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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Recursos ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Teoria Geral dos Recursos ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Princípios ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Efeitos Recursais ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Recurso Adesivo �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
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Recursos
Teoria Geral dos Recursos
Nos ensinamentos de Barbosa Moreira, recurso deve ser conceituado como o remédio voluntário 
idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integra-
ção de decisão judicial que se impugna.
O recurso deve ser entendido como meio por intermédio do qual a parte que sofreu um gravame 
(sucumbência) decorrente da decisão judicial poderá demonstrar o seu inconformismo, visando 
a uma reapreciação ou reanálise por um órgão hierarquicamente superior àquele que proferiu a 
decisão recorrida�
Princípios
1) Taxatividade
Faz necessário mencionar que, no ordenamento jurídico processual civil os recursos são aqueles 
que o legislador expressamente dispôs no rol taxativo previsto no artigo 994 do Código de Processo 
Civil� São eles: (I) a apelação, (II) o agravo de instrumento, (III) o agravo interno, (IV) os embargos 
de declaração, (V) o recurso ordinário, (VI) o recurso especial, (VII) o recurso extraordinário, (VIII) 
o agravo em recurso especial ou extraordinário e, por fim, (IX) os embargos de divergência�
2) Duplo grau de jurisdição
Consiste na permissibilidade de a parte ter ao menos a oportunidade de reanálise de sua decisão 
por uma instância superior, desde já importante deixar consignado que essa permissibilidade é al-
cançada com maior facilidade nos processos que tiveram início na instância de origem (1º grau de ju-
risdição), não afastando a sua aplicabilidade nos processos de competência originária dos tribunais�
O aludido princípio não encontra fundamentação expressa na Constituição Federal, mas decorre 
da interpretação do princípio do devido processo legal (Art� 5º, LIV, CF)�
3) Unirrecorribilidade ou singularidade
Para cada decisão judicial, em regra comportará, ao menos a princípio, um único recurso�
Assim sendo, se estivermos diante de uma decisão interlocutória prevista no rol do Art� 1�015 do 
Código de Processo Civil caberá recurso de Agravo de Instrumento, se estivermos diante de uma 
sentença, caberá recurso de Apelação (Art� 1�009, CPC), mas se estivermos diante de uma decisão 
interlocutória prevista no rol do Art� 1�015, CPC e ela for omissa, contraditória, ou obscura sobre ela 
caberá, a princípio, recurso de embargos de declaração para sanar o vício contida na decisão, para 
somente após a correção ser possível a interposição de recurso de agravo de instrumento�
4) Fungibilidade recursal
Pelo princípio da fungibilidade recursal entende-se possível a admissão de recurso equivocado 
como se o certo fosse�
 → Requisitos:
a) Dúvida objetiva na doutrina/jurisprudência
b) Inexistência de erro grosseiro
c) Ausência de má-fé
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Efeitos Recursais
1) EFEITO OBSTATIVO
O efeito obstativo é aquele relacionado à preclusão temporal e sua intensa relação com a interpo-
sição do recurso� A interposição da modalidade recursal em face da decisão judicial tem o condão 
de evitar a parição da preclusão temporal e consequente impede também, o trânsito em julgado, que 
somente se verificará após o devido julgamento do recurso�
2) EFEITO TRANSLATIVO
O efeito translativo consiste na possibilidade de o tribunal conhecer de determinadas matérias 
de ordem pública de ofício no julgamento do recurso� Tal fenômeno ocorre, por exemplo, na pres-
crição, neste caso mesmo que a prescrição não seja veiculada nas contrarrazões de recurso, o relator 
poderá conhecer de ofício e consequentemente prejudicar a situação do recorrente, o que é nitida-
mente uma exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus.
