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Estudo sobre a Sífilis e Vigilância Epidemiológica

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FACULDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO: FARMACIA 3° Semestre
PROFESSOR: Edmarques Zanotti EQUIPE: Vanessa Gomes
Juliana Ferreira
Débora Ramos
Maria Alexandra
Jaqueline Andrade
Francisca de Cassia
TRABALHO SOBRE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA” EPIDEMIA NO CENARIO NACIONAL”
Estudo dirigido sobre a SILIFIS 
Introdução
A sífilis é uma doença sistêmica, exclusiva do ser humano. Transmitida pela via sexual(adquirida) e seguido pela transmissão vertical(congênita) para o feto durante a gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada. Pode ser transmitida por transfusão sanguínea.Tornou-se conhecida século XV, sua rápida propagação por todos os continentes transformou-a em uma das principias pragas mundiais. Seu agente etiológico é Treponema pallidum.O diagnóstico pode ser feito por meio de testes laboratoriais e no tratamento, realizado principalmente com penicilina, preconiza-se a abordagem tanto do paciente quanto do parceiro.
Metodologia 
Utilizamos a coleta de dados realizado através do levantamento em sites científicos, SciElo e livros. A seleção dos artigos foi através de buscas e leituras de resumos relacionados com histórico da sífilis, casos clínicos, sífilis congênitas tratamento e a doença em si.
Morfologia 
Treponema pallidum é uma bactéria espiroqueta do filo Spirochaetales, possui formato em espiral enrolado sobre o próprio eixo, tem cerca de 0,2 a 0,5 µm de diâmetro e 4 a 18 µm de comprimento, seu movimento é semelhante a uma hélice. (NOGUEIRA; MIGUEL, 2002)
				
 
Métodos de identificação​ e coloração 
Para analise, é utilizado microscópia de campo escuro na sifilis primaria e segundaria, devido a bacteria ser muito delgada para vizualiza na microscopia optica e ainda não possui anticorpos na quantidade necessaria para microscopia de imunofluorescência. A versão não patogenica dessa bactéria possui um difícil isolamento in vitro, no entanto não há como fazer o cultivo artificial e nem mesmo in vitro da T. Pallidum patogenica. O metodo de coloração utilizado é Fontana-Tribondeau. 
Microscopia de Campo escuro 			Microscopia de imunofluorescência 
 Método de preparo
Campo escuro: coleta-se material da lesão, põe-se na lâmina sem fixação e com sobreposição de lamínula, visualizando em microscópio de campo escuro, onde os locais em que há a presença de material aparecerá brilhante. Método Fontana-Tribondeau: coloca-se o material na lâmina e trata-o com solução mordente , a qual é composta de ácido tânico, ácido fênico e agua destilada, e se fixa na superfície externa, aumenta a espessura da célula. Esta preparação é tratada com nitrato de prata submetido a aquecimento, onde o aquecimento reduz a prata a prata zero, fazendo com que está se deposite na superfície do Treponema. A partir desta técnica, as espiroquetas aparecem em cor marrom-escura ou negra, sobre um fundo amarelo-castanho ou marrom claro. (NOGUEIRA; MIGUEL, 2002)
Os estágios da doença são divididos em: primário, secundário, latente e terciário.
Sífilis primária 
No início tem a pápula de cor rosa, seguindo para um vermelho único, indolor praticamente sem manifestações inflamatórias perilesionais, bordas e aspectos endurecidas, que descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto com material seroso.  
Após uma ou duas semanas aparece uma reação ganglionar regional múltipla e bilateral não supurativa, de nódulos duros e indolores.
Tratamento Sífilis primaria: penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, dose única (1.200.000, VI, em cada glúteo).
Sífilis secundária
Após passar o período de latência em torno de 6 a 8 semanas, a doença volta a sua atividade, afetando a região da pele e os órgãos internos correspondendo a distribuição do T. Pallidium por todo corpo. 
