PROVA BRASIL REPUBLICANO: DE 1889 ATÉ 1945

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27/05/2020 Teste parcial individual, 30 pontos.: BRASIL REPUBLICANO: DE 1889 ATÉ 1945 - História - Licenciatura - CAMPUS CORAÇÃO E…
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Teste parcial individual, 30 pontos.
Entrega Sem prazo Pontos 30 Perguntas 13
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Matéria avaliada: Carvalho (Pontos e Bordados); Calmon (História Social do Brasil); Carvalho (Os
Bestializados); Chalhoub (Trabalho Lar e Botequim); Viscardi (O teatro das Oligarquias); Sevcenko
(Literatura como Missão); Queiroz (Os Radicais da República); Batalha (Movimento Operário);
Veloso (Modernismo); Ferreira e Pinto (Crise Oligárquica).
2 / 2 ptsPergunta 1
Sobre a Proclamação da República, Pedro Calmon afirmou: "Não era
um regime que capitulava, vencido pelas novas circunstâncias da vida
nacional: federalismo, liberalismo revolucionário e americanista. Era
uma sociedade diferente que tomava o lugar à hierárquica e
respeitável sociedade imperial" (CALM0N. História Social do Brasil, vol
3. P. 1).
São evidências que o autor considera relevantes para caracterizar a
nova sociedade que tomava o seu lugar na Proclamação da
República?
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A revolução mais sensível observada na Proclamação da República, foi
a revolução política, com a ascensão dos industriais ao poder.
 
A ascensão das classes populares ao poder político, com a abolição da
escravidão.
 
A ascensão das forças conservadoras da lavoura de café, ligadas à
mentalidade da civilização veloz e pertenciam ao tempo das iniciativas
ousadas.
A Proclamação da República segundo Calmon significou a
ascensão dos produtores de café que apesar se serem
politicamente conservadores, não necessariamente eram anti
monárquicas, mas como empreenderes eram mais dinâmicos que
os latifundiários da cana de açúcar do nordeste.
 A continuidade dos valores e símbolos consagrados no Império. 
1 / 1 ptsPergunta 2
São palavras que fazem parte do vocabulário no processo de
construção da cidadania no Brasil, segundo José Murilo de Carvalho,
no texto Cidadania a Porrete:
 Sentimento de liberdade, igualdade e fraternidade. 
 Direitos sociais e políticos 
 Para os amigos pão, para os inimigos pau. 
Como o próprio título do texto, para o autor, a cidadania no Brasil
foi construída a porrete.
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 O bom cidadão que se sente livre e igual. 
2 / 2 ptsPergunta 3
Segundo J. M. de Carvalho: "Não seria exagero dizer que a cidade do
Rio de Janeiro passou, durante a primeira década repúblicana, pela
fase mais turbulenta de sua existência. Grandes transformações de
natureza econômica, social, política e cultural, que se gestavam há
algum tempo, precipitaram-se com a mudança do regime político e
lançaram a capital febril agitação, que só começaria a ceder ao final da
década". (CARVALHO. Os Bestializados, p. 15)
É exemplo de acontecimento ou situação que marcou a capital febril
nesse início da República, segundo o autor:
 
 
Desgosto e desencanto imediato dos intelectuais em relação à
República.
 
Deflação, com a redução drástica dos preços que levou a uma
profunda crise econômica.
 
O Rio de Janeiro perde importância política para São Paulo e Minas
Gerais.
 
