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CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
 
ACADÊMICOS: 
ELIANE DE FATIMA SILVA MONTEIRO /RA: 2334955810 
DILMA RIBEIRO MATIAS DE FRANÇA/RA: 2362294608 
GLORIA REGINA NOGUEIRA DA SILVA /RA: 2362287108 
MARCOS ROBERTO PINHEIRO BERNARDO /RA: 2362295908 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIO DE 2020 
 
ACADÊMICOS: 
ELIANE DE FATIMA SILVA MONTEIRO /RA: 2334955810 
DILMA RIBEIRO MATIAS DE FRANÇA/RA: 2362294608 
GLORIA REGINA NOGUEIRA DA SILVA /RA: 2362287108 
MARCOS ROBERTO PINHEIRO BERNARDO /RA: 2362295908 
 
 
 
 
 
DISCIPLINAS : 
 
Família e Sociedade 
Leitura e Produção de Texto 
Serviço Social Contemporâneo 
Desenvolvimento Pessoal E Profissional 
Tecnologia Da Informação E Da Comunicação 
Trabalho De Conclusão De Curso II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIO DE 2020 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................4 
2.DESENVOLVIMENTO ......................................................................................5 
2.1 FAMILIA CONTEMPORANEA ......................................................................5 
2.2 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL EM PROCESSOS DE ADOÇÃO.. ..10 
3 POLÍTICAS SOCIAIS DISPONÍVEIS PARA ATENDIMENTO A SITUAÇÕES DE 
VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL ....... 11 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 14 
5 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 15 
INTRODUÇÃO 
 
