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Educação Inclusiva

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 CURSO DE HISTÓRIA – LICENCIATURA 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Educação Especial 
Nome: Karla Oliveira Mattos e Mendonça 
Matrícula: 2019.08.53149-5 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
 
1. INTRODUÇÃO 
As escolas são espaços educativos de construção de personalidades humanas autônomas, 
buscando constituir seres pensantes, críticos, questionadores, criativos, desenvolvendo seus 
talentos e preparando-os para serem melhores cidadãos (MANTOAN, 2003). 
A escola normalmente representa o primeiro contato social das crianças depois da família. 
As diversos opiniões, crenças e valores encontrados lá são fundamentais para formar o caráter de 
cada um desde cedo. E ao incluir alunos com necessidades distintas, esses pilares serão ainda 
mais aprimorados no dia a dia das crianças. 
Cada uma entenderá aos poucos algo que está sendo muito debatido hoje em dia: a 
singularidade do ser humano. 
Por isso, no contexto atual, esse tipo de abordagem é essencial para incentivar as 
competências interpessoais e socioemocionais. Ou seja, saber lidar com o outro, com sua 
distinção, ser mais adaptável e flexível às situações. Desenvolver um autogerenciamento de suas 
emoções, utilizando-as a seu favor. 
Tudo isso colabora para formar jovens e adultos mais bem resolvidos e, provavelmente, 
mais empáticos em relação aos outros. 
A questão da diversidade e singularidade, quando aliada nas escolas, possibilita também 
que o bullying seja tratado em sua causa raiz. 
Assim, uma educação inclusiva proporciona uma visão de mundo diferenciada, fazendo 
com que o aluno saia de sua bolha e passe a ter mais consciência de quem o cerca. 
Hoje, no Brasil, há um grande índice de pessoas com algum tipo de deficiência na nossa 
sociedade, portanto, as escolas, junto com a família desempenham um papel muito 
importante na inclusão de todos os cidadãos, sendo fundamental refletir como 
poderemos construir um caminho para uma sociedade mais inclusiva (AINSCOW & 
CÉSAR, 2003). 
 
Um dos grandes desafios da educação é conseguir que todos os alunos tenham acesso à 
educação básica de qualidade, por meio da inclusão escolar, respeitando as diferenças culturais, 
sociais e individuais (SANTOS ,1995). 
 
2. OBJETIVO E METODOLOGIA 
 Refletir sobre os direitos dos alunos com necessidades educacionais especiais para uma 
educação de qualidade e inclusão nas escolas regulares. 
 Compreender a necessidade de (re)organização da escola e de adaptações das práticas 
pedagógicas, visando o aproveitamento dos alunos público-alvo da Educação Especial. 
 
A revisão de literatura com foco no ensino inclusivo teve como descritores: Educação 
Inclusiva no Brasil, Educação Inclusiva no Estado do Rio de Janeiro, o papel da escola, as 
dificuldades da Educação Inclusiva, entre outros. Foram pesquisados artigos científicos e sites da 
área, bem como documentos oficiais sobre educação e inclusão (Lei de Diretrizes e Bases- LDB, 
Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN, etc.). 
 
3. EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
A Educação Inclusiva é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais 
ou de distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, sugerindo que todas as pessoas 
precisam ser inseridas na escola regular, independentemente de suas condições sócio- 
econômicas. Dentre as distintas necessidades educacionais, podemos mencionar: deficiência 
sensorial (auditiva e visual), deficiência mental (como autismo e diversos graus de deficiência 
cognitiva), deficiências múltiplas (paralisia cerebral e outras condições), dislexia, superdotados, 
entre outras (GLAT et al., 2006). 
A Educação inclusiva recomenda mudanças no ensino e das práticas pedagógicas 
realizadas na escola, de forma que objetiva o benefício a todos os alunos. A equipe pedagógica 
precisa desenvolver práticas inovadoras que compreendam as necessidades específicas de 
aprendizagem dos alunos tendo como paramêtro o sistema educacional e as suas possíveis 
limitações. Segundo Glat e Fernandes (2003) é importante reconhecer as características e 
dificuldades individuais de cada aluno para, então, definir qual tipo de adaptação curricular é 
necessária para que ele aprenda. 
A Educação Inclusiva foi apresentada, no primeiro momento, como uma inovação da 
Educação Especial, depois desenvolveu em todo contexto educativo como uma tentativa de uma 
educação de qualidade que alcançasse a todos. Esta enfatiza a diversidade, mais que a 
semelhança. Ainda conforme Glat e Fernandes (2003), o movimento a favor da Educação 
Inclusiva pode apresentar a visão estrutural e cultural necessária para começar a construir a 
educação pública rumo às condições históricas do século XXI. 
Na Educação Especial, o trabalho era realizado com base em um conjunto de terapias 
individuais como: fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia e pouca ênfase era 
dada a atividade acadêmica durante o horário dos alunos (GLAT,1989). A educação escolar não 
era avaliada como necessária, ou mesmo possível, para os que possuíam deficiência cognitiva ou 
sensoriais severas, o trabalho educacional em relação à alfabetização não tinha muitas 
expectativas quanto a capacidade desses indivíduos em desenvolver e ingressar na cultura formal. 
O avanço do paradigma da Educação Inclusiva tem trazido grandes desafios à Educação. 
A própria Educação Especial vem tentando mudar seu papel, ou seja, a Educação 
Especial é hoje concebida como um conjunto de recursos que a escola regular deve ter à 
sua disposição para atender todos os alunos (GLAT & PLETSCH, 2004). 
 
O modelo segregado de Educação Especial começou a ser questionado sobre a inserção 
dos alunos com deficiência na classe regular, desencadeando opções pedagógicas para a inserção 
de todos os alunos, inclusive os portadores de deficiência severa no sistema regular de ensino 
(como indicado no artigo 208 da Constituição Federal de 1988). 
Foi assim estabelecida, no âmbito das políticas educacionais a integração, as escolas 
especiais tiveram que preparar os alunos para serem integrados em classes regulares recebendo 
atendimento conforme sua necessidade (GLAT & FERNADES,2005). 
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC-SEESP, 
1998), a ideia de escola inclusiva remete em uma escola regular apresentar no projeto político- 
pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nos métodos de ensino, ações que 
propiciem a inclusão social e práticas educativas individualizadas que atendam todos os alunos. 
Para proporcionar uma educação de qualidade para os alunos com necessidades especiais, 
a escola deve habilitar seus professores para receber essas crianças e jovens. O próprio Ministério 
da Educação reconhece que inclusão não significa apenas matricular os educandos e ignorar suas 
necessidades especiais, mas sim dar ao professor e à escola o apoio necessário à sua ação 
pedagógica (MEC/SEESP, 1998). 
Uma sala de aula inclusiva deve se basear na premissa de que todas as crianças são 
capazes de aprender e fazer parte da vida escolar e comunitária (LIPPE & CAMARGO 2010). O 
contexto escolar precisa assegurar inserção a todos os alunos, sejam em ambientes público ou 
privado e oferta de qualidade de ensino independentemente da necessidade de cada aluno. 
Para beneficiar o aprendizado dos alunos com necessidades educacionais especiais e 
concretizar a proposta de inclusão escolar, foram desenvolvidos conceitos de adaptações 
curriculares. Essas adaptações têm como propósito garantir as mudanças que as escolas precisam 
fazer e garantir acessibilidade aos alunos quanto às adaptações pedagógicas ou curriculares 
propriamente ditas. (MEC/SEESP, 2003) 
3.1. OS PRINCÍPIOS 
O princípio básico da educação inclusiva provém do direito de acesso à educação. Esse é 
garantido na Constituição Federalde 1988 e reafirmado no ECA (Estatuto da Criança e do 
Adolescente). Independentemente de qualquer limitação ou diversidade, a criança precisa ir à 
escola e ter acesso ao que for viabilizado regularmente aos outros alunos. 
O segundo princípio dessa educação analisa que toda pessoa é capaz de aprender. Muito 
possivelmente, isso não aconteça no mesmo ritmo, nem usando os mesmos materiais, mas essa 
pluralidade faz cada ser humano único. Logo, incluir é reconhecer a diversidade de aprendizado 
e, assim, ser incansável na procura de alternativas que favoreçam o aprender de diversas 
maneiras. 
Nesse sentido, uma pessoa cega, por exemplo, pode aprender perfeitamente, utilizando 
seus outros sentidos, que são mais desenvolvidos. É claro que, além do material em braile, será 
necessário apresentar a ela atividades diferenciadas, que incitem seu desenvolvimento. 
Isso deve ocorrer sempre tendo em vista objetivos de aprendizagem bem decididos e que 
possam ser acompanhados para avaliar se estão sendo eficientes. Tudo reflete um desafio enorme 
nas escolas. 
O processo de aprendizagem precisa ser trabalhado constantemente, sendo dinâmico e ao 
mesmo tempo integrado, para assegurar o desenvolvimento de cada aluno. Afinal, cada criança 
aprende de uma maneira, independentemente de qualquer limitação. 
E esse é mais um dos princípios da educação inclusiva. 
Uns aprendem mais através da música, outros escrevendo, vivenciando uma experiência, 
ou seja, há várias formas. 
Alguns professores, mesmo sem treinamento, já agem instintivamente dessa forma 
personalizada, conseguindo resultados positivos. Logo, os benefícios da educação inclusiva são 
diversos. 
Quem era visto como especial e marginalizado nas instituições de ensino, começa a 
integrar com a sociedade, tendo as mesmas possibilidades, não só nos estudos, mas, em seguida, 
no mercado de trabalho. 
E quem convive com a distinção muda a sua visão de mundo: as barreiras ficam menores 
e o respeito e a empatia aumentam, o que impacta todas as pessoas – professores, alunos, 
funcionários e familiares. 
3.2. AS PRÁTICAS INCLUSIVAS 
Para aderir qualquer prática inclusiva, é preciso primeiro ter um projeto pedagógico 
voltado a esse público. A finalidade é encaminhar a escola para a promoção da diversidade e a 
equalização de oportunidades. 
Isso significa refletir o processo pedagógico de maneira ampliada, prevendo as barreiras e 
preparando a estrutura e os profissionais para agir da melhor forma. 
Exemplos de práticas inclusivas adotadas nas escolas: 
 Disponibilização de recursos e tecnologias especializados 
 Ambientes acessíveis 
 Elaboração de aulas ativas que permitem a colaboração e cooperação entre os 
envolvidos 
 Salas multifuncionais ou salas de apoio 
 Flexibilização e adaptação curricular em favor da aprendizagem 
 Avaliações que considerem o processo e as habilidades desenvolvidas e não 
somente o conteúdo 
Claramente, para colocar tudo isso em prática, são necessários investimentos, além da 
formação continuada de professores e de toda rede de apoio das escolas. 
3.3. O PAPEL DA ESCOLA 
A escola tem o dever de acolher os alunos com deficiência e fazer os ajustes necessários 
para que eles garantam seu direito à educação. 
Outro cuidado que a escola precisa ter é prover aos seus educadores capacitação e 
formação ininterrupta básicas para lidar com esses alunos, assim como as adaptações e os 
equipamentos que forem necessários para seu aprendizado. Reuniões entre os professores e 
os coordenadores pedagógicos contribuem para a troca de experiências e o aprendizado. 
Infelizmente, os cursos de graduação não preparam os futuros professores para lidarem 
com as diferenças e particularidades de cada aluno. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que guia as escolas. Ele 
necessita ser adotado por toda a educação básica, porém não se trata de algo fixo e imutável. 
https://www.proesc.com/blog/formacao-continuada-de-professores/
https://www.proesc.com/blog/formacao-continuada-de-professores/
https://www.proesc.com/blog/qual-o-papel-do-coordenador-pedagogico-na-escola/
https://www.proesc.com/blog/entenda-a-base-nacional-comum-curricular-bncc/
Conseguir uma flexibilização nesse currículo de modo a beneficiar a aprendizagem do 
aluno com deficiência também é papel e responsabilidade da escola e de todos os seus 
educadores. Essa flexibilização abrange o fornecimento de material e mobiliário essenciais e 
obter equipamentos específicos, como computadores e softwares, por exemplo. 
A escola não está sozinha nessa tarefa. Esse deve ser um trabalho conjunto entre a escola 
regular, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Estado. 
3.4. OS DESAFIOS ENFRENTADOS 
A educação inclusiva ainda está em fase de implementação no Brasil, por isso são muitos 
os desafios a serem encarados. O maior deles ainda é a falta de preparo e capacitação dos 
professores para lidarem com os alunos com deficiência. O número de professores especialistas 
em Libras ou Braille, por exemplo, ainda está muito abaixo do esperado. 
Muitas escolas públicas também não possuem os recursos financeiros que são precisos 
para fazer as adequações ou adquirir os equipamentos necessários às necessidades de seus alunos 
com deficiência. 
Um outro desafio é a formação de uma rede de apoio nas escolas para que ela seja 
implementada. Isso começa com a sensibilização de funcionários, professores e alunos, sendo que 
as famílias são um ponto decisivo. 
A educação inclusiva é indispensável para possibilitar que absolutamente todos os alunos 
possuam pleno acesso a uma formação escolar de qualidade. Os desafios são grandes, mas as 
ações e a dedicação dos professores têm feito com que ela aconteça. 
Muitos pais, totalmente desatentos à questão da diversidade, ainda acham que seus filhos 
têm seu aprendizado prejudicado quando tem um aluno especial na sala. 
Do outro lado, às vezes os próprios pais de alunos com deficiência têm obstáculos 
culturais e acreditam ser uma exposição desnecessária de seus filhos ao incluí-los nas escolas 
regulares, temendo que sejam vítimas de bullying, que sejam rejeitados ou que sofram abusos. 
Essa quebra de paradigma só é possível com a própria escola compreendendo os pais nos 
diálogos. Então, se faz necessário esclarecer e demonstrar como todos saem ganhando com os 
novos métodos de aprendizagem e apoio à diversidade. 
O aconselhado é que a rede de apoio da escola seja constituída também por outros 
profissionais fora da área pedagógica, como fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e 
médicos. Eles poderão empregar as suas especialidades para orientar professores e pais, 
acompanhando a evolução dos alunos que precisam de cuidados especiais. 
Na sala de aula, dependendo da tarefa e das barreiras encontradas, o professor também 
precisa contar com apoio, seja de um estagiário, monitor ou auxiliar. 
3.4.1. Os desafios culturais e operacionais 
Para a escola se tornar inclusiva, têm dois desafios: o cultural e o operacional. 
O desafio cultural exige tempo e sensibilização, para conseguir concretizar a mudança de 
mentalidade. 
O desafio operacional exige investimentos financeiros, do governo e das escolas 
particulares. 
Nas escolas particulares, boa parte dos custos financeiros das mudanças é repassado para 
os pais dos alunos. Isso tem motivado incômodo nas escolas, pois muitos indagam o fato de 
repartirem essa conta. 
Esse tipo de pensamento e atitude fortalece a necessidade de trabalhar com a família os 
pilares de valores, diversidade e cultura, engajando-os na causa. 
Na outra ponta, em muitas escolas públicas, faltam verbas para executar todas essas 
mudanças. Talvez seja por esse motivo que, mesmo após 8 anos do PNE de 2011, muitas escolas 
no Brasil ainda estão totalmente fora desse contexto de inclusão. Por força de lei, recebem o 
aluno, mas o marginalizam internamente de forma velada. 
 
4. EDUCAÇÃO INCLUSIVANO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
Conforme a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, SME, o Instituto 
Municipal Helena Antipoff (IHA) é o órgão da Secretaria Municipal de Educação responsável 
pela Educação Especial na Rede Pública de Ensino. O IHA, por meio das Equipes de 
Acompanhamento, ampara o trabalho das 11 Coordenadorias Regionais de Educação visnado 
assegurar uma educação de qualidade para os alunos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento/tea e altas habilidades/superdotação. Também oferece ações de formação inicial 
e contínua para os profissionais da educação, em atenção ao imprescindível de atender às 
especificidades de nossos alunos, respeitando ritmos de aprendizagens distintos e apostando nas 
possibilidades desses alunos. Tais ações contam, até mesmo, com o apoio de reconhecidos 
pesquisadores de universidades parceiras. 
Em acordo com o indicado na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (MEC, 2008), a Rede Pública de Ensino do município do Rio de Janeiro 
prioriza a inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial em classes comuns, garantindo 
o Atendimento Educacional Especializado (AEE), em Salas de Recursos Multifuncionais. No ano 
de 2015, existiam 464 espaços implementados. O AEE tem o papel de auxiliar o processo de 
inclusão dos educandos, abolindo barreiras para a plena participação dos mesmos nas atividades 
sugeridas no cotidiano escolar. Vale ressaltar que este Atendimento não é substituição ao 
processo de escolarização, sendo oferecido no contraturno do horário escolar dos alunos. 
Alguns profissionais do IHA trabalham no prédio localizado na Rua Mata Machado, n.º 
15- Maracanã, mas também têm professores operando no Centro Integrado de Atendimento ao 
Deficiente Mestre Candeia (CIAD), situado na Avenida Presidente Vargas, n.º 1997- Centro. 
Neste espaço, são disponibilizadas oficinas de Artes Visuais, Cerâmica, Teatro, Dança, Música e 
Artes Integradas, destinadas a jovens (maiores de 18 anos) e adultos matriculados no sistema de 
cadastro do CIAD. As oficinas têm por objetivos proporcionar espaços de trabalho com 
linguagens artísticas, objetivando o desenvolvimento do processo de criação, comunicação, 
expressão, integração e conhecimento em arte e pela arte e possibilitar a inclusão de jovens e 
adultos com deficiência nos espaços culturais da cidade (museus, teatros, centros culturais, 
galerias, etc.), com vistas à formação de plateia. 
Como Centro de Referência em Educação Especial, os profissionais do Instituto 
Municipal Helena Antipoff criam recursos pedagógicos adequados para o atendimento às 
particularidades do público atendido e desenvolvem pesquisas que têm cooperado para as 
discussões em curso no campo da Educação Especial. Por seu desempenho, o IHA tem sido um 
parâmetro para Redes de Ensino de diversas localidades do país, tendo o seu trabalho 
reconhecido até mesmo por órgãos internacionais. 
 
5. CONCLUSÃO 
Este cenário leva, assim, a conclusão de que a Educação Inclusiva elege, decisivamente, 
uma proposta que anseia pelo resgate de valores éticos e sociais cruciais, respeitantes à premissa 
da igualdade de direitos e de oportunidades para todos (Glat & Nogueira, 2002). 
O tema educação inclusiva é extenso, envolve muitos agentes e demanda dedicação não 
somente do poder público e escolas, mas principalmente da sociedade. 
O primeiro passo para as instituições de ensino seguirem é saber claramente quais são os 
objetivos que perseguirão e como alinhar isso ao plano pedagógico da escola. Depois é preciso 
desdobrar esse plano em ações de engajamento com as famílias e comunidade. 
Por fim, calcular e delinear os investimentos financeiros indispensáveis para as mudanças 
estruturais, aquisição de novos recursos e treinamentos de funcionários. 
A verdade é que o Brasil, como sociedade, ainda precisa evoluir muito na questão da 
inclusão. Ao lado da diversidade, o tema é comumente tratado em empresas, mas não abordado 
desde cedo nas escolas. 
No momento que isso se modificar e se tornar uma realidade no país, será natural que 
essas crianças tenham uma maior empregabilidade no futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
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1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf Acesso em: 05 de 
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