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CONTACAO DE HISTORIAS

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Resumo 
O objetivo deste trabalho é destacar a importância da contação de histórias como ferramenta didático-pedagógica para o desenvolvimento de habilidades e competências no processo ensino aprendizagem na infância e o papel do professor como mediador nesse processo. As histórias representam indicadores efetivos para situações desafiadoras, assim como fortalecem vínculos sociais, educativos e afetivos. Portanto, se faz necessário que os professores utilizem essa ferramenta para o desenvolvimento da criança, despertando pequenos leitores e estimulando para o mundo da imaginação. 
Palavras-chave: Contação de História. Prática Pedagógica. Imaginação e Educação.
INTRODUÇÃO 
Vivemos um período em que a mídia e as tecnologias estão cada vez mais acessíveis às crianças; as informações chegam rapidamente, em questão de segundos pelos meios de comunicação ampliando os horizontes e os conhecimentos. Assim, os livros estão sendo deixados de lado, as histórias estão sendo esquecidas, o que torna um desafio para o educador fazer com que as crianças em idade escolar tomem gosto pela leitura.
A contação de histórias é uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores, sua atuação é decisiva na formação e no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. As histórias são uma maneira mais significativa que a humanidade encontrou para expressar experiências que, nas narrativas realistas, não acontecem. A contação de histórias, além de pertencer ao campo da educação e à área das ciências humanas, é uma atividade comunicativa. 
A Contação de histórias é uma arte utilizada desde a origem do homem, até os tempos modernos, sendo durante muito tempo, antes mesmo do surgimento da escrita, instrumento de transmissão de conhecimentos
Por meio dela, os homens repassam costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do cidadão. Por isso, contar histórias é saber criar um ambiente de encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e os personagens ganham vida, transformando tanto o narrador como o ouvinte. O ato de contar histórias deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo na trajetória de cada um. A contação de histórias está ligada diretamente ao imaginário infantil. O uso dessa ferramenta incentiva não somente a imaginação, mas também o gosto e o hábito da leitura; a ampliação do vocabulário, da narrativa e de sua cultura; o conjunto de elementos referenciais que proporcionarão o desenvolvimento do consciente e subconsciente infantil, a relação entre o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o mundo social (mundo externo), resultando na formação de sua personalidade, seus valores e suas crenças. A capacidade de imaginar permite que o ser humano crie uma habilidade de entendimento e compreensão de histórias ficcionais, pois nossa vida apenas é entendida dentro de narrativas. As histórias nos transmitem informações e abrangem nossas emoções. É por esse motivo que algumas pessoas se sentem receosas ao trabalhar com crianças e jovens em desenvolvimento. A história tem um papel significativo na contribuição com a tolerância e o senso de justiça social, podendo criar novos rumos à imaginação, podendo ser eles bons ou ruins.
Ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque se vive em uma sociedade onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. 
A Educação Infantil é uma fase ideal para a formação do interesse pela leitura, pois nesta fase são formados os hábitos da criança. As escolas de Educação infantil são um local onde as crianças interagem socialmente, recebendo influências socioculturais para o desenvolvimento da aprendizagem.
A oralidade é muito importante na Educação Infantil, enriquecendo a comunicação e a expressão, uma vez que as crianças fazem uso da linguagem a todo momento, esta ajuda favorece a interação social.
 Neste sentido, o papel do educador é de assumir um compromisso com o livro, criando o hábito de contar histórias e despertando curiosidade nas crianças para que criem suas hipóteses. 
Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI, 1998, p 24): É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características de culturas e grupos sociais singulares. Ao aprender a língua materna, a criança toma contato com esses conteúdos e concepções, construindo um sentido de pertinência social.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “a criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico” (BRASIL, 1998, p. 21-22). 
As escolas de Educação infantil são um local onde as crianças interagem socialmente, recebendo influências socioculturais, para o desenvolvimento da aprendizagem.
A leitura é um estímulo para desenvolver a capacidade crítica de interpretação e interação social, oferecendo, assim, um contato com o seu
mundo imaginário. É nesta fase que todos os hábitos se formam, por isso a importância de formar leitores desde pequenos. 
