fonte: https://musculoskele
content/uploads/2016/12/fig-ch19-15.jp.
Figura 13: Plano horizontal. Ângulos de torção do quadril (versão): a. fisiológico; b. anteversão; c. retroversão. Fonte: KONIN, 2006. Pag.150. MODIFICADO
Medidas aumentadas acima de 20º ocasionam a anteversão da pelve devido a uma rotação externa acentuada, e consequente luxação patológica. Ao contrário, a retroversão favorec
rotação interna. Esses fatores que envolvem a arquitetura e músculos do quadril são de grande importância clínica, para a estabilidade de próteses, após a artroplastia de quadril. Alé
perturbar o mínimo do equilíbrio muscular, as correções de um cirurgião envolvem: (KAPANDJI, 1990). 
 - Orientação do colo do fêmur: não exagerar na anteversão;
- Angulação da prótese com acetábulo com inclinação anterior (15º) e para baixo (45-50º);
- Restabelecer comprimento fisiológico do colo femoral, como braço de alavanca dos glúteos e estabilidade das próteses.
A marcha com a anteversão do fêmur favorece a rotação interna (medial) do membro inferior, e consequente posicionamento dos dedos do pé (pododáctilos) voltados para dentro. Na
(lateral) e os pododáctilos estão voltados para fora, sendo a marcha em rotação externa mais estável (KONAN, 2006).
TESTE DE ANTEVERSÃO E RETROVERSÃO DO FÊMUR
Teste de Craig (KONIN et al., 2007. PAG. 124)
Indicação: Detectar posicionamento do fêmur em anteversão ou retroversão
Posicionamento: Posicionar o paciente em decúbito ventral sobre a mesa de exame, com joelho do membro inferior a ser testado em 90º. O examinador se posiciona ao lado do quad
trocânter maior, com a outra mão segura no tornozelo homolateral.
Ação/Manobra: Rodar medialmente e lateralmente o fêmur até que o trocânter maior fique paralelo à mesa de exame. Mantendo a posição, com o pé em direção a linha medial, em r
depois com pé em direção lateral, e o fêmur em rotação interna (medial), o paciente é solicitado permanecer na posição, enquanto o examinador, com um goniômetro, mede o ângulo
perpendicular ao plano da mesa.
Achados: Ângulo maior que 15º indica anteversão do fêmur; menor que 8 graus, indica retroversão do fêmur. Ambas podem levar a um desalinhamento do membro inferior e subseq
 
