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7 - ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO TRATAMENTO DA ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA EM PESSOAS OBESAS

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ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO TRATAMENTO DA ESTEATOSE 
HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA EM PESSOAS OBESAS. 
 
Tatiane Ribeiro Vieira dos Santos 1 
Daniela de Stefani Marquez2 
Fernanda Ferreira Franco3 
 
 
RESUMO 
 
 
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no 
organismo, fatores como: a genética, o metabolismo, questões sociais, culturais e 
comportamentais podem interferir para o surgimento da obesidade. Tornou-se um problema 
de saúde pública, pois pode levar a pessoa a vim desenvolver várias patologias, e diminuir a 
qualidade de vida. Várias são os impactos para a saúde de uma pessoa que se encontra em 
algum grau de obesidade, principalmente se for à obesidade mórbida, pois ela pode ocasionar 
na pessoa uma hipertensão arterial; pode se ter um aumento nos níveis de colesterol; pode 
ocorrer um acúmulo de gordura no fígado o que causa a esteatose hepática não alcoólica que é 
caracterizada pelo acumulo de gordura no fígado. Os pacientes portadores da doença devem 
ser orientados a procurar um nutricionista que vai passar uma dieta adequada para cada 
paciente; tem que ter uma redução da ingestão de gorduras e carboidratos com a distribuição 
correta dos macronutrientes e micronutrientes, e o paciente deve procurar praticar atividade 
física regulamente, pois assim aumenta-se o gasto energético diário; além do 
acompanhamento médico para avaliar a regressão da lesão hepática. 
Palavras-chave: Obesidade. Esteatose hepática não alcoólica. Nutricionista. 
 
ABSTRACT 
 
 
Obesity is a disease characterized by excessive accumulation of fat in the body, factors such 
as genetics, metabolism, social, cultural and behavioral issues can interfere to the onset of 
 
1 Aluna do curso de Nutrição da Faculdade Atenas; 
2 Professora da Faculdade Atenas; 
3 Professora da Faculdade Atenas. 
 
 
obesity. It has become a public health problem because it can cause a person to come to 
develop a range of diseases and decrease the quality of life. There are several impacts on the 
health of a person who is in some degree of obesity, especially if it is to morbid obesity, 
because it can cause the person arterial hypertension; may have an increased cholesterol 
levels; may accumulate fat in the liver which causes non-alcoholic fatty liver which is 
characterized by liver fat accumulation. The patients with the disease should be advised to 
seek a nutritionist who will pass a proper diet for each patient; have to have a reduced intake 
of fats and carbohydrates with the correct distribution of macronutrients and micronutrients, 
and the patient should seek to practice regularly physical activity, as well as increases the 
daily energy expenditure; beyond the medical monitoring to assess the regression of liver 
damage. 
Keywords: Obesity. Hepatic steatosis not alcoholic. Nutritionist. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido 
adiposo no organismo, onde vários são os fatores que podem ocasionar o seu 
desenvolvimento como: a genética, o metabolismo, questões sociais, culturais e 
comportamentais. Tornou-se um problema de saúde pública, pois pode levar ao 
desenvolvimento de várias comorbidades, e diminuir a qualidade de vida. Ela é caracterizada 
quando o índice de massa corporal (IMC) encontra-se acima de 30 kg/m², fórmula em que o 
peso da pessoa é dividido pela altura ao quadrado (TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010). 
A esteatose hepática não alcoólica é uma doença que pode ser proveniente da 
obesidade e seu diagnóstico é feito através de vários procedimentos como: exame de 
colesterol total e suas frações no qual mostra se os níveis de colesterol estão alterados; 
ultrassonografia em que mostra se o fígado está de um tamanho aumentado; ou tomografia 
computadorizada; ou ressonância magnética e em casos especiais deve ser feito uma biópsia 
do fígado (ARAÚJO, et al., 1998). 
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma doença onde se tem 
um acúmulo de gordura no fígado, quando o percentual de gordura neste órgão está entre 5-
10% do seu peso total; várias alterações patológicas podem ocorrer no fígado como: a 
 