Crescimento populacional no Rio de Janeiro e crise de moradia,
subempregos e desequilíbrio de gênero, com maior número de homens
e poucas mulheres.
Essa é a principal característica apontada pelo autor, devido ao
crescimento populacional na capital devido migração de ex-
escravos e imigração estrangeira.
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1 / 1 ptsPergunta 4
Segundo Carvalho, ao falar sobre a sociedade e a economia no início
da República: "Poderíamos dizer que se deu uma vitória do espírito do
capitalismo desacompanhado da ética protestante." (CARVALHO, Os
Bestializados. P. 26)
Qual fato específico o autor se refere nessa frase?
 A abolição da escravidão. 
 A política de encilhamento. 
O encilhamento foi uma política econômica que gerou muita
especulação financeira e lucro fácil, o que leva o autor afirmar a
frase acima.
 Politica dos Governadores. 
 A política do Café com Leite. 
1 / 1 ptsPergunta 5
Para acabar com a instabilidade política dos primeiros anos da
República, as elites políticas republicanas concentraram seus ataques
estrategicamente contra duas categorias sociais, para neutralizar a
influência da capital na política nacional. Assinale a frase que explicite
essa estratégia.
 A negação do discurso técnico cientificista. 
 Tirar os militares do poder e reduzir o nível e participação popular. 
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Para o autor, militares e setores populares não apresentavam
elementos compatíveis com os do grande comércio e grande
agricultura, além de não apresentarem condições de impor um
governo que extrapolasse os limites do Distrito Federal, por isso
eram visto como impedimento para o equilíbrio político.
 O enfraquecimento das oligarquias agrárias. 
 
Apropriação das grande festas populares como a Festa da Penha e a
Festa da Glória.
2 / 2 ptsPergunta 6
Segundo Carvalho: "...o novo Rio criado pela República aumentava a
segmentação social e o distanciamento espacial entre setores da
população, as repúblicas do Rio, vindas do Império..." (CARVALHO,
Os Bestializados. P. 41).
Para o autor, o que isso significou para as classes populares, ou seja,
para a cultura política popular.
 
Continuaram a viver, a renovar-se, a forjar novas realidades sociais e
culturais.
Essa é a tese do autor, que apesar da República oligárquica
oficial, as classes populares independente de serem excluídas do
poder construíram suas próprias referências políticas e coletiva,
nas festas populares e na cultura.
 
Reconheceram o discurso higienista e cientificista como forma de
combate à miséria social e econômica.
 Organizaram-se em partidos políticos e sindicatos. 
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Assimilaram a intervenção do governo em suas vidas privadas,
costumes e práticas populares, ao se identificarem com o governo
repúblicano.
1 / 1 ptsPergunta 7
Segundo Suely Queiroz, o distanciamento entre jacobinos e operários
pode ser explicado por uma característica cultural marcante da história
brasileira. Que característica é essa?
 O autoritarismo. 
 A religiosidade. 
 O preconceito de classe. 
Os Jacobinos como representantes das classes médias evitavam
qualquer aproximação política com os operários por sua
mentalidade escravocrata que relacionava o trabalho manual com
a condição de pessoa escravizada.
 O machismo. 
0 / 2 ptsPergunta 8IncorretaIncorreta
Leia as frases abaixo:
I - O desafio da República em seus primeiros anos foi que os homens
livres internalizassem a noção de que o trabalho era um bem, o valor
supremo reguladordo pacto social, para isso restringiu sua ação
disciplinadora do tempo e do espaço estritamente no mundo do
trabalho.
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II - O desafio da República no campo era a fuga do camponês, que em
busca de melhores colocações e o abandono de áreas por demais
vinculadas à antiga mentalidade escravocrata, por um lado; a fuga
frente a adversidades naturais, como a seca, potencializadas pelo
monopólio da terra, por outro, ameaçavam o latifúndio com a falta de
mão-de-obra.
III - O fechamento do acesso dos pobres à terra era a garantia
fundamental da hegemonia plantacionista. A desigualdade da
propriedade deveria ser a base para a pretensa igualdade política
apregoada na constituição da República. 
Sobre essas frases, podemos afirmar:
 As frases I e II estão corretas, mas não se complementam. 
As frases estão corretas, pois a fuga de camponeses e formas de
reescravização do camponeses eram realidades opostos mas
complementares presentes na política agrária durante a Primeira
República.
 