2 JOELHO
2.1 DESVIOS LATERAIS DO JOELHO
Pela grande visibilidade dos contornos ósseos dos joelhos, seu diagnóstico é bastante fácil, comparado com outras articulações. Para a avaliação da face anterior do joelho, e observa
a tíbia, ou do fêmur e patela, o paciente deve estar em pé, de frente para o examinador. Despido da parte inferior. Membros inferiores paralelos e estendidos naturalmente (HOPPENF
duas articulações: tibiofemoral e a patelofemoral (KONAN, 2006).
A articulação tibiofemoral estabelece uma angulação fisiológica valga, formada entre o eixo da tíbia e o eixo do fêmur, que por não estarem na mesma reta, formam um eixo mecânic
e para dentro, formando um ângulo de 3º com a vertical, originando um valgo fisiológico do joelho, que é maior nas mulheres que nos homens, devido a característica anatômicas de
(KAPANDJI, 1990). Este ângulo serve para identificar os desvios do joelho varo (pernas arqueadas) e o joelho valgo ou joelhos para dentro (KONAN, 2006) ou joelhos em X (KENDAL,
levam a sobrecargas assimétricas sobre os côndilos femorais e sobre cada platô tibial ipsilateral, que com o tempo causam desgaste da cartilagem articular e a artrose (KONAN, 2006
Figura 14: Joelho Varo – Genu Varum Joelho Normal Joelho Valgo - Genu Valgum;
 Pernas arqueadas Joelho em X. 
Vista anterior. Fonte: KENDAL, 1980. 
2.1.1 ARTICULAÇÃO TIBIO-FEMORAL: JOELHO VALGO – Genu Valgum e JOELHO VARO – Genu Varum. JOELHO RECURVADO – Genu Recurvatum
O joelho valgo ou genu valgum (KAPANDJI, 1990) provoca aumento de compressão “compartimento” lateral do joelho e aumento das forças de tensão sobre as estruturas mediais do
ocorre a artrose femoro-tibial externa.
No desvio valgo do joelho, observado na avaliação postural em vista anterior, a articulação do joelho se aproxima da linha média (FIGURA 14, FOTO 3). Há tendência do aumento da 
as bases diminuídas voluntariamente. Nesta situação, quando maior a angulação valga maior a dificuldade em juntar os pés, pois as regiões internas da coxa são comprimidas uma c
se colocarem lateralmente, ficando os joelhos em desalinhamento (FIGURA 14.1)
Figura 14.1: Vista Anterior. Joelho valgo. (A) com bases aumentadas; (B) com bases diminuídas e joelhos em desalinhamento. Fonte: PACHECO, 2008; ARQUIVO PESSOAL.
O joelho varo ou genu varum (KAPANDJI, 1990) causa um aumento das forças compressivas sobre o compartimento medial do joelho e um aumento das forças de tensão sobre as es
2006). No joelho varo ocorre a artrose femoro-tibial interna (KAPANDJI, 1990).
Nesta condição, em que o joelho varo é observado na vista anterior, macroscopicamente a articulação do joelho se distancia da linha média (FIGURA 14.2).
Figura14.2: Vista anterior. Joelho varo; distanciamento da linha média. Espaço medial evidente. Fonte: PACHECO, 2008. ARQUIVO PESSOAL.
A osteotomia tibial ou femoral, de correção para o valgismo e varismo são indicadas. Sendo do joelho valgo a correção em varização, e no caso de joelho varo a correção em valgizaç
 É frequente desvios laterais dos joelhos na infância, sendo o joelho valgo bilateral o mais comum, que tende a desaparecer progressivamente com o crescimento da criança. Porém, 
com RX de ambos os membros inferiores (MMII). Em caso de persistência da deformidade, valgo ou vara, deve ser realizada a cirurgia de correção, antes do término do crescimento.
JOELHO RECURVADO – GENU RECURVATUM
Na vista lateral os joelhos, fisiologicamente, devem estar estendidos quando em pé. Uma discreta flexão com incapacidade de estende-lo será indicativo de patologia, principalmente 
joelhos se mostrarem bilateralmente um pouco hiperestendidos pode ser um achado normal, principalmente em mulheres e em pessoas com frouxidão ligamentar (HOPPENFELD, 200
póstero-interna, sendo considerado o movimento de hiperextensão um movimento anormal (FIGURA 15) (KENDALL, 1980).
FIGURA 15. Joelho Recurvado ou Genu Recurvatum (Fonte KANDELL, 1980).
2.1.2 ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL
A patela exerce importante papel biomecânico no joelho e protege o compartimento anterior interno, de traumas. A força compressiva que apresenta por estar no tendão patelar (oss
alavanca do músculo quadríceps femoral. Nos casos de remoção da patela (patelectomia) haverá uma redução de 15 a 49% na capacidade de extensão do joelho (KONIN, 2006).
ÂNGULO Q: este ângulo costuma ser maior em mulheres (15º a 18º) que em homens (12º a 13º), devido ao quadril das mulheres serem mais largos. Sua medida se dá pelo traçado
anterossuperior, do ílio, até o ponto médio da patela e a linha do tendão patelar ipsilateral (ponto médio da patela até a tuberosidade da tíbia) (FIGURA 16). Essa medida pode ser tra
o pé para fora da mesa ou em pé (dinâmico), sendo este último mais recomendado pela tensão exercida dos músculos representar a causa do desequilíbrio muscular. Aumento do âng
patelofemorais, como a condromalacia, subluxação ou luxação da patela. Em geral seu aumento está associado a anteversão femoral, ao joelho valgo, o deslocamento lateral da tube
a diminuição do ângulo Q pode desencadear tendinite patelar e condromalacia crônica (KONIN, 2006).
Figura 16. Traçado do Ângulo Q. (1) Espinha ilíaca anterossuperior (EIAS); (2) centro da patela; (3) tuberosidade da tíbia ao centro da patela (BLANDINE, PAG. 2015. Adaptado).
REFERÊNCIAS
BLANDINE G-C ANATOMIA PARA O MOVIMENTO. Vol 1: Introdução à Análise das Técnicas Corporais. Editora Manole Ltda, São Paulo. 1992.
CANTO R. S. T. et al. Anteversão do colo do fêmur: avaliação clínica versus radiológica. Acta ortop. bras. vol.13 no.4 São Paulo, 2005. Disponível: <http://www.sc ielo.br/scielo.php?s
78522005000400003>. Acesso: Agosto 2018.
CIPRIANO J. J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. 4ª edição. Editora Manole, Barueri/SP, 2005.
HOPPENFELD S.: Propedêutica Ortopédica – Coluna e extremidade. Editora Atheneu, Rio de Janeiro, 2001.
KAPANDJI I. A. FISIOLOGIA ARTICULAR – Esquemas comentados de mecânica humana: MEMBRO INFERIOR. Vol. II, 5ª edição. Pag. 48. Editora Manole Ltda, São Paulo, 1990.
KENDALL H. O., KENDALL F. P., WADSWORTH G. E., MÚSCUOS: PROVAS E FUNÇÕES. Pag. 22. 2ª edição; Editora Manole, São Paulo, 1980.
KONIN, G. L. O COMPLEXO DO QUADRIL. Cap. 10, pag. 141-153 IN KONIN J.G. Cinesiologia Prática para Fisioterapeutas. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan S.A. – Editora LAB
KONIN J. G. et al. Fisioterapia – Guia Fotográfico de Testes para Avaliação Ortopédica. Joelho. Cap. 10. Pag. 140-154. 3ª edição, Editora Guanabara Koogan – LAB. Rio de Janeiro, 200
 