 
esteatose hepática; esteato-hepatite; fibrose do fígado; cirrose hepática e até carcinoma 
hepático (CHAVES, et al., 2012). 
A obesidade pode causar várias patologias, e a esteatose hepática não alcoólica é 
uma delas, em que ocorre principalmente em pessoas que se encontram obesas e com alguma 
comorbidade associada como: o diabetes mellitus tipo 2; dislipidemias; resistência insulínica 
entre outras doenças; sendo que a esteatose hepática não alcoólica é considerada uma doença 
silenciosa e de importante diagnóstico precoce (ARAÚJO, et al.,1998). 
O objetivo desse estudo é de alertar as pessoas que se encontram obesas, e que 
não são etilistas sobre os riscos de desenvolver esteatose hepática não alcoólica, relatando a 
importância do profissional nutricionista no tratamento dietoterápico da doença e de alertar a 
população sobre a importância de uma alimentação saudável que proporcionará uma melhora 
na qualidade de vida destes pacientes (PADILHA, et al., 2010). 
 
 
METODOLOGIA 
 
 
No presente trabalho será realizada uma pesquisa do tipo descritiva e explicativa, 
baseada por meio de levantamento bibliográfico sobre o tema esteatose hepática não alcoólica 
em pessoas obesas. Para isso, serão utilizados artigos científicos publicados nos anos de 1998 
a 2013, encontrados em sites acadêmicos como Google acadêmico, Scielo, Bireme, assim 
como livros, revistas e periódicos do acervo da biblioteca da Faculdade Atenas. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido 
adiposo no organismo; é resultante de um balanço energético positivo, onde o consumo é 
maior do que o gasto de calorias; vários são os fatores que podem ocasionar a obesidade 
como: a genética, o metabolismo, questões sociais, culturais e comportamentais. Tornou-se 
 
 
um problema de saúde pública, pois pode levar a pessoa vim a desenvolver várias patologias, 
e diminui a qualidade de vida (TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010). 
Ao longo dos anos o número de pessoas obesas só tem aumentado, e é 
considerado um problema de saúde pública a nível global, sendo que no Brasil a obesidade já 
atingiu a população mais jovem, que são as crianças e adolescentes, onde acabam entrando na 
vida adulta com a obesidade, e várias comorbidades podem vim a desenvolver como as 
dislipidemias o que pode ocasionar problemas como a esteatose hepática não alcoólica 
(PADILHA, et al., 2010). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade levando em 
consideração o índice de massa corporal (IMC) quando se encontra acima de 30 kg/m², 
fórmula em que o peso da pessoa em quilograma é dividido pela altura em metros quadrado; a 
obesidade é dívida em grau I quando o IMC está entre 30-34,9 Kg/m²; obesidade grau II 
quando o IMC está entre 35-39,9 e por fim obesidade grau III ou obesidade mórbida quando o 
IMC está maior ou igual 40; e de acordo com a forma que é distribuída a gordura corporal a 
obesidade é dividida em obesidade androide ou central em que o tecido adiposo fica 
localizado na parte superior do corpo e é considerada mais perigosa, pois se tem acumulo de 
gordura na parte abdominal, e tem a obesidade periférica em que a gordura se acumula na 
parte inferior do corpo como nas coxas e quadril (TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010). 
Alterações metabólicas conforme estudos se mostram presentes em pessoas 
portadoras de esteatose hepática não alcoólica, o que causa resistência insulínica por causa da 
captaçãoinadequada de glicose; síntese que é a utilização e a degradação ou secreção de 
lipídios que é a quebra dos mesmos (DÂMASO, et al., 2006). 
Várias são os impactos para a saúde de uma pessoa que se encontra em algum 
grau de obesidade, principalmente se for à obesidade mórbida, pois ela pode ocasionar na 
pessoa uma hipertensão arterial; pode se ter um aumento nos níveis de colesterol; pode 
ocorrer um acúmulo de gordura no fígado e causar a esteatose hepática não alcoólica em 
pessoas não etilistas e também pode causar uma resistência à insulina a obesidade 
(TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010). 
A obesidade pode causar na pessoa a resistência à insulina, sendo que a insulina é 
um hormônio que o pâncreas produz e que mantêm o equilíbrio da glicose sanguínea; essa 
produção é regulada no fígado e nos tecidos adiposos e músculos que acumulam glicose em 
forma de glicogênio; na resistência à insulina não consegue quebrar a glicose daí se tem um 
aumento de insulina, e isso causa um aumento de lipogênese que é causada quando ingerimos 
carboidrato que é transformado em glicose, e quando essa glicose fica em excesso na corrente 
 