O Assistente Social em sua atuação diária percebe com olhar crítico os artifícios do governo e as ofensivas cada vez mais cruéis do mercado capitalista sobre as classes menos favorecidas, cujo amparo dos direitos tornou-se uma conquista e com isso a ruptura com as antigas práticas profissionais. 
A análise da reconceituação possui várias razões, motivos e aspectos, pois resgata o desenvolvimento, o funcionalismo e o fim do sistema ditatorial burguês como um todo. 
Para um melhor entendimento do nosso trabalho, abordaremos as características do Movimento de Reconceituação, tendo na ruptura com o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social um grande impacto na história dos profissionais e a importância do serviço social nos dias de hoje, definir a filantropia assistencialismo, e identificar qual a sua relação com o serviço social, falaremos do momento que a profissão começa a ganhar um corpo, a ganhar forças, compreendendo que seu significado social se explica pela busca de operar nas seqüelas da questão social, entre elas a grande desigualdade social e econômica. 
Daremos ênfase sobre o mercado de trabalho, quais as condições de trabalho e o quanto é importante que o profissional de Serviço Social tenha percepção de seus direitos e deveres indicados no código de ética profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 FAMILIA CONTEMPORÂNEA 
No Brasil o ingresso da mulher no mercado de trabalho, deu-se a partir da década de 60, onde o país apresentava um especial crescimento econômico. Na sociedade brasileira, predominava a família nuclear, porém devido às mudanças citadas anteriormente, a mulher cada vez mais tem ocupado cargos remunerados, e muitas vezes elas têm sido as únicas provedoras das suas famílias. As relações conjugais encontram-se cada vez mais delicadas e o número de filhos passou a ser reduzido. 
Desta maneira observa-se principalmente na área urbana o aparecimento de novos modelos de agregação familiar, ao lado da família nuclear hoje com o poder repartido entre os cônjuges, há também a decorrência da união de pais e filhos separados de outro casamento que constitui uma nova família composta por membros da união anterior. 
Em Roma a concepção de família já não era mais a mesma. Para o direito, a família já não é era mais entendida como um grupo de pessoas ligadas pelo sangue, ou por estarem sujeitas a uma mesma autoridade, mas era confundida com o patrimônio. 
Dessa forma, a noção de família tem variado através dos tempos. Nos dias atuais a família tem sido pensada em um sentido mais abrangente, não como pessoas ligadas pelo sangue, mas também por outros que convive no mesmo lar. 
No Brasil a família é amparada e protegida através de artigos da Constituição Federal e do Código Civil, criados com o objetivo de resguardar esta instituição. 
Atingido pelas transformações societárias, que provocou alterações na divisão sócio-técnica do trabalho, ocorreram no Brasil, mudanças significativas nas relações familiares. Através da revolução industrial, ocorreu uma separação entre o trabalho e a família. Uma nova divisão de trabalho é estabelecida, não apenas entre homens e mulheres, mas também entre jovens e adultos, alterando as relações de poder intra-familiar. 
A família contemporânea brasileira neste contexto é permeada por inúmeros desafios, e várias mazelas fazem parte do seu cotidiano, tais como a violência, o desemprego, a pobreza, as drogas e outras complicações. 
Percebeu-se então que em diversas áreas, a intervenção de profissionais junto à família é permeada por inúmeros desafios. Tratar dessa temática é incursionar por questões complexas e por realidades reconhecidamente em transformações. 
O movimento de reconceituação surge no Brasil na década de 1960, dando ênfase à crítica radical ao sistema vigente e as formas tradicionais de ação, propondo novos enfoques teóricos e metodológicos, a chamada modernização conservadora. 
O cenário político brasileiro contribuía para o novo processo profissional dado pela era do desenvolvimentismo, onde a questão social no Brasil exigia uma intervenção técnica mais eficiente e qualificada. 
O assistente social desejava sair da condição caritativa para „agente de mudança‟, o “II Congresso Brasileiro de Serviço Social”, realizado no Rio de Janeiro em 1961, exprime como o serviço social exalta a intervenção no desenvolvimento de comunidades como forma mais eficaz para atender as demandas existentes. 
Nesse movimento é que os profissionais do serviço social se unem para a renovação da profissão nas dimensões do continente sul-americano, tendo no “I 
Seminário Regional Latino-Americano de Serviço Social”, em Porto Alegre, em maio de 1965, um papel fundamental no processo de atualização da classe. 
Outro elemento importante para a reconceituação da profissão é a articulação dos assistentes sociais nos limites intercontinentais com o intuito de intervir nas questões e problemas inerentes à América Latina com a apropriação das teorias marxistas. 
A reatualização do conservadorismo aponta para uma vertente que recupera os elementos extraídos na origem da história da profissão; apresenta uma autoafirmação e autojustificação com negação do positivismo dominante e do marxismo dialético. Assume a corrente fenomenológica distanciando-se da ideologia positivista da ditadura e uma ausência nos debates promovidos no interior do serviço social. 
Historicamente, a assistência social tem sido vista como uma ação tradicionalmente paternalista e clientelista do poder público, associada às primeiras Damas, com um caráter de "benesse", transformando o usuário na condição de "assistido", "favorecido" e nunca como cidadão, usuário de um serviço a que tem direito. Da mesma forma confundia-se a assistência social com a caridade da igreja, com a ajuda aos pobres e necessitados. (Jovchlovitch, 1993) 
Sposati faz a seguinte distinção entre assistência, assistencialismo e a assistência social: 
(Assistência) acesso a um bem, de forma não contributiva, ou através de contribuição indireta, pela alocação de recursos governamentais (...) que podem ser redistribuídos para atender a uma necessidade coletiva, considerada prioritária, para garantir um dado padrão de condições de vida e de direitos a todos os cidadãos (...). Várias políticas públicas podem ter a presença da assistência, ou a função programática assistencial, sem que, com isto, sejam assistencialistas ou protecionistas no mau sentido,isto, subalternizadoras e tuteladoras. 
 
O Serviço Social no Brasil contribuiu para a disseminação do 
assistencialismo, porque caracterizava sua intervenção junto à classe trabalhadora no sentido de garantir a conciliação entre as classes sociais e a manutenção do poder da classe dominante, para o que, defendia o entendimento da “questão social” como algo natural, e não como resultado do modelo do capitalismo e das desigualdades que este produz. 
 
beneficentes de assistência social, na saúde são chamadas filantrópicas 
sem fins lucrativos. 
E de acordo com toda essa teoria citada, a história mostra que o Serviço Social, como profissão, institucionaliza-se, no Brasil, respondendo aos interesses burgueses da sociedade capitalista. Porém, nos últimos trinta anos, grande parcela dos profissionais vem buscando novas bases de legitimação e uma nova identidade para a profissão, comprometidos com as classes subalternas. 
(GIMENES, 2009, p. 21). 
Como assegura Iamamoto (2000, p.113), o profissional assistente social apresenta-se um dos maiores desafios nos dias atuais: 
 
