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FRAUDE CONTRA CREDORES 2

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FRAUDE CONTRA CREDORES (VÍCIO SOCIAL + DE 1 VONTADE)
Fraude contra credores são três situações - é basicamente aquele defeito que o faz alguém chamado devedor insolvente (é aquele que não tem como que pagar suas dívidas) - solvens (pagante – o devedor que paga), insolvens (impagante – o devedor que não paga) 
O DEVEDOR INSOLVENTE - precisa guardar os poucos bens que tiver, justamente para fazer os pagamentos, se não fizer estará fraudando o credor.
CREDOR - é aquele que tem o poder de exigir, acreditando que irá receber.
O DEVEDOR ESTÁ SOLVENTE enquanto o devedor tem como pagar, ele pode dispor dos seus bens, mas, O DEVEDOR ESTÁ INSOLVENTE ele NÃO pode fazer três coisas:
I NÃO PODE DESVIAR BENS (art. 158) - é colocar bens no nome de terceiro é dar de presente.
II NÃO PODE PERDOAR AS DÍVIDAS – Credor – (Devedor/Credor) – Devedor (art. 158) – o devedor possui dividas para receber, ele é obrigado a cobrar, ele não pode perdoar a dívida, porque se ele perdoar (remissão) a dívida, ele estará abrindo mão de um patrimônio que o credor poderá receber.
REMISSÃO – ato de perdoar, remitir.
III NÃO PODE CONSTITUIR GARANTIAS (art. 163) - ou seja ele tem que manter os bens livres e desembaraçados, o devedor não pode hipoteca, penhorar, alienar (bens móveis ou imóveis).
No caso da alienação fiduciária, sempre que alguém dá um bem em garantia ele está imobilizando esse bem para aquela dívida por aquele credor, ou seja, está tirando esse credor da esfera desse aqui então não pode então ele não pode constituir garantias não pode fazer hipoteca penhor anticrese é alienação fiduciária tudo isso são direitos reais de garantia.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (Garantia) - é a transmissão da propriedade de um bem ao credor para garantia do cumprimento de uma obrigação do devedor, que permanece na posse direta do bem, na qualidade de depositário.
ANTICRESE - espécie de direito real de garantia (art. 1.419 e 1506 CC/2002), no qual o devedor, ou representante deste, entrega um bem imóvel ao credor, para que os frutos deste bem compensem a dívida. Ela não permite a excussão do bem. Como exemplo deste direito temos o imóvel locado, que quem passa a receber o valor do aluguel é o credor até que cesse a dívida.
SOLUÇÃO
1. O que acontece se alguém fraudar credor?
2. O que acontece se esse credor descobrir que o seu devedor insolvente desviou, perdoou ou constituiu garantia?
PRAZO PARA AÇÃO ANULATÓRIA (desfazer o ato) - CREDOR
4 anos (art. 178 CC/2002) - ingressar uma ação anulatória (ação revocatória – ação pauliana).
AÇÃO PAULIANA** (art. 158-165 CC/2002) - vai desconstituir o ato feito, o credor vai ingressar, ajuizar e vai pegar o bem de volta (I), vai desperdoar a dívida que foi perdoada (II) ou então vai desconstituir a garantia.
**DETALHES 
O credor para que ele tenha interesse de desconstituir a garantia, interesse em desfazer a remissão da dívida, tem que ser um CREDOR SEM GARANTIA (art. 158, § 2º), o credor que tem interesse de fazer o negócio é o credor quirografário**. 
QUIRO (MÃOS) + GRAFIA (ESCRITA) = credor s/ garantia
** Lei de Falências – o credor quirografário é outra coisa, incluirá o credor sem garantia e mais 03 casos.
E outra o credor quirografário que desfazer o ato não irá ficar com o bem para ele, este bem irá retornar para o acervo (art. 165 CC/2002) (conjunto de bens do devedor) e irá ser rateado (dividido) entre os credores do devedor. 
O Credor da ação revogatória não ficará com a preferência dos bens, caso haja mais de um credor. (Portanto, para que não gaste $, é necessário que o credor seje o único, ou se for mais de um, em litisconsórcio Ativo (façam juntos).
Devedores Insolventes – A lei fala para que “haja fraude contra credores, ele já tem que ser insolvente quando faz o negócio? ” Ou então A lei fala: “ele pode até não estar em insolvente, mas o negócio pode torna-lo em insolvente. (art. 158)
Então tanto é o devedor já insolvente contra o devedor quem abrindo mão daquele bem já se torne somente qualquer um dos dois casos já configura fraude contra credores.
O devedor insolvente pode gastar dinheiro com a sua manutenção, sua sobrevivência, sua saúde. (Art. 164) O devedor insolvente poderá somente doar ou vender bens, se for para sua manutenção sobrevivência ou saúde.
Se, terceiros pegou o presente, ou teve dívida perdoada, se ele tiver de boa-fé, e se ele se oferecer para entregar o produto para o credor, se ele se oferecer para entregar o dinheiro para o credor, o negócio não será anulado. (Art. 160) PROTEÇÃO AO TERCEIRO DE BOA-FÉ.