Qualquer que seja nossa idade, apenas uma estória que esteja conforme aos princípios subjacentes a nossos processos de pensamento nos convence. Se é assim com os adultos, que aprenderam a aceitar que há mais de um esquema de referências para compreender o mundo- embora achemos difícil senão impossível pensar verdadeiramente segundo outro que não o nosso-é exclusivamente verdadeiro para a criança. Seu pensamento é animista.
As histórias infantis nos levam para um mundo imaginário, no qual as crianças sentem medo, se consolam, relacionam o real com o imaginário, despertam curiosidade, acreditam nas histórias porque a visão de mundo aí apresentada está de acordo com a sua. É de grande importância que o
trabalho do hábito pela leitura seja incentivado também em casa. Desde o berço, a criança escuta a mãe cantando e balançando, ou contando histórias antigas. Com isso a criança aprende a gostar do livro pelo afeto, sendo por meio deste que a criança aprende e desenvolve.
Segundo Pinto, citado por Runifo e Gomes (1999) a contação de histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual.
A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. É importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas e muitas histórias, pois é através dos livros e contos infantis que a criança enfoca a importância de ouvir, contar e recontar. 
De acordo com Abramovich (2009, p.14), “escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo”.
Incentivar a formação do hábito de leitura na idade em que todos os hábitos se formam, isto é, na infância, é muito importante. Neste sentido, a literatura infantil é uma peça fundamental para o desenvolvimento cognitivo e social da criança, sendo que cada criança é um ser particular, cada uma possui suas dificuldades e limitações. Exercendo papel essencial na aprendizagem. A criança incorpora na história e traz para a sua vida. 
Bettelheim (1980, p. 15) ressalta que:
É característico dos contos de fadas colocar um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite a criança aprender o problema em sua forma mais essência, onde uma trama mais complexa confundiria o assunto para ela. O conto defadas simplifica todas as situações. Suas figuras são esboçadas claramente, e detalhes, a menos que muito importantes, são eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos.
Assim, os contos de fadas proporcionam diversos sentimentos na criança como fantasia, medo, alegria e tristeza. Sendo de grande importância inserir na Educação Infantil, pois é onde se inicia o caminho para a leitura. Contudo, educar é uma tarefa que exige muita responsabilidade, neste sentido é essencial para uma boa formação que a criança seja estimulada a ler.
Por isso, é importante entender como se dá o processo de formação da leitura. Pais e docentes precisam saber como podem estimular este processo que será significativo por toda a vida. A influência dos pais na formação de leitores. Os pais são grandes incentivadores na formação dos hábitos na criança, por isso sua influência sobre este hábito é de grande importância, pois estarão presentes desde a infância até a velhice, além do contato com o livro e a rica aprendizagem daí surge o gosto pela leitura.
A compreensão e sentido daquilo que o cerca inicia-se quando bebê, nos primeiros contatos com o mundo. Os sons, os odores, o toque, o paladar, estes já são os primeiros passos para a criança aprender a ler. No entanto, esta é uma atividade que implica não somente a decodificação de símbolos.
Ela envolve uma série de estratégias que permitem ao indivíduo compreender o que lê. Neste sentido, relatam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s, 2001, p.54.):Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade. As crianças precisam ser incentivadas, quanto mais cedo melhor, para poder despertar a imaginação, criatividade, análise, senso crítico e poder de argumentação, pois os livros são ferramentas do conhecimento.
Ao ter contato com os livros a criança estreita os laços familiares e cria-se um momento de proximidade. 
Jolibert (1994, p. 14) afirma que: “Não se ensina uma criança a ler: é ela quem se ensina a ler com a nossa ajuda e a de seus colegas e dos diversos instrumentos da aula, mas também a dos pais e de todos os leitores encontrado”.
Cada criança possui o seu desenvolvimento, suas etapas e processos, é ela quem desempenha o papel essencial da aprendizagem, com estímulos ela realizará esta tarefa com mais facilidade. É importante despertarmos a curiosidade na criança para que ela mesma possa folhear os livros, ver as figuras. Desde cedo à criança já percebe que o livro é uma coisa boa e que lhe dá muito prazer, porém muitos pais acham que por não saberem ler, não precisam ter o contato com os livros.
