Buscar

aula de afecçoes do sistema cardio

Prévia do material em texto

Arritmia Cardíaca
Também conhecida como disritmia ou "palpitação", a arritmia cardíaca é uma alteração nos batimentos do coração. Se ele bater muito rápido, é chamado de taquicardia. Caso for muito lento, o nome dado é bradicardia. Normalmente, um coração sadio e descansado tem de 60 a 100 batidas por minuto.
Quem tem esse problema de saúde pode sentir um desconforto com a mudança na cadência ou ter a sensação de falta ou interrupção desses batimentos. A arritmia pode ser sentida no tórax, na garganta ou no pescoço.
As arritmias podem ser benignas, que causam apenas desconforto, ou malignas, com alto risco de morte súbita. A doença pode fazer com que o coração não consiga bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do corpo, o que pode causar infarto.
A arritmia mais comum é a fibrilação atrial. Ela ocorre devido ao ritmo irregular proveniente dos átrios, que mandam estímulos de forma desorganizada e rápida. Como resultado, há um ritmo irregular, que pode fazer com que o sangue não circule como deveria, podendo gerar a formação de um trombo. O problema de saúde aumenta com o avançar a idade.
Como funciona o coração?
Para realizar a irrigação sanguínea, o coração precisa de energia que vem das artérias coronárias. Os batimentos ocorrem de forma organizada por meio de um impulso elétrico, fazendo com que a contração do músculo seja efetiva para bombear o sangue para o corpo e pulmões.
Qualquer alteração que cause um funcionamento elétrico inadequado do sistema de condução ocasiona as arritmias cardíacas.
Doenças associadas
A arritmia, quando não tratada, pode causar outras doenças, como angina, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame.
DIAGNÓSTICO
Ao ter algum sintoma de arritmia cardíaca, a pessoa deve procurar um cardiologista que avaliará o histórico clínico do paciente, além de solicitar exames capazes de auxiliar na identificação do problema, como:
· Ecocardiograma: também conhecido como EcoDopplercardiograma, é uma ultrassonografia que mostra imagens do coração. O objetivo é verificar a estrutura e o funcionamento do órgão. Com o resultado, o médico consegue fazer a avaliação do fluxo sanguíneo. O procedimento não exige nenhum tipo de preparo para o paciente.
· Eletrocardiograma: exame de rotina que integra o check-up cardiológico por meio de eletrodos colocados sob a pele no tórax, nos braços e nas pernas. É usado para que o médico possa avaliar o ritmo do coração do paciente e o número de batimentos por minuto. Em alguns casos, torna-se necessário realizá-lo durante os sintomas, pois o resultado pode ser normal mesmo em casos de pessoas com arritmia. O procedimento não exige nenhum tipo de preparo para o paciente.
· Holter 24 horas: importante para monitorar a atividade cardíaca por 24 horas. Durante esse período, o paciente mantém quatro eletrodos colados no tórax e conectados por meio de cabos ao gravador, que fica fixado na cintura. Durante o exame, o paciente não deve usar cremes na região do tórax.
· Teste ergométrico: é realizado para detectar arritmias que aparecem durante o esforço físico ou para observar o comportamento da arritmia durante o esforço. Sendo assim, coletam-se dados do paciente e depois colocam-se 10 eletrodos no tórax para registro do eletrocardiograma. A pessoa é colocada em uma esteira rolante e o exercício é realizado conforme o protocolo escolhido. A pressão arterial e traçados eletrocardiográficos são registrados antes do esforço e ao final de cada etapa.
Sintomas
Os sinais de arritmia não são contínuos, podendo aparecer de forma repentina e desaparecer, voltando depois. Esses sinais podem afetar pessoas com o coração saudável ou aqueles que já possuem alguma doença cardíaca instalada. Confira os sintomas mais comuns:
· Falta de ar
· Dores no peito
· Excesso de suor
· Sentir o coração lento ou acelerado
· Desmaio súbito
· Palpitações
· Tontura
· Ansiedade
· Palidez
Fatores de Risco
Entre os fatores que podem levar uma pessoa a sofrer de arritmia cardíaca está o infarto. Pacientes que já passaram por essa experiência estão mais propensas a terem arritmias.
Além desse fator, confira outros motivos que podem causar a doença e evite-os:
· Alcoolismo: ainda sem evidências científicas claras, sabe-se que o uso de bebidas alcoólicas em excesso está associado a episódios agudos de arritmia em algumas pessoas.