Dentro desta perspectiva Marilda Iamamoto (2001) afirma que: 
“(...) um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um 
profissional propositivo e não só executivo”. (2001:20) 
 
Neste contexto o Serviço Social está no centro de várias mudanças sociais, significa que tem muitos desafios a enfrentar. Desde seu surgimento até nossos dias, a profissão tem se estabelecido, declarando sua colocação na realidade social do Brasil, compreendendo que seu significado social se explica pela busca de operar nas sequelas da questão social. 
Em outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas, alvo de atuação profissional, reveladas na pobreza, violência, fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras. 
A atuação profissional se faz, primeiramente, por meio das instituições que prestam serviços públicos destinados a atender pessoas e comunidades, que buscam apoio para desenvolverem sua autonomia, participação, exercício de cidadania e acesso. 
Diante de inúmeras mudanças em prol do fim do termo “caridade aos pobres” durante o século XIX, esse termo começa a se organizar e dando início a Institucionalização da profissão. 
E foi nessa luta de direitos que a sociedade foi entendendo que o serviço social não era favor e sim um Direito, e é nesse momento que a profissão começa a ganhar um corpo, a ganhar uma força, compreendendo que seu significado social se explica pela busca de operar nas sequelas da questão social, entre elas a grande desigualdade social e econômica. 
A matéria prima da profissão de Serviço Social no Brasil é a questão social. Compreender a questão social hoje, num mundo globalizado e as exigências colocadas à profissão em seus processos de enfrentamento da mesma. 
Segundo Netto (2001), pode se falar propriamente de Serviço Social de empresa, a partir do desenvolvimento industrial, principalmente nos anos do „milagre‟ mas não exclusivamente pelo crescimento industrial, mas determinado também pelo pano de fundo sócio-político em que ele ocorre e que instaura necessidades peculiares de vigilância e controle da força de trabalho no território da produção. 
Neste contexto entende-se que o trabalho do Serviço Social no setor privado tem como objetivo analisar as intervenções, evitar focos de tensões no ambiente de trabalho dissolvendo possíveis pontos de tensões que poderão elevar ao agravamento das relações trabalhista e controlar a força de trabalho dentro da empresa e com isso contribuir para que haja produtividade no trabalho. 
O Assistente Social que atua no setor público como: hospitais, centros de saúde, Defensorias públicas, penitenciárias, o assistente social é o responsável por planejar e colocar em ação políticas públicas e programas sociais voltados para o bem-estar coletivo. É de sua responsabilidade propor ações que melhorem as condições de vida de crianças, adolescentes e adultos que estejam sob qualquer tipo de risco. No entanto muita das vezes a condição de trabalho deste profissional não é apropriada e o mesmo acaba atendendo o usuário em ambiente improvisado segundo relato de alguns profissionais de unidades públicas onde a equipe teve oportunidades de visitar. 
 
No que se refere o Desenvolvimento Pessoal E Profissional, a temática ora tratada se insere em um campo que apresenta grande vulnerabilidade social, uma vez que a adoção pode ser encarada como último recurso a ser lançado mão face à preservação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, tal como preconiza a Lei nº 12.010/09 e o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Neste sentido, é importante destacar, de acordo com a Nova Lei de adoção no Brasil e o Estatuto da Criança e do Adolescente, quais os tipos de adoção e quem tem direito a adotar uma criança ou um adolescente atendendo a todos os requisitos legais. Assim, buscando a concretização do disposto no dispositivo supra, promulgou-se a Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente – ECA, no qual estão elencados não só os direitos desse grupo, como também os mecanismos necessários a sua garantia. 
O instituto da adoção, faz-se presente em dois principais normativos, quais sejam, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Nova Lei de Adoção no Brasil. No que concerne ao ECA, a adoção pode ser classificada de duas formas: Adoção Unilateral, Adoção por Companheiros, Adoção por Divorciados, Adoção por Tutor e Adoção Póstuma. 
 