 
sanguínea o fígado capta esse excesso e armazena na forma de glicogênio e com esses níveis 
altos pode causar um aumento muito grande de gordura no fígado e então surge a esteatose 
hepática não alcoólica (PALMA, 2012). 
A ocorrência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em pessoas 
obesa e portadoras de diabetes tipo II é grande, pois com a resistência à insulina se tem uma 
inibição da oxidação de ácidos graxos, o que diminui a utilização e a captação da glicose, isto 
ocasiona a lipólise tecidual, o que ocasiona o acúmulo de lipídios nos hepatócitos, pois se tem 
ácidos graxos livres no fígado, e isso pode vim a causar uma inflamação ou até fibrose do 
órgão se não diagnosticado a tempo e tratado (CHAVES, et al., 2012). 
A resistência à insulina, o estresse oxidativo e a resposta inflamatória são os 
mecanismos fisiopatológicos que estão relacionados com a obesidade e que levam ao acúmulo 
de ácidos graxos livres em que ficam depositados dentro das células do fígado os hepatócitos, 
sendo esse deposito o responsável pela inflamação do órgão no qual libera citocinas que 
causam o estresse oxidativo no organismo da pessoa portadora de esteatose hepática não 
alcoólica sendo que pode evoluir para uma fibrose das células do fígado (SOUZA, et al., 
2008). 
A DHGNA é uma doença onde se tem um acúmulo de gordura no fígado, em que 
fica acumulada gordura nos hepátocitos que são as células do fígado, é quando o percentual 
de gordura no fígado está entre 5-10% do seu peso total; várias alterações patológicas podem 
ocorrer no fígado como: a esteatose hepática; esteato-hepatite; fibrose do fígado; cirrose 
hepática e até carcinoma hepático (CHAVES, et al., 2012). Sendo que fibrose é um aumento 
de colágeno nas células estrelado do fígado além das células hepáticas (PALMA, 2012). 
O fígado é um órgão que pesa em média 1500 g, ele recebe sangue venoso que 
vem da circulação portal e que têm nutrientes, e também recebe sangue da artéria hepática que 
tem oxigênio; é dividido em dois lóbulos o direito e o esquerdo, tem sistema de vasos 
sanguíneo e também tem a vesícula biliar e uma série de ductos biliares; tem alta capacidade 
de se regenerar e também é responsável pela maioria das funções metabólicas do corpo 
humano como: metabolização do carboidrato, lipídio e proteína proveniente da dieta; o fígado 
armazena vitaminas lipossolúveis; forma a bile; é considerado um filtro do corpo humano. Ele 
armazena a glicose em forma de glicogênio e quando o nível de glicose fica baixo na corrente 
sanguínea ele quebra o glicogênio e manda glicose para a corrente sanguínea (MAHAN; 
ESCOTT-STUMP, 2005). 
Para se ter o diagnóstico de esteatose hepática não alcoólica vários procedimentos 
devem ser feitos como os níveis de colesterol através de exame de laboratório; 
 