Sífilis elegante (sífilis secundaria) 
Nas pessoas negras a lesão da sífilis secundaria possui uma configuração distinta, deixa formas anulares na pele. 
Tratamento Sífilis secundaria: penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 2 semanas (dose total 4.800.000UI)
 Sífilis terciaria
Pacientes nessa fase desenvolvem lesões envolvendo ossos, pele mucosas, sistema cardiovascular, sistema nervoso e sistema muscular. Em geral, a características das lesões terciarias são a formação gomas e ausência quase total de treponemas. 
As lesões são solitárias ou em pequenos números, assimétricas, endurecidas com pouca inflamação com bordas bem marcada, com formando de segmentos de círculo. Na sífilis terciária apenas um terço dos pacientes chegam nesse estágio, pois são aqueles que não tiveram ou não realizaram o tratamento corretamente, podendo reaparecer após 40 anos do início da doença (GUIMARÃES et al., 2017).
Tratamento sífilis terciaria: penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 3 semanas (dose total 7.200.000UI). 
 
Sífilis Congênita
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má- formação do feto , aborto ou morte do bebê , quando este nasce gravemente doente . Por isso , é importante fazer o teste para detectar a Sífilis durante o pré – Natal e , quando o resultado é positivo , tratar corretamente a mulher e seu parceiro. 
Só assim se consegue evitar a transmissão da doença. A sífilis Congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. 
Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal. O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no terceiro trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto. O maior problema da Sífilis é que na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Tratamento sífilis congênita :Sífilis congênita no período neonatal, para todos os casos a gestante terá VDRL à admissão hospitalar ou imediatamente após o parto o recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente .
Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas, o tratamento deverá ser feito com penicilina cristalina na dose de 100.000U/kg/dia, IV, em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a 10 dias; ou penicilina G procaína, 50.000U/kg, IM, por 10 dias; se houver alteração liquórica, prolongar o tratamento por 14 dias com penicilina G cristalina na dose de 150.000U/kg/dia, IV, em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade; senão houver alterações clínicas, radiológicas, liquóricas e a sorologia for negativa no recém-nascido, dever-se-á proceder ao tratamento com penicilina benzatina, IM, na dose única de 50.000U/kg. (BRASILIA, 2004)
Sífilis Cardiovascular 
Os sintomas geralmente desenvolvem entre 10 a 30 anos após a infecção inicial. Nessa fase o acontecimento mais comum é a artrite 70%, principalmente na aorta ascendente está também a maioria dos casos é assintomática. 
As complicações da artrite são os aneurismas, a insuficiência da válvula aórtica e a estenose do òstio da coronária. O diagnóstico se dar com a suspeita de radiografia de tórax quando se tem uma calcificações lineares na parte da aorta ascendente e com dilatação da aorta. 
DADOS EPIDEMIOLOGICOS
Sífilis adquirida
De acordo com Boletim Epidemiológico de Sífilis (2018), entre ano de 2010 a junho de 2018, foram notificados no Sinan 479.730 casos de sífilis adquirida, 56,4% dos casos ocorreram na Região Sudeste, 22,3% no Sul, 11,3% no Nordeste, 5,8% no Centro-Oeste e 4,1% no Norte. Em 2017, o número total de casos notificados no Brasil foi de 119.800. Na estratificação por regiões, observaram-se 61.745 (51,5%) casos notificados na Região Sudeste, 29.169 (24,3%) na Região Sul, 15.295 (12,8%) na Região Nordeste, 7.701 (6,4%) na Região Centro-Oeste e 5.890 (4,9%) na Região Norte.