De acordo com os autores pesquisados e dos resultados obtidos pôde-se constatar que a contação de histórias contribui para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, e social, despertando a criatividade, imaginação e curiosidade de forma mais prazerosa. Contudo, é importante desenvolver o hábito pela leitura constantemente, neste estudo constatou-se que os pais sempre contam histórias para os seus filhos e que as professoras estimulam cotidianamente este ato contando histórias e mandando livros para casa, para inserir os pais no ambiente escolar.
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA EDUCATIVA 
 A contação de histórias é uma prática cada vez mais presente na escola. Ora se desenvolve a partir do planejamento do professor, ora a escola recebe a visita de um contador, ora ela permeia os espaços culturais (como feiras do livro). O professor, através de sua formação, tem contato com diversas possibilidades de integrar a literatura em sua aula. Muitos teóricos abordam a questão da importância dos textos literários na escolarização.
Segundo Fernandes (2001), fábula é um gênero que, como tantos outros gêneros narrativos, registra as experiências e o modo de vida dos povos. Seu objetivo é trazer reflexões quanto a valores, tais como respeito, diferenças, amizade, companheirismo, dentre outros.
Acredita-se que é estimulando as crianças a imaginar, criar, envolver-se, que se dá um grande passo para o enriquecimento e desenvolvimento da personalidade, por isso, é de suma importância o conto; acredita-se, também, que a contação de história pode interferir positivamente para a aprendizagem significativa, pois o fantasiar e o imaginar antecedem a leitura. Utiliza-se da leitura, através da contação de histórias, como metodologia para o desenvolvimento dos sujeitos e melhoria de seu desempenho escolar, respondendo a necessidades afetivas e intelectuais pelo contato com o conteúdo simbólico das leituras trabalhadas.
O próprio professor deve questionar, refletir, junto com as crianças sobre o que está sendo lido, para que as crianças desenvolvam sua criticidade, seus próprios conhecimentos e ideias sobre o outro e o cotidiano no qual está inserido. A postura do professor e a importância que ele dá ao processo de contação de histórias são muito influentes sobre as práticas proporcionadas com o intuito de despertar o prazer das crianças pela leitura e sua formação enquanto leitores ativos e com desempenho crítico, através de buscas por novos métodos e elementos pedagógicos que não permitam que as atividades de literatura sejam sempre dadas da mesma forma, se transformando assim, desagradáveis e sem muito incentivo para as crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A escola um lugar de construção e reconstrução de conhecimentos, deve dar especial atenção à contação de histórias, pois ela contribui na aprendizagem escolar em todos os aspectos: cognitivo, físico, psicológico, moral ou social, proporcionando um maior desenvolvimento perceptivo no aluno.
A contação de história tem suas vantagens que foram destacadas a aprendizagem de conteúdo, a socialização, a comunicação, a criatividade, a disciplina entre outros. Estabelecendo a relação entre os dados, observamos que a importância das histórias na escola se deve ao fato de ela proporcionar o desenvolvimento da motricidade, do raciocínio, o fortalecimento da autoestima, além da função lúdica. Visto a relevância da contação de histórias na escola, será importante a continuidade deste estudo com novos enfoques sobre contação de histórias e suas contribuições.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. 
FERNANDES, M.T. O. S. Trabalhando com os gêneros do discurso. Narrar: fábula/ coleção Jacqueline Peixoto Barbosa – São Paulo: FTD, 2001 – (Coleção trabalhando com os gêneros de discurso).
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fada. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Tradução de Arlene Caetano. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. 
COELHO, Nelly Novaes. A literatura infantil: história, teoria, análise. 3. ed. São Paulo: Quíron, 1984. 
COELHO, Beth. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2001. 
FRITZEN, Celdon; CABRAL, Gladir da Silva (Org.). Infância: Imaginação e Infância em debate. Campinas: Papirus, 2007. (Coleção Ágere). 
GÓES, Lucia Pimentel – Introdução à literatura infantil e juvenil. 2. Ed. São Paulo: Pioneira, 1991

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