 
ultrassonografia em que mostra se o fígado está de um tamanho aumentado; ou tomografia 
computadorizada; ou ressonância magnética e em casos especiais deve ser feito uma biópsia 
do fígado (ARAÚJO, et al., 1998). 
Pessoas portadoras de esteatose hepática não alcoólica muitas vezes não 
apresentam sintomas e quando apresentam o que geralmente ocorre é fadiga; pode ter um 
desconforto na região abdominal do lado do fígado; e quando o paciente faz exames 
laboratoriais de rotina os níveis séricos encontram-se elevados (PALMA, 2012). 
A DHGNA é o resultado do depósito de triglicerídeos nas células hepáticas do 
fígado os hepatócitos; pode ser detectado com exames de imagem para se avaliar se a 
esteatose hepática está num grau moderado ou grave; já no caso de uma fibrose ou inflamação 
hepática se faz necessário fazer uma biópsia do órgão (CHAVES, et al., 2009). 
A esteatose hepática não alcoólica pode surgir devido a diversas condições 
clínicas como a obesidade; na rápida perda de peso; no diabetes e em condições de 
hiperlipidêmia; para se evitar a evolução do quadro de esteatose hepática não alcoólica é 
recomendado um tratamento nutricional e/ou com uso de medicamento com orientação 
médica para se evitar a evolução da doença (CUPPARI, 2005). 
As enzimas lípases são responsáveis por quebrar os triglicerídeos estocados no 
tecido adiposo e transformam em ácidos graxos livres onde se ligam à albumina que é 
produzida no fígado e transporta esse ácido graxo ao fígado através da circulação sanguínea, 
no fígado pode ser oxidado e transformado em energia para o corpo humano, ou se 
transformar novamente em triglicerídeos e ficar armazenado nos hepatócitos (PALMA, 2012). 
Com uma perda de peso gradual, pode se ter uma reversão do quadro patológico, 
porem se deve evitar uma perda de peso de forma rápida e intensa, pois o quadro pode piorar 
da esteatose e pode aumentar o dano nas células hepáticas devido à rápida mobilização de 
triglicerídeos que estão armazenados no fígado onde fica exposto ao ácido graxo livre 
(CUPPARI, 2005). 
Em estudos obesos mórbidos portadores de esteatose hepática não alcoólica que 
passam pela cirurgia bariátrica apresentam uma perda de peso que pode ser considerada muito 
benéfica para o tratamento da DHGNA, sendo que a biopsia hepática deve ser feita para se 
verificar melhora do fígado e um acompanhamento médico e nutricional (BITENCOUT, et 
al., 2007). 
O tratamento se faz necessário tirando os problemas associados à esteatose 
hepática não alcoólica como o controle da obesidade, do diabetes mellitus tipo 2 e o controle 
dos níveis de colesterol e de triglicerídeos. Com a redução do peso corporal pode-se reverter o 
 
 
quadro da esteatose, o recomendado é terapia nutricional durante seis meses e um 
acompanhamento médico e procurar praticar atividade física aeróbia com orientação de um 
profissional da área e ter uma dieta hipolipídica com menos lipídios (CUPPARI, 2005). 
Os pacientes portadores da DHGNA devem ser orientados a procurar um 
nutricionista que vai passar uma dieta adequada para cada paciente; tem que ter uma redução 
da ingestão de gorduras e carboidratos e procurar praticar atividade física regulamente, pois 
assim aumenta-se o gasto energético diário ; e o acompanhamento médico também é essencial 
para avaliar se a lesão hepática está regredindo, pois se necessário, o uso de remédio é 
recomendado com a orientação médica e uso de alimentos antioxidantes para combater os 
radicais livres (PADILHA, et al., 2010). 
O diagnóstico nutricional do paciente portado de esteatose hepática não alcoólica 
deve ser feito usando-se os métodos antropométricos, clínicos e bioquímicos; a anamnese 
através do recordatório 24 horas alimentar é muito útil para se adequar a ingestão e as 
necessidadesenergéticas de cada paciente; o valor energético total (VET) calculado deve ser 
distribuído entre os macronutrientes normalmente, e os lipídios não devem passar de 30 % 
desse valor; já os carboidratos devem compor de 50-60% do VET, sendo o mais indicado são 
os carboidratos complexos; e a proteína em cerca de 0,8 a 1 g/Kg de peso por dia para 
paciente estáveis, além de adequações corretas dos micronutrientes (CUPPARI, 2005). 
A reeducação alimentar do paciente é muito importante com a participação do 
profissional nutricionista; pois o objetivo é reduzir o peso e adequar a ingestão alimentar do 
paciente, e também de orientar o paciente à procurar praticar alguma atividade física com uma 
orientação de um profissional educador físico e do médico; tudo isso aliado é a melhor forma 
da pessoa sair do grau da obesidade e está cuidado da saúde, com a prevenção e controle da 
evolução de doenças associadas a obesidade dentre elas e esteatose hepática não alcoólica 
(SOUZA, et al., 2008). 
Mudanças no hábito alimentar muitas vezes podem se fazer necessário como: não 
consumir alimentos industrializados, gordurosos e hipercalóricos; evitar frituras; evitar carnes 
gordas; não fazer jejum prolongado; não consumir bebidas alcoólicas; evitar ingerir mais de 
dois ovos por semana e preparações que o contenha ; e o que deve ser estimulado é o 
fracionamento da dieta de 5-6 refeições ao dia; ingestão de 3-5 frutas e verduras ao dia; 
consumir cereais integrais; preferir carnes magras dentre tantas outras recomendações 
nutricionais (CUPPARI, 2005). 
A intervenção nutricional é muito importante no sentido de alertar as pessoas que 
se encontram em algum grau de obesidade e que não são etilistas sobre os riscos de vim a 
 