Sífilis em gestante
Vimos que no período de 2005 a junho de 2018, foram notificados noSinan 259.087 casos de sífilis em gestantes, dos quais 45,1% foram casos residentes na Região Sudeste, 20,5% no Nordeste, 14,7% na Região Sul, 10,5% na Região Norte e 9,1% no Centro-Oeste. Em 2017, o número total de casos notificados no Brasil foi de 49.013 (28,4% mais casos que no ano anterior), dos quais 23.470 (47,9%) casos eram residentes na Região Sudeste, 9.084 (18,5%) na Região Nordeste, 7.864 (16%) na Região Sul, 4.675 (10,5%) na Região Norte e 3.920 (8%) na Região Centro-Oeste. (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS, 2018)
Sífilis congênita
De 1998 a junho de 2018, foram notificados no Sinan 188.445 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade, dos quais 83.800 (44,5%) eram residentes na Região Sudeste, 57.422 (30,5%) no Nordeste, 20.922 (11,1%) no Sul, 15.898 (8,4%) no Norte e 10.403 (5,5%) no Centro-Oeste. Em 2017, foram notificados 24.666 casos, a maioria dos quais (43,2%) residia na Região Sudeste, seguidos pelo Nordeste (27,9%), Sul (14,5%), Norte (8,8%) e Centro-Oeste (5,7%). De 2016 para 2017, houve aumento de 16,4% no número de notificações no Brasil. Com relação às regiões, o maior incremento ocorreu na Região Norte (24,6%), seguida das regiões Sudeste (16,5%), Nordeste (16,0%), Centro-Oeste (13,8%) e Sul (13,6%). (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS, 2018)
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Sífilis é uma doença universal que acomete todas a sociedade. O meio de contaminação é restrito ao ser humano e são transmissíveis somente as manifestações da sífilis primária e secundária. Sendo possível a reinfecção, uma vez que não confere imunidade. Por ter atividade sexual com mais frequência, os jovens entre 15 e 25 anos são especialmente os mais acometidos.
 O uso de preservativo e políticas públicas educacionais bem como o acompanhamento do pré-natal é fundamental para a efetiva prevenção da sífilis e da sífilis congênita.
Curiosidades 
Um dos sinais da sífilis congênita são os dentes de Hutchinson, o qual só é visível com o nascimento dos dentes. 
A qualquer momento da gestação através do cordão umbilical ou durante o parto o bebê pode ser infectado. A maioria dos bebês não apresentam nenhuns sintomas da doença ao nascer. Alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés, entre outros sintomas. Mais tarde pode desenvolver sintomas mais graves como surdez e deformidades nos dentes. 
Um paciente com sífilis tem maior probabilidade de contrair HIV.
Por conta das lesões que a sífilis causa no órgão genitais, facilita a entrada do HIV onde acaba sendo comum a pessoa ter sífilis e HIV.
Pessoas que tem sífilis e contrair HIV tende a ter a evolução da aids mais rápido.
Assim como quem tem aids tende a desenvolver a sífilis terciaria mais rápido
Diferente do HIV o leite materno não transmite sífilis.
A menos que tenha ferimentos ou fissuras presente na região.
O T. pallidum não é cultivável pelo fato de não possuir o ciclo de Krebs, não conseguir sintetizar purinas, pirimidinas e aas. 
Conclusão: A sifilis é uma doença de transmissão sexual, tratável com antibiótico e prevenível pela adoção de comportamentos sexuais seguros . É uma doença que se previne facilmente, mas caso não tratada rapidamente pode levar a morte. Seu tratamento é de baixo custo e não deixa sequelas, se assim for diagnosticada precocemente.
Referências Bibliográficas
NOGUEIRA, Joseli Maria da Rocha; MIGUEL, Lucieny de Faria Souza (Ed.). Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde: Bacteriologia. 2002.
COSTA, Tatiana de Assis. Cuidado farmacêutico à pacientes portadores de sífilis. 2018. 45 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018.
BRASILIA, MINISTERIO DA SAÚDE BRASILIA. (Comp.). Sífilis Congênita. 2004. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=50> Acesso em março, 2019.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS: Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasilia: Ministerio da Saude, out. 2018. Anual. Disponível em: <file:///C:/Users/Aluno/Downloads/boletim_sifilis_04122018.pdf>. Acesso em: 14 maio 2019.
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