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Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13 105_15) - Resumo de Direito - DireitoNet

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26/05/2020 Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13.105/15) - Resumo de Direito - DireitoNet
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/121/Execucao-civil-introducao-Novo-CPC-Lei-no-13105-15 1/12
RESUMOS
Execução civil (introdução) -
Novo CPC - (Lei nº 13.105/15)
Espécies de processo, cumprimento de sentença e execução de
títulos executivos extrajudiciais.
Revisão geral. Este material não sofreu alterações até esta data.
(19/ago/2019)
 Salvar como favorito Receber atualizações Perguntas & Respostas (2)
Introdução
Antes da Lei 11.232/05, existiam as seguintes espécies de processo:
1) processo de conhecimento, em suas três espécies - declaratório,
constitutivo e condenatório: com a �nalidade de formular, na sentença
de�nitiva, uma regra jurídica concreta que disciplina a situação litigiosa.
Leva ao conhecimento do julgador os fatos que constituem o direito alegado
pelo autor - ou aqueles alegados pelo réu que extinguem, modi�cam ou
impedem aquele direito, e, uma vez convencido da ocorrência de qualquer
deles, o julgador formula a regra que deve disciplinar aquela lide.
2) processo de execução de títulos judiciais e extrajudiciais: por meio de atos
materiais, visando obter o resultado que deveria ser alcançado pela
voluntária satisfação do interesse subordinante. O processo de execução
tinha por objetivo efetivar a regra sancionatória contida numa sentença
proferida em processo de conhecimento condenatório (título executivo
judicial), ou contida em certos títulos que a lei confere o mesmo efeito da
sentença - a executividade (título executivo extrajudicial).

PROCESSO CIVIL | 04/JUL/2007
  
https://www.direitonet.com.br/resumos
https://www.direitonet.com.br/areas/10/Processo-Civil
26/05/2020 Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13.105/15) - Resumo de Direito - DireitoNet
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/121/Execucao-civil-introducao-Novo-CPC-Lei-no-13105-15 2/12
3) processo cautelar: tem função auxiliar e subsidiária, objetivando a
segurança e garantia do e�caz desenvolvimento dos processos de
conhecimento e de execução.
Ocorre que a Lei 11.232/05, alterou essa sistemática, uma vez que o processo
de execução limitou-se a servir apenas para a satisfação dos títulos
executivos extrajudiciais.
Essa lei acabou com a necessidade de um processo autônomo (processo de
execução) para as hipóteses de títulos executivos judiciais. Houve uma união
do processo de conhecimento com o de execução, surgindo apenas uma fase
no processo de cognição chamada de “cumprimento de sentença”.
Cumprimento de sentença
Ainda que a sentença tenha várias determinações como, por exemplo,
obrigação de fazer e obrigação de pagar quantia certa, a forma de sua
efetivação seguirá o rito do art. 498 e art. 509, do CPC. Haverá tantos
procedimentos quanto houver obrigações para cumprir.
A Lei 11.232/05 alterou a natureza da competência para a execução da
sentença, podendo o credor, agora, escolher entre efetivar a sentença
perante o mesmo juízo da cognição ou optar pelo juízo do local onde se
encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do
executado (art. 516, Parágrafo Único, CPC). Assim, a competência do local
que a sentença de cognição fora proferida era absoluta, passando a ser
relativa.
Como já mencionado, a execução deverá iniciar-se por simples
requerimento do credor, sendo o devedor intimado na pessoa de seu
advogado.
Ao ser intimado, o devedor tem o prazo de 15 dias para efetuar o pagamento
da quantia já �xada na liquidação, sob pena de multa de 10% e expedição de
mandado de penhora e avaliação (Art. 523, CPC). No caso de não
cumprimento no prazo estipulado, o devedor deverá pagar, além da multa,
os honorários advocatícios. Na hipótese de cumprimento parcial da
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condenação, tanto a multa quanto os honorários advocatícios serão de 10% e
incidirão sobre a diferença.
Dessa forma, não havendo o cumprimento da obrigação no prazo estipulado,
será expedido mandado de penhora e avaliação dos bens do devedor. Do auto
de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa
de seu advogado, ou, na falta deste, o seu representante legal, ou
pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação,
querendo, no prazo de quinze dias (art. 525, CPC).
