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APS CIVIL PROF RODRIGO

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE CIVIL
Alunas: Janny Heyre Fernandes Costa
 Turma: 3TB ROBERTO FREIRE
 As Atividades Práticas Supervisionadas - APS têm deu detalhamento publicado no ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) da disciplina. São publicadas na primeira quinzena de aulas e devem ser realizadas pelos estudantes até o limite do prazo da N1, em conformidade com o calendário acadêmico.
As APS devem ser realizadas pelos estudantes no próprio ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard) ou ter seu upload realizado lá, onde também serão corrigidas pelo docente, ficando registradas em sua integralidade.
(I) Ana comprou um caminhão para exercício de atividade profissional mediante alienação fiduciária em garantia. Meses depois, ajuizou ação revisional do contrato, alegando que os juros remuneratórios aplicados são abusivos. Uma vez proposta a ação, parou de pagar as parcelas aguardando decisão definitiva do Poder Judiciário. Cinco meses depois do ajuizamento da ação revisional, a empresa ajuizou ação de busca e apreensão devido ao inadimplemento. Em sua defesa, requerendo a revogação da decisão liminar deferida na ação de busca e apreensão, Ana alega que a existência da revisional fragiliza a mora e que o caminhão é bem essencial para o exercício de sua profissão. Na qualidade de julgador(a), analise a (im)procedência do pedido de Ana quanto à busca e apreensão. Aula de Referência: Aulas 6 a 9. | Caso adaptado do AI nº 70078925948 TJRS (DJ. 13 set. 2018)
De acordo com o artigo 3º, da Lei 911/69, o proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada mora, na forma estabelecida pelo parágrafo 2º do art. 2º, ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário (redação dada pela Lei 13.043/2014).
Por sua vez, o STJ tem o entendimento de que a discussão das cláusulas contratuais na ação revisional não acarreta suspensão da ação de busca e apreensão, visto que não há conexão entre as ações nem prejudicialidade externa.
A propósito:
EMENTA: ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BUSCA E APREENSÃO. MEDIDA LIMINAR. CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR. DECRETO-LEI N. 911/69. 1. A concessão de medida liminar em ação de busca e apreensão decorrente do inadimplemento de contrato com garantia de alienação fiduciária está condicionada tão-só à mora do devedor, que deverá ser comprovada por carta registrada expedida por intermédio de Cartório de Títulos e Documentos ou pelo protesto do título, a critério do credor (art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 911/69). 2. A discussão das cláusulas contratuais na ação revisional não acarreta o sobrestamento da ação de busca e apreensão, porquanto não há conexão entre as ações nem prejudicialidade externa. 3. Recurso especial provido (STJ - REsp: 1093501 MS 2008/0208968-4, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 25/11/2008, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: --> DJe 15/12/2008)
Dito isto, no caso em análise, a Ré, em sua defesa, requerendo a revogação da decisão liminar deferida na ação de busca e apreensão, alega fragilidade da mora em virtude da revisional contratual, porém a Ré, de forma deliberada, após ajuizar a ação revisional, parou de pagar as parcelas, quando deveria continuar a pagá-las nos moldes em que foram contratadas, sobre pena de ficar caracterizado mora contratual, ou obter decisão judicial autorizando o depósito em juízo.
Quanto ao argumento de que o bem é essencial para o exercício da sua profissão, este não está amparado nos autos com qualquer prova.
Do exposto, verifica-se que Ana não se desincumbiu de comprovar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, consoante exige o art. 373, do CPC.
Em vista disso, deve ser mantida a liminar de busca e apreensão do bem.
(II) Durante a madrugada, houve acidente de trânsito no qual o veículo de Antônio da ação indenizatória colidiu com a parte traseira do Jeep Cherokee de propriedade de João. Nessa ocasião, João e mais dois amigos saíram do veículo e agrediram violentamente Antônio, retirando-o à força de seu carro e espancando-o com socos e chutes em várias partes do corpo, além de bater sua cabeça contra uma grade, sendo que os agressores ficavam revezando entre quem segurava a vítima e quem a agredia. Exame médico identificou que o ato ocasionou inúmeras lesões no corpo de Antônio, especialmente em sua face, tendo havido quebra de ossos do nariz, cortes visíveis no supercílio direito e grandes hematomas nos olhos. Ademais, a agressão trouxe sequelas de ordem emocional e psíquica. A partir da doutrina/jurisprudência brasileira e estrangeira, elabore relatório de pesquisa com análise crítica a respeito da aplicação da teoria do punitive damages nesse caso. Aula de Referência: Aulas 10 a 13. | Caso adaptado do REsp 839.923/MG STJ (DJ. 21 maio 2012)
 Os danos morais são uma afronta ao patrimônio não material da pessoa lesada, ou seja, um ataque direto a ela própria, assim ferindo a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito de personalidade (como a vida, a integridade corporal e psíquica, a liberdade, a honra, o decoro, a intimidade, os sentimentos afetivos, a própria imagem), onde causa a esta pessoa, devido a esta afronta, certa vergonha, humilhação e tristeza. Com isso, Carlos Roberto Gonçalves, ensina que o dano moral não é propriamente a dor, angustia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação o complexo que sofre a vítima do evento danoso, pois esses estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano. (GONÇALVES, 2007, p. 35)
Encontra se prescrito nos artigos 186 e 927 do Código Civil, a obrigação de indenizar por danos meramente morais. 
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
 A natureza dos danos morais se divide em caráter de reparação a vítima que sofreu o dano ao seu patrimônio não material e em também em caráter punitivo ao causador do dano , também servindo de desestímulo, esse é conhecido como Punitive damages que significa indenização punitiva e tem como objetivo que a indenização por danos seja fixada com o valor de desestimular que o autor da prática delituosa venha a praticar outros delitos parecidos, além de servir de exemplo. 
 De acordo com a compreensão do STJ, quando a conduta de uma pessoa é direcionada ao fim ilícito de causar dano à outra, por meio de violência física, e sendo caracterizado o dano moral, o Juiz deve reconhecer o caráter punitivo e pedagógico ao fixar o valor da reparação, sem se esquecer da vedação ao enriquecimento sem causa da vítima. 
 O objetivo originário do Punitive damages é impor ao autor da conduta o aumento do valor da indenização, com o sentido de firmar condutas específicas reprováveis. É uma pena civil, que reverte em favor da vítima dos danos.
 Sendo assim, através desse instituto a corte estabeleceu o valor de indenização dos danos morais levando em consideração a condição econômica dos acusados, porém sem enriquecer ilicitamente a vítima.

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