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A INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA NO PLANEJAMENTO slides

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A INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA NO PLANEJAMENTO
A intencionalidade pedagógica vai além do “ritual” de planejamento de conteúdos, incide na postura do professor, que deve buscar um diálogo franco, formativo e proativo ajustando o seu discurso na tentativa de construir algo maior que a transmissão de conceitos e teorias.
O registro do planejamento pode e deve ser um instrumento norteador para o educador infantil. 
Ostetto (2002) traz alguns questionamentos acerca desse registro: 
Como sistematizar ou registrar no papel o planejamento? 
Como registrar a riqueza do cotidiano? 
O que priorizar neste registro? 
Estas questões sempre povoam as mentes dos educadores que, buscam o “modelo” ideal para “registrar” e “fazer” o melhor planejamento. 
O registro do planejamento não é uma ficha a ser preenchida ou uma listagem de atividades para serem assinaladas. 
A INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA NO PLANEJAMENTO
Planejar é traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para uma viagem de conhecimento, interação, experiências significativas para o grupo de crianças.
Planejamento pedagógico é atitude crítica do educador diante de seu trabalho. Não é uma forma! É flexível e permite repensar, revisando, buscando novos significados para a prática pedagógica. (Ostetto, 2002, p. 177).
Toda ação educativa é marcada pela intencionalidade. O registro marca o delineamento dessa ação educativa e permite melhor organização da práxis docente. 
Ostetto (2002) nos traz alguns “modelos” de registro mais utilizados na Educação Infantil:
1) Planejamento baseado em listagem de atividades: baseia-se em preencher o tempo das crianças com atividades organizadas para cada dia da semana. Ex: 
 2ª feira - Recorte e colagem; Jogos recreativos; Música com gestos; Confecção de dobraduras. 
Este planejamento privilegia “hora da atividade”, a rotina ligada aos cuidados de higiene, alimentação. 
Implicitamente, aparece nesta ação educativa uma concepção de criança passiva, sem necessidades específicas, submissas ao atendimento do adulto, sem voz nem vez. 
Neste sentido, a instituição educativa revela-se assistencialista, como espaço de cuidados, onde a criança fica para passar o tempo, enquanto os pais vão trabalhar.
2) Planejamento baseado em datas comemorativas:
Privilegia o calendário. Selecionam-se algumas datas consideradas importantes para a criança. 
Esse trabalho está marcado pela fragmentação dos conhecimentos, pois cada semana o professor trabalha uma data que não tem nada a ver com a outra superficialmente e descontextualizada. 
O professor, muitas vezes, desconhece a verdadeira história das datas, muitas vezes foram destacadas em favor de princípios que ele afirma combater.
Ostetto (2002) afirma que essa perspectiva é tediosa, não amplia o repertório cultural da criança. Massifica e empobrece o conhecimento, menospreza a capacidade da criança.
3)Planejamento baseado em aspectos do desenvolvimento 
Privilegia os aspectos do desenvolvimento físico-motor, afetivo, social e cognitivo. 
Entra em ação a preocupação com as especificidades da criança, caracterizando-a nos parâmetros da psicologia do desenvolvimento.
 Esse tipo de planejamento parte de um padrão universal de desenvolvimento, desconsiderando as características diferenciadas das crianças, determinadas pelo seu contexto sociocultural. 
Essa proposta evolui em relação às anteriores, por considerar a criança e seu desenvolvimento o ponto de partida, porém peca ao minimizar aspectos políticos e sociais.
4) Planejamento baseado em temas (tema integrador, tema gerador, centros de interesse, unidades de experiência)
Neste formato, o tema é o eixo que conduzirá o trabalho. 
Existe preocupação com o interesse da criança, sua realidade, suas necessidades e questionamentos. 
Os temas podem ser escolhidos pelo professor ou emergirem de algo significativo que o grupo vivenciou.
O grande questionamento sobre esse tipo de planejamento é o “tema” não servir como “pretexto” para o professor fazer listagem de atividades, pois estas devem estar articuladas entre si e serem significativas. 
Outro aspecto é toda a instituição limitar-se ao trabalho fechado impondo o mesmo tema para todas as idades.
5) Planejamento baseado em conteúdos organizados por áreas de conhecimento 
Tendência muito evidente nos últimos anos, relaciona-se com a defesa da pré-escola como espaço pedagógico e, portanto, lugar de conhecimento. 
Esse tipo de planejamento traz maior consistência ao trabalho com os temas, as atividades previstas devem pertencer às áreas do conhecimento favorecendo em parte a ampliação dos conhecimentos da criança.
6) Planejamento por projetos 
O projeto traz a ideia de leitura de grupo, pode incluir o trabalho com qualquer grupo de crianças, sendo que para cada grupo um específico e único projeto, articulando-se somente em princípios e itens gerais. 
Tanto para bebês quanto para crianças maiores, o projeto seria viável considerando, entretanto, conteúdos diferenciados, conforme suas próprias características. 
O projeto deve ter como base a observação do grupo de crianças e seus interesses. Estrutura-se contemplando alguns itens básicos. 
O educador delineia, a partir de uma intensa pesquisa, possibilidades de trabalho, assuntos a serem estudados, situações propostas, as atividades a serem realizadas.
O planejamento não pode ser confundido com uma ficha preenchida formalmente com uma lista do que se pretende fazer na sala de aula. 
O PLANEJAMENTO
O planejamento deve ser assumido como um processo de reflexão, pois, mais do que um papel preenchido, é atitude e envolve todas as ações e situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico.
O planejamento marca a intencionalidade do processo educativo mas não pode ficar só na intenção. A intencionalidade traduz-se no traçar, programar, documentar a proposta de trabalho do educador. 
Mas como escrever? De que forma? O fundamental é assumir que a ação pedagógica necessita de um mínimo de preparo". A questão são os princípios que sustentam uma ou outra organização. 
A elaboração de um planejamento depende da visão de mundo, de criança, de educação, de processo educativo que temos e que queremos. Ao selecionar um conteúdo, atividade, música, forma de encaminhar o trabalho. O que incluir, o que deixar de fora, onde e quando realizar?
O PLANEJAMENTO
As propostas de planejamento encaminham o trabalho com as crianças maiores, entre quatro e cinco anos. E para as menores? Que direção imprimir ao trabalho? O que considerar no planejamento? Como organizá-lo? 
Qualquer proposta de planejamento, na ação, vai depender, muito, do educador: do compromisso que tem com a profissão, do respeito para as crianças, das informações de que dispõe, da formação, das relações com o conhecimento, dos valores nos quais acredita etc. 
Não adianta um "planejamento bem planejado", se o educador não constrói uma relação de respeito e afetividade com as crianças; se toma as atividades previstas como momentos didáticos, formais, burocráticos; se ele apenas age/atua, mas não interage/partilha da aventura que é a construção do conhecimento para o ser humano.
O PLANEJAMENTO
Elaborar um "planejamento bem planejado" no espaço da educação infantil significa mergulhar na aventura em busca do desconhecido, construir a identidade de grupo junto com as crianças. 
O planejamento na educação infantil é essencialmente linguagem, formas de expressão e leitura do mundo que nos causa espanto e paixão por desvendá-lo, formulando perguntas e convivendo com a dúvida. 
O grande desafio é pensar a educação de crianças de zero a cinco anos de forma articulada, lançando luzes mais fortes sobre a prática desenvolvida com crianças de zero a três anos.
O PLANEJAMENTO
O que se pode fazer as crianças de zero a três anos, em meio a choro, fraldas, banhos, mamadeiras, colos, sonos? "Nem falam, nem andam, completamente dependentes... Não há muito o que fazer com eles, ou melhor, não dá para fazer "atividade pedagógica, só cuidar..." reclamam alguns educadores.Essa reclamação revela, juntamente, a especificidade da educação infantil. O que parece problema, para lidar com os bebês, é característica primeira da instituição que os atende: prover-lhes cuidado e educação. 
O caráter pedagógico está marcando e envolvendo todo o cotidiano, "ao atender o bebê, o adulto não apenas lhe dá cuidado físico mas o insere no mundo simbólico de sua cultura ao interpretar suas expressões, gestos, posturas”.
Pode-se afirmar, como indicou Machado (1996) que o pedagógico não está na atividade em si, mas na postura do educador, uma vez que "não é a atividade em si que ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos." 
O PLANEJAMENTO
O pedagógico envolve o que se passa nas trocas afetivas, em todos os momentos do cotidiano com as crianças; perpassa todas as ações: limpar, lavar, trocar, alimentar, dormir. Como são realizadas essas ações? Isso conta muito na definição do que é pedagógico! 
O pedagógico envolve cuidado e educação. Neste contexto, na instituição de educação infantil deve haver espaço para as diversas linguagens e para a brincadeira (OSTETTO 1997).
A atividade educativa da creche também inclui o que se passa nas trocas afetivas entre adultos e crianças, durante o banho, às refeições, no horário de entrada e em outras situações. (OLIVEIRA et alii 1992) 
O PLANEJAMENTO
Planejar na educação infantil é planejar um contexto educativo, envolvendo atividades e situações desafiadoras e significantes que favoreçam a exploração, a descoberta e a apropriação de conhecimento sobre o mundo físico e social. 
O planejamento prevê situações que viabilizem experiências com o mundo físico e social, interações qualitativas entre adultos e crianças, crianças e crianças, e crianças e objetos/mundo físico. 
O ponto de partida é a observação das crianças: o que buscam saber sobre o mundo à sua volta, quais suas preocupações e que perguntas estão fazendo num dado momento? Para onde está direcionada a curiosidade das crianças? É urgente ouvir suas perguntas: no choro, no balbucio, no gesto, na palavra, na ação. 
O PLANEJAMENTO
Reaprender a olhar é preciso! Essa é uma das principais dificuldades que devem ser enfrentadas para que o educador pegue nas mãos o seu fazer, faça sua história, construa sua experiência, considerando que "a observação é a ferramenta básica neste aprendizado da construção do olhar sensível e pensante“ neste aprendizado de projetar o cotidiano. 
A proposição caminha na direção de se elaborar "projetos de trabalho", em que o ponto de partida seja a leitura do grupo, aquele olhar atento. 
Primeiro porque projeto traz uma ideia de horizonte, de perspectiva, de linhas gerais que podem, no processo, receber melhores contornos, maiores definições. 
Segundo, porque em seus elementos poderia incluir o trabalho com qualquer grupo de crianças, sendo para cada grupo um específico e único projeto, articulando-se somente em princípios e itens gerais.
O PLANEJAMENTO
O projeto de trabalho pode nascer de qualquer situação acontecida no grupo, desde que seja importante para favorecer a produção e a construção do conhecimento das crianças.
A observação feita pelo educador pode ser o grande impulso para o planejamento por projetos privilegia o olhar da criança, o que pede ou questiona. 
O projeto de trabalho vai se estruturando com a delimitação de: nome, justificativa, objetivo geral, assuntos-atividades-situações significativas, fontes de consulta, recursos, tempo previsto.
O nome indica a direção, o horizonte tomado para o trabalho. 
A justificativa deve contemplar um histórico do projeto: como surgiu, por que foi escolhido, oferecendo também um retrato do grupo, pois, o projeto é elaborado essencialmente por meio da leitura do grupo. 
O PLANEJAMENTO
O objetivo geral traça o horizonte pretendido, apenas visualizado em seu nome. É um esboço ou direção do caminho que o educador pretende trilhar com as crianças, na aventura do conhecimento. 
O item assuntos-atividades-situações significativos refere-se ao "o que” fazer e trabalhar relacionado a objetivos e justificativas. Aqui o educador delineia, a partir de uma séria e intensa pesquisa, as possibilidades de trabalho, os assuntos a serem estudados, as situações a serem propostas, as atividades a serem realizadas. 
Em se tratando dos bebês não se pode falar de "assunto" a ser estudado, a menos que se fale de uma caricatura de assunto, os bebês estarão construindo conhecimento de si e do mundo. 
O PLANEJAMENTO
Elaborar um projeto pressupõe pesquisa. O educador deve indicar fontes de consultas das quais se utiliza para construir e desenvolver o projeto. 
É preciso rever os recursos para a realização do projeto. Não adianta listar atividades se naquele momento a instituição não dispõe do material. 
Dessa forma o educador cuida para não cair na improvisação e sim para guardar coerência entre o proposto e o viável. 
Deve estabelecer um tempo para o desenvolvimento do projeto. 
Desse projeto, portanto, o educador vai retirando os elementos e as questões para o planejamento semanal e diário. 
Propõe-se uma organização prevendo os seguintes itens: situações significativas, organização do espaço, recursos, registro, avaliação. 
O planejamento como proposta que contém um roteiro de viagem em que, a cada porto, incorporam-se novos roteiros, rumo a novas aventuras.

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