 	Mas se pressupõe que terceiro está sabendo da fraude contra credores, será intentada contra os dois (devedor e terceiro), ou seja, em face do devedor insolvente e em face da pessoa que se aproveitou de fato. (art. 161) “Consillium Fraudis”
Eventus damini – dano causado a credor, pelo devedor insolvente em compra e venda a terceiro adquirente.
DEVEDOR INSOLVENTE DOA BEM A TERCEIRO DE BOA-FE (dúvida Credor ou Terceiro de Boa-fé) (transmissão gratuita de bens, exclui o requisito de consilium fraudis.
Entre o donatário (aquele que recebeu gratuitamente) e o credor possuindo prejuízo, a lei prefere evitar prejuízo do credor.
COMO PROVAR QUE O ADQUIRENTE SABIA DA DÍVIDA DO DEVEDOR INSOLVENTE?
Há indícios, amigo íntimo, preço vil (abaixo do preço de mercado), parentesco. (Devedor insolvente – Terceiro)
FRAUDE CONTRA CREDORES E FRAUDE A EXECUÇÃO
A dois tipos de fraude: a fraude contra credores e a fraude à execução.
Fraude à execução diz mais respeito ao processo do que o direito material. É quando já existe um processo em andamento contra o Devedor, ainda que esteja em fase de conhecimento.
Sumula 375 STJ* - O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
* Entretanto, se na citação, mesmo antes da penhora, terceiro adquirente souber da possível penhora e mesmo assim o comprar configura-se fraude à execução e perderá o imóvel, sendo passível de sanção cível e penal.
CONCEITO - FRAUDE CONTRA CREDORES - é uma disposição livre de bens com o objetivo de prejudicar credores, provocando a insolvência do devedor.
Ex1: João possui patrimônio de R$ 100.000, e infelizmente contraiu dívidas que somadas alcançam R$ 80.000. Ele é insolvente não porque ele tem R$ 100.000 de patrimônio e R$ 80.000 de patrimônio negativo de dívida. (Não é insolvente)
Ex2: João para não honrar (quitar) essas dívidas todas, ele se desfaz de parte do seu patrimônio, que ela tinha R$ 100.000 e ele se desfez do equivalente de R$ 80.000, ficando, portanto, com patrimônio de R$ 20.000 apenas. Essa pessoa passou a ser insolvente. (Insolvente)
Tem-se, portanto, dois requisitos básicos para verificar se houve fraude contra credores. O primeiro é o que a doutrina chama “Eventus domni”. Esses eventos, nada mais é do que a insolvência (ato de se tornar insolvente) – EFEITO OBJETIVO, ou seja, o devedor passar a ter mais dívida, do que bens.
O segundo requisito que é o chamado “consilium fraudis” (EFEITO SUBJETIVO), na qual, se diz que na intenção fraudulenta bilateral, eu tenho o devedor que se desfez do seu patrimônio de parte do seu patrimônio para ficar insolvente esse devedor tem que ter essa intenção de fraldar. (INTENÇÃO-VONTADE)
TERCEIROS – deve-se verificar também se a parte que está adquirindo o bem, ou seja, a título oneroso ou gratuito, também tem essa intenção de fraudar então o adquirente precisa ter a intenção de fraudar os credores do devedor também.
O regulamento da fraude contra credores é um regulamento de direito material, a própria ação para combater, o credor deve demonstrar, que se sentiu fraudado, prejudicado, devendo demonstrar os dois requisitos (objetivo-subjetivo) do devedor e do adquirente (laranja), causando assim, a anulação do ato de disposição praticado pelo devedor.
FRAUDE DE EXECUÇÃO
Crime que está previsto no artigo 179* do CP diz assim: 
“Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens ou simulando dívidas. ” 
Pena: detenção de 6 meses a 2 anos.
§ único – somente procede medianteque queixa.
Deve-se ser comprovada, os requisitos não necessitam haver a presença de intenção de lesar credores é uma questão mais objetiva, a uma ação (ato), e a alguém que se desfez do seu patrimônio se tornou insolvente para não cumprir obrigação.
 A fraude à execução pode ser que ela aconteça no decorrer da fase de conhecimento. Se a pessoa se tornou insolvente e se desfez de seus bens com o intuito de não cumprir a obrigação que possa ser fixada naquele processo para ela essa pessoa ágil em fraude à execução certo então basicamente são esses dois requisitos.
Tem que haver uma ação em curso e o réu tem que ter conhecimento da situação obviamente. Essa ação pode ser de conhecimento, pode ser uma ação de execução, tanto faz e não precisa ver essa intenção de lesar credores enquanto que lá na fraude contra credores eu vou verificar esse elemento subjetivo aqui não se verifica o elemento subjetivo. Fraude à execução previstos no artigo 792 e incisos do CPC/2015. 
Outra diferença da fraude à execução com a fraude contra credores é que eu for combater a fraude à execução, eu não preciso de uma ação própria, de uma ação Pauliana, porque aqui eu já tenho uma ação tramitando ou de conhecimento ou de execução.

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