 
Exercício 1:
O traçado do ângulo de Hilgenreiner é observado na incidência antero-posterior do RX do quadril, entre a linha horizontal que passa pelas cartilagens em Y (“linhas do Y”) e a linha ta
nascido este traçado apresenta angulação de 25º, sendo que ao término do primeiro ano de vida ele será de 15º. Assinale a alternativa correta para o diagnóstico sugerido com o aum
A)
Coxa em varo;
B)
Coxa em valgo;
C)
Joelho recurvado;
D)
Luxação congênita do quadril;
 
E)
Displasia femoro patelar.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 2:
As deformidades encontradas na coxa são denominadas de coxa em valgo (coxa valga) e coxa em varo (coxa vara). Ambas as deformidades, consideradas patológicas, são decorrent
cabeça e colo do fêmur em relação a diáfise do fêmur. Para estas deformidades podemos inferir que:
A)
O posicionamento anatômico da cabeça e colo do fêmur em relação a diáfise do fêmur ou ângulo de inclinação interfere significantemente na estabilidade do quadril, podendo ser no 
resultando em joelho em hiperextensão;
B)
No plano frontal, observado na vista anterior, o ângulo de inclinação que mede entre 120º a 125º é considerado fisiológico, na pessoa adulta e aproximadamente 150º, na criança;
C)
O ângulo de inclinação entre a cabeça e o colo do fêmur em relação a diáfise femoral quando aumentado acarreta a coxa em varo;
D)
 O ângulo de inclinação entre a cabeça e o colo do fêmur em relação a diáfise femoral quando diminuído acarreta a coxa em valgo;
 
E)
Quando ocorre o aumento do ângulo de inclinação a relação comprimento-tensão dos músculos abdutores do quadril é afetada, tornando os músculos mais fortes.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 3:
Para a luxação congênita do quadril (LCQ) marque V para verdadeiro e F, para falso.
( ) Na LCQ o ângulo de inclinação estará aberto, com coxa em valgo, e poderá chegar à 140º.
( ) Na LCQ ocorre adução patológica que “reforça o componente luxante dos adutores”, sendo a coxa valga suscetível a luxação patológica do quadril.
( ) De origem congênita, presente ao nascimento, a LCQ ocorre por alterações na vida intrauterina, por posições extremas do quadril durante o desenvolvimento do feto.
( ) A LCQ causa danos na cartilagem, sem afetar o compartimento ósseo, e a fossa do acetábulo se encontrará rasa ou mais vertical para abrigar a cabeça do fêmur que permanece
( ) O Teste de Luxação de Ortolani, detecta limitação da adução e encurtamento do membro inferior do lado contra lateral afetado.
( ) Com o passar do tempo e com o crescimento da criança o quadril estará menos flexível, e a capacidade de redução da luxação estará diminuída.
( ) Na LCQ as crianças que se colocam de pé, com sustentação do peso, o Teste de Trendelemburg será positivo, por fraqueza do músculo glúteo pequeno, no lado afetado.
( ) Os sinais e sintomas observáveis na LCQ são: flexibilidade reduzida do quadril, abdução limitada, claudicação indolor, dor no quadril e encurtamento do membro inferior
Assinale a resposta correta:
A)
V; F; V; V; F; V; F; V.
B)
F; V; V; F; V; V; V; V.
C)
V; V; F; F; F; V; V; V.
D)
V; V; V; F; F; V; F; V.
 