Apenas as frases I e II estão corretas e ambas são complementares. 
 Apenas a frase I esta correta. 
 Apenas as frases II e III estão corretas. 
2 / 2 ptsPergunta 9
Segundo Sevcenko, no texto Literatura como missão, nos primeiros
anos de consolidação da República: "Assistia-se à transformação do
espaço público, do modo de vida da mentalidade carioca, segundo
padrões totalmente originais; e não havia quem se lhe pudesse opor".
(p. 30)
São princípios fundamentais que regeram o transcurso dessa
transformação:
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A condenação dos hábitos e costumes populares vinculados à
sociedade colonial e imperial, e o plantacionismo agressivo,
profundamente identificados com a vida rural.
 
A condenação dos hábitos e costumes ligados pela memória à
sociedade tradicional e cosmopolitismo agressivo profundamente
identificado com a vida parisiense.
Condenação da cultura tradicional relacionada à monarquia e
cosmopolitismo modernista são fundamentos das reformas
republicanas.
 
O cosmopolitismo agressivo e modernista da Belle Epoqué, e as
reformas urbanas voltadas para novas moradias populares.
 
Resgate dos hábitos e costumes da sociedade tradicional e negação
de qualquer elemento de cultura popular distinta da imagem civilizada
da sociedade.
2 / 2 ptsPergunta 10
Observe a imagem abaixo que representa a política oligárquica na
Primeira República:
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Fonte: https://imagohistoria.blogspot.com/2018/09/charges-
historicas-republica-velha_60.html
(https://imagohistoria.blogspot.com/2018/09/charges-historicas-
republica-velha_60.html)
Sobre a política oligárquica da Primeira República, podemos afirmar:
 
Os atores políticos republicanos são iguais e sem hierarquias de poder.
 
O regime oligárquico foi capaz de manter as bases da hierarquia e
preservar sua parcial renovação.
 
Inexiste renovação parcial nem total dos atores políticos da política
oligárquica na Primeira República.
 
A estabilidade política na Primeira República derivava muito mais da
ausência de alianças permanentes e monolíticas do que do seu
contrário.
A frase nega a existência de alianças permanentes, com seria a
Política do Café com Leite, retratada na charge.
2 / 2 ptsPergunta 11
Segundo Cláudio Batalha ao concluir sobre os estudos do movimento
operário durante a Primeira República: 
"Durante muito tempo vigorou a tese de que havia uma correlação
direta entre a maciça presença de imigrantes no Sudeste e no Sul do
país e a militância do movimento operário e a difusão de certas
ideologias. Na medida, porém, em que os estudos sobre a imigração
se aprofundaram, essa relação passou a ser vista com crescente
reservas." (BATALHA, Formação da Classe Operária e projetos de
identidade coletiva. p. 156)
https://imagohistoria.blogspot.com/2018/09/charges-historicas-republica-velha_60.html
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Quais novas informações os estudos sobre imigração questionaram o
mito do imigrante militante, em relação à formação do Movimento
Operário na Primeira República: 
 
 
A composição étnica dos imigrantes europeus pode ser vista como
elemento de consenso entre os trabalhadores e seus movimentos
políticos na Primeira República.
 
A mentalidade dos imigrante europeu de "fazer a America" significava
que ele abraçaram a causa nacional e aqui desejava permanecer e
fazer sua vida.
 
A imigração contribuiu para a formação do operariado do ponto de vista
étnico, religioso, regional e linguística, capaz de criar lealdades
regionais que contribuíram para os operários se sentirem de uma
mesma nação.
 
A maioria dos trabalhadores vinham do campo e, na maior parte das
vezes, não tinha nenhuma experiência prévia nos seus países de
origem de engajamento sindical ou político.
Os imigrantes que chegaram no Brasil provinham do campo e
tinha pouca consciência política de luta e organização.
2 / 2 ptsPergunta 12
Segundo Monica Velloso, no texto "O modernismo e a questão
nacional":
"Reconhecer a nossa identidade multifacetada foi, portanto, uma
problemática comum às distintas gerações intelectuais. A busca da
brasilidade esboça uma longa trajetória mobilizando e fazendo dialogar
entre si os intelectuais da geração de 1879, os do início do século XX
e os da década de 1920" (p.366).
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Sobre as informações acima, podemos completar:
 
 
 
Era clara a tentativa de buscar organizar a nacionalidade a partir do
Estado, no modernismo carioca do início do século XX.
 