2.2 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL EM PROCESSOS DE ADOÇÃO 
 
Para compreendermos o trabalho do assistente social no campo sociojurídico é preciso situá-lo e resgatá-lo no âmbito histórico das relações sociais que participaram na construção da sua trajetória, cuja direção e função sociais dos serviços prestados estão determinadas pela divisão sócio técnica do trabalho judicial. Conforme afirmação de Iamamoto (2004), apesar do trabalho do assistente social na esfera sociojurídica ter adquirido pouca visibilidade na literatura especializada e no debate profissional das últimas décadas, a atuação nessa área dispõe de larga tradição e representatividade no universo profissional, acompanhando o processo de institucionalização da profissão no Brasil. Constituiu-se historicamente num espaço de relevante transcendência para a inserção ocupacional dos assistentes sociais, visto que desde as origens da profissionalização do Serviço Social, tem existido uma forte e notória participação de seus agentes neste âmbito, que tem se constituído com o passar do tempo em uma área dominante de intervenção profissional. 
Está assentado entre as atribuições do profissional em Serviço Social, participar do processo de adoção com o intuito de cumprir e fazer cumprir todos os requisitos necessários para o sucesso de tal iniciativa. Desta maneira, Simões (2009, p. 230) afirma que: 
 
O procedimento de adoção depende de uma verificação previa dos requisitos formais e materiais do pretendente a adoção. Este deve recorrer previamente sua habilitação, na Vara da Infância e Juventude competente, seguida de entrevistas com psicólogo e o assistente social e visitas domiciliares, os quais emitem um laudo sobre habilidade e o perfil do adotando desejado, seguindo de um parecer do Ministério Público. Segue-se a decisão do juiz, concedendo ou não a habilitação, cuja formalização é a entrega do Certificado de Habilitação. 
 
Torna-se, nesse ínterim, fundamental a atuação ética e pautada na moral socialmente construída para que todo o processo de adoção transcorra na normalidade, atentando aos princípios constitucionais e as determinações constantes na legislação vigente, com ênfase para o ECA e a Nova Lei de Adoção. 
É neste contexto, também, que a interveniência do assistente social deve seguir com o intuito de oferecer suporte àfamília pretendente à adoção de uma criança orientando-a sobre os trâmites do processo judicial, encaminhando a grupos de adoção, indicando filmes ou livros sobre o tema e avaliando se a família está apta a assumir os cuidados de um filho através do referido processo. 
 
 
3. POLÍTICAS SOCIAIS DISPONÍVEIS PARA ATENDIMENTO A SITUAÇÕES 
DE VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL 
 
O que se pode notar, diante das assertivas dos autores, é que decorrem do conceito diversos tipos de violência, dentre as quais destacam-se: Violência física, que os autores classificam como o uso da força física intencional em relação à criança ou adolescente – pode ser praticada pelos pais, familiares, conhecidos, dentre outras pessoas próximas à criança –; Violência psicológica, que são atos que podem acarretar danos à integridade da criança e/ou adolescente, prejudicando seu desenvolvimento e causando danos psicológicos, por meios como rejeição, humilhação, discriminação, desrespeito, entre outros – bullying, cyberbullying, síndrome da alienação parental, testemunho da violência, são exemplos de violência psicológica –; violência sexual, que se caracteriza por todo ato que estimule sexualmente a criança ou adolescente, para obter sua própria satisfação sexual – pode ocorrer em forma de estupro, pedofilia, incesto, pornografia, assédio sexual, exploração sexual, entre outros. 
Atualmente, percebe-se um estágio de crescente pobreza e violência que atinge a camadas populares da sociedade, em especial crianças e adolescentes. Do Estado, como garantidor dos direitos dos cidadãos em sua totalidade, esperase que haja um acréscimo, na mesma proporção, na qualidade das políticas públicas sociais e econômicas voltadas à solução desses males. 
Os direitos das crianças e dos adolescentes têm seus alicerces nos princípios elencados na Declaração Universal dos Direitos da Criança de 1959, bem como na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989. No art. 227 da CF/88, em consonância com os dispositivos internacionais citados, tem-se explícita a ideia de que a proteção a esse grupo é dever de todos conjuntamente, como se vê: 
 
É dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
Buscando a concretização do disposto no dispositivo supra, promulgou-se a Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, no qual estão elencados não só os direitos desse grupo, como também os mecanismos necessários a sua garantia. Surge, então, a noção de Proteção Integral a esses seres como contraponto ao Código do Menor de 1979, que era guiado pela Doutrina da Situação Irregular, em que às crianças e adolescentes era dispensado tratamento assistencial ou punitivo, colocando-os como objeto de tutela estatal. 
De forma a mudar essa realidade a Doutrina de Proteção Integral coloca crianças e adolescentes como portadores de humanos direitos, devendo ser respeitados e protegidos com absoluta prioridade por seu estado de pessoa em estado de desenvolvimento. Nesse sentido, o ECA definiu como sendo criança e adolescente, em seu art. 2º, in verbis: “Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”. 
A despeito da normativa que prevê essa integral, concreta e prioritária proteção, o que se vê é a violação rotineira dos direitos desse segmento, violação que ocorre das mais variadas formas, em todas as esferas sociais, inclusive pelo Estado, que, não raras vezes, não cumpre seu papel de assegurador das condições básicas para que esses seres possam ter um desenvolvimento completo e sadio. Os casos mais recorrentes referem-se à violência doméstica e institucional, à violência sexual, à situação de rua, ao trabalho infantil, à negação do direito à convivência familiar e a morbimortalidade em decorrência da violência. 
Longe das condições necessárias ao seu desenvolvimento, como saúde, educação, igualdade de condições de acesso a serviços básicos, crianças e adolescentes acabam por se ver envolvidas em situação de vulnerabilidade social, que as estigmatiza e empurra para caminhos sem volta, como as drogas e a criminalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Observou-se que desde o surgimento do Serviço Social até os dias de hoje tem enfrentado muitas mudanças e desafios, colocando-se como profissão questionadora dentro do contexto brasileiro. A profissão busca compreender a questão social para que assim possa atuar em suas expressões. 
No período da reconceituação ocorrem muitas transformações dentro do contexto nacional, nesse sentido o serviço social sofre influências das várias correntes (positivismo, fenomenologia, dialética maarxista). A partir de então, a profissão passa a construir um debate mais crítico frente à atuação dos profissionais. 
Nessa perspectiva, as políticas sociais passam a ter um caráter de direito, pois na década de 80 ocorreram mudanças cruciais que fomentaram a luta pela garantia de direitos. No contexto atual, a assistência social está no centro de várias transformações sociais significativas, tendo muitos desafios a enfrentar. Assim, o profissional de serviço social atua em diferentes esferas da sociedade visando a garantia de direitos nas diferentes expressões da questão social. 
A evolução histórica dos direitos humanos, direitos inerentes à pessoa humana passou por diversas fases, sendo que seu reconhecimento se deu de forma gradual, conforme a própria experiência da vida humana em sociedade. Apesar da demora em reconhecer direitos tão fundamentais, esse reconhecimento contribuiu sobremaneira para a preservação dos direitos de todas as categorias, inclusive da criança e do adolescente. Forçoso considerar, porém, que, mesmo a normatização desses direitos não é óbice à violação, ao desrespeito. 
Como foi verificado, no decorrer deste trabalho, a adoção surge como alternativa viável para mitigar os danos e desrespeitos causados aos direitos fundamentais das crianças e adolescente em situação de vulnerabilidade social, fazendo-se inevitável a intervenção do estado a partir do instituto da adoção, presentes na lei nº12.010/09 e no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo, Cortez, 4 ed., 2001. 
MONTAÑO, Carlos. O Terceiro Setor e Questão Social. São Paulo: Cortez, 2002. 
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma analise do serviço social no Brasil pós-64, 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
PESTANO, Cíntia Ribes e REIS, Carlos Nelson. A especificidade da Assistência Social: algumas notas reflexivas. Revista Virtual Textos e Contextos, n. 5, ano V, nov.2008. 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL do/ a Assistente Social. Lei 8662/9, que regulamenta a profissão de Assistente Social. Conselho Federal de Serviço Social, 1994. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 05 de out. 1988. 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - LOAS. Lei 8742, de 07.12.1993. 
www.artigonal.com/.../estrategias-de-gestao-de-politicas-sociais-na-praticaprofissional- do - serviço social. Acesso em 20 de agosto de 2015. 
www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/05/51.pdf. Acesso em 11 de setembro de 2015. 
SILVA JUNIOR, Enézio de Deus. A possibilidade jurídica de adoção por casais homossexuais. 4. ed. Curitiba: Juruá, 2010. 
 
SIMÕES, Carlos. Curso de direito do Serviço Social – Biblioteca Básica do Serviço Social. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2009.

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