3) EFEITO EXPANSIVO
O efeito expansivo ocorrerá toda vez que, o julgamento do recurso for capaz de propiciar uma 
decisão mais abrangente do que a matéria impugnada (efeito expansivo objetivo), bem como, na 
hipótese de a decisão recursal for suscetível de atingir sujeitos que não participaram como partes no 
recurso, muito embora, sejam partes na ação (expansivo subjetivo)�
O efeito expansivo objetivo ainda poderá ser interno ou externo� O efeito expansivo objetivo 
interno diz respeito aos capítulos não impugnados da decisão objeto do recurso, que serão fatalmen-
te atingidos pelo julgamento final do recurso� Verifica-se nitidamente uma relação de dependência 
entre os capítulos, ou seja, os capítulos não impugnados de alguma forma dependem dos capítu-
los que foram expressamente impugnados no mérito recursal� Uma decisão judicial que reforma a 
decisão recorrida, consequentemente é capaz de inverter a sucumbência, ainda que a mesma não 
tenha sido objeto do recurso, não faria sentido algum, alterar a figura do vencedor e continuar a 
condenar o agora vencedor nas verbas de sucumbência�
Por sua vez, o efeito expansivo objetivo externo se verifica toda vez que por ocasião do julga-
mento do recurso, a decisão é capaz de atingir outros atos processuais que não os expressamente 
atacados na decisão recorrida� Imaginemos a situação de ter havido interposição de Agravo de Ins-
trumento em face de uma decisão interlocutória contida no artigo 1�015, CPC, sabe-se que não têm 
efeito suspensivo automático, o que permite o prosseguimento regular do procedimento, ainda que 
pendente de julgamento o recurso já interposto� Se posteriormente o Agravo de Instrumento for 
provido, todos os atos que foram praticados posteriormente à sua interposição poderão ser atingidos�
O efeito expansivo subjetivo é compreendido na possibilidade de um julgamento recursal atingir 
um sujeito processual que não tenha interposto o recurso� Obviamente, estamos diante de uma 
situação caracterizada pela existência de um litisconsórcio, imaginemos que apenas um dos litis-
consortes tenha interposto recursos em face da decisão judicial� Nesse caso, se houver provimento, a 
decisão poderá beneficiar os litisconsortes que não recorreram da decisão� Tal situação é prevista no 
artigo 1�005, CPC, assunto que é de total ligação ao regimento de comunicabilidade entre os litiscon-
sortes, que encontra resguardo também no artigo 117, CPC�
4) EFEITO SUBSTITUTIVO
Consiste na previsão contida no Art� 1�008, CPC, pela qual o julgamento do recurso substituirá a 
decisão recorrida, nos limites da impugnação� Vale ressaltar que, para que ocorra o efeito substituti-
vo o julgamento do recursodeve atingir ao mérito recursal, já que nos casos de não conhecimento do 
recurso, não haveria substituição da decisão judicial�
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5) EFEITO REGRESSIVO
O efeito regressivo é aquele capaz de possibilitar por intermédio de recurso a reanálise da decisão 
pelo próprio prolator da decisão recorrida� Destaca-se que não estamos no caso de o prolator ser o 
competente para julgar o mérito recursal, mas sim na permissão de o prolator se retratar sobre sua 
decisão� O efeito regressivo encontra previsão nos recursos de agravo de instrumento (Art� 1�018, §1º, 
CPC), no agravo interno (Art� 1�021, §2º, CPC), no recurso de apelação, sendo que neste caso a lei 
prevê tal efeito em três hipóteses: no (Art� 331, caput, CPC), na sentença de indeferimento da petição 
inicial, no (Art� 332, § 3º, CPC), na sentença de improcedência liminar e no Art� 485, § 7º�
6) EFEITO DIFERIDO
É o efeito ocorrido na ocasião de o conhecimento de um recurso depender da interposição de outro 
contra outra ou a mesma decisão� O dito efeito é facilmente exemplificado quando ocorre o recurso de 
apelação nas contrarrazões de recurso de apelação� O recurso interposto pelo vencedor da sentença nas 
contrarrazões somente será analisado quando do conhecimento da apelação do vencido�
7) EFEITO DEVOLUTIVO
Consiste na devolução ao tribunal do conhecimento das matérias discutidos na instância inferior� 
O seja é a transferência ao órgão ad quem do conhecimento de matérias que já tenham sido objeto de 
decisão no juízo a quo�
8) EFEITO SUSPENSIVO
O efeito suspensivo é aquele que impossibilita a decisão impugnada gerar efeitos enquanto não 
for julgado o recurso interposto em face dela� O efeito suspensivo pode decorrer de provisão legal 
(ope legis) ou mediante decisão judicial, nos termos do artigo 995, CPC (ope judicis)
Recurso Adesivo
Desde já, vale consignar que, não se trata de modalidade recursal, mas sim de forma de interposi-
ção diferenciada através da qual a parte derrotada poderá utilizar-se do prazo para oferecer resposta 
ao recurso já interposto pela parte contrária, para também informar seu descontentamento com o 
conteúdo da decisão�
Nos termos do Código de Processo Civil, alguns requisitos precisam ser observados para que 
haja a interposição de forma adesiva� Vejamos:
a) sucumbência recíproca: a derrota deve ser compartilhada tanto por autor quanto pelo réu, ou 
seja, na decisão impugnada ambos os envolvidos devem ter sofrido um gravame, fato que por 
