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ANALISE A responsabilidade civil, não é apenas uma questão jurídica, mas também social, se relaciona com toda e qualquer manifestação humana. A responsabilidade civil surge de uma conduta que viola o dever jurídico, com isso ele deve reparar pelo o dano causado. Por isso, a busca pela reparação do prejuízo, por parte da pessoa que foi lesada, não deverá ocorrer de modo aleatório, sem embasamentos, pois se entende que uma situação assim acarretaria insegurança jurídica, devido à falta de parâmetros para um processo de ressarcimento por danos. Ao reparar o dano causado ao lesado, é prevenir futuros danos a outros. Contudo, no nosso ordenamento jurídico, essa atribuição de prevenção não é muito eficaz, tendo em vista, que não evita tais danos aos cidadãos. Ocorre, pois nas ações por danos morais, como foi exposto o caso, os valores das indenizações são baixos. É necessária uma análise acerca da possibilidade de aplicação do punitve damage no ordenamento jurídico brasileiro como um mecanismo promissor da função social da responsabilidade civil. No Brasil, os punitive damages, são conhecidos como reparação punitiva, que funciona no sentido não somente de reparar o dano causado individualmente, mas também como uma punição dirigida a inibir novos danos aos demais. Nos Estados Unidos da América, bastante aplicado, independentemente se o valor fixado na condenação proferida pelo Magistrado pode vir a tornar a vítima ‘rica’ ou não. O que se importa naquela nação, é condenar o infrator em quantias elevadas, inibindo-o de práticas reiteradas e costumeiras. Há controvérsias no Brasil, que segue a linha de que não deve ter punições que causem enriquecimento ao dano causado ao lesado. Conforme o art. 884 do CC. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Logo, deduz-se que qualquer pessoa pode vir a causar dano a outrem, por isso a responsabilidade civil tem o objetivo de buscar o equilíbrio entre as relações sociais e econômicas. No entendimento de Cleyton Reis (1997): A ideia prevalente do livre arbítrio do Magistrado ganha corpo na jurisprudência, na medida em que transfere para o juiz o poder de aferir, com o seu livre convencimento e tirocínio, extensão da lesão e o valor da indenização correspondente. Afinal, é o juiz quem, usando de parâmetros subjetivos, fixa a pena condenatória de réus processados criminalmente e estabelece o quantum indenizatório, em condenação de danos ressarcitórios, de natureza patrimonial A indenização mede-se pela extensão do dano causado, se o juiz achar desproporcional o valor pedido, cabe a ele reduzir, associadamente, a indenização. Visto, que a Punitive Damages não é aplicada no brasil, mas deveria, pois seria um fator efetivo nos danos causados, tendo em vista, que o infrator pensará bem antes de causar algum dano a outro, que a justiça de fato aconteça, que os condenados sejam punidos severamente, as causas por danos morais, quando condenados pagam valores baixos diante da grave infração cometida. Portanto, seria viável instituir no ordenamento jurídico, um saudável meio termo entre a intenção de tornar exemplar a indenização e a necessidade de serem observados os parâmetros mínimos de segurança jurídica. Ser um exemplo a terceiros, Se há, multas ou algo do gênero além do montante de prejuízos reais causados é justo que este recaia para sociedade. Desta forma, tal indenização com a sua quantificação elevada serviria de exemplo para demais possíveis ofensores, cabendo falar então da efetivação da função social da responsabilidade civil.
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