E)
V; V; V; F; V; V; F; F.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
B) 
E) 
D) 
Exercício 4:
Para o tratamento das afecções do quadril e joelho marque a alternativa correta:
A)
No tratamento da luxação congênita do quadril é utilizado o posicionamento do quadril em abdução de 90º
B)
A Manobra do Estalido de Ortolani é utilizado para detecção da luxação congênita e redução da cabeça do fêmur no acetábulo.
C)
O tratamento da subluxação e luxação do quadril consiste na flexão seguida de movimentos de abdução das coxas bilateralmente. Manter o membro nesta posição.
D)
Empurre e tracione a coxa, várias vezes e perceba o movimento em seu polegar, sobre o trocânter maior.
 
E)
Manter o paciente em repouso absoluto.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 5:
“A articulação coxofemoral acometida não será capaz de abduzir tanto quanto a articulação contralateral e poderá apresentar um estalidopalpável, ou audível quando a cabeça do fêm
a manobra”.
Assinale a alternativa referente ao texto descrito a cima:
A)
Teste do Estalido de Ortolani.
B)
Teste de Telescopagem.
C)
Teste de trendelemburg.
 
D)
Teste de Craig
E)
nda
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
Leia as afirmativas a abaixo:
I. Medidas aumentadas acima de 20º ocasionam a anteversão da pelve devido a uma rotação externa acentuada, e consequente luxação patológica. Ao contrário, a retroversão favor
a rotação interna.
 
II. Esses fatores que envolvem a arquitetura e músculos do quadril são de grande importância clínica, para a estabilidade de próteses, após a artroplastia de quadril.
Marque a alternativa correta:
A)
As duas afirmativas são verdadeiras e elas não se complementam.
B)
As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda complementa a primeira.
C)
A primeira afirmativa é verdadeira, mas a segunda é falsa.
D)
A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
 
E)
As duas afirmativas são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 7:
Pela grande visibilidade dos contornos ósseos dos joelhos, seu diagnóstico é bastante fácil, comparado com outras articulações. Para a avaliação da face anterior do joelho, e observa
a tíbia, ou do fêmur e patela assinale a alternativa correta:
A)
O paciente deve estar em pé, de frente para o examinador. Despido da parte inferior. Membros inferiores paralelos e estendidos naturalmente.
B)
Despido nos membros inferiores o paciente deve permanecer em apoio unipodal.
C)
Sentado com membros pendentes no bordo da mesa o examinador irá mobilizar a tíbia medialmente e lateralmente.
D)
Em pé, para usar a tensão muscular sobre a articulação traçar uma linha da espinha ilíaca póstero superior até o tendão patelar.
 
E)
Decúbito dorsal com membros inferiores estendidos e relaxados, no plano da mesa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 8:
A patela exerce importante papel biomecânico no joelho e protege o compartimento anterior interno, de traumas. A força compressiva que apresenta por estar no tendão patelar (oss
alavanca do músculo quadríceps femoral. Nos casos de remoção da patela assinale a alternativa correta:
A)
O membro ficará mais curto e haverá claudicação intermitente.
B)
O desvio lateral da articulação levará ao aumento do ângulo Q.
C)
Patelectomia haverá limitação na extensão do joelho em torno de 15 a 49% .o
D)
Esta cirurgia é evitada, sendo substituído o osso por prótese de joelho.
 
E)
Haverá um desequilíbrio durante a marcha na fase de apoio.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 9:
Assinale a alternativa incorreta para o ângulo Q:
A)
O ângulo Q costuma ser maior em mulheres (15º a 18º) que em homens (12º a 13º).
B)
Essa medida pode ser traçada em decúbito dorsal (estático), com o pé para fora da mesa ou em pé (dinâmico), sendo este último mais recomendado pela tensão exercida dos múscu
muscular.
C)
Aumento do ângulo Q pode estar associado a disfunções patelofemorais, como a condromalacia, subluxação ou luxação da patela
D)
A diminuição do ângulo Q pode desencadear tendinite patelar e condromalacia crônica .
 
E)
 Em geral o aumento do ângulo Q está associado a retroversão femoral, ao joelho varo e pelo deslocamento lateral da tuberosidade tibial e da torção tibial lateral.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E)

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