 
desenvolver a esteatose hepática não alcoólica; o profissional deve orientar os pacientes a 
reduzirem o consumo de alimentos calóricos e procurar praticar alguma atividade física com 
orientação correta para se aumentar o gasto calórico diário (PADILHA, et al., 2010). 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Com base nos dados expostos neste trabalho, foi possível demonstrar que a 
hipótese de que a obesidade é um fator de risco para o surgimento da esteatose hepática não 
alcoólica foi validada, pois o excesso de calorias ingeridas causa a obesidade, que pode 
desencadear o aumento de gordura no fígado provocando um aumento no tamanho do mesmo. 
A esteatose hepática não alcoólica é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, e a 
obesidade é um fator que pode ocasionar esse acúmulo de gordura nas células do órgão. A 
atuação do nutricionista no tratamento da doença é no sentido de fazer uma reeducação 
alimentar do paciente onde se tem o fracionamento da dieta com os percentuais corretos de 
macronutrientes e micronutrientes, e também tem que ter um acompanhamento médico para 
se avaliar se a lesão hepática está regredindo, além da orientação para o paciente procurar 
fazer alguma atividade física com orientação de um profissional da área, pois assim se tem um 
gasto energético que proporciona perca de peso e um controle e melhora da doença. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARAÚJO, Leila Maria Batista, et al. Esteatose hepática em mulheres obesas. Arquivo 
Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. v.42, n.6, pp. 456-460, 1998. 
BITENCOUT, Almir Galvão Vieira, et al. Doença hepática gordurosa não alcoólica: 
características clínicas e histológicas em obesos graves submetidos à cirurgia bariátrica. Acta 
Gastroenterol Latinoam. v.37, n.4, pp. 224-230, 2007. 
 
 
 
CHAVES, Gabriela Villaça, et al. Ultrassonografia e ressonância magnética: estudo 
comparativo no diagnóstico da esteatose em obesos grau III. Revista Associação Médica 
Brasileira. v.55, n. 1, pp. 45-49, 2009. 
 
CHAVES, Gabriela Villaça, et al. Associação entre doença hepática gordurosa não 
alcoólica e marcadores de lesão/função hepática em componentes da síndrome 
metabólica em indivíduos obesos classe III. Revista Associação Médica Brasileira. v.58, 
n.3, pp.288-293,2012. 
 
CUPPARI, Lilian. Guia de nutrição clínica. 2. ed. São Paulo: Manole. pp.313-347, 2005. 
 
DÂMASO, Ana Raimunda, et al. Tratamento Multidisciplinar reduz o tecido adiposo 
visceral, leptina, grelina e a prevalência de esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) em 
adolescentes obesos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.12, n. 5, pp. 263-267, 
2006. 
 
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause, Alimentos, Nutrição e 
Dietoterapia. 11.ed. São Paulo: Roca. pp.705-726, 2005. Tradução de: Krause’s food, 
nutrition e diet therapy, 11 th ed. 
 
PADILHA, Patrícia de Carvalho, et al. Prevalência de doença hepática não-alcoólica em 
crianças e adolescentes obesos: uma revisão sistemática. Revista Paul Pediatra. v.28, n. 4, 
pp. 387-393, 2010. 
 
PALMA, Luana Carneiro. Doença esteatótica não alcoólica do fígado: Comparação das 
alterações histológicas hepáticas entre modelo murino e pacientes obesos. Dissertação de 
Mestrado, Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina, Fundação Oswaldo Cruz- 
FIOCRUZ, Centro de pós-graduação em patologia, Salvador, Bahia, Brasil. pp. 1-91, 2012. 
 
SOUZA, Fabíola Isabel, et al. Doença hepática gordurosa não alcoólica em escolares 
obesos. Revista Paul Pediatra. v. 26, n. 2, pp. 136-141, 2008 
 
TAVERES, Telma Braga; NUNES, Simone Machado; SANTOS, Mariana de Oliveira. 
Obesidade e qualidade de vida: revisão de literatura. Revista Médica de Minas Gerais. v. 
20, n. 3, pp.359-366, 2010.

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