· Diabetes: pessoas com diabetes têm mais chances de desenvolver o problema de saúde aumentando os riscos de sofrer um infarto ou derrames. Esse risco é maior para quem toma medicamento para tratar diabetes e com controle glicêmico ruim.
· Drogas e medicamentos: drogas ilícitas como cocaína, maconha, ecstasy e crack, podem causar diversos tipos de arritmias, inclusive levar à morte. Alguns medicamentos descongestionantes, antitussígenos, suplementos nutricionais podem levar ao aceleramento do coração.
· Estresse: em excesso, o estresse pode deixar a pessoa mais propensa a ter arritmias como a fibrilação atrial. O estresse crônico causado, geralmente, pela apneia do sono, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, pode levar à arritmia e até mesmo morte súbita.
· Hipertensão: quem tem pressão alta possui maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas. Sendo assim, pessoas com a pressão acima de 12 por 8 precisam de tratamento adequado e acompanhamento médico.
· Poluição do ar: um estudo da Suécia demonstrou que a exposição à poluição pode rapidamente (em apenas duas horas) induzir à arritmia ventricular.
· Tabagismo: o uso do tabaco pode levar ao aceleramento do coração (taquicardia sinusal), sentido geralmente por meio de palpitações. Além disso, o cigarro pode causar a doença coronariana, que pode levar a arritmias.
Prevenção
O consumo excessivo de café, chocolate, refrigerante e bebidas alcoólicas está diretamente ligado ao sistema nervoso e ao coração. Para quem já sofre de arritmia, o café pode gerar batimentos mais rápidos do órgão e, por isso, a bebida não é indicada para quem sofre da doença.<
Em alguns casos, é liberado o consumo de 1 copo (300 ml) por dia de cafeína. Para quem quer perder peso, a dica é não se basear pelas dietas da moda, que apontam efeitos milagrosos.
Alimentos que contém ômega 3 e 6 são indicados na prevenção de arritmia e podem ser inseridos no cardápio do dia a dia. Nozes, castanhas, milho, soja e peixes são alimentos que possuem essas propriedades.
Cada organismo responde de uma maneira a diversos tipos de tratamento e alimentação. Para isso, é indispensável o acompanhamento de um profissional da nutrição, que apontará a dieta ideal.
Atividades físicas
Exercícios físicos leves são indicados para quem tem arritmia cardíaca. Eles devem ser recomendados pelo médico e acompanhados por um preparador físico.
A prática também é recomendada para quem é sedentário e deseja prevenir a doença. A série de exercícios indicados para seu amigo, por exemplo, nem sempre será adequada para seu porte físico e condições clínicas.
Antes de começar a praticar qualquer tipo de exercício, é indispensável uma avaliação médica para a liberação e indicação do que deve ou não ser praticado.
Tratamento
· Cardioversão elétrica: é um tipo de choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo normal do coração. Essa técnica é utilizada quando as medicações falham ou quando a pessoa apresenta sintomas intensos.
· Cirurgia cardíaca: intervenções cirúrgicas podem corrigir arritmias para tratar outras doenças no coração.
· Desfibrilação: além de diagnosticar arritmias cardíacas, o desfibrilador automático externo pode parar a arritmia. Isso acontece quando, por meio de uma desfibrilação, que é uma aplicação de corrente elétrica, as batidas do coração retomam o ciclo cardíaco normal.
· Implante de marca passo: o objetivo é que o marcapasso regule os batimentos do coração, e isso acontece pelo estímulo elétrico do aparelho. Existem dois tipos de cirurgias para o implante do marcapasso. A mais comum é a endocárdia, que introduz os eletrodos do marcapasso por meio das veias que chegam ao coração. A outra, mais comum em crianças, chama-seepicárdica. Neste caso, os eletrodos são implantados no músculo cardíaco.
· Medicações: há várias drogas que podem ser utilizadas no tratamento das arritmias. Algumas são usadas para converter a arritmia em um ritmo normal, outras controlam a frequência cardíaca e alguns podem ser usados para diminuir a formação de coágulos no coração.
· Medicação intravenosa: é uma opção de tratamento com medicamentos que evitam a arritmia e impedem as alterações nos batimentos do coração. Alguns medicamentos podem apresentar efeitos colaterais. O paciente geralmente precisa ingeri-los diariamente pelo período em que viver.