si só já justificaria a interposição por ambos no momento e prazo adequados;
b) ausência de interposição por uma das partes: a parte que pretende interpor o recurso de forma 
adesiva, não pode ter interposto o recurso principal;
c) somente é cabível nos recursos de Apelação, Recurso Especial e Recurso Extraordinário�
A interposição recursal por meio da forma adesiva se submete a algumas características previa-
mente delimitadas no §2º do Art� 997 do CPC:
 ˃ o recurso interposto de forma adesiva, fica subordinado ao recurso independente, se aplicando 
as mesmas regras quanto a regularidade formal e processamento do recurso;
 ˃ a interposição deve ocorrer no prazo que a parte tem para responder ao recurso já interposto 
pela parte contrária;
 ˃ em virtude da subordinação supracitada, em havendo desistência do recurso principal, o 
recurso adesivo também não será conhecido�
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Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras 
deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, 
observado, ainda, o seguinte:
I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte 
dispõe para responder;
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Exercícios
01. Sobre o direito recursal é correto afirmar que
a) o duplo grau de jurisdição é uma regra absoluta no processo civil brasileiro�
b) não é admitida a fungibilidade recursal no Código de Processo Civil de 2015�
c) não vige a regra da taxatividade recursal�
d) nenhuma das alternativas é correta�
02. João Alberto ajuizou e perdeu parcialmente ação contra Maria Eduarda� Apela e a seu recurso 
Maria Eduarda adere e interpõe o recurso adesivo cabível� Distribuídos os apelos ao Segundo 
Grau, João Alberto desiste do apelo, sem que Maria Eduarda seja ouvida� Essa desistência
a) é possível, pois o recurso adesivo é subordinado ao recurso independente e a desistência 
deste não depende de anuência do recorrente adesivo, que não terá seu recurso conhecido�
b) não é possível, porque uma vez interpostos o recurso principal e o adesivo estes se vinculam, 
o que impede a desistência ou a renúncia por quaisquer das partes�
c) não é possível, pois embora o recurso adesivo seja subordinado ao recurso principal, a desis-
tência do apelo principal depende sempre da oitiva do recorrente adesivo, uma vez que este 
não terá seu recurso conhecido como consequência da desistência�
d) é possível, mas o ato não impedirá o conhecimento e a análise meritória do recurso adesivo, 
que após a desistência passa a ter existência processual independente�
e) não é possível, pois todo ato processual de uma parte depende, para seu deferimento, da 
oitiva da parte contrária no atual sistema processual civil�
03. Com relação aos efeitos recursais, assinale a incorreta:
a) Efeito obstativo consiste no impedimento do trânsito em julgado da decisão�
b) Efeito suspensivo impede a execução imediata da decisão recorrida�
c) Efeito regressivo estabelece que a decisão proferida no recurso (juízo ad quem) substituirá a 
decisão recorrida�
d) Efeito translativo é a possibilidade de o Tribunal julgar matérias de ordem pública, que, por 
serem conhecidas de ofício, prescindem de manifestação da parte�
e) Efeito expansivo é a possibilidade de a decisão do recurso atingir matérias não impugnadas�
04. Em sentença, foi julgado procedente o pedido autoral, com base em fundamento suficiente� Em 
recurso, o réu pediu a apreciação de outros argumentos da defesa que não haviam sido consi-
derados na sentença� O tribunal conheceu do recurso e, ao julgá-lo, verificou uma questão de 
ordem pública que não havia sido cogitada até então na demanda� Com base nessa questão de 
ordem pública, prolatou-se acórdão que reformou a sentença�
Com relação aos efeitos recursais no caso hipotético apresentado, são verificados, respectiva e 
cronologicamente, os efeitos
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a) regressivo, translativo e expansivo�
b) regressivo, devolutivo e translativo�
c) devolutivo, expansivo e translativo�
d) devolutivo, translativo e substitutivo�
e) devolutivo, translativo e regressivo�
05. Pelo Código de Processo Civil de 2015, são cabíveis os seguintes recursos:
a) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração,embargos in-
fringentes, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso 
especial ou extraordinário e embargos de divergência�
b) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, recurso ordiná-
rio, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou extraordinário 
e embargos de divergência�
c) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, embargos infrin-
gentes, reclamação, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em 
recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência�
d) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, reclamação, 
recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou 
extraordinário e embargos de divergência�
e) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, reclamação, 
conflito de competência, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo 
em recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência�
Gabarito:
01 - D
02 - A
03 - C
04 - D
05 - B