Em meados século XIX era através da lente das caricaturas das
revistas humorísticas do Rio de Janeiro pregava-se as teorias do
evolucionismo positivista que focalizava o povo Brasileiro das ruas.
 
Em meados da década de 1920, a questão era entender o nacional
como elemento de mediação para o diálogo com as vanguardas
artístico-intlectuais. Buscava-se, assim, firmar uma experiência ímpoar
e original para, através dela, o páis apresentar-se no concerto das
nações consideradas civilizadas.
Essa as motivações do modernistas da década de 1920.
 
No início do século XX é outra a cara do Brasil apresentada pelas
teorias do evolucionismo positivista e do índio europeizado de Angelo
Agostini.
Não avaliado ainda / 10 ptsPergunta 13
Observe a imagem abaixo:
 
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Sua Resposta:
 
A qual momento exato da História da Primeira República ela se refere:
Reação Republicana ou Aliança Liberal? O que foram exatamente e o
que existe de igual e diferente em relação á esses dois acontecimento
políticos da Primeira República?
A charge acima representa a Aliança Liberal. Em cima dos burros,
estão representados o Marechal Hermes da Fonseca à esquerda
(Minas Gerais) e à direita Rui Barbosa (São Paulo).
A charge evidencia o rompimento das relações entre São Paulo e
Minas Gerais – a imagem nos mostra ambos ‘governantes’ de costa
um para o outro-, em função da defesa pelos paulistas do
antimilitarismo da necessidade de reformas políticas e moralização nas
eleições.Entretanto, a Aliança Liberal, não foi o ‘primeiro grande
evento’ que questionou a existência de um pacto do café com leite –
como ao longo da disciplina já questionamos bastante a existência
falsa simplicidade da política do café com leite-.
A Reação Republicana (1922) foi uma coligação formada com o intuito
de lançar uma candidatura oposicionista à política do café com leite. 
Outro contexto importante é quando ocorre a diminuição das
exportações para a Europa e as indústrias norte-americanas
começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não
conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas
possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-
americanos tinham investimentos nestas ações. Ocorre então a
Quebra da Bolsa de Valores (1929), percebendo a desvalorização das
ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que
pretendiam vender suas ações. Como nesta época, diversos países do
mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se
espalhando por quase todos os continentes. No cenário brasileiro não
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foi diferente, o EUA era o maior comprador do café brasileiro e devido
a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café
brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização
excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café.
Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do
principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe
algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos
cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando
a indústria brasileira.
Até 1930 a estabilidade do regime foi garantida pela associação
hegemônica entre os dois maiores estados da Federação, a
construção da aliança mineiro-paulista veio conferir ao regime
republicano a estabilidade política que lhe faltava desde a extinção do
Poder Moderador. Acerca da participação popular, podemos dizer que
em 1922 a população participou de maneira mais ‘tímida’ e em 1929
de maneira mais ‘ativa ’- a imagem destaca a opinião pública’ como
auxilio do conflito próximo ao nó -. É importante ressaltar, que a
Aliança Liberal ao contrário do que muitos acreditam não eram isenta
de conflitos.
A resposta deve identificar que a charge refere-se à Aliança
Liberal, em 1929 e caracterizar esse acontecimento, como por
exemplo ser uma ruptura interna no jogo oligárquico, como foi a
Reação Republicana, em 1922, porém sem a presença de
Minas Gerais. Além dessa diferença, existe o elemento da crise
de 1929 que coloca contra a parede a economia cafeicultura.
Por fim, deve falar da participação das classes populares em
ambos os momentos, no primeiro de forma mais tímida e no
segundo é alvo das pautas e dos discursos políticos.
Pontuação do teste: 18 de 30