No pedido de requerimento da penhora feito pelo exeqüente, este já poderá
indicar os bens do devedor a serem penhorados. Essa é mais uma inovação
trazida pela Lei 11.232/05, uma vez que pela redação do art. 829, CPC, a
indicação cabia ao devedor quando de sua citação. Ainda, a nova lei não mais
prevê que o devedor deva observar uma ordem de bens a indicar como previa
o art. 835, CPC.
Não há mais embargos à execução na fase de execução de título judicial.
Dentro do prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da penhora, o
devedor poderá oferecer impugnação.
A impugnação, diferentemente dos embargos à execução, não consiste em
ação autônoma, mas simples procedimento incidental. Difere, também, da
contestação, uma vez que não exige custas e não admite intervenção de
terceiros. Nada impede que o devedor ajuíze ações autônomas como, por
exemplo, ação rescisória, embargos de terceiros, etc. O ajuizamento da ação
rescisória, contudo, não impede o cumprimento da sentença ou acórdão
rescindendo, ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os
pressupostos previstos em lei, de medidas de natureza cautelar ou
antecipatória de tutela (art. 969, CPC – com redação dada pela Lei
11.280/06).
De acordo com o art. 525, do CPC, a impugnação somente poderá versar
sobre:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo
correu à revelia;
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II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modi�cativa ou extintiva da obrigação, como
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que
supervenientes à sentença.
Se, na impugnação, o executado alegar que o exeqüente, em excesso de
execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, deverá declarar
de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa
impugnação (art. 525, §4º, CPC).
Ao contrário do ocorre com os embargos è execução (estes continuam
valendo para a execução de título extrajudicial), que suspendem a execução,
a impugnação não terá efeito suspensivo imediato, podendo o juiz atribuir-
lhe tal efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da
execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano
de difícil ou incerta reparação (art. 525, §5°, CPC). Ainda que atribuído efeito
suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer o prosseguimento
da execução, oferecendo e prestando caução su�ciente e idônea, arbitrada
pelo juiz e prestada nos próprios autos (§8º).
A execução provisória de títulos judiciais também sofreu várias alterações
com o advento da Lei 11.232/05 e, posteriormente, com a Lei 12.322/10.
Antes da referida lei, não se admitia a alienação de bens em sede de execução
provisória, o que impedia a completa efetivação do direito do requerente.
Agora, é possível o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos
que importem alienação de propriedade do executado, desde que o exeqüente
preste caução su�ciente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos
próprios autos (art. 520, IV, CPC).
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É possível a exigibilidade da caução nos seguintes casos (art. 521, CPC, com
nova redação dada pela Lei 12.322/10):
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042;  (Redação dada pela Lei nº 13.256, de
2016)   (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com
súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no
julgamento de casos repetitivos.
Execução de título executivo extrajudicial
A Lei 11.232/05 trouxe profundas mudanças sobre o processo de execução,
acabando com a necessidade de um processo autônomo para certas hipóteses
de títulos executivos judiciais. Já a Lei 11.328/06 alterou o procedimento da
execução dos títulos executivos extrajudiciais, visando dar maiores garantias
aos credores e tornar esse tipo de processo mais prático e com resultados
mais satisfatórios ao jurisdicionado.
Com a nova redação dada ao art. 829, do Código de Processo Civil, o credor
poderá, já na petição inicial da execução, indicar bens do devedor a serem
penhorados (§2º). A indicação não precisará respeitar a ordem restabelecida
no art. 835, porém, o devedor poderá requerer a substituição do bem
indicado por outro, observadas as regras dos artigos 847 e 848, CPC, e desde
que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao
exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 847, CPC).
A Lei 11.382/06 acrescentou o art. 828, no Código de Processo Civil, dispondo
que o “ O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida
pelo juiz, com identi�cação das partes e do valor da causa, para �ns de
averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a
penhora, arresto ou indisponibilidade”.