Insuficiência Cardíaca
A insuficiência cardíaca pode afetar um ou ambos os lados do coração e acontece quando o órgão não consegue mais bombear sangue para as outras partes do corpo. Há dois tipos: a sistólica (quando o coração não consegue bombear ou ejetar o sangue para fora adequadamente) ou diastólica (quando os músculos do coração ficam rígidos e não se enchem de sangue facilmente).
Pessoas com mais de 65 anos de idade são as mais afetadas pela insuficiência cardíaca, com 80% dos casos. Isso acontece porque na maioria das vezes a doença se relaciona com outros problemas cardíacos, além de hipertensão e doenças metabólicas.
A doença pode ser considerada um problema de saúde crônico de longo prazo, mas, às vezes, pode surgir repentinamente. Em alguns casos, pode afetar apenas um lado do coração, entretanto, com o tempo, o órgão acaba sendo afetado de qualquer maneira.
Se o coração não bombear corretamente, o sangue pode retornar para outras áreas do corpo, como pulmões, fígado e trato gastrointestinal, além de pernas e braços (insuficiência cardíaca congestiva).
Sintomas
Geralmente, os sinais da insuficiência cardíaca começam devagar e aleatórios. Mas, com o passar do tempo, falta de diagnóstico e tratamento corretos, os sinais começam a ficar mais evidentes e o paciente nota com mais facilidade as dificuldades para respirar.
Veja alguns sintomas:
· Diminuição da concentração
· Palpitações
· Fadiga, fraqueza e desmaios
· Náuseas e vômitos
· Pulso irregular ou rápido
· Falta de ar
· Tosse
· Perda de apetite
Inchaço nos tornozelos e no abdômen
Fatores de Risco
São diversos os fatores de risco que podem levar o paciente a ter insuficiência cardíaca:
· Arritmia Cardíaca
· Diabetes
· Histórico de infarto
· Consumo de álcool
· Hipertensão
· Doença Arterial
Prevenção
Assim como as demais doenças do coração, a prevenção da insuficiência cardíaca acontece por meio da adoção de um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividade física, alimentação balanceada, não fumar e evitar o estresse.
É preciso também adotar o hábito de visitar um cardiologista anualmente. Com essa regularidade, é possível avaliar a pressão arterial e identificar a presença de fatores de risco que possam desencadear ao desenvolvimento da doença.
Tratamento
O tratamento depende das condições clínicas de cada paciente e da gravidade da doença. Em geral, a pessoa pode ser submetida à cirurgia de ponte de safena, receber um marcapasso ou ser orientada a usar continuamente medicamentos.  Em casos terminais, apenas o transplante de coração é indicado.
Cirurgia de ponta de safena: o procedimento é delicado e dura em média cinco horas. O paciente passa por anestesia geral e conta com o auxílio de um tubo na traqueia, para facilitar a respiração durante a cirurgia. O indivíduo recebe um corte no tórax, que permite acesso às artérias do coração para que o médico possa fazer as pontes.
Implante de marcapasso: método também usado para casos de arritmia cardíaca, o implante de marcapasso é feito por dois tipos de cirurgias. A mais comum é a cirurgia endocárdia, que introduz os eletrodos do marcapasso por meio das veias que chegam ao coração. A outra, mais usada em crianças, chama-se cirurgia epicárdica. Neste caso, os eletrodos são implantados no músculo cardíaco.
O objetivo é que o marcapasso regule os batimentos do coração por meio do estímulo elétrico do aparelho.
Atividades físicas
Caminhar e andar de bicicleta são boas opções. Mas lembre-se que antes de se propor a fazer exercício físico, é necessário passar por uma avaliação médica.
Além de proporcionar mais disposição e bem-estar, as atividades físicas ajudam a perder peso.
Depois de se exercitar, descanse. Se puder, mantenha os pés elevados. Isso ajuda a reduzir o inchaço nas pernas.
Diagnóstico
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é baseado na avaliação clínica do paciente, junto com os resultados de exames como ecocardiograma, raio-X do tórax e ressonância magnética do coração.
Saiba mais sobre os exames:
· Angiotomografia coronariana: identifica a presença de placas de gordura e variações anatômicas.
· Cineangiocoronariografia: identifica a presença de placas de gordura.
· Ecocardiograma: também conhecido como EcoDopplercardiograma, é uma ultrassonografia que mostra imagens do coração. O objetivo é verificar a estrutura e o funcionamento do órgão. Com o resultado, o médico consegue fazer a avaliação do fluxo sanguíneo. O procedimento não exige nenhum tipo de preparo do paciente.
· Ecocardiograma bidimensional: avalia o músculo cardíaco, a função do coração e as válvulas cardíacas.
· Raio-X do tórax: procedimento é simples e o resultado serve para mostrar as condições dos órgãos internos, como coração, pulmão e ossos.
Ressonância magnética do coração: o exame é mais sofisticado, e mostra por meio das imagens como estão os músculos do coração.
Tromboembolismo e AVC	
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, é a insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro. É uma doença de início repentino. Pode ocorrer devido à falta de circulação provocada por obstrução de uma ou mais artérias ou por causa de um sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo.
Atualmente, o AVC é uma das principais causas de morte no Brasil e mundo. O risco de o problema de saúde surgir aumenta a partir dos 55 anos de idade. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o AVC é uma das principais causas debilitantes, resultando em grande impacto na qualidade de vida e econômicos. Por isso mesmo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas urgentes para prevenção e tratamento.
Isquêmico
Corresponde a 85% dos casos e ocorre quando há obstrução da circulação em uma área específica do cérebro. O entupimento de uma ou mais artérias pode ocorre por trombose ou embolia (retorno de coágulos pela circulação venosa aos pulmões). Os idosos diabéticos, com problemas vasculares, cardiovasculares, hipertensão arterial e fumantes são os mais propensos a esse tipo de AVC.
Hemorrágico
O hemorrágico é provocado pelo rompimento de vasos sanguíneos em virtude de traumas, hipertensão arterial e problemas de coagulação. Ocorre em 15% dos casos.
Existe outra condição chamada "Ataque Isquêmico Transitório", que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém, revertem-se espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.
 
Sintomas
Os primeiros sinais que aparecem quando se sofre um AVC são muito repentinos. Como cada área do cérebro coordena determinada função do organismo, os sintomas provocados pelo AVC são muito variáveis. Veja os principais:
· Alteração ou dificuldades na fala: em alguns casos, o indivíduo não consegue nomear objetos e coisas. Pode até pensar e saber o que é, mas sente dificuldade para associar as palavras com o significado. Também surge a dificuldade para articular as palavras e pronunciá-las.
· Coma: um sinal da gravidade do AVC é a redução do nível de consciência, às vezes, ao ponto de se entrar em coma. A perda da consciência costuma ser um sintoma de um AVC extenso ou hemorrágico.
· Confusão mental: o paciente pode se sentir desorientado e aparentar perdido no tempo e no espaço.Estas alterações são mais comuns em pequenos AVCs em idosos. Múltiplos pequenos AVCs podem levar à demência.
· Crise convulsiva: são abalos motores generalizados associados à perda da consciência. Pode ser um dos sintomas ou uma sequela do AVC.
· Dificuldade para caminhar: podem ocorrer desequilíbrios por diminuição da força nas pernas ou por alterações na coordenação motora. Há casos em que o AVC pode causar tonturas, fazendo com que a pessoa não consiga andar.
· Fraqueza nos membros: pode acometer braços, pernas ou um braço e uma perna em apenas de um lado do corpo. A perda de força motora pode variar desde uma fraqueza muito suave até a paralisia total. Ela costuma surgir rapidamente, todavia, pode se iniciar apenas com formigamento e leve fraqueza, evoluindo para franca perda de força após algumas horas.
· Paralisia facial unilateral: o desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é o sinal mais comum e perceptível. No AVC, a paralisia costuma preservar a metade superior da face, sendo o paciente capaz de franzir a testa e levantar as sobrancelhas.
Outros fatores de risco para o AVC são:
· Aumento da pressão intracraniana
· Dor de cabeça repentina
· Edema cerebral
· Náuseas e vômitos
Fatores de Risco
Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos:
· Colesterol alto: altas taxas de colesterol podem aumentar o risco de doenças cardíacas, que por sua vez são importantes fatores de risco para o acidente vascular cerebral. Além disso, a formação de placas de gordura nas artérias pode causar bloqueio do fluxo de sangue para o cérebro e assim causar um AVC isquêmico.
· Diabetes: não há razões claras para esse fator de risco, mas sabe-se que, de acordo com estudos, o risco é cerca de duas vezes e meia maior em diabéticos do que outras pessoas.
· Doenças cardíacas: pacientes que já tiveram um infarto do miocárdio ou têm angina apresentam risco maior de AVC do que pacientes sem doença coronariana. Há um tipo de arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial que também aumenta o risco.
· Hipertensão arterial: também conhecida como pressão alta, é o principal fator de risco para o AVC. Pessoas com esse problema têm chances de quatro a seis vezes maiores de terem um acidente vascular cerebral. Isso ocorre porque a hipertensão leva ao enrijecimento das artérias, que pode levar a bloqueios ou obstruções de vasos sanguíneos e ao enfraquecimento das paredes das artérias. O risco de AVC é diretamente proporcional aos níveis de pressão arterial.
· Sedentarismo: não praticar exercícios físicos regularmente é um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC. A atividade física também ajuda a controlar o colesterol, a diabetes, a obesidade e também a diminuir a pressão arterial.
· Tabagismo: a fumaça do cigarro pode produzir diversos danos nas artérias do cérebro. Além disso, fumar aumenta a pressão arterial e aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos.
Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento do AVC. Alguns não podem ser modificados, como a idade, a raça, ou até mesmo a genética. Algumas medidas, entretanto, podem ser adotadas no dia a dia para evitar o risco de acidente vascular cerebral:
· Alimentação: adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas.
· Atividade física: exercícios ajudam no controle do peso corporal, na saúde do coração e na redução do risco de diabetes, hipertensão arterial e formação de coágulos sanguíneos — condições que podem levar ao derrame.
· Controle a hipertensão: o tratamento da pressão alta, por meio de medicamentos, dieta e atividade física, diminui em 90% o risco de derrames.
· Controle o peso corporal: a obesidade e o sobrepeso podem desencadear hipertensão e diabetes. Quem está acima do peso tem maior probabilidade de sofrer um AVC.
· Controle o colesterol: alimente-se melhor e evite as gorduras saturadas para controlar o colesterol ruim (LDL) no organismo. Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos.
· Controle o nível de açúcar no sangue: diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com glicemia normal raramente têm derrames.
· Controle o estresse: procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Para isso, invista no lazer e nas horas vagas saia com amigos, leia bons livros, vá ao cinema ou a parques.
· Não fume: está comprovado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares.
· Saúde cardíaca em dia: doenças cardíacas estão associadas ao AVC. Faça check-ups anuais e fique atento aos fatores de risco.
Tratamento
As terapias para o tratamento do AVC incluem medicação, cirurgia e reabilitação, e variam conforme o estágio da doença. Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, os movimentos e a fala, total ou parcialmente. Quanto antes forem aplicados, melhores serão os resultados.
Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado.
Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, incluindo fisioterapeutas, médicos e psicólogos. Isso porque seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.
 Confira as formas de tratamento de acordo com o tipo de AVC:
AVC Isquêmico: ao perceberem os primeiros sinais, é necessário procurar o hospital com a máxima urgência, pois há um prazo muito curto para introduzir a medicação que pode reverter esse tipo de AVC, dissolvendo o coágulo (tratamento trombolítico).
A trombólise pode ser realizada pela aplicação de medicamento endovenoso ou, em situações especiais, pela aplicação intra-arterial, através do cateterismo. Em casos graves, pode ser necessária a intervenção cirúrgica, para descomprimir o cérebro inchado, ou a instalação de cateteres para monitorar a pressão intracraniana. Podem ser indicados medicamentos para controlar o colesterol e estabilizar as placas de gordura dentro das artérias.
AVC Hemorrágico: o paciente precisa ir ao hospital com urgência para receber o tratamento adequado. Em pacientes com hematomas muito volumosos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
A instalação de cateteres para monitorar a pressão intracraniana, assim como derivações para retirada de líquor, pode ser utilizada em casos específicos. Durante todo o tratamento, é dada uma atenção especial ao controle da pressão arterial e a outros parâmetros, como glicemia, temperatura, oxigenação e hidratação.
Reabilitação
A reabilitação depois que o paciente sofre um AVC divide-se em diversos aspectos. Os mais comuns são:
· Recuperação neurológica: realizada nos três primeiros meses, podendo se estender até aos seis meses.
· Recuperação funcional: depende do ambiente do paciente, da sua motivação pessoal e de uma intervenção terapêutica que favoreça a capacidades residuais e utilização de modalidades compensatórias.
· Funções superiores: reeducação das funções cognitivas e comunicativas com repetição de tarefas e auxílio de memória.
· Função sensitivo-motora: Reeducação neuromuscular.
· Biofeedback: estimulação elétrica dos músculos ao nível dos ombros e das mãos.
· Membro superior: com foco na mão e ombro. Apesar da reabilitação, os membros que perdem os movimentos por completamente podem não voltar ao normal.
Diagnóstico
O primeiro diagnóstico de acidentevascular cerebral é feito com base nos sintomas e sinais. Qualquer déficit neurológico súbito pode ser um AVC. Entretanto, o diagnóstico adicional será realizado no hospital com o uso de radiologia e tomografia computadorizada, para confirmar o problema de saúde. Outros exames também podem ser solicitados, como:
· Arteriografia: permite uma visão das artérias do cérebro que normalmente os exames de raio-X não enxergam. Nesse exame, o médico insere um pequeno cateter pela virilha e o conduz até artérias maiores, como a carótida. Então, injeta-se um corante que permite a visualização de diversos vasos pelo raio-X.
· Exame de sangue: detecta as causas do AVC, como fatores de coagulação ou presença de fatores de risco como diabetes ou colesterol alto.
· Radiografia cerebral: por meio desse exame é possível ver a artéria afetada, com o desaparecimento dos ramos de vascularização do cérebro devido à isquemia. A radiografia cerebral permite confirmar o diagnóstico do acidente vascular, além de mostrar a localização da origem do acidente vascular cerebral.
· Tomografia cerebral: especifica o tipo de acidente vascular cerebral ou uma hemorragia cerebral.
Exames complementares:  eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom Doppler de carótidas, Doppler transcraniano e exames de laboratório ajudam a identificar a causa do AVC e a iniciar tratamento adequado mais precocemente. Tais exames são frequentemente realizados nas primeiras 48 horas após o acidente vascular cerebral.
Aterosclerose
A aterosclerose é a formação de placas de gordura nas artérias, que dificultam a passagem do sangue. Essas placas são conhecidas como ateromas. O processo de acúmulo de gordura começa na infância, mas as consequências clínicas do problema se manifestam mais tarde.
 Os ateromas podem se romper, causando oclusão aguda, devido à coagulação na artéria. Este quadro está associado à ocorrência de ataque cardíaco, derrame cerebral e claudicação em membros inferiores quando acomete as pernas.
Sintomas
A aterosclerose geralmente não apresenta sintomas até a ruptura das placas. Quando isso ocorre, os sintomas variam de acordo com o local em que a doença se manifesta.
 Membros inferiores: pode apresentar dor para caminhar ou mesmo em repouso, além do surgimento de feridas.
 Artérias carótidas: o acidente vascular cerebral ( AVC ) pode ser o primeiro sintoma da doença obstrutiva carotídea. Desmaios e tonturas também são sintomas transitórios.
 Artérias viscerais: pode causar diarreia, náusea e perda de peso.
 Artérias renais: pode causar pressão alta de difícil controle e insuficiência renal.
Fatores de Risco
A oclusão das artérias pelos ateromas ocorre de forma progressiva e, a princípio, assintomática. O envelhecimento é um dos fatores de risco da doença, que também está associada a colesterol alto, pressão alta, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar.
Prevenção
Hábitos saudáveis fazem parte das recomendações para a prevenção da aterosclerose. Alimentação adequada, com baixo teor de gordura animal e saturada, controle do peso e atividades físicas regulares ajudam a atingir e manter as metas lípides.
Tratamento
O tratamento da aterosclerose passa pelo acompanhamento e controle das taxas de glicemia, colesterol e pressão arterial. É fundamental que os pacientes sigam as orientações de mudanças de estilo de vida e prescrições de medicamentos feitas pelo médico, que dependerão dos sintomas e da gravidade da doença.
 Em alguns casos é necessário procedimento cirúrgico, através da angioplastia e colocação de stent – dispositivo metálico cilíndrico que desobstrui a artéria – ou cirurgia de revascularização com pontes de safena.

Continue navegando