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Ao distribuir a execução, o exeqüente poderá obter prova do cartório do
ajuizamento da demanda para que possa cienti�car os cartórios de registros
imobiliários sobre a possibilidade de penhora sobre os bens do devedor.
Tal providência deve ser tomada pelo credor para prevenir eventuais fraudes
pelo executado (§3º). Essa atitude do credor favorece, também, terceiros de
boa-fé que possam relacionar-se com o executado.
De acordo com a nova redação do §4º, do art. 844, do CPC, essa averbação no
registro de imóveis, gerará presunção absoluta de conhecimento da execução
por terceiros.
O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.
Tendo em vista que tal prerrogativa conferida ao credor poderá trazer
prejuízos ao executado, no caso de averbação manifestamente indevida, o
exeqüente deverá indenizar a parte contrária, nos termos do § 3º do art. 81
do CPC, processando-se o incidente em autos apartados.
No despacho que receber a inicial, o juiz deverá �xar, de plano, os honorários
de advogado a serem pagos pelo executado, que serão reduzidos pela metade
no caso de integral pagamento da dívida pelo executado no prazo legal (art.
827, CPC).
Após o despacho da inicial, o executado deverá ser citado para efetuar o
pagamento da dívida no prazo de 3 dias. Aqui está mais alteração
interessante trazidas pela Lei 11.382/06, pois, pela antiga redação, o
executado era citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou
nomear bens à penhora.
A oposição de embargos pelo devedor não depende mais da garantia do juízo,
nos termos do art. 914, "caput", CPC:
“O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá
opor-se à execução por meio de embargos”.
O prazo para sua oposição também passou de 10 dias para 15 dias, contados
da data da juntada aos autos do mandado de citação (art. 915, CPC). Esse
prazo é contado separadamente no caso de haver mais de um executado,
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salvo tratando-se de cônjuges, quando o prazo começará a �uir após a
citação do último (§1º).
Outra alteração salutar em relação ao incentivo à satisfação do crédito vem
no art. 916, CPC, que dispõe:
Art. 916.  No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e
comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido
de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe
seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas
de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.
§ 1 O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento
dos pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco)
dias.
§ 2 Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar
as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento.
§ 3 Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão
suspensos os atos executivos.
§ 4 Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o
depósito, que será convertido em penhora.
§ 5 O não pagamento de qualquer das prestações acarretará
cumulativamente:
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do
processo, com o imediato reinício dos atos executivos;
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das
prestações não pagas.
§ 6 A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao
direito de opor embargos
§ 7 O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença”.
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Nota-se que o legislador não usou da boa técnica, uma vez que da simples
leitura do dispositivo nos parece que a uma execução de�nitiva pode se
transformar em provisória.
Ocorre que a nova redação veio instituir a execução provisória também na
execução de título extrajudiciais, já que esta só era prevista para a execução
dos títulos judiciais.
Assim, deve-se entender que a execução que nascer de�nitiva, continuará
de�nitiva independentemente da oposição ou não de embargos do devedor.
Se houver recurso pendente sobre decisão dos embargos interpostos, a
execução deverá prosseguir de acordo com as normas que regem a execução
provisória (art. 520, CPC). No entanto, se os embargos de execução forem
recebidos apenas no efeito devolutivo, as regras de execução provisória não
poderão ser aplicadas.
Se o executado não pagar, nem nomear bens à penhora, o o�cial de justiça
procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o
respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o
executado (art. 829, §2º, CPC). Para que pudesse tomar tais medidas, a Lei
11.382/06 acrescentou, ao art. 154, CPC, o inciso V, o qual prevê, agora, que o
o�cial de justiça também tem a atribuição de efetuar avaliações.
O art. 833, do CPC traz um rol de bens absolutamente impenhoráveis. Trata-
se de uma medida para garantir um mínimo de dignidade ao devedor.
Dispõe o art. 833, CPC: “São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os
declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os
pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III - os vestuários,
bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado
valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, ossalários, as
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os
montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e
destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador
autônomo e os honorários de pro�ssional liberal, ressalvado o § 2 ; V - oso
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livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da pro�ssão do
executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras
em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena
propriedade rural, assim de�nida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a quantia
depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos
por partido político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de
alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária,
vinculados à execução da obra."
Apesar da atribuição de impenhorabilidade absoluta de tais bens, os mesmos
poderão ser penhorados nos casos de pensão alimentícia (§2º).
A antiga redação previa que eram impenhoráveis as provisões de alimento e
de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família
durante um mês; o anel nupcial e os retratos de família. Embora o novo texto
não mais faça menção a tais objetos, tem-se que esses bens são
impenhoráveis por natureza, não necessitando de lei nesse sentido.
De acordo com o art. 831, do Código de Processo Civil: “A penhora deverá
recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal
atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios”.
Dispõe, ainda, que: “§ 4º  Para presunção absoluta de conhecimento por
terceiros, cabe ao exequente providenciar a averbação do arresto ou da
penhora no registro competente, mediante apresentação de cópia do auto ou
do termo, independentemente de mandado judicial.”.
Referido artigo também permite a chamada penhora on-line.
A avaliação será feita pelo o�cial de justiça (art. 829), ressalvada a aceitação
do valor estimado pelo executado (art. 847, parágrafo primeiro, inciso V);
caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará
avaliador, �xando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do
laudo (art. 870, CPC).
26/05/2020 Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13.105/15) - Resumo de Direito - DireitoNet
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Em que pese as boas alterações relatadas acima, a que merece maior
destaque e a mudança trazida pela nova lei para a realização do ativo do
devedor.
É sabido que, pela antiga redação, após a avaliação do bem penhorado, havia
a sua expropriação pela morosa e ine�ciente hasta pública. Agora, existem
alternativas para a satisfação do credor.
Dispõe o art. 825, do CPC: “A expropriação consiste em: I - adjudicação; II -
alienação; III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de
estabelecimentos e de outros bens."
A alienação em hasta pública é muito demorada e, geralmente, o valor de
avaliação di�cilmente é obtido. Além disso, há muito gasto com a publicação
de editais para chamar eventuais compradores, com o pagamento do
leiloeiro, etc., o que acaba onerando a execução e prejudicando o credor, que
di�cilmente terá seu crédito integralmente satisfeito.
Pensando em tudo isso foi que o legislador previu essas outras formas de
satisfação do credor.
Pelo antigo procedimento, a adjudicação só era possível depois de realizada a
hasta pública. Agora, o exeqüente pode exercer essa prerrogativa assim que
avaliados os bens penhorados (art. 876, CPC). O credor também pode requer
que a alienação particular dos bens penhorados, nos termos do art. 880:
“Art. 880.  Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a
alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou
leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.
§ 1 O juiz �xará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de
publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se
for o caso, a comissão de corretagem.
§ 2 A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do
juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado,
expedindo-se:
o
o
26/05/2020 Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13.105/15) - Resumo de Direito - DireitoNet
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I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de
bem imóvel;
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel.
§ 3 Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o
procedimento da alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o
caso, o concurso de meios eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos
corretores e leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício
pro�ssional por não menos que 3 (três) anos.
§ 4 Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público
credenciado nos termos do § 3 , a indicação será de livre escolha do
exequente.”.
Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem
penhorado, será expedido o edital de hasta pública (art. 686, CPC).
Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou
leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável,
ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado (art.
903).
Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue
consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à
preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução,
cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante,
observada a anterioridade de cada penhora (art. 908, CPC).
 
Perguntas & Respostas (2)
 
o
o
o
É possível requerer a substituição de bem penhorado?
26/05/2020 Execução civil (introdução) - Novo CPC - (Lei nº 13.105/15) - Resumo de Direito - DireitoNet
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Sim, conforme prevê o artigo 847 do CPC, o executado pode, no prazo de dez dias,
contados da intimação da penhora, requerer a substituição do bem penhorado,
desde que comprove que lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao
exequente.
Respondida em 09/08/2018
É possível ao credor cumular execuções?
Sim, é possível a cumulação de execuções desde que preenchidos os requisitos do
artigo 780 do CPC, quais sejam mesmo executado, mesma competência de juízo e
mesmo procedimento.
Respondida